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São Paulo
2007
EQUIPE FATECNAUTAS
João Egydio Lopes Neto
Arthur Bonito França da Silva
Luis Antonio Comitre
Davi Daniel Naves de Oliveira
Wagner Kristian Perez Kroll
Jonatas Sant’anna
Richard Eric Thompson
Moacir Santos de Arruda
Sthefane Lara Calazans Santana
Estephane Sampaio de Araujo
ORIENTADOR
Luis Cláudio de Albuquerque
São Paulo
2007
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SAE AERDESIGN 2007
EQUIPE FATECNAUTAS
ÍNDICE
Lista de Tabelas, iv
Lista de Símbolos, v
1 – Introdução ...................................................................................................06
3 – Aerodinâmica..............................................................................................10
4 – Performance ................................................................................................12
4.1 – Propulsão.............................................................................................16
5.6 – Rodas...................................................................................................29
6 – Estabilidade e Controle...............................................................................29
7 – Conclusão ...................................................................................................35
8 – Bibliografia .................................................................................................35
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SAE AERDESIGN 2007
EQUIPE FATECNAUTAS
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
LISTA DE SÍMBOLOS
“ = polegadas L = sustentação
A = Área descrita pela hélice em sua m = metro
rotação m/s = metros por segundo
a = inclinação da curva de sustentação m² = metros quadrados
AR = Relação de Aspecto MAC = Corda Média Aerodinâmica
b = corda Mtail = momento
B = Fator de interferência N = Newton
c.g. = centro de gravidade Nm = Newton metro
CDi = Coeficiente de arrasto induzido dh = diâmetro da hélice
CDo = coeficiente de arrasto parasita Pd = potência disponível
Cl = coeficiente de sustentação pn = ponto neutro da aeronave
CLL = coeficiente de sustentação da asa Pr = potência requerida mínima
inferior R/Cmáx = Razão de subida
CLU = coeficiente de sustentação da asa RPM = Rotação por minuto
superior S = área alar
cm = centímetro ST = área da deriva horizontal
Cm, ac = coeficiente de momento do centro Sv = deriva vertical
aerodinâmico das asas Td = Tração da hélice
Cm, cg = coeficiente de momento no centro Tr = Tração requerida
de gravidade V = velocidade
d = diferença vH = coeficiente de volume da deriva
Di = arrasto induzido horizontal móvel
Do = Arrasto parasita vHv = coeficiente de volume da deriva
G = aceleração da gravidade vertical
GAP = distância vertical entre dois planos Vtrmin = velocidade de tração mínima
alares W = peso
hac = distância do bordo de ataque da asa xac = distância perpendicular da corda da
superior até o centro aerodinâmico das asas asa superior até o centro aerodinâmico das
hac, t = distância do bordo de ataque da asa asas
superior até o centro aerodinâmico do xac, t = distância perpendicular da corda do
profundor profundor superior até o centro
hcg = distância do bordo de ataque da asa aerodinâmico dos profundores.
superior até o centro de gravidade α = ângulo de ataque
hpn = ponto neutro ε = fator de eficiência da asa
kg = quilogramas Ρ = densidade do ar
kg/cm² = Quilogramas por centímetro ρ = pressão atmosférica
quadrado σc = tenção de compressão
kg/mm² = Quilogramas por milímetro σlimC = tensão limite de compressão
quadrado σlimT = tensão limite de tração
kgf/cm² = quilogramas força por σt = tensão de tração
centímetro quadrado Ø = efeito solo
km/h = quilômetros por hora µest = coeficiente de atrito
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SAE AERDESIGN 2007
EQUIPE FATECNAUTAS
1 INTRODUÇÃO
(SAE) a competição AeroDesign, que propõe aos alunos de graduação da área da mecânica
construção de uma aeronave radio-controlada, que deve carregar o maior peso possível
(“payload”).
trabalho entre esses estudantes para que a idéia do projeto se torne real.
A equipe Fatecnautas, composta por estudantes da FATEC São Paulo, buscou este ano
dispositivos não tão comuns como, por exemplo, um sistema de propulsão com duas hélices.
De acordo com o proposto pela SAE, nosso objetivo foi o de desenvolver soluções
Fatecnautas no ano de 2007, com explicações sobre a linha de raciocínio utilizada para se
2 PROJETO PRELIMINAR
para elevar a maior carga útil possível, foi realizado um estudo de performance de decolagem,
estudo de diferentes formatos de asa, utilizando a diagonal maior do hangar como a direção da
envergadura. Neste estudo foi suposto diversas plantas de asa, onde variou-se principalmente
as cordas da ponta e da raiz para que se pudesse obter valores de áreas pré-definidas.
Analisando a figura 5.18 da Ref. 8.3, observou-se que o maior fator de eficiência (e) é obtido
quando o “taper ratio” (λ) está próximo de 0,3 e com o maior razão de aspecto (AR). Com
base nesta observação buscou-se desenvolver plantas de asa com “taper ratio” variando entre
Foram desenvolvidas diversas plantas de asas com áreas pré-definidas com valores variando
Posteriormente foi analisado o desempenho de cada asa durante a corrida de decolagem. Para
isso, foi desenvolvida uma equação diferencial que descrevesse o problema envolvendo as
abaixo:
a=v.dv/dx (2)
Substituindo:
As asas foram analisadas quanto a sustentação que seria obtida no final da corrida de
decolagem com o maior ângulo de ataque do perfil selecionado. Para calcular v(x), foi feita a
(4)
Para realizar este cálculo tomou-se como referência a equação analítica do empuxo proposto
(5)
(6)
(7)
Para todas as asas foi aplicada uma altura (h) da asa inferior em relação ao solo de 0,15m. O
(9)
Para a resolução desta equação diferencial foi utilizado o software Mathemática, cujo
(10)
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SAE AERDESIGN 2007
EQUIPE FATECNAUTAS
Porém, para realizar o estudo de desempenho das asas é necessária a equação de v(x), a qual é
(11)
equação (11)
Para o cálculo da velocidade da aeronave após a decolagem basta tornar x→∞. Como α<0, o
(12)
Após este estudo foi observado que se fosse adicionado outra asa, ou seja, um biplano, a
sustentação devido a influência das asas, a maior sustentação foi proporcionada por asas
b (corda) = 2,5 m
Área = 1,4 m2
ε = (1-0,99)-1
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3 AERODINÂMICA
Os cálculos de aerodinâmica foram baseados nas ref.8.3 e 8.10. que foram cruciais
Para determinação do gap foi usada a maior distância possível, dessa forma tentando
anular a interferência entre asas com esse mesmo intuito foi usado o stagger na raiz das asas
levando-se em consideração que a corda na raiz é maior do que a corda na ponta gerando uma
maior interferência no centro das asas (também sendo limitado o stagger na ponta das asas por
razão da hangaragem).
Por respeitar e apresentar eficiência nos requisitos foi escolhido o Selig 1223.
Para tal aerofólio temos que o cálculo de correção do CL das asas do biplano em razão
CL = 1,68
K1 = -0,015301 K2 = 0,10575
Já o valor da sustentação para a asa inferior CLL é 1,517641 esse valor é menor que o
da asa superior fato de mesma sofrer uma interferência gerada pela asa superior.
Para a verificação da interferência entre as asas foi feito uma análise em elementos
Com esses dados verificamos que a interferência é compatível com os cálculos, dessa
4 PERFORMANCE
que se possa saber como será o envelope de vôo da aeronave e para a determinação da área da
asa.
Para esse estudo é necessário valores como tração disponível pelo conjunto moto-
empuxo que a hélice proporciona. Para que fosse possível desenvolver o máximo de tração foi
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Onde a densidade é dada por ρ = 1,1kg/m³, área A descrita pela rotação da hélice =
0,41 m2, velocidade V atrás da hélice = 33,3 m/s, velocidade V∞ do vento relativo variando
Tração disponivel
45
40
35
30
Td (N)
25
Td
20
15
10
5
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19
Velocidade(m /s)
Com as tabelas apresentadas têm-se o valor máximo para tração, porém, também é
importante saber a tração mínima para que a aeronave consiga manter vôo. Para calculá-la,
Tr = D = Do + Di (16)
arrasto, portanto em uma condição de máximo alcance CDo = CDi. Como na expressão (17).
CL = (2.W)/(ρ.v2.S) (17)
CD = CDo + K. CL 2 (18)
Kg e AR equivalente a 8,92.
Pd = Td.v (20)
Pr = Tr.v (21)
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EQUIPE FATECNAUTAS
500
400
Potência (W)
300 Pd
200 Pr
100
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29
Velocidade (m/s)
Numa condição de máximo alcance CD0 = 1/3CDi, assim para que possa voar de
modo que permita permanecer o maior tempo no ar antes que o combustível da aeronave
Razão de Subida
1,5
R/C
R/C
0,5
0
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
-0,5
Velocidade (m/s)
com o eixo x conforme o gráfico 4.4. e o gráfico 4.5. Este será o ângulo possibilitará a subida
da aeronave com maior potência, sendo assim, sua velocidade de subida será maior.
4.1 Propulsão
O sistema de propulsão deve, para ter a maior eficiência, movimentar a maior massa
O motor regulamentar da competição tem sua faixa ideal de trabalho a 16000 RPM
para desenvolver toda sua potência. Com hélice simples isso resulta em uma velocidade de
esteira medida com anemômetro de mais de 120 km/h, enquanto a aeronave voa a apenas
A rotação elevada nos impede de aumentar o diâmetro da hélice além de 9” para evitar
os efeitos da compressibilidade nas pontas devido à velocidade. Para hélices com perfis de
madeira o padrão adotado é de Mach 0.6 e Mach 0.8 para perfis de aço, por terem uma
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espessura menor. Não há especificação para hélices plásticas, portanto adotamos o valor mais
conservador. Nas condições de padrão internacional, Mach 0.6 equivale a 734 km/h.
A velocidade das pontas das hélices (Vt) é regida pela seguinte equação:
Vt = π . n . d . 0.06 (24)
Onde “n” é o valor da rotação em RPM, “dh” é o diâmetro da hélice em metros e 0,06
Portanto, a hélice de 9” é a maior admissível para não ultrapassar o limite de Mach 0,6
O regulamento não permite transmissões que causem redução do motor para a hélice,
portanto, decidiu-se usar uma transmissão para girar duas hélices de 9” com um passo mais
equação:
E= TV (26)
P disp.
T = π . Ø2 . [v + Λ v] . ρ . Λ v (27)
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4 2
Onde “v” é a velocidade do ar que vem a encontro da hélice em m/s, “ρ” é a densidade
do ar que nesse caso é de 1,225 Kg/m3 e “Λ V” é a velocidade adicionada ao fluxo pela hélice
novamente em m/s. Como nossos valores são estáticos, podemos simplificar para:
T = π . Ø2 . [Λ v] . 1.225 . Λ v (28)
4 2
4 2
O valor real é um pouco menor que esse resultado devido a variações no gradiente de
4 2
Como fica claro na comparação, o empuxo aumenta. Mesmo com a perda de potência
no motor causada pelo fato da hélice 12” impedir que se atinja uma rotação elevada, seu
empuxo é 36% maior. Isso demonstra que a redução da velocidade da esteira aumenta a
eficiência.
O princípio de ter duas hélices menores é justamente de permitir que o motor atinja
sua faixa ideal de rotação e,.ao mesmo tempo, manter área varrida pelas hélices a maior
possível. De fato as duas hélices de 9” somam uma área um pouco maior que de um hélice de
12”.
aeronave, no nariz. No eixo do motor vai fixo uma polia dentada. A cada lado do nariz há um
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braço oco que tem fixado em sua ponta uma hélice impulsionada por outra polia idêntica.
Ligando as três polias há uma correia dentada que faz com que todos os componentes girem a
O efeito desse sistema deve ser muito próximo de dobrar o empuxo, embora não
exatamente, já que o sistema mais complexo também aumenta as perdas de transmissão, mas
que a energia tem função quadrática com a velocidade. A velocidade será reduzida na
5 CARGAS E ESTRUTURAS
tem um peso relativo ao seu tamanho bastante limitado devido à pouca potência do sistema
de modelos de aeronaves, sejam quais forem suas aplicações, mera recreação ou estudo
adesivo mais eficaz para nossas aplicações é a cola de base PVA (cola branca).
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adjacentes), será empregue adesivo tipo Epóxi, que possui resistência mecânica bastante
elevada ás custas de um maior peso final, pois não há eliminação de massa de solventes
estrutura em regiões sujeitas aos maiores esforços e solicitações sempre primando a aplicação
de fibras nas regiões sujeitas à tração mecânica localizada (região inferior das longarinas e
caixa de carga).
utilizado o valor total da carga alar de cada asa independente. Assim obteve-se a solicitação
total em cada asa, onde este valor foi distribuído sobre cada asa através do gráfico de
distribuição de sustentação, apesar das asas possuírem a mesma área e aerofólio, estas
apresentando assim uma distribuição de sustentação muito próxima de uma elipse perfeita, a
qual pôde ser aproximada com boa precisão a um trapézio, segundo a figura 5.1.
Possuindo ambas as asas área de 0,75m² e uma carga distribuída de 50N por asa. A
solicitação da asa inferior pode ser calculada através da aproximação de um trapézio. Através
da área de 50 Unidades de Área, o “taper ratio” de 0,4 e as expressões (31), (32) e (31).
X
.b / 2 = 50 (31)
2
X = A+ B (32)
A = B.0,4 (33)
Através destas relações geométricas pôde-se traçar com boa precisão o diagrama de
Para traçar o gráfico de solicitação da asa superior, foi feita uma pesquisa a cerca da
ordem de Mach 0,85 a curva de distribuição de sustentação não assume a forma de elipse,
Também foram tomados como referencia os estudos obtidos com a aeronave Bell L-
39, que foi desenvolvida para estudos com asas enflechadas a baixas velocidades. Onde,
através do gráfico 5.2, toma-se como referência a distribuição de cargas na asa superior.
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“taper ratio”, área e expressões (31), (32) e (33) foi traçado o gráfico de solicitação da asa
superior respeitando-se o valor de carga total distribuída, porém com um arranjo que se
aproxima com razoável precisão das curvas de solicitação de aeronaves já testadas. Nota-se
σt = σc = 1040kgf/cm²
Através da qual, além do fator de segurança para material, a longarina tem sua carga
σt = σc = σlimT/1,5 = σlimC/1,5
σt = σc = 1040kgf/cm²
Através da qual, além do fator de segurança para material, a longarina tem sua carga
de falha de + 3,06 G.
Nas condições de vôo, a aeronave é submetida a diversas cargas. Essas implicam, por
exemplo, a transição da condição de vôo para a corrida, onde a aeronave transfere seu peso
Para saber a carga a que o trem de pouso está exposto, primeiro deve-se definir as
indicado deve ser a velocidade de estol, porém, essa velocidade varia com a altitude e
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temperatura; logo, estimamos essa velocidade como sendo um quarto maior do que 15m/s
Velocidade vertical, é definida pela velocidade com que se aproxima do solo; usamos
Velocidade lateral, prevê uma situação a qual estaria sujeita uma aeronave tripulada,
A velocidade de corrida é uma soma de vetores, que pode ser definida por teorema de
Pitágoras:
Supondo que a aterrissagem seja feita com uma mola de “K” linear, tem-se a seguinte
partir de:
=>358N (40)
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com o solo.
No trem de nariz, aplicou-se o efeito de “caster” por haver somente uma perna de
nariz e por possuir somente uma roda; este efeito foi introduzido com intuito manter a
Nas pernas do trem principal tem estabilidade a fim de promover uma trajetória reta
sem qualquer intervenção do piloto. O ângulo de “camber” é a relação entre o plano vertical
um desgaste uniforme dos pneus, maior contato do pneu com o piso, maior aderência,
das rodas. É difícil manter um ângulo devido a grande deformação do sistema de suspensão,
corrida, a medida foi escolhida por ser mais usual em veículos. Já, o ângulo de “toe” também
bruscos na corrida adotou-se “toe in” de 1,5° (recomendado para início). O ângulo de
“Ackerman” avaliado como ideal para o projeto é zero, por não ser benéfico à corrida em
Foi determinado com base na ref. 8.7 o ângulo de 18° para trás da linha vertical do
c.g.. Essa medida garante um bom ângulo de decolagem, mantém o passeio à frente das rodas
O trem de nariz esta fixado junto ao montante do motor por ser o método mais
freqüente e que não exige nenhum recurso sofisticado, seu material é de aço mola.
5.6 Rodas
de PVC. Em sua “O ring” comercial e seu coeficiente de atrito (µest) é entorno de 0,54, e
pequenos rolamentos.
6 ESTABILIDADE E CONTROLE
posição de equilíbrio - temos que fazer com que a somatória dos momentos de arfagem (A),
gravidade (c.g.) tenham a tendência , após uma rajada de vento ou um comando do piloto, de
retornar a zero.
É definida como o estudo da estabilidade logo após um distúrbio fazendo com que ela
Tentando buscar uma estabilidade dinâmica tal qual a fugóide fizemos o estudo da
estabilidade estática.
Para que tenhamos uma boa estabilidade estática, o c.g. deve obrigatoriamente estar à
frente do ponto neutro da aeronave (pn), garantindo que a mesma sempre tenderá a picar caso
sofra uma rajada ou entre em estol devido a um ângulo de ataque muito grande, dessa forma
Para que possamos garantir uma boa estabilidade estática, é necessário ter certeza que,
com a variação do ângulo de ataque, o momento gerado pela deriva horizontal e pelo
profundor sejam suficientes para fazê-lo retornar ao equilíbrio. Assim temos que o coeficiente
do centro aerodinâmico das asas (Cm, ac) com o momento gerado pela deriva horizontal:
Cm, cg = Cm, ac + aα [hcg - hac – vH at / a (1- δe/δa ) ] + vHat (it + e0) (41)
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vH = 0,47
Dessa forma, temos como área da deriva horizontal (ST ) aproximadamente 0,1743 m 2
no qual tivemos que dividi-la (dessa forma fazendo uma deriva horizontal com configuração
biplana) para que pudéssemos ter o máximo de distância entre o c.g., para conseguirmos um
momento A maior.
α (é o ângulo de ataque)
δe/δa = e / αwb = 0,117 (o valor de ‘e’ -ângulo de “downwash” para ângulo de ataque de 12°
it = e = 0,02456565 rad
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ε0 = 0,00 (tendo em vista nossa dificuldade de fazer testes em túnel de vento e desse ser um
Cm, ac = - 0,02179
a = 0,08044
αL=0 = - 8°
Variação do Cm,cg
0,15
αa Cm, cg
0,05 α = 8° 0 -0,15756
0 α = 12° 4 -0,28413
-10 -8 -6 -4 -2 0 2 4 6
-0,05
Cm, cg
-0,1
-0,15 -0,15756
-0,2
-0,25
-0,28413
-0,3
-0,35
αa
Vemos no gráfico que conforme o ângulo de ataque aumenta o Cm, cg se torna negativo,
dessa forma fazendo com que a aeronave retorne ao equilíbrio respeitando a definição de
estabilidade.
A variação do c.g., que é causada pela folga na caixa de carga e pela variação de
fundamental importância, uma vez que todos os cálculos de estabilidade estão em função do
mesmo, esse valor é dado em porcentagem da corda média aerodinâmica, porém, a nossa
aeronave tem configuração biplana e não possui uma corda média aerodinâmica, assim sendo
superior.
também é de fundamental importância, uma vez que quanto mais distante mais estável é a
Para essa mudança no momento em relação ao c.g. temos duas hipóteses: a de uma
rajada e a de o piloto estar dando algum comando para a aeronave. É de crucial importância
que os comando dados pelo piloto sejam realizados com fidelidade. Para isso temos o estudo
controle chamadas ailerons, que geram o momento de rolagem no eixo y, profundor, que gera
o momento de arfagem no eixo x, e leme, que gera o momento de guinada no eixo z. Com a
deflexão dessas superfícies de controle temos uma alteração no momento em relação ao c.g.,
fazendo com que a aeronave mude sua trajetória para aquela desejada pelo piloto. Para que as
superfícies tenham eficácia elas necessitam fornecer uma força capaz de tirar a aeronave da
inércia.
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SAE AERDESIGN 2007
EQUIPE FATECNAUTAS
pelo peso do motor, empuxo e outros, para que a aeronave consiga arfar ate um ângulo de
O dimensionamento dos ailerons foi feito a partir da ref. 8.7 . e de uso em outros
máxima de 30° para cada lado, os ailerons serão colocados na asa inferior por ela ser a mais
observado anteriormente, foi testada com sucesso até mesmo por aeronaves com um momento
vHv = Lv Sv / S b (44)
vHv = 0,002
do vHv, sendo 0,033 m2, com deflexão máxima de 30° para cada lado.
Com relação à estabilidade direcional, não foi necessário o uso de diedro para que a
aeronave retorne ao equilíbrio após uma rajada de vento que cause uma perturbação no eixo
de rolagem y, uma vez que através do efeito do afilamento nas asas, causado pela diminuição
cada asa, que é suficiente se tomarmos como referência aeronaves anteriores e as ref. 8.7 .
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7 CONCLUSÃO
8 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Graw -Hill.
8.7 RAYMER, D.P (1997). Aircraft Design – a conceptual approach. Reston, Estados
8.8 SIMONS, M. (1987). Model aircraft aerodynamics. London, Argus Books Ltd.
8.9 TORENBEEK, E. Synthesis of subsonic airplane design and flight mechanics. Estados