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A caligrafia é aproximada dos filetes d’água, pois também opera

sem indicar. Não é signo de nada. Diz Lacan: “... aí se acrescenta a


dimensão, a diz-mansão do papeludun na qual se evoca o que instauro
do sujeito no Hun-en-peluce, que mobilia a angústia da Acoisa, ou seja,
aquilo a que dou a conotação de objeto e aqui, objeto de uma aposta que
se ganha com tinta e pincel” (idem, lição 7) .
Nesta frase, mais uma vez, Lacan tenta articular a escrita com a
fala. Ao traço que opera sem indicar, acrescenta-se a diz-mansão (ditmension) ou
morada do dito, do papeludun que é um neologismo para
pas-plus-d’un.

Este papeludun é o Outro, pois uma vez que não há Outro


do Outro, o Outro é um só; é o que não é mais que um. A partir desta
dimensão verbal do Outro, evoca-se o um-a-mais, Hun-en-peluce, do
sujeito sempre buscando tapar o buraco angustiante da acoisa,
“mobiliando-o” com objetos substitutivos.

Portanto, o papeludun, o Outro, aparece como uma função da


escrita, que tem uma dimensão verbal, a diz-mansão, onde o sujeito se
estabelece sempre com um significante a mais, no campo do simbólico.
Eric Laurent, ainda em “O tao do analista”, associa o peluce ao urso de
pelúcia de Winnicott como substituto da perda do Outro materno. O
papeludun é a marca da ausência e o Hun-en-peluce, a cadeia
significante.

Temos aqui a função da escrita ligada às marcas deixadas


pelo outro e recobertas pelo sujeito na cadeia significante. Esta temática
do Um, do traço unário, do papeludun e do Hun-en-peluce será retomada
no Tempo 4. A caligrafia é aproximada dos filetes d’água, pois também opera
sem indicar. Não é signo de nada. Diz Lacan: “... aí se acrescenta a
dimensão, a diz-mansão do papeludun na qual se evoca o que instauro
do sujeito no Hun-en-peluce, que mobilia a angústia da Acoisa, ou seja,
aquilo a que dou a conotação de objeto e aqui, objeto de uma aposta que
se ganha com tinta e pincel” (idem, lição 7) .
Nesta frase, mais uma vez, Lacan tenta articular a escrita com a
fala. Ao traço que opera sem indicar, acrescenta-se a diz-mansão (ditmension) ou
morada do dito, do papeludun que é um neologismo para
pas-plus-d’un.

Este papeludun é o Outro, pois uma vez que não há Outro


do Outro, o Outro é um só; é o que não é mais que um. A partir desta
dimensão verbal do Outro, evoca-se o um-a-mais, Hun-en-peluce, do
sujeito sempre buscando tapar o buraco angustiante da acoisa,
“mobiliando-o” com objetos substitutivos.

Portanto, o papeludun, o Outro, aparece como uma função da


escrita, que tem uma dimensão verbal, a diz-mansão, onde o sujeito se
estabelece sempre com um significante a mais, no campo do simbólico.
Eric Laurent, ainda em “O tao do analista”, associa o peluce ao urso de
pelúcia de Winnicott como substituto da perda do Outro materno. O
papeludun é a marca da ausência e o Hun-en-peluce, a cadeia
significante.

Temos aqui a função da escrita ligada às marcas deixadas


pelo outro e recobertas pelo sujeito na cadeia significante. Esta temática
do Um, do traço unário, do papeludun e do Hun-en-peluce será retomada
no Tempo 4.

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