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INVENTÁRIO DE ACERVO ANTIGO
por
Introdução
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Este estudo foi realizado em 1985 para a disciplina de “Metodologia da Pesquisa” do Curso de
Especialização em Análise, Descrição e Recuperação da Informação na Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO). Em formato simplificado, foi adotado e disseminado pelo
Subprojeto Integração do Acervo Histórico (SIAH) e pelo Plano Nacional de Restauração de Obras
Raras (Planor), com acréscimo de sugestões das bibliotecárias Leila Marzullo de Almeida e Vera
Lucia de Miranda Faillace.
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por sua natureza de documento histórico (McMURTRIE, 198-?) e por seu aspecto
análise bibliológica à descrição bibliográfica, que traça o perfil do livro antigo sob seu
1977).
(1925-), identificado e citado pela sigla GKW ou GW, constitui referência dos modos
em seu país e, em 1904, uma comissão editorial foi instalada. Durante onze anos, a
GESAMTKATALOG..., 2005).
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Palavra proveniente do latim incunabulum (berço) é empregada para designar livros impressos nos
primórdios da tipografia de qualquer lugar ou, mais especificamente, aplica-se às obras impressas,
tipograficamente, na Europa no século XV (MARTINS, 1996, p. 157; McMURTRIE, 198-?, p. 325).
2
Karl Franz Otto Dziatzko (1842-1903) foi bibliotecário e o primeiro professor de Biblioteconomia da
Universidade de Göttingen, Alemanha (LITAUEN..., [c2006]; OCKENFELD, 2002).
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Konrad Haebler (1857-1946), bibliógrafo, foi um dos mais insignes representantes do hispanismo
alemão, e um estudioso da letra impressa: compilou um catálogo de tipos utilizados por cada
impressor, chegando a classificar 258 classes de letras “M” (NATIONAL DIET LIBRARY, [c2004b]).
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Henry Stevens (1819-1886), bibliógrafo norte-americano, dedicou sua vida a captação da Coleção
Americana, para o British Museum e várias bibliotecas americanas, públicas e privadas (HENRY
Stevens, 2006).
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bibliógrafos e pesquisadores.
não topografadas.
eficaz 5 .
5
Esta metodologia foi testada originalmente no Subprojeto Integração do Acervo Histórico da
Biblioteca Nacional brasileira, em 1985, quando passou a constituir bibliografia de referência do
Programa de Treinamento em Processamento de Acervo Valioso, para bibliotecários de livros raros;
foi formalmente adotada, como instrumento do Planor, no II Encontro Nacional do Livro Raro
realizado durante o XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação, ocorrido na
Bahia, em 1991.
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1 Metodologia
6
Contrafação – imitação fraudulenta, edição de um livro feita sem autorização de quem detém os direitos
(PINHEIRO, 1998, p. 152-153)
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procedimentos:
aparecem;
barras inclinadas);
7
Manchete ( ) ( ) – signo usado para chamar especial atenção para passagens do texto (Houaiss,
1983, p. 188).
8
Parágrafo ( D G µ ) – signo colocado depois de um ponto e antes de um trecho, estabelecendo
“sua separação do trecho anterior” (Ibid., p. 189).
9
Positura ( E F ¸ ) – signo utilizado, “como elemento em oposição e complementar do parágrafo,
para indicar o término do mesmo, o que equivalia, a rigor, a novo parágrafo” (Ibid., 1983, p. 189).
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Marca – desenho simbólico, impresso, adotado por impressores, livreiros, tipógrafos e aposto nos
livros como marca de fabrico (McMURTRIE, 198-?, p. 310).
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Brasão – todo o escudo de armas e insígnia de nobreza.
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Vinheta – qualquer ilustração ou ornamento, tipográfico ou alusivo ao texto, e que, no processo
descritivo, não pode ser identificado, com segurança, como marca ou brasão.
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por exemplo:
M DC XCIII [1693]
M DC LXXXXIII [1693]
DC XC III [1693]
⊂ I⊃ I⊃ C XCIII [1693]
ou
transcrição;
g) destaque da cor do texto – quando não for preto sobre branco, entre
que aparecem;
• ſ ( “s” carolíngio)
• ƒ ( “f” carolíngio)
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Fonte: Coleção do Subprojeto Integração do Acervo Histórico (1982-1990) , incorporada ao acervo da Divisão de
Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil).
Fonte: Coleção de Obras Raras e Especiais da Biblioteca Central da Universidade Federal do Estado do Rio de
Janeiro (UNIRIO), proveniente da antiga biblioteca dos “Cursos da Biblioteca Nacional” (Foto do original,
em P&B).
[t.2:] ... [preto] A PARIS, // Chez [vermelho] LE CLERC, [preto] Quai des Augustins, à
la // Toison d’or. // [fio] // [vermelho] M.DCC.XLI. // [preto] AVEC PRIVILEGE DU ROI.
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Fonte: Coleção do Subprojeto Integração do Acervo Histórico (1982-1990) , incorporada ao acervo da Divisão de
Obras Raras da Fundação Biblioteca Nacional (Brasil).
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3 Transcrição e controle
b) a cópia deve ser legível, valendo ressaltar que o uso de lápis é recomendado,
Para a localização de livros nas estantes, a primeira regra a seguir é que não
item for inferior a trinta, a papeleta deve ser inserida entre a penúltima e a última
inserida no item deve ser escrita a lápis que não deixe resíduo de grafite, e em
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Qualidade arquivística – série de propriedades que diferem de acordo com os materiais, mas que
têm em comum o efeito de reduzir o impacto danificador dos ambientes ou do manuseio inadequado
(p. 17)
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825a
825b
825c
folha de rosto, letra por letra, qualquer que seja ela (mesmo que seja um artigo
chamada adotado;
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Volume composto, que inclui itens com alguma identidade entre si, material ou intelectual.
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Volume composto, onde os itens inclusos não têm qualquer identidade, foram reunidos
aleatoriamente.
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4 Considerações finais
Referências
ASHBY, Anna Lou. Education for Rare Book Librarianship. The Journal of Library History, v.
19, n. 2, p. 344-345, Spring 1984.
BIBLIOGRAPHIC Description of Rare Books: rules formulated under AACR2 and ISBD(A) for
the descriptive cataloging of rare books and other special printed materials. Washington,
D.C.: Library of Congress, 1981.
DESCRIPTIVE cataloging of rare books. 2nd ed. rev. of Bibliographic description of rare
books. Washington, D.C: Library of Congress, 1991.
DIEGUEZ, Lídia. Os livros que não têm preço. Enciclopédia Bloch: revista mensal de cultura,
Rio de Janeiro, v. 2, n. 27, p. 4-13, jul. 1969.
HENRY Stevens. In: ABOUT.COM. All Experts: enciclopedia Beta. New York, [c2006].
LITAUEN, Lithuania: Library Education. In: GOETHE Institut. Berlin, [c2006]. Disponível em:
<http://www.goethe.de/z/30/infomoe/litauen/delit16.htm>. Acesso em: 30 ago. 2006.
MARTINS, Wilson. A palavra escrita: história do livro, da imprensa e da biblioteca. 2. ed. rev.
e atualizada. São Paulo: Ática, 1996.
______. Various Typefaces: Type Classification Systems. In: ______. Incunabula: Dawn and
Western printing. Tokyo, [c2004b]. Disponível em:
<http://www.ndl.go.jp/incunabula/e/chapter2/chapter2_01.html >. Acesso em: 2 ago. 2006.
______. Que é livro raro?: uma metodologia para o estabelecimento de critérios de raridade
bibliográfica. Rio de Janeiro: Presença, 1989.
TANSELLE, G. Thomas. Bibliographers and the Library. Library Trends, Illinois, v. 25, p.
745-762, April 1977.