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SUPERQUARTA 27/09/2017

Trate das diferenças (e semelhanças) entre desistência voluntária, arrependimento


eficaz e arrependimento posterior. Tema recorrente em provas - 20 linhas em times
12 - SEM CONSULTA.

A desistência voluntária é o instituto por meio o qual o agente que, no curso dos atos
executórios de um delito, de forma voluntaria, desiste de prosseguir no iter criminis,
evitando que tal delito se consume, só responde pelos atos até então praticados.

O arrependimento eficaz, por sua vez, configura-se quando o agente, após esgotar os
atos executórios de um delito, desenvolve nova conduta para evitar que esse se
consume. Tem aplicação, portanto, apenas nos crimes materiais. À semelhança da
desistência voluntária, o código penal determina que o agente só responda, nesse caso,
pelos atos até então praticados.

Em ambos os institutos citados, o agente evita ser responsabilizado pela tentativa do


crime que desejava originalmente praticar. Por esse motivo, a doutrina costuma intitulá-
los de tentativa abandonada, tentativa qualificada, ou ponte de ouro.

Já o arrependimento posterior ocorre quando o agente, após praticar delito sem


violência ou grave ameaça à pessoa na forma consumada, repara o dano de maneira
integral ou restitui a coisa, até o recebimento da denúncia ou da queixa. O
arrependimento posterior funciona como causa de diminuição de pena de um a dois
terços. A doutrina costuma também denominar esse instituto de ponte de prata.

Todos os institutos citados funcionam como forma de incentivar o agente a desistir da


pratica delituosa no curso do iter criminis, ou a reparar suas conseqüências após a
consumação, recompensando-o com o arrefecimento das sanções penais que lhe seriam
imputadas. Trata-se de claro exemplo do que a doutrina costuma chamar de direito
premial.

SUPERQUARTA 04/10/2017

Os direitos da personalidade podem sofrer algum tipo de limitação voluntária?


Cite 2 exemplos (os exemplos devem ser citados quer seja sua resposta negativa ou
afirmativa para a primeira indagação). (15 linhas vedada a consulta).

Os direitos da personalidade são direitos subjetivos, extrapatrimoniais e indisponíveis


de titularidade de todos os indivíduos. Estão ligados à proteção de situações existenciais
dos sujeitos e destinados, em ultima análise, à garantia de sua dignidade enquanto
pessoa humana.

Determina o nosso Código Civil que os direitos da personalidade não podem sofrer
limitação voluntária por parte de seu titular. No entanto, doutrina e jurisprudência têm
admitido que a tal regra pode ser excepcionada para dar espaço ao exercício de outros
direitos de igual importância, notadamente à liberdade negocial do indivíduo.
Assim, tem-se entendido que determinado direito da personalidade possa sofrer
limitação voluntária desde que esta não seja nem geral nem permanente. Nesse sentido é
o entendimento cristalizado no enunciado de número 4 do CJF.

Um bom exemplo são os “reality shows”, programas em que os participantes abrem


mão, temporária e parcialmente e direitos sobre sua imagem e por vezes, também de sua
intimidade. Outro exemplo bastante comum é a cessão de direito de imagem, para fins
publicitários.

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