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No Brasil, a escravidão é um elemento que esteve presente desde a sua formação, uma

vez que esse foi o tipo de mão de obra utilizado durante o período colonial. Todavia,
apesar de sua abolição ter ocorrido em 1888 e as leis trabalhistas terem surgido em 1930
durante o governo de Getúlio Vargas, tal exploração ainda é evidente em razão da
desigualdade social, falta qualificação da mão de obra e insuficiência da fiscalização.

O filme “Tempos Modernos”, de Charles Chaplin, retrata a situação dos operários


perante à Revolução Industrial, na qual eles eram submetidos a uma forma de produção
que tinha como único objetivo o lucro, independente das condições físicas e
psicológicas dos trabalhadores. É inegável que essa obra seja considerada atemporal,
pois, mesmo que, atualmente, os direitos trabalhistas sejam mais eficazes, com jornada
de trabalho definida, férias remuneradas. O fantasma da exploração ainda está presente
nas relações empregatícias. Esse aparece disfarçado em horas extras não pagas, na falsa
relação familiar entre empregada doméstica e patrão, na conexão incessante com o
trabalho, no “quebra-galho” para o chefe, entre outros exemplos do cotidiano.

Ademais, o combate à escravidão do trabalhador na atualidade dificulta-se pela baixa


fiscalização existente e irregularidade da mesma. Isso porque, a maior parte da
população desconhece esse problema brasileiro e, como consequência, o número de
denúncias realizadas é muito baixo. Bem como, à corrupção dos fiscais por donos de
médias ou grandes empresas, o não cumprimento das leis fomenta-se. Sendo assim,
podemos destacar a exploração de trabalho escravo utilizado por grandes empresas
multinacionais que se alojam no Brasil, no intuito de conseguir uma mão de obra a
baixo custo para baratear os custos de produção aumentando assim seus lucros. À
exemplo da Zara que em 2011 manteve costuradores bolivianos e peruanos em
condições de escravidão em São Paulo, onde recebiam 2 reais por dia e trabalhavam por
mais de 18h.

Faz-se premente, portanto, medidas para que os direitos dos trabalhadores sejam
respeitados. Nesse sentido, de acordo com o educador Paulo Freire, a educação é o
principal fator que muda a sociedade. Logo, cabe à mídia, por meio de publicidade,
realize a promoção de campanhas de conscientização que incentivam a realização de
denúncias contra o trabalho escravo e irregularidades fiscais para que a população
auxilie esse combate, juntamente ao governo, a fim de minimizar o trabalho escravo no
Brasil.

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