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RESUMO

Dentro do Direito Civil Brasileiro, a temática sobre a Responsabilidade Civil


traz diversas contribuições para se defender de abusos por parte de
fornecedores com consumidores. Para se compreender a totalidade das
demandas consumeristas, é necessário trazer a baila o conceito de
Responsabilidade civil, que é: o dever de reparar os danos provocados numa
situação onde determinada pessoa sofre prejuízos jurídicos como
consequência de atos ilícitos praticados por outrem.

A Responsabilidade Civil possui duas grandes vertentes sobre sua origem: A


Responsabilidade Civil Contratual, aonde é necessário a existência de um
contrato entre as partes e a Responsabilidade Civil Extracontratual (Aquiliana)
aonde o infrator infringi a lei vigente. Também é de importante ressalva que
quando alguém não cumpre a "obrigação originária" gera uma "obrigação
sucessiva", que é a obrigação de indenizar.

Os pressupostos (elementos) da responsabilidade também possuem duas


grandes vertentes. São elas: Responsabilidade Subjetiva, composta por:
Conduta, Nexo-causal, Dano e Culpa; Responsabilidade Objetiva composta
por: Conduta, Nexo-causal, Dano e Risco.

No Artigo 186 do Código Civil há a definição do que é ato ilícito: “art. 186.
Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência,
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral,
comete ato ilícito”. Por sua vez, temos no artigo 927 CC, o requisito da culpa:
“art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem,
fica obrigado a repará-lo”.

Em seu parágrafo único, observamos a responsabilidade civil objetiva


”Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente
de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente
desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os
direitos de outrem”.
É importante a ressalva que a responsabilidade civil subjetiva é residual, pois
primeiro verifica se é objetiva, se não for, por exclusão é subjetiva.

A doutrina separou a ilicitude do artigo 187 em duas: A ilicitude subjetiva (dolo


ou culpa) e a ilicitude objetiva (aquela em que apenas ocorre o prejuízo, sem
analisar a conduta, se ela foi intencional ou não)

É aquela em que a lei dispensa a produção de prova a respeito da culpa.


Porém, na origem é normal que se tenha um ato culposo. A lei apenas
estabelecerá não ser necessária a produção de prova acerca dessa culpa.
Desta forma, é errado dizer que responsabilidade objetiva é aquela em que
não há culpa. Em verdade, responsabilidade objetiva é aquela em que não há
necessidade de discussão do elemento culpa.

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