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Tempo sempre foi uma das coisas mais preciosas em nossas vidas, ainda mais nos dias em que vivemos o tempo
é curto e muito valioso!
Devido a isso tivemos a ideia de reunir todo o nosso conhecimento para produzir um conteúdo organizado,
estruturado e com linguagem fácil. Desta forma o teu aprendizado será muito mais rápido e eficiente
Qualquer dúvida, sugestão, crítica ou feedback que tiver, por favor, envie em nosso e-mail:
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“O conhecimento quando compartilhado é muito melhor, pois, todos são beneficiados com novas formas de enxergar o mundo”
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DIREITO CIVIL
Antes de iniciar o conteúdo é importante nos localizarmos novamente na linha do tempo do estudo do Direito Civil:
No Direito Civil Parte Geral se estuda: Pessoa, Bem e Atos No Direito das Coisas ou Direito Real, estudamos o vínculo
Jurídicos (Atos Jurídicos “lato sensu; Aquisição e Extinção e entre pessoa e objeto
Negócios Jurídicos (Ato ilícito e Contratos)
No Direito da Família vamos estuda o vínculo entre pessoas e
No Direito das Obrigações se estuda a obrigação entre as pessoas ♥
pessoas
Especialmente nesse eBook de Direito de Família – Parte 1
No Direito Contratual ou Contratos em Espécie se estuda o estudaremos as raízes da família e como acontece um
vínculo das obrigações estipuladas entre pessoas casamento
O homem não é um ser isolado, viver é conviver, e a realização do homem só se consegue por meio do convívio com os outros, de
maneira que a família é a primeira comunidade em que naturalmente se integra
A família é o elemento propulsor de nossas maiores felicidades e, ao mesmo tempo, é na sua ambiência em que vivenciamos as
nossas maiores angústias, frustrações, traumas e medos
Nesse contexto, fica claro que o conceito de família se reveste de alta significação psicológica, jurídica e social, impondo-os um
cuidado redobrado em sua delimitação teórica
O vocábulo família abrange todas as pessoas ligadas por vínculo de sangue e que procedem, portanto, de um tronco ancestral
comum, bem como as unidas pela afinidade e pela adoção. Compreende os cônjuges e companheiros, os parentes e os afins
O art. 226, caput da CF estabelece que a família é a base da sociedade, dispondo de especial proteção do Estado. Desta forma a
família é a “celular mater” (célula mãe) da sociedade
As normas protetivas do Direito de Família têm a sua NATUREZA JURÍDICA Jus Cogens por ser a célula mãe da sociedade, sendo
assim predominam as normas de ordem pública - Normas inderrogáveis pela vontade das partes, impondo antes deveres do que
direitos
DIREITO PESSOAL
DIREITO PATRIMONIAL
UNIÃO ESTÁVEL
TUTELA E CURATELA
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Rege-se o Direito de Família pelos seguintes Princípios:
No Direito de Família não é possível que as partes voltem ao status quo (estado anterior), uma vez casado nunca mais será solteiro
Outra característica dos direitos de família é a sua natureza personalíssima, que são direitos irrenunciáveis e intransmissíveis por
herança
Diante disso a forma que parece ser a mais juridicamente tutelada é o casamento, por isso se inicia os estudos do Direito de Família
pelo casamento:
TÓPICO 2 - CASAMENTO
Segundo Clóvis Beviláqua: “O casamento é um contrato bilateral e solene e, pelo qual um homem e uma mulher se unem
indissoluvelmente, legalizando por ele suas relações sexuais, estabelecendo a mais estreita comunhão de vida e de interesses, e
comprometendo-se a criar e a educar a prole, que de ambos nascer”
As definições apresentam o casamento como união entre homem e mulher, ou seja, entre duas pessoas de sexo diferente. Tal
requisito, todavia, foi afastado pelo Superior Tribunal de Justiça, que reconheceu expressamente a inexistência de óbice relativo à
igualdade de sexos (uniões homo afetivas)
1) Teoria Contratualista ou Individualista – Entende que o casamento possui a natureza jurídica de um contrato, sendo um
acordo de vontades com a finalidade de criar, modificar ou extinguir direitos
2) Teoria Institucionalista ou Supraindividualista – No casamento as partes não podem escolher as cláusulas do “contrato
matrimonial”, desta forma o casamento é uma instituição de direitos e não um contrato
3) Teoria Eclética – O ato de se casar tem natureza contratual, mas as consequências jurídicas da vida é uma instituição. Essa
Teoria é a mais aceita pelos Doutrinadores
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Os ELEMENTOS ESSENCIAIS para o matrimônio:
A ausência de um desses elementos ocorre a inexistência do matrimônio (é um nada jurídico, uma encenação), sendo assim,
necessita ter:
1) DUALIDADE DE PESSOAS (Anteriormente era dualidade de sexo, entretanto não é mais um elemento necessário, devido ao
julgado do STJ sobre o casamento de sexo igual)
2) MANIFESTAÇÃO DE VONTADE – Dizer: Aceito a Veruska/Verusko como minha/meu esposa/esposo
3) CELEBRAÇÃO – Tem que fazer a festa rapaz!
Primeiro analisa a capacidade para o casamento, posteriormente os documentos necessários, devendo observar o procedimento
que deve ser seguido
Prevista nos art. 1517 a 1520 CC, os pressupostos da capacidade matrimonial são:
Idade mínima
A capacidade deve ser demonstrada no processo de habilitação, fixando em 16 anos a idade mínima, denominada idade núbil,
tanto para o homem quanto para a mulher
Se ocorrer o casamento sem ter a idade de 16 anos, pode acontecer a anulação, mediante iniciativa própria ou de seus
representantes legais (art. 1550, I CC)
EXCEÇÃO DO SUPRIMENTO JUDICIAL DA IDADE – Será permitido o casamento de quem ainda não alcançou a idade núbil nos casos
em que for para evitar imposição ou cumprimento de pena criminal ou em caso de gravidez
O homem e a mulher menor de 16 anos podem casar, desde que obtenham autorização de ambos os pais, ou de seus
representantes legais, enquanto não atingida a maioridade civil (Art. 1517 CC)
Diante de um fato destes impede a união conjugal com qualquer outra pessoa (art. 1521, VI CC). Isso ocorre para combater a
bigamia
O decurso do prazo de 10 meses de viuvez para novo casamento é requisito imposto somente à mulher, estabelecido no novo
Código Civil como “causa suspensiva” (art. 1.523, II CC). O objetivo é evitar dúvida sobre a paternidade. É claro que tal requisito
pode ser suprido com um exame com a negativa de gravidez
DOCUMENTOS NECESSÁRIOS
O requerimento de habilitação para o casamento será firmado por ambos os nubentes, de próprio punho ou por procurador,
devendo ser instruído com os seguintes documentos (art. 1525 CC):
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Certidão de nascimento
Declaração de duas testemunhas maiores, parentes ou não, que atestem conhecer os nubentes e que afirmem não existir
impedimentos
Declaração do estado civil, do domicílio e da residência atual dos contraentes e de seus pais, se forem conhecidos
Certidão de óbito do cônjuge falecido, de sentença declaratória de nulidade ou de anulação de casamento, transitada em julgado,
ou do registro da sentença de divórcio
O procedimento tem a finalidade de comprovar que os nubentes preencham os requisitos que a lei estabelece para o casamento
2º - Se domiciliados em Municípios diversos, processar-se-á o pedido perante o Cartório do Registro Civil de qualquer deles, mas o
edital será publicado em ambos
3º - O oficial afixará os proclamas em lugar ostensivo de seu Cartório e fará publicá-los pela imprensa local, se houver. É necessária a
audiência do MP. A habilitação só será submetida ao Juiz se houver impugnação (Art. 1.525 CC)
OBS.: Decorrido o prazo de 15 DIAS, a contar da afixação do edital em cartório, o oficial, se não houver oposição de impedimentos
matrimoniais, entregará aos nubentes certidões de que estão habilitados a se casar dentro de 90 DIAS, sob pena de perda de sua
eficácia
IMPEDIMENTOS MATRIMONIAIS
Os impedimentos são circunstâncias ou situações de fato ou de direito, expressamente especificadas na lei, que vedam a realização
do casamento
IMPEDIMENTO – O impedido apenas não está legitimado a casar com determinada pessoa
INCAPACIDADE – O incapaz não pode casar-se com nenhuma pessoa, porque há um obstáculo intransponível
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ESPÉCIES DE IMPEDIMENTOS
Os impedimentos visam preservar: a eugenia (pureza da raça) e a moral familiar, não sendo possível casamento entre parentes e
consanguíneos, por afinidade e adoção (art. 1521, I a IV CC); visa preservar a monogamia, não sendo possível o casamento de
pessoa já casada (art. 1521, VI CC); e por fim, evitar uniões que tenham raízes de crime (art. 1521, VIII CC)
Diante desses impedimentos, ocorre a NULIDADE do casamento e NÃO produz efeitos jurídicos (Art. 1521 CC):
CAUSAS SUSPENSIVAS
Causas suspensivas são determinadas circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento
Interessam mais diretamente aos nubentes e ocorrendo a infração terá uma penalidade (Art. 1523, I a IV, CC) - Regime de Sanções
OBS.: Se as causas de suspensão forem invocadas antes do casamento, NÃO será possível celebrar o matrimônio enquanto não
sanadas as causas. Se forem invocadas após a celebração do casamento, será válido o matrimônio, porem o regime será da
separação de bens
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Art. 1523, Incisos:
I. Viúvo ou a viúva que tiver filho do cônjuge falecido, enquanto não fizer inventário dos bens do casal e der partilha aos
herdeiros
Objetivo: Evitar confusão de patrimônios
Sanções: A não ser que prove inexistência de prejuízo aos herdeiros: art. 1641, I, CC (regimes da separação dos bens) e art.
1489, II CC (hipoteca legal)
II. Viúva, ou a mulher cujo casamento se desfez por ser nulo ou ter sido anulado, até dez meses depois do começo da viuvez, ou
da dissolução da sociedade conjugal
Objetivo: Impedir a confusão de sangue e conflito de paternidade (art. 1598, CC)
Sanção: Regime da Separação de bens (art. 1641, I CC)
III. O divorciado, enquanto não houver sido homologada ou decidida a partilha dos bens do casal
Objetivo: Evitar confusão de patrimônio
Sanção: Regime Obrigatório da Separação de bens (art. 1641, I CC) salvo se provar inexistência de prejuízo aos herdeiros (art.
1523, § único CC)
IV. Tutor ou o curador e os seus descendentes, ascendentes, irmãos, cunhados ou sobrinhos, com a pessoa tutelada ou
curatelada, enquanto não cessar a tutela ou curatela, e não estiverem saldadas as respectivas contas
Objetivo: Impedir matrimônio de alguém que se acha em poder de outem e que por isto poderia conseguir um
consentimento não espontâneo
Sanção: Regime obrigatório da separação de bens (art. 1641, I) salvo art. 1523, § único CC
Parágrafo único. É permitido aos nubentes solicitar ao juiz que não lhes sejam aplicadas as causas suspensivas previstas nos
incisos I, III e IV deste artigo, provando-se a inexistência de prejuízo, respectivamente, para o herdeiro, para o ex-cônjuge e
para a pessoa tutelada ou curatelada; no caso do inciso II, a nubente deverá provar nascimento de filho, ou inexistência de
gravidez, na fluência do prazo
A OPOSIÇÃO DE IMPEDIMENTO é a comunicação escrita feita por pessoa legitimada, antes da celebração do casamento, ao Oficial
do Registro Civil perante a qual se processa a habilitação, ou ao Juiz que preside a solenidade, sobre a existência de um dos
empecilhos mencionados na lei
c) Qualquer pessoa maior e capaz até o momento da celebração (art. 1522 e 1529 CC)
d) Ministério Público
Posto isso, os impedimentos podem ser opostos ATÉ O MOMENTO DA CELEBRAÇÃO do casamento por qualquer pessoa capaz. Se o
Oficial do Registro Civil ou o Juiz que preside a celebração saber de algum impedimento é obrigatório declarar de ofício
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Efeitos da oposição dos impedimentos
b) adiar o casamento
OBS.: Os impedimentos devem ser opostos em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou com a
indicação do lugar onde possam ser obtidas
OBS².: Aos nubentes é assegurado o direito de requerer o prazo razoável para fazer prova contrária aos fatos alegados, para
promover as ações cíveis/criminais contra o oponente de má fé
A OPOSIÇÃO DAS CAUSAS SUSPENSIVAS se dá com as circunstâncias ou situações capazes de suspender a realização do casamento
As causas suspensivas devem ser articuladas no curso do processo de habilitação, até o decurso do prazo de 15 DIAS da publicação
dos proclamas
OBS.: Se o casamento se realizar com a possibilidade de alguma causa suspensiva, será válido, mas os nubentes sofreram as sanções
OBS².: As causas de suspensão devem ser opostas em declaração escrita e assinada, instruída com as provas do fato alegado, ou
com a indicação do lugar onde possam ser obtidas (igual a oposição de impedimento)
CARACTERÍSTICAS COMUNS DA AÇÃO DE CONHECIMENTO que visam reconhecer vícios que torne NULO ou ANULÁVEL o
CASAMENTO (a ação NÃO pode ser incidental):
a) Tem por objeto direito indisponível – A pessoa não pode abrir mão do estado de casado, no caso de processo para anular
o casamento, se o réu não contestar, não terá os efeitos da revelia, pois não há presunção de veracidade na petição inicial,
devendo a autora provar muito bem para ocorrer a anulação
b) A decretação de nulidade de casamento pode ser promovida mediante ação direta, por qualquer interessado, ou pelo
Ministério Público
c) Não se opera os efeitos da revelia (art. 345, II CPC), tampouco incide o ônus da impugnação específica dos fatos (art. 341,
II CPC)
d) O foro competente é no domicílio do guardião de filho incapaz ou no último domicílio do casal, caso não haja filho
incapaz; ou no domicílio do réu, se nenhuma das partes residir no antigo domicílio do casal. (art. 53, I, “a”, “b” e “c” CPC)
e) Pode ser precedida de ação cautelar de separação de corpos (art. 1562, CC)
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CELEBRAÇÃO DO CASAMENTO
A celebração do casamento sem o atendimento dos rigores da lei torna inexistente o ato, salvo casos excepcionais de dispensa, no
casamento nuncupativo e na conversão da união estável em casamento
Os nubentes, depois de cumpridas as formalidades preliminares e munidos da certidão de habilitação passada pelo oficial do
registro, devem peticionar à autoridade que presidirá o ato, requerendo a designação do “dia, hora e local” de sua celebração (art.
1.533 CC)
O LOCAL DA REALIZAÇÃO da cerimônia em geral é a sede do próprio Cartório onde se processou a habilitação, mas pode ser
escolhido outro, público ou particular, como clubes, salões de festas, templos religiosos, casa de um dos nubentes etc.
A HORA DO CASAMENTO, pode ser realizada durante o dia ou à noite, e em qualquer dia, inclusive aos domingos e feriados,
contanto que a celebração não ocorra de madrugada ou em altas horas noturnas — O que dificultaria a presença de pessoas que
pretendessem oferecer impugnações
A PRESENÇA DAS TESTEMUNHAS é IMPRESCINDÍVEL. O art. 1.534, caput, do Código Civil exige a presença de pelo menos duas,
afirmando que podem ser parentes ou não dos contraentes
Momento da Celebração
O comparecimento dos nubentes deve ser simultâneo, sendo necessário que a vontade de casar seja manifestada no ato da
celebração
Art. 1535 CC: “Presentes os contraentes, em pessoa ou por procurador especial, juntamente com as testemunhas e o oficial do
registro, o presidente do ato, ouvida aos nubentes a afirmação de que pretendem casar por livre e espontânea vontade, declarará
efetuado o casamento nestes termos: “De acordo com a vontade que ambos acabais de afirmar perante mim, de vos receberdes
por marido e mulher, eu, em nome da lei, vos declaro casados’” ♥ ♥ ♥
♥ ♥ O momento da celebração ocorre quando no momento que o homem e a mulher manifestam, perante o juiz, a sua vontade
Suspensão da Cerimônia
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Diante disso se acontecer a suspensão, não será admitido a retratar-se no mesmo dia
Então... não pode haver “brincadeiras” na hora de dizer se aceita ou não o casamento, pois a autoridade competente poderá
suspender a cerimonia e não poderá ser feita mais no mesmo dia.
O casamento pode ser celebrado “mediante procuração, por instrumento público”, que outorgue “poderes especiais” ao
mandatário para receber, em nome do outorgante, o outro contraente – Art. 1542 CC
Esta procuração pode ser outorgada tanto a homem como a mulher para representar qualquer um dos nubentes
Se ambos não puderem comparecer, deverão nomear procuradores diversos, pois irá gerar um conflito de interesses
O Instrumento tem que ser público, feito para pessoa específica e a eficácia da procuração tem validade de 90 DIAS. Se a pessoa
não tinha mais poderes para manifestar a vontade o casamento será inexistente
O mandato pode ser revogado somente por instrumento público, entretanto se o representado vier a falecer, também ocorre a
revogação do mandato
Se a revogação foi feita antes do casamento e só depois é cessada a procuração, o casamento é inexistente e cabe ação de
indenização
A procuração NÃO precisa ser ad judicia (por advogado), entretanto geralmente é feita por advogado
• Com Prévia Habilitação – Art. 1516, §1º • Com Habilitação posterior à celebração religiosa – Art.
1516, §2º
Em ambas, portanto, exige-se o processo de habilitação. Somente a celebração é feita pela autoridade religiosa da religião
professada pelos nubentes.
Casamentos religiosos podem por todas aquelas religiões que são sociais e moralmente aceitas
Todos os impedimentos e causas suspensivas deverão ser observados (art. 1521 a 1524 CC), bem como a capacidade matrimonial
(art. 1516 CC)
Para que surta efeitos civis, o casamento religioso deverá, a pedido do casal, ser registrado no registro público (art. 226, §2º CF)
a) O precedido de habilitação para casamento (art. 71, Lei 6.015/73 e art. 1516, §2º CC), que terá prazo de 90 dias de
validade (art. 1532 CC) e deverá ser apresentado à autoridade eclesiástica que realizará o ato nupcial. Dentro do prazo
decadencial de 30 dias, o ministro ou o interessado poderá requerer sua inscrição no Registro Civil (art. 73, § 1º, 2º e 3º, da
Lei 6.015 c.c art. 1516, §1º CC)
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b) Casamento religioso não precedido de habilitação para matrimônio: O casamento religioso poderá ser registrado perante
o oficial do registro civil desde que os nubentes, juntamente com o requerimento de registro apresentem a prova do ato
religioso e os documentos exigidos pelo art. 1525 CC, onde então será procedida a habilitação com a publicação de editais,
etc.
OBS.: Se um dos contraentes falecer antes da inscrição, tal fato não obstará o registro
OBS².: Casamento religioso sem registro civil, pode servir apenas como prova de união estável
EFEITOS SOCIAIS
Criação de família legítima (art. 226, §1º e 2º CF, art. 1513, Emancipação do consorte menor de idade (art. 5º, §1º, II
CC) CC) – Emancipação é irreversível, a pessoa casa com 16
anos, se torna maior de idade, se com 17 anos divorciar, não
Estabelecimento de vínculo de afinidade entre cada
será considerada menor de idade novamente.
cônjuge com os parentes do outro (art. 1595, §1º e 2º)
Constituição do estado de casado
EFEITOS PESSOAIS
Fidelidade mútua Velar pela direção moral e material da família (art. 1568 CC)
Coabitação ou vida em comum no domicílio conjugal (art. Dirigir a comunidade doméstica (art. 1643, 1644, 1565 e
1566, II, 1511, 1797, I, todos do CC e 988, VI do CPC) 1568 CC)
Mútua assistência (arts. 1566, III e 1573, III do CC) Adotar, se quiser, o nome (vulgarmente conhecido como
sobrenome) do consorte (art. 1565, §1º CC)
Respeito e consideração mútuos (arts. 1566, V e 1573, III
CC) Litigar em juízo civil, salvo se a ação versar sobre direitos
reais imobiliários (outorga uxória) (art. 10 CPC e art. 1647, II
Exercício da direção da sociedade conjugal (arts. 1567 e
CC), podendo contratar advogado, propor separação judicial
1570 CC)
e divórcio, requerer a interdição do consorte (art. 1768, II
Representação legal da família (arts. 1634, V e 1690 CC) CC)
Fixar o domicílio da família (arts. 1569 e 1567, § único CC) Sustentar, guardar e educar os filhos (arts. 1566, IV, 1568,
1634, I a VIII CC, art. 244, 245, 246 e 247 CP)
Colaboração nos encargos (arts. 1565, 1567 e 1568 CC)
Não perder, o genitor, que contrai novas núpcias, o direito ao poder familiar com relação aos filhos menores do leito anterior
(arts. 1588 e 1636, § único CC)
Observar-se, na separação ou divórcio litigioso, o disposto nos arts. 1584, 1589, 1579 e 1703 CC)
Deliberarem na separação ou divórcio consensual, a respeito da guarda dos filhos (art. 1583 CC e 1121, II
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EFEITOS PATRIMONIAIS
Do Regime Matrimonial de Bens – É o conjunto de normas aplicáveis às relações e interesses econômicos resultantes do casamento
• Princípios da VARIEDADE DE REGIME DE BENS: A norma NÃO impõe um só regime matrimonial de bens aos nubentes, pois
oferece QUATRO modelos diferentes – VAMOS ESTUDAR ESSES REGIMES NO PRÓXIMO EBOOK DE DIREITO DE FAMÍLIA
• Princípios da LIBERDADE DOS PACTOS ANTENUPCIAIS: Decorre do primeiro princípio pois permite-se aos nubentes a livre
escolha do regime a ser adotado, inclusive combinando-os para formar um regime misto ou estipular cláusulas, desde que
respeitem os princípios de ordem pública, os fins e a natureza do matrimônio (art. 1639 CC). Necessita ser por escritura
pública (art. 1653 CC)
• Princípios da MUTABILIDADE JUSTIFICADA DO REGIME ADOTADO (art. 1639, §2º CC): Admite-se a alteração de regime de
bens desde que haja autorização judicial, atendendo a um pedido motivado de ambos os cônjuges, após a verificação da
procedência das razões invocadas e da certeza de que tal alteração não causará qualquer gravame a interesses de terceiros
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Nosso conteúdo de Direito Civil sobre Direito de Família – Parte 1 encerra aqui
Esperamos que este eBook ajude em seus estudos. O objetivo desta didática é fazer com que o entendimento
do mundo jurídico fique muito mais fácil e que seu aprendizado seja rápido
Desta forma você estará acelerando o seu conhecimento, economizando um tempo valioso e se preparando
para ser um excelente profissional
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