Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
A Literatura Infantil Nos Anos Iniciais
A Literatura Infantil Nos Anos Iniciais
INTRODUÇÃO
Estudos apontam que a grande maioria dos brasileiros não sabe ler, mas este
“não saber ler”, não se refere à questão do analfabetismo, e sim saber ler e não ser
capaz de interpretar o que está escrito. Isso se dá pela falta da prática de leitura
seguida de um vocabulário pobre. Diante de tal problema, fica a pergunta: Por que as
pessoas leem tão pouco? Alguns pesquisadores apontam que este problema teve seu
início na escola, mais exatamente nos primeiros anos escolares quando as crianças
são pouco estimuladas a lerem.
Para o Brasil (2000), “[...] um leitor competente só pode constituir-se mediante
a uma prática constante de leitura de texto de fato, a partir de um trabalho que deve
se organizar em torno da diversidade de texto que circulam socialmente”.
Neste trabalho, apontar-se-á os mecanismos para incentivar a leitura,
mostrando que a literatura infantil pode ser um aliado nesse sentindo, trazendo um
grande beneficio para as crianças. Através das historias que lhes são contadas, ou as
que eles mesmos leem, vão aos poucos adquirindo conhecimento do mundo da
leitura.
1 Acadêmica do VIII período do curso de Pedagogia da Faculdade de Pimenta Bueno (FAP). E-mail
Juliana_perez85@hotmail.com
2 Mestre em Língua Portuguesa, professora da FAP- Faculdade de Pimenta Bueno.
rosangelarsj2@bol.com.br
Como diz COELHO (2000), “[...] a Literatura Infantil é, antes de tudo literatura,
ou melhor, é arte: fenômeno de criatividade”, e é isto que precisa ter em sala de aula.
A literatura também faz sua contribuição para formação do ser humano,
desenvolvendo nele reflexão e o espírito crítico.
É nesse sentido que destacamos o papel da escola, a autora Regina Ziberman
(2003) ressalta isso em seu livro: “[...] a escola tem uma finalidade sintetizadora,
transformando a realidade viva nas distintas disciplinas ou áreas de conhecimento
apresentadas ao estudante.”
2
Ainda segundo autora, no Brasil foi Monteiro Lobato quem abriu as portas da
verdadeira literatura infantil. O escritor de Taubaté foi o autor que criou obras
destinadas às crianças em um tempo e espaço determinado. Retratou o Brasil de sua
época, o sistema social vigente, seus valores, comportamentos, organização política
e funções e rompeu com um tipo de literatura ideológica até então consumida pelas
crianças brasileiras, em sua minoria, visto que a maioria estava privada do acesso aos
livros.
Zilberman (2003) diz que os ideais burgueses estavam diretamente ligados à
expansão da indústria, e que por isso, foi imposto um aperfeiçoamento do ensino
escolar, por meio de uma pedagogia controladora, para cumprir as expectativas
burguesas nos novos modos e meios de produção.
De acordo com Regina Ziberman:
4
1.2.1 Poesia
1.2.2 Cordel
Abordagem teórica
COELHO (2000) diz que, “a literatura, e em especial a infantil, tem uma tarefa
fundamental a cumprir nesta sociedade em formação: a de servir como agente de
formação, seja no espontâneo convívio leitor, livro, seja no diálogo leitor, texto
estimulado pela escola.”
8
[...] é levada a realizar sua função formadora, que não se confunde
com missão pedagógica. Com efeito ela dá conta de uma tarefa que
está voltada toda cultura – a de “conhecimento do mundo e do ser”. E
vai mais além - propicia os elementos para uma emancipação pessoal,
o que é finalidade implícita do próprio saber.
Metodologia
Resultados
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Por meio da pesquisa bibliográfica, foi possível verificar quão importante é toda
a forma de literatura. A literatura infantil é sem dúvida um grande aliado do professor
no que diz respeito a incentivar a leitura, além de outros aspectos que podem ser
trabalhados utilizando-a. Isso pode ser feito através dos contos de fadas, histórias em
9
quadrinhos, poesias e também porque não dizer do cordel, que embora seja mais
comum no nordeste não deixa de trazer sua contribuição junto a literatura.
Incentivar a leitura desde os primeiros anos fará com que o aluno aos poucos
adquira o prazer em ler, isso é claro sempre utilizando o lúdico, uma vez que estamos
falando de crianças.
Aproveitar a curiosidade que toda criança tem, dando-lhe oportunidade de ler
bons livros, irá contribuir para o incentivo à leitura. Vale lembrar também que para que
a criança adquira prazer pela leitura, depende muito do trabalho e esforço por parte
do educador e, também, da família.
Ao professor fica a questão de separar as múltiplas visões que cada criação
literária sugere, enfatizando as variadas interpretações pessoais, porque varia da
compreensão de cada leitor.
Por fim os resultados deste trabalho não são completos, ainda há muito a ser
estudado, pesquisado com a relação ao estudo da literatura infantil. Entretanto, este
artigo mostra que as práticas dos educadores são muito importantes, principalmente
nos primeiros anos escolares.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
10
MARINHO, Ana Cristina. O cordel no cotidiano escolar/Ana Cristina Marinho, Hélder
Pinheiro – São Paulo: Cortez, 2012.
MARGNANI, Maria do Rosário Mortatti. Leitura, Literatura e escola.2ª edi. São
Paulo: Martins Fontes, 2001.
Parâmetros curriculares nacionais: língua portuguesa / Secretaria de Educação
Fundamental. – 2. Ed. – Rio de Janeiro: DP&A, 2000.
RESENDE, Vânia Maria. Literatura Infantil e Juvenil. São Paulo, Saraiva, 2ª edição
1997.
SILVA, Ezequiel Theodoro da, 1948. Leitura na escola e na biblioteca. 2ª edi.
Campinas, SP: Papirus, 1986.
ZILBERMAN, Regina. A literatura infantil na escola. 11. ed. Revista, atualizada e
ampliada. São Paulo: Global, 2003.
11