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CURSO DE DIREITO
DIREITO DO CONSUMIDOR
RIO BRANCO/AC
2019
1. INTRODUÇÃO
Assim deve ser, no dizer de Garcia (2016), pois, como nos incisos
anteriores, busca-se assegurar o equilíbrio nas relações contratuais pactuadas,
na medida em que se tenta afastar qualquer espécie de privilégio concedido ao
fornecedor em detrimento do consumidor. Desta feita, entende o autor, toda e
qualquer alteração contratual deve estar pautada no consentimento claro e
inequívoco do consumidor, sob pena de se macular a função social contratual.
Já, no que atine ao inciso XIV, do art. 51, do CDC, esclarece Garcia
(2016, p. 399), que:
Ainda vale mencionar, que o inciso IV deve ser lido em conjunto com o
§ 1º, incisos I, II e III, do art. 51, in verbis:
STJ
RECURSO ESPECIAL Nº 1.479.420 - SP (2014/0202026-8)
RELATOR : MINISTRO RICARDO VILLAS BÔAS CUEVA
[...]
6. Não há ilegalidade na migração de inativo de plano de saúde se a
recomposição da base de usuários (trabalhadores ativos,
aposentados e demitidos sem justa causa) em um modelo único, na
modalidade pré-pagamento por faixas etárias, foi medida necessária
para se evitar a inexequibilidade do modelo antigo, ante os prejuízos
crescentes, solucionando o problema do desequilíbrio contratual,
observadas as mesmas condições de cobertura assistencial.
Vedação da onerosidade excessiva tanto para o consumidor quanto
para o fornecedor (art. 51, § 2º, do CDC). Função social do contrato e
solidariedade intergeracional, trazendo o dever de todos para a
viabilização do próprio contrato de assistência médica.
Na parte final do artigo 51, mais especificamente no §4, o CDC
concedeu ao Ministério Público a legitimidade para ingressar com ação visando
a nulidades de tais cláusulas, nesta toada, justo enfatizar a importância dessa
inclusão, uma vez que esta possibilidade traz aos consumidores ou as
entidades que os representa, maior arcabouço na busca da igualdade entre as
partes do processo, já que ele poderá suprir a fragilidade do consumidor no
que tange a falta de informação ou de condição para propor a ação.
3. CONCLUSÃO