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REPÚBLICA FEDERATIV

EDERATIVA DO BRASIL
TIVA
Presidente: Fernando Henrique Cardoso
Vice -Presidente: Marco Antonio de Oliveira Maciel
ice-Presidente:

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


Ministro: José Sarney Filho
Secretário -Executivo: José
Secretário-Executivo: Carlos Carvalho
Secretário de Biodiversidade e Florestas: José Pedro de Oliveira Costa
Diretor do Plano Nacional de FLorestas: Raimundo Deusdará Filho
Gerente do Projeto de Uso Sustentável dos Recursos Florestais: Newton Jordão Zerbini

ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A AGRICUL


NIDAS TURA E ALIMENT
GRICULTURA AÇÃO - F
LIMENTAÇÃO AO
FAO
Subdiretor Geral do Departamento de Florestas: Hosny El-Lakane
Chefe de Políticas e Instituições Florestais: Manuel Paveri Anziani
Políticas
Subdiretor Geral para América Latina e Caribe: Gustavo Gordillo de Anda
Chefe de Operações: Roberto Samanez Mercado
Representante no Brasil: Richard W. Fuller
Levantamento dos Mecanismos de Uso
de Florestas em Terras Públicas do Brasil
Terras
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
PROJET
ROJETOO UTF/BRA/047 (AGEND A POSITIV
GENDA A PARA O SET
OSITIVA OR FLOREST
ETOR AL NO BRASIL)
ORESTAL

Diretor Nacional: Raimundo Deusdará Filho


Coordenador: Newton Jordão Zerbini

Consultor
Orlando de Assumpção Filho

Editoração
Patrícia da Gama
Capa
Eduardo da Gama
Orlando de Assumpção Filho

Levantamento dos Mecanismos de Uso


de Florestas em Terras Públicas do Brasil
Terras

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE


BRASÍLIA
1999
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

INTRODUÇÃO
Grande parte da floresta tropical úmida brasileira permanece sob controle do Estado.
São as chamadas “terras devolutas” (pertencentes à União), terras sob administração de
instituições governamentais (INCRA, INSS, Banco do Brasil, etc...), além daquelas sob
administração dos governos estaduais.
A denominada Amazônia Legal possui, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaci-
ais - INPE, aproximadamente 500 milhões de hectares em extensão, sendo que destes 400
milhões são cobertos por florestas. Nessa região detecta-se um aumento considerável de
propriedades privadas possuidoras de cobertura florestal primária e que, em função das
ações governamentais na área tributária rural e de reforma agrária, vêm apresentando acen-
tuado declínio de valor. Hoje, pode-se adquirir, em grande parte da região amazônica, pro-
priedades possuidoras de grande percentual de área recoberta com floresta tropical primá-
ria, cujo valor varia entre R$ 5,00 e R$ 25,00 o hectare. Este valor é considerado insignifican-
te quando contrastado com a grande riqueza biótica que a área apresenta.
Os programas de colonização vêm propiciando a aquisição de terras ocupadas por
florestas primárias, com o objetivo de transformá-las em terras para agricultura e pecuá-
ria. A conseqüência desse modelo evidentemente é o abandono da terra depauperada e
desprotegida.
É preciso levar em conta que a implantação de projetos agropecuários ou de coloniza-
ção em áreas de floresta primária acoberta, em alguns casos, a pressão para outra finalida-
de lucrativa: a comercialização de madeiras de valor comercial.
Outro fator especificamente relacionado à questão agrária e à dimensão social do pro-
blema não deve ser desconsiderado. Trata-se das consequências psicológicas refletidas
nos proprietários de terras quando do processo de invasões e ocupação de propriedades
rurais, consideradas improdutivas pelo movimento dos “sem terra”, pelo simples fato
destas possuírem grandes extensões de florestas. Os proprietários, receosos, sentem-se
obrigados a realizar derrubadas nas áreas com floresta, a fim de conferir-lhes o status de
áreas produtivas.
Sabe-se que a atividade madeireira, por si só, não leva ao desflorestamento. As ativida-
des de exploração centrada em determinadas espécies funcionam como elemento indutor
da penetração de outras atividades, estas sim responsáveis pelos maiores níveis de dano
ao meio ambiente.
A complexidade da questão, que não só atinge a Região Amazônica, como também as
demais áreas detentoras de cobertura florestal primária (caso da Mata Atlântica), merece
a adoção de uma série de medidas, cujo objetivo principal é diminuir os níveis de pressão
antrópica e comercial exercidos pela sociedade. Uma dessas medidas é a criação de legis-
lação específica para o sistema de concessões florestais em terras públicas.
Entre outros fatores positivos resultantes da criação do regime de concessão florestal
no País, certamente um dos mais benéficos seria a redução da necessidade de aquisição
de grandes áreas de terras na Amazônia, por parte do empresariado madeireiro, a fim de

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PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS

atender à legislação florestal vigente, que determina a implantação de Planos de Manejo


Florestal Sustentado – PMFS, nas áreas fonte de matéria – prima.
Após determinado período de exploração, seguindo cronograma operacional determi-
nado pelo PMFS da empresa detentora, a obrigatoriedade da manutenção e vigilância das
áreas já exploradas, em regime de “descanso”, não é economicamente interessante ao
empresariado. Tal situação impele o empresariado a ações pouco éticas, tais como o in-
centivo a invasões das áreas por movimentos de sem terras, gerando conflitos e ações
antagônicas entre os órgãos da área da Reforma Agrária e do Meio Ambiente.
O regime de concessão florestal em áreas de Florestas Nacionais, somado ao aumento
de áreas especialmente protegidas através da criação de novas Florestas Nacionais, propi-
ciará, sem dúvida, uma maior oferta de matéria – prima e regulação desse estoque, além
de manter sob controle técnico a atividade cujo grau de impacto sob o meio ambiente
demonstra ser a de maior significância.

AS FLORESTAS NACIONAIS BRASILEIRAS


As Florestas Nacionais - FLONAS são áreas de domínio público, providas de cobertura
vegetal nativa ou plantada, estabelecidas com os objetivos de promover o manejo dos
recursos naturais, com ênfase na produção de madeira e outros produtos vegetais; garan-
tir a proteção dos recursos hídricos das áreas possuidoras de grande beleza cênica e dos
sítios históricos e arqueológicos, além de fomentar o desenvolvimento da pesquisa cien-
tífica básica e aplicada, da educação ambiental e das atividades de recreação, lazer e
turismo.
A administração das Florestas Nacionais deverá sempre visar entre outros objetivos, a
viabilidade do uso múltiplo e sustentável dos recursos florestais, desenvolvendo técnicas
de produção correspondentes nos termos do Decreto n.° 1.298/94.
Conforme a Tabela 1, existem atualmente 46 áreas constituídas como Florestas Nacio-
nais, cuja extensão territorial é da ordem de 15 milhões de hectares.
Em 1997, apenas 11 dessas Florestas desenvolveram algum tipo de atividade eco-
nômica ou de manejo dos recursos naturais, em atendimento ao que preconiza o
Decreto 1.298/94.

OBJETIVOS DO TRABALHO
O presente trabalho tem por finalidade, através da coleta e análise das informações no
Brasil, avaliar os mecanismos utilizados pelo poder público na utilização e comercialização
de produtos de origem florestal em terras administradas pela União (Florestas Nacionais).

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE
CRIAÇÃO /
Nº NOME UF VEGETAÇÃO NATIVA ORIGINAL ÁREA (Ha.)
LEGISLAÇÃO
REGIÃO SUL 15.022,36
01 AÇUNGUI PR Fl. Ombrófila Mista Portaria 559/68 728,78
02 CAÇADOR SC Fl. Ombrófila Mista Portaria 560/68 710,44
03 CANELA RS Fl. Ombrófila Mista Portaria 561/68 517,73
04 CHAPECÓ SC Fl. Ombrófila Mista Portaria 560/68 1.606,63
05 IBIRAMA SC Fl. Ombrófila Mista Dec. 95.818/88 570,58
06 IRATI PR Fl. Ombrófila Mista e Fl. Estacional Decidual Portaria 559/68 3.495,00
07 PASSO FUNDO RS Área de Transição Estépica e Fl. Ombrófila Mista Portaria 561/68 1.328,00
08 S. FCO. DE PAULA RS Estepe e Fl. Ombrófila Mista Portaria 561/68 1.606,70
09 TRES BARRAS SC Fl. Ombrófila Mista Portaria 560/68 4.458,50
REGIÃO SUDESTE 13.182,89
10 CAPÃO BONITO SP Área de Tensão Ecológica Portaria 558/68 4.344,33
11 IPANEMA SP Área de Tensão Ecológica Dec. 530/92 5.179,93
12 MÁRIO XAVIER RJ Fl. Ombrófila Densa Dec. 93.369/86 493,00
13 PASSA QUATRO MG Área de Tensão Ecológica Portaria 562/68 335,00
14 RIO PRETO ES Fl. Ombrófila Densa Dec. 98.845/90 2.830,63
REGIÃO NORDESTE 38.626,32
15 ARARIPE-APODI CE Área de Tensão Ecológica DEC. 9.226/46 38.626,32
REGIÃO NORTE 15.152.464,47
16 ALTAMIRA PA Não classificada até o momento DEC. 2.483/98 686.012,00
17 AMAPÁ AP Fl. Ombrófila Densa DEC. 96.630/89 412.000,00
18 AMAZONAS AM Fl. Ombrófila Aberta, Fl. Ombrófila Densa, Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 97.546/89 1.573.100,00
19 BOM FUTURO RO Fl. Ombrófila Aberta e Fl. Ombrófila Densa DEC. 96.188/88 280.000,00
20 CARAJÁS PA Não classificada até o momento DEC. 2.486/98 411.948,87
21 CAXIUANÃ PA Fl. Ombrófila Densa DEC. 239/61 200.000,00
22 CUBATÉ AM Campinarana DEC. 99.105/90 416.532,17
23 CUIARI AM Fl. Ombrófila Densa e Área de Tensão Ecológica DEC. 99.109/90 109.518,55
24 HUMAITÁ AM Não classificada até o momento DEC. 2.485/98 468.790,00
25 IÇANA AM Área de Tensão Ecológica DEC. 99.110/90 200.561,47
26 IÇANA-AIARI AM Fl. Ombrófila Aberta, Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 99.108/90 491.400,27
27 ITACAIÚNAS PA Não classificada até o momento DEC. 2.480/98 141.400,00
28 ITAITUBA I PA Não classificada até o momento DEC. 2.481/98 220.034,20
29 ITAITUBA II PA Não classificada até o momento DEC. 482/98 440.500,00
30 JAMARI RO Fl. Ombrófila Aberta e Fl. Ombrófila Densa DEC. 90.224/84 215.000,00
31 MACAUÃ AC Fl. Ombrófila Densa DEC. 96.189/88 173.475,00
32 MAPIÁ - INAUINI AM Fl. Ombrófila Aberta e Fl. Ombrófila Densa DEC. 98.051/89 311.000,00
33 PARI-CACHOEIRA I AM Fl. Ombrófila Densa DEC. 98.440/89 18.000,00
34 PARI-CACHOEIRA II AM Fl. Ombrófila Densa, Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 98.440/89 654.000,00
35 PIRAIAUARA AM Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 98.111/90 631.436,66
36 PURUS AM Fl. Ombrófila Densa DEC. 96.190/88 256.000,00
Fl. Ombrófila Aberta, Fl. Ombrófila Densa, Área de Tensão Ecológica, Campinarana e
37 RORAIMA RR DEC. 97.545/89 2.664.685,00
Refúgio Ecológico
38 SARACÁ-TAQUERA PA Fl. Ombrófila Densa DEC. 98.704/89 429.600,00
39 TAPAJÓS PA Fl. Ombrófila Aberta e Fl. Ombrófila Densa DEC. 73.684/74 600.000,00
40 TAPIRAPÉ-AQUIRI PA Fl. Ombrófila Aberta e Fl. Ombrófila Densa DEC. 97.720/89 190.000,00
41 TARACUÁ I AM Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 99.112/90 647.744,00
42 TARACUÁ II AM Área de Tensão Ecológica e Campinarana DEC. 99.113/90 559.504,00
43 TEFÉ AM Fl. Ombrófila Densa DEC. 97.629/89 1.020.000,00
44 URUCU AM Fl. Ombrófila Densa DEC. 99.106/90 66.496,38
45 XIÉ AM Fl. Ombrófila Densa DEC. 99.107/90 407.935,81
46 XINGÚ PA Não classificada até o momento DEC. 2.484/98 252.790,00
TOTAIS 15.219.296,04

Tabela 1 - As Florestas Nacionais Brasileiras.

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A. IDENTIFIC AÇÃO DE MEC


IDENTIFICAÇÃO ANISMOS P
MECANISMOS ARA UTILIZAÇÃO DE
PARA
FLOREST
FLOREST AS EM TERRAS PÚBLIC
ORESTAS AS BRASILEIRAS.
PÚBLICAS

A.1. POLÍTICAS (LEGISLAÇÃO)

A.1.1. A Constituição da República FFederativa


ederativa do Brasil
Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios:
VII - Preservar as florestas, a fauna e a flora.
Comentários - Este artigo confere competência genérica à União, aos Estados, ao Distri-
to Federal e aos Municípios para, em ações harmônicas, promoverem um equilibrado
desenvolvimento visando sempre à melhoria da qualidade de vida da população.

Art. 24. Compete a União, aos Estados e ao Distrito Federal legislar concorrentemente
sobre:
VI - Florestas, caça, pesca, fauna, conservação da natureza, defesa do solo e dos recur-
sos naturais, proteção do meio ambiente e controle da poluição.
Comentários - Este dispositivo trata da competência legislativa da União, dos Estados e
do Distrito Federal, cabendo a União estabelecer as normas gerais.
Na ausência de lei federal, os Estados não estarão impedidos de legislar sobre qualquer
matéria prevista neste artigo. Nesta hipótese, caberá aos Estados exercer competência legislativa
suplementar, tendo em vista suas necessidades de âmbito regional e seus interesses.

Art. 175. Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos.
Parágrafo único
único. A lei disporá sobre:
I - o regime das empresas concessionárias e permissionárias de serviços públicos, o
caráter especial de seu contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de caduci-
dade, fiscalização e rescisão da concessão ou permissão;
II - os direitos dos usuários;
III - política tarifária;
IV - a obrigação de manter serviço adequado.
Comentários - Este dispositivo da Constituição cita a concessão como uma das formas de
relação entre o Poder Público e empresas privadas, no que diz respeito à prestação de serviços
públicos. A Lei n.º 4.771/65 define que o Poder Público criará Florestas Nacionais, Estaduais e
Municipais, com fins econômicos e o Decreto n.º 1.298/94 determinará que as Florestas Naci-
onais - FLONAS deverão ser estabelecidas com o objetivo, entre outros, de promover o manejo
dos recursos naturais, com ênfase na produção de madeira e outros produtos vegetais.

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Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Art. 187. A política agrícola será planejada e executada na forma da lei, com a participa-
ção efetiva do setor de produção, envolvendo produtores e trabalhadores rurais, bem
como dos setores de comercialização, armazenamento e de transportes, levando em con-
ta, especialmente:
I - os instrumentos creditícios e fiscais;
II - os preços compatíveis com os custos de produção e a garantia de comercialização;
III - o incentivo à pesquisa e à tecnologia;
IV - a assistência técnica e extensão rural;
V - o seguro agrícola;
VI - o cooperativismo;
VII - a eletrificação rural e irrigação;
VIII - a habitação para o trabalhador rural.
§11°° Incluem-se no planejamento agrícola as atividades agro-industriais, agropecuárias,
pesqueiras e florestais.
§2
2°° Serão compatibilizadas as ações de política agrícola e de reforma agrária.
Comentários - Este dispositivo da Constituição articula a política agrícola brasileira com
a atividade florestal e o setor privado. Conforme pode ser observado, a Constituição direciona
a harmonização das atividades agrícola, florestal, pecuária, pesqueira e agro-industrial, ci-
tando-as como parte integrante da política agrícola do País, inclusive determinando sua
compatibilização com a reforma agrária.

Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a políti-
ca agrícola e com o plano nacional de reforma agrária.
§1
1°° A alienação ou a concessão, a qualquer título, de terras públicas com área superior
a dois mil e quinhentos hectares a pessoa física ou jurídica, ainda que interposta por
pessoa, dependerá de prévia aprovação do Congresso Nacional.
§ 2º Excetuam-se do disposto no parágrafo anterior as alienações ou as concessões de
terras públicas para fins de reforma agrária.
Comentários - Este artigo não relaciona a concessão de utilização dos recursos ou pro-
dutos de florestas nacionais - FLONAS com a alienação ou concessão das terras públicas -
Regularização Fundiária, evidenciando a necessidade de consulta ao Congresso nos casos
da alienação ou concessão da terra.

Art. 225. Todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:

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I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológi-


co das espécies e dos ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da federação, espaços territoriais e seus componen-
tes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somen-
te através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente causa-
dora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental,
a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e subs-
tâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente ;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção das espécies ou submetam os animais
a crueldade.
§ 2º Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independente
da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal mato-
grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma da
lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive quan-
to ao uso de seus recursos naturais.
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º As usinas .............
Comentários - O inciso III encarrega o Poder Público de definir, nas Unidades da Federa-
ção, áreas com seus elementos constituintes que, deverão ser especialmente protegidas,
sendo sua alteração, modificação ou até mesmo supressão permitida somente através de
lei, desde que tal ação não conduza ao comprometimento dos atributos que justificaram a
criação de tal área.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A.1.2. Leis
A.1.2.1. LEI Nº 4.771/65 - CÓDIGO FLORESTAL
ORESTAL

Destaques:
Art. 5º. O Poder Público criará:
a) Parques Nacionais, ..............
b) Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, com fins econômicos, técnicos ou soci-
ais, inclusive reservando áreas ainda não florestadas e destinadas a atingir àquele fim.
Parágrafo único. Ressalvada .........
Comentários - Este dispositivo define a competência do Poder Público para a criação de
áreas especialmente protegidas nas Unidades da Federação, baseando-se no artigo 225 -
inciso III, da Constituição Federal.

A.1.2.2. LEI Nº 6.938/81 - POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE


Destaques:
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria
e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condi-
ções ao desenvolvimento sócio-econômico, aos interesses da segurança nacional e à pro-
teção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio
ambiente como patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo
em vista seu uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a
proteção dos recursos ambientais;
VI
VII - acompanhamento do estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis de ensino, inclusive a educação da comunida-
de, objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Comentários - O art. 2.º define claramente a função da PPolítica N
Nacional do M eio Ambi-
ente, que, entre outras atribuições, deve criar condições para assegurar o desenvolvimento
sócio-econômico de uma determinada região ou de sua população.

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O inciso III define que o planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais faz
parte da P.N.M.A.

A.1.2.3. LEI Nº 8.666/93 - LICITAÇÕES E CONTRA


ICITAÇÕES TOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
ONTRATOS

Destaques:
Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de
interesse público devidamente justificado, será precedida de avaliação e obedecerá as
seguintes normas:
I - quando imóveis .............
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente
c) permuta, por outro imóvel
d) investidura;
e) venda a outro órgão
f) alienação, concessão de direito
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de licitação, dispensada esta nos
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente
b) permuta, permitida exclusivamente
c) venda de ações, que
d) venda de títulos
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Adminis-
tração Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos
§ 1.º Os imóveis
§ 2.º A administração
§ 3.º Entende-se por
§ 4.º A doação
§ 5.º Na hipótese
§ 6.º Para venda
Comentários - O inciso II, item “e”, é um dos instrumentos legais nos quais o IBAMA
ampara-se para estabelecimento dos contratos de compra e venda, no que se refere a bens
móveis por entidade da administração pública, para a comercialização dos produtos flo-
restais oriundos das Florestas Nacionais.

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

A.1.2.4. LEI Nº 8.987/95 - DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE


PRESTAÇÃO
SERVIÇOS PÚBLICOS PREVISTO NO ARTIGO 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
ARTIGO

Destaques:
Art. 1º. As concessões de serviços públicos e de obras públicas e as permissões de
serviços públicos reger-se-ão pelos termos do artigo 175 da Constituição Federal, por esta
Lei, pelas normas legais pertinentes e pelas cláusulas dos indispensáveis contratos.
Parágrafo único
único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão a
revisão e as adaptações necessárias de sua legislação às prescrições desta Lei, buscando
atender as peculiaridades das diversas modalidades de seus serviços.
Comentários - A lei 8.987/95 disciplina e determina aos vários níveis da administração
pública, promover legislação complementar, buscando atender às particularidades das di-
versas modalidades de serviços.

A.1.2.5. LEI N° 9.648/98 - ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI N.° 8.666

A.1.2.6. LEI N° 9.074/95 – EST ABELECE NORMAS PARA A OUTORGA E PRORROGAÇÕES DAS
STABELECE
CONCESSÕES E PERMISSÕES DE SERVIÇOS PÚBLICOS.

A.1.3. Decretos
A.1.3.1. DECRETO Nº 1.282/94 - SOBRE O MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL
ORESTAL

Destaques:
Art. 1.º. A exploração das florestas primitivas da bacia amazônica de que trata o artigo
15 da Lei n.º 4.771, de 15 de setembro de 1965 (Código Florestal), e demais formas de
vegetação arbórea natural, somente será permitida sob a forma de manejo florestal sus-
tentável, segundo os princípios gerais e fundamentos técnicos estabelecidos neste Decre-
to.
§ 1.º. Para efeito deste ................
§ 2.º. Entende-se por manejo florestal sustentável a administração da floresta para ob-
tenção de benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de sustenta-
ção do ecossistema objeto do manejo.
Comentários - O Manejo Florestal Sustentável é a forma de atividade prevista em lei
para nortear as processos econômicos advindos de matéria - prima proveniente de cober-
turas vegetais florestais. Nele estão previstos benefícios econômicos e sociais, além da
sustentação do ecossistema sob sua atuação.

A.1.3.2. DECRETO Nº 1.298/94 - FLORESTAS NACIONAIS - FL


ORESTAS ONAS
FLONAS
Destaques:

PROJETO UTF/BRA/047 AGENDA POSITIVA PARA O SETOR FLORESTAL DO BRASIL


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AGENDA POSITIVA PARA O SETOR FLORESTAL DO BRASIL
PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS

Art. 1.º. As Florestas Nacionais - FLONAS são áreas de domínio público, providas de
cobertura vegetal nativa ou plantada, estabelecidas com os seguintes objetivos:
I - promover o manejo dos recursos naturais, com ênfase na produção de madeira e
outros produtos vegetais;
II - Garantir os .................
III - fomentar o desenvolvimento ...................
§ 1.º. Para efeito deste Decreto consideram-se FLONAS as áreas assim delimitadas pelo
Governo Federal, submetidas a condição de inalienabilidade e indisponibilidade, em parte
ou no todo, constituindo-se de bens da União, administradas pelo Instituto Brasileiro do
Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA, sob a supervisão do Minis-
tério do Meio Ambiente e da Amazônia Legal.
§ 2.º. No cumprimento dos objetivos referidos no caput deste artigo, as FLONAS serão
administradas visando:
a) demonstrar a viabilidade do uso múltiplo e sustentável dos recursos florestais e
desenvolver técnicas de produção correspondente;
b) recuperar áreas
c) preservar recursos
d) assegurar o controle
Comentários - Esta lei define as Flonas, o seu papel, seus objetivos - onde o inciso I
justifica plenamente as atividades econômicas -, a sua administração, supervisão e função
divulgadora técnico - científico - econômica para demonstração e desenvolvimento da
tecnologia de uso múltiplo e sustentável dos recursos florestais.

A.1.4. Portarias
A.1.4.1. PORTARIA N.º 48/95 DO IBAMA - DIS CIPLINA A EXPL
ISCIPLINA ORAÇÃO DAS FL
EXPLORAÇÃO OREST
FLORESTAS
ORESTAS
PRIMITIVAS DA BACIA AMAZÔNICA E DEMAIS FORMAS DE VEGET
PRIMITIVAS AÇÃO NA
VEGETAÇÃO TURAL
NATURAL

Destaques:
Art. 1.º. A exploração de florestas primitivas da Bacia Amazônica e demais formas de
vegetação arbórea natural, somente será permitida através do manejo florestal sustentá-
vel, conforme regulamentação estabelecida nesta Portaria.
Parágrafo único
único. Entende-se por manejo florestal sustentável a administração da flores-
ta para obtenção dos benefícios econômicos e sociais, respeitando-se os mecanismos de
sustentação do ecossistema objeto do manejo.
Art. 2.º. A execução do manejo que trata o artigo anterior somente será permitida atra-
vés do Plano de Manejo Florestal Sustentável - PMFS, obedecidos os seguintes princípios
gerais e fundamentos técnicos:

16
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

I - Princípios Gerais:
a) conservação dos recursos naturais;
b) conservação da estrutura da floresta e de suas funções;
c) manutenção da diversidade biológica; e
d) desenvolvimento sócio-econômico da região.

II - Fundamentos Técnicos:
a) levantamento criterioso dos recursos disponíveis a fim de assegurar a confiabilidade
das informações pertinentes;
b) caracterização da estrutura e do sítio florestal;
c) identificação, análise e controle dos impactos ambientais, atendendo à legislação
pertinente;
d) viabilidade técnico-econômica e análise das conseqüências sociais;
e) procedimentos de exploração florestal que minimizem os danos sobre o ecossistema;
f) existência de estoque remanescente do recurso que garanta a produção sustentada
da floresta;
g) adoção do sistema silvicultural adequado; e
h) uso de técnicas apropriadas de plantio, sempre que necessário.
Comentários - A Portaria n.º 48 do IBAMA determina que a prática do Manejo Florestal
Sustentável deverá ser orientada, formulada e apresentada através do Plano de Manejo
Florestal Sustentável, incluindo-se seus princípios e fundamentos.

A.1.4.2. PORTARIA Nº 92-N/98 DO IBAMA


Art. 1.º. Ficam estabelecidos os seguintes procedimentos técnicos e administrativos
para a comercialização, através da venda direta aos interessados, dos produtos e
subprodutos produzidos pelas Florestas Nacionais - FLONAS:
a) levantamento técnico das áreas a serem comercializadas;
b) autuação do processo;
c) pesquisa de mercado;
d) divulgação dos produtos a serem comercializados;
e) celebração do Termo de Compromisso para retirada dos produtos.

Art. 2.º. Os quantitativos mínimos e máximos a serem comercializados ficarão a crité-


rio das chefias das FLONAS, respeitando-se os respectivos Planos de Manejo ou de Ope-
ração aprovados, obedecidas as unidades de medidas praticadas na região.
Art. 3.º. Esta Portaria ...........

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PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS

Comentários - A Portaria define claramente a forma de comercialização dos produtos


“produzidos” pelas florestas nacionais. Cabe aí uma crítica sobre o termo “produzido”,
bastante restritivo e dando uma conotação de que tais produtos passaram por uma fase de
industrialização antes da sua comercialização.

A.1.5. Situações Transitórias


Transitórias
A.1.5.1. ANTE-PROJETO DE MEDIDA PROVISÓRIA Nº , DE DEZEMBRO DE
1997 2
- CRIA O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE ACESSO E EXPLORAÇÃO
ACESSO EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NA
RECURSOS TURAIS,
NATURAIS
PARA PRODUÇÃO DE BENS OU SERVIÇOS, DE FLOREST AS NACIONAIS, EST
ORESTAS ADU
STADUAIS E MUNICIP
ADUAIS AIS, E DÁ
UNICIPAIS
OUTRAS PROVIDÊNCIAS.

O Presidente da República, no uso da atribuição que lhe confere o artigo 62 da Consti-


tuição, adota a seguinte Medida Provisória, com força de lei.

Capítulo I
Das Disposições Iniciais
Art. 1o . Fica criado o regime de concessão para a permissão de acesso e exploração
privados e comunitários de bens e serviços de recursos naturais, para produção de bens
ou serviços, de Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, definidas na alínea b do artigo
5o da Lei 4.771 de 15 de setembro de 1995.
Art. 2o . As concessões e permissões de acesso e exploração de recursos naturais de
Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais reger-se-ão nos termos desta Medida Provisó-
ria, das normas legais pertinentes, especialmente no disposto nos artigos 15 e 19 da Lei
4.771, de 1965, e, no que couber, nos termos da Lei 8.987 de 13 de fevereiro de 1995, da
Lei 9.074 de 7 de julho de 1995 e da Lei 8.666 de 21 de junho de 1993.
Parágrafo único
único. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios promoverão as
revisões e as adaptações necessárias de suas legislações, às disposições desta Medida
Provisória, buscando atender as peculiaridades das diversas modalidades de acesso e
exploração dos recursos naturais das Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais.
Art. 3o. As concessões e permissões de acesso e exploração de recursos naturais referi-
das no artigo 2o serão outorgadas em caráter empresarial, comunitário, ou empresarial-
comunitário, e sempre mediante um plano de manejo sustentável, de um plano de uso
sustentável ou de um plano de manejo sustentável de uso múltiplo, quando se tratar
respectivamente da produção de bens, da produção de serviços ou da produção de bens
e serviços, elaborados nos termos da legislação e normas vigentes.

2
Encontra-se sob análise, na Casa Civil da Presidência da República, de onde deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional sob
a forma de Projeto de Lei (Fonte - IBAMA / Brasília - Julho 1998).

18
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Capítulo II
Dos Bens e Serviços Objeto da Concessão
Art. 4o. São objeto de concessão e permissão de acesso e exploração os seguintes bens
e serviços, oriundos de recursos naturais renováveis e não renováveis, de Florestas Naci-
onais, Estaduais e Municipais,:
I - madeira, produtos da madeira, subprodutos da madeira e lenha, de florestas nativas e
plantadas;
II - produtos não madeireiros: mel, sementes, resinas, látex, gomas, tanantes, palmáceas,
fibras, oleaginosos, ceras, alimentícios, frutíferas, aromáticos, fármacos, medicinais, orna-
mentais, e quaisquer outros produtos vegetais de interesse econômico;
III - recursos minerais;
IV - ecoturismo;
V - conservação e suprimento de água;
VI - serviços culturais;
VII - recreação e lazer;
VIII - prevenção e proteção à saúde humana.

Capítulo III
Do Zoneamento, do Plano de Manejo e do Plano de Uso
Art. 5º. A União, através do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal e do IBAMA, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, através dos
seus órgãos competentes, farão o zoneamento das suas respectivas Florestas Nacionais,
Estaduais e Municipais a serem submetidas ao regime de concessão, previamente à autorga
da concessão de acesso e exploração dos recursos naturais.
§ 1º. Entende-se por zoneamento a definição dos espaços destinados aos distintos
usos, segundo critérios técnico-científicos, que levem em conta parâmetros sociais, cultu-
rais, econômicos, ambientais e de estoque de recursos naturais.
§ 2º. A União, através do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da
Amazônia Legal e do IBAMA, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão realizar
o zoneamento de que trata o caput deste artigo, diretamente ou indiretamente, através da
contratação de serviços de empresas de consultoria ou ainda através de universidades, ins-
tituições de pesquisa, fundações públicas, ou organizações não governamentais, mediante
convênios, ajustes, termos de cooperação, ou instrumentos congêneres.
Art. 6º. Nas Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais com populações
comprovadamente residentes no seu interior antes do ato de criação da unidade, o
zoneamento reservará áreas para manejo comunitário e para usos tradicionais dessas po-
pulações, segundo critérios e parâmetros a serem regulamentados.

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Art. 7o. Respeitado o zoneamento previamente elaborado, a outorga de concessão só


poderá ser procedida, na forma da Lei, mediante um plano de manejo sustentável, para a
zona de produção de bens; de um plano de uso sustentável, para a zona de produção de
serviços; ou de um plano de manejo sustentável de uso múltiplo, para as zonas de produ-
ção de bens e serviços, elaborados em conformidade com a legislação e normas vigentes.
Art. 8o . O Plano de manejo sustentável, o plano de uso sustentável e o plano de manejo
sustentável de uso múltiplo poderão ser realizados tanto pelo poder concedente, quanto
pela concessionária.
§ 1º. Na hipótese de o poder concedente realizar qualquer dos planos, o custo da sua
realização será repassado para a concessionária, quando da outorga da concessão, e na
forma a ser regulamentada.
§ 2º. Na hipótese de a concessionária realizar qualquer dos planos, o mesmo será
avaliado pelo poder concedente, que poderá utilizar-se de uma auditoria independente
para fazê-lo, sendo o custo desta auditoria repassado para a concessionária, quando da
outorga da concessão, na forma a ser regulamentada.
§ 3º. O Plano de Manejo sustentável, o plano de uso sustentável e o plano de manejo
sustentável de uso múltiplo deverão ser revistos a cada cinco anos pela concessionária e a
revisão submetida à apreciação do órgão Federal, Estadual ou Municipal competente.

Capítulo IV
Responsabilidades da Concessionária
Art. 9o. São de responsabilidade exclusiva da concessionária:
Construção e manutenção das obras e instalações físicas, e aquisição e manutenção
das máquinas e equipamentos necessários à operacionalização do empreendimento.
Construção e manutenção da infra-estrutura de estradas primárias e secundárias, e, no
caso exploração de madeira, também dos estaleiros e pátios de estocagem.
Planejamento anual da exploração do bem ou do serviço.
Inventário logístico da área de exploração anual, no caso de madeira.
Instalação e medição periódica de parcelas permanentes para aferição e monitoramento
do estoque em crescimento, da regeneração e do incremento da floresta.
Implantação do sistema silvicultural estabelecido no Plano de Manejo.
§ 1º. Respeitado o Zoneamento da Floresta Nacional, Estadual ou Municipal, o Poder
Público concederá autorização para a instalação da indústria e da infra-estrutura da con-
cessionária dentro da unidade.
§ 2º. Em se tratando de mineração, a recuperação das áreas mineradas será feita levan-
do em consideração a legislação em vigor.

20
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Capítulo V
Prazos
Art. 10. Ficam estabelecidos os seguintes prazos mínimos para concessão de acesso e
exploração de recursos naturais, para produção de bens ou serviços, definidos no artigo
4o, contados da data da assinatura do imprescindível contrato:
I - Madeira de floresta nativa: número de anos correspondentes a um ciclo de corte da
floresta.
II - Madeira de floresta plantada: número de anos correspondentes a uma rotação.
III - Produtos não madeireiros: número médio de anos necessários para a completa
regeneração da espécie, recomposição do nível do estoque ou do volume de matéria-
prima extraído.
IV - Serviços de ecoturismo: prazo necessário à amortização do investimento, limitado
a 30 (vinte) anos o prazo máximo da concessão.
V - Demais serviços: prazo necessário à amortização do investimento, limitado a 20
(vinte) anos o prazo máximo da concessão.
§ 1º. Entende-se por ciclo de corte o período de tempo necessário para a recomposição
do estoque florestal, a partir da primeira exploração.
§ 1º. Entende-se por rotação o período médio de produção dos povoamentos, até a
realização do corte final.
§ 3º. Para serviços culturais, de recreação e de lazer, poderão ser concedidas, permis-
sões de acesso e de exploração por períodos de até 5 (cinco) anos, dependendo do porte
do empreendimento e do tipo de serviço, analisados caso a caso, e em conformidade com
a forma da legislação vigente.
§ 4º. Observadas as normas legais e atendidos os requisitos de sucesso do empreendi-
mento, o poder concedente poderá prorrogar o prazo da concessão, mediante critérios a
serem regulamentados.

Capítulo VI
Da FForma
orma de Remuneração e de Pagamento
Pagamento
Art. 11. O pagamento da concessão a que se refere o artigo 2o será realizado, na forma
da Lei, com base numa componente fixa, remuneratória do direito de acesso e exploração
do recurso, e outra variável, remuneratória do correspondente volume do recurso ou
serviço explorados.
§ 1º. A remuneração pelo direito de acesso exploração e garantia de suprimento do
recurso será feita em função da quantidade e da qualidade do estoque médio por unidade
de área.
§ 2º. A remuneração pelo volume explorado será feita em função do valor do bem ou
serviço.

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§ 3º. No caso da madeira, o valor variável da remuneração poderá ser fixado por espé-
cie, ou grupos de espécies.
§ 4º. No caso de serviços, a remuneração e o pagamento também serão feitos
analogamente, por uma componente fixa e outra variável.
§ 5º. No caso de florestas plantadas, a remuneração a que se refere o parágrafo segun-
do conterá necessariamente uma componente relativa ao custo de reposição da floresta.
§ 6º. No caso de florestas nativas, a remuneração a que se refere o parágrafo segundo,
conterá necessariamente, uma componente relativa ao custo do risco do eventual insucesso
do plano de manejo na reposição do estoque.
§ 7º. O poder concedente regulamentará as diversas formas de remuneração e paga-
mento pelo acesso e exploração do recurso, levando em conta as peculiaridades sociais,
econômicas e ambientais regionais ou locais, das unidades sob concessão.

Capítulo VII
Da Habilitação da Concessionária
Art. 12. Consideram-se habilitadas a acessar e explorar recursos em Florestas Nacio-
nais, Estaduais e Municipais, respeitada a legislação vigente, empresas, associações co-
munitárias, cooperativas de produtores e cooperativas de profissionais liberais, funda-
ções públicas e privadas.
Parágrafo único. Em qualquer das modalidades será permitido o consórcio de entida-
des para participar da concessão.

Capítulo VIII
Modalidade da Natureza da Concessionária
Art. 13. Quaisquer que sejam as modalidades da natureza das concessionárias produ-
toras de bens definidas no artigo 12 ficam as mesmas classificadas em três categorias, por
ordem de prioridade, para fins de obtenção da concessão de acesso e exploração de
recursos naturais.
I - Concessionária que acessa, explora o recurso e realiza o processamento primário e
secundário, a nível local ou regional.
II - Concessionária que acessa, explora o recurso e realiza o processamento primário, a
nível local ou regional.
III - Concessionária que acessa, explora o recurso e comercializa In bruto ou In natura,
a nível local ou regional.

Capítulo IX
Do Monitoramento e do Controle da Área sob Concessão
Art. 14. O monitoramento e controle da área sob concessão será feito pela própria

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concessionária; pela União, pelos Estados e pelos Municípios, através dos seus órgãos
competentes, contratados ou conveniados; e por Conselhos que incluirão a participação
da sociedade civil organizada, segundo critérios e períodos a serem baixados em regula-
mento específico pelos órgãos competentes.

Capítulo X
Poder do Concedente
Art. 15. A União, através do MMA e IBAMA, os Estados e os Municípios, através de seus
órgãos competentes mantém o domínio da propriedade, o poder normativo e o poder de
polícia sobre a área sob concessão.

Capítulo XI
Das Sanções Civis e Administrativas
Art. 16. Independente das sanções contratuais, o descumprimento ou a inexecução das
obrigações contratadas, sujeitará a concessionária às seguintes penalidades:
I - Multa simples ou diária, nos valores a serem regulamentados;
II - Perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo Poder Público;
III - Perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em estabeleci-
mentos oficiais de crédito;
IV - Suspensão da sua atividade;
V - Proibição de contratar com a administração pública, em qualquer dos níveis de
governo, no prazo igual ao do contrato rescindido.
VI - Obrigação de recuperar os danos causados.

Capítulo XII
Disposições FFinais
inais
Art. 17. Da receita total oriunda das remunerações e dos pagamentos das concessões de
Florestas Nacionais, pelo menos 50% serão revertidos a um Fundo destinado ao custeio, ma-
nutenção, administração, zoneamento, monitoramento, controle, fiscalização In situ e super-
visão do Sistema de Florestas Nacionais e de suas unidades.
Art. 18. Os recursos restantes das remunerações e dos pagamentos das concessões de
Florestas Nacionais referidos no artigo anterior serão destinados ao fomento, extensão e
pesquisa florestais.
Art. 19. Em Florestas Nacionais, o poder concedente poderá outorgar permissões de curto
prazo, para Associações ou Cooperativas Comunitárias, residentes na unidade ou não, para
aproveitamento de espécies madeireiras não comercializadas ou de comercialização restrita,
assim como para árvores caídas e resíduos oriundos de exploração de concessões outorgadas.

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Parágrafo único. As autorizações de que tratam o caput deste artigo não poderão exce-
der a cinco anos.
Art. 20. Em Florestas Nacionais, Estaduais e Municipais, visando o desenvolvimento de
projetos sociais de marcenaria, tanoaria, luteria e outros, com Associações ou Cooperati-
vas comunitárias, o poder concedente fica autorizado a permutar madeira por produtos e
serviços congêneres, indispensáveis ao adequado funcionamento e manutenção da infra-
estrutura física, obras e instalações da unidade sob concessão.
Art. 21. Esta Medida Provisória entra em vigor na data da sua publicação.
Comentários - Tal mecanismo, ainda não regulamentado, pretende normatizar a con-
cessão e exploração dos recursos naturais em florestas nacionais, determinando que os
diversos níveis hierárquicos da administração pública deverão promover as adaptações da
legislação, objetivando a atender as peculiaridades de cada situação.
Cria o Zoneamento, um mecanismo adicional ao Plano de Manejo Florestal Sustentado,
ao Inventário Florestal e ao Plano Diretor de cada Flona.
Define responsabilidades, prazos de concessão e possível prorrogação destes mediante
regulamentação futura. Define formas de remuneração e pagamento, além da habilitação.

A.2. CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E GERENCIAMENTO


GERENCIAMENTO

A.2.1. Espécies
As espécies florestais definidas para comercialização, no caso das Florestas Nacionais
possuidoras de reflorestamentos, são as espécies de interesse comercial do mercado,
cuja forma de exploração pode ser através do corte de talhões completos (Eucalyptus
spp.) ou através da forma de desbaste de talhões (Pinus spp.).
No caso de Florestas Nacionais possuidoras de florestas primárias naturais heterogêne-
as, a determinação positiva das espécies é baseada em critérios de mercado e de informa-
ções técnicas oriundas das instituições de pesquisa da área. A determinação negativa (es-
pécies cuja exploração é proibida) é baseada em Inventários Florestais que determinam a
baixa densidade desta espécie ocorrente na área, importância na alimentação da fauna
local, pouca capacidade reprodutiva, propriedades fármaco–terápicas, espécies conside-
radas em extinção e as proibidas por lei.

A.2.2. Volume
Todos os volumes passíveis de exploração foram apresentados e definidos com base
em Inventários Florestais globais.
Nenhuma definição técnica ou base literária foi anexada aos Editais que definem os
volumes passíveis de exploração. Os critérios de determinação que definem o volume a
ser explorado foram simplesmente apresentados.

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Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
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A.2.3. Preços
Os preços definidos como mínimos foram apresentados com base em levantamento
dos preços praticados nos mercados locais.

A.2.4. Supervisão
Toda a supervisão das operações e verificação da observância as normas pré-
estabelecidas está sob a responsabilidade do chefe administrativo da unidade, isto é,
da Floresta Nacional.

A.3. MECANISMOS TRIBUTÁRIOS

A.3.1. Recursos Gerados


A arrecadação gerada pelas Floresta Nacionais, através dos produtos de origem flores-
tal, vem evoluindo através do aumento do volume de produtos comercializados, assim
como pelo incremento do número de Flonas participantes na atividade econômica.
As Tabelas 2 e 3 e a Figura 1 sintetizam o potencial econômico a ser desenvolvido,
assim como abre perspectivas de abastecimento confiável e duradouro aos empresários
que fazem uso dessas fontes de matéria – prima.

Recursos Arrecadados com Atividade Florestal (R$)


Florestas Nacionais
1994 1995 1996 1997
AÇUNGUÍ 2.408,00 9.632,00 15.306,85 25.113,81
CAÇADOR 76.534,14 82.007,13 - -
CANELA 13.627,64 24.319,80 46.295,76 54.366,89
CHAPECÓ 49.986,05 51.301,00 11.558,78 132.515,39
MÁRIO XAVIER 9.130,98 3.783,20 10.882,19 25.511,52
PASSO FUNDO 57.985,69 66.712,82 65.016,07 63.145,12
S.F. DE PAULA 32.749,97 64.510,60 106.073.50 57.563,29
TRES BARRAS 169.869,26 173.080,01 128.201,62 260.000,00
IRIRAMA - 6.289,36 5.751,48 -
IRATÍ - 18.868,08 5.053,32 98.518,64
CAPÃO BONITO - 115.087,02 344.411,42 535.501,66
PASSA QUATRO - 39.060,30 40.634,94 78.591,00
ARARIPE - 3.816,00 4.780,55 -
JAMARÍ - 183,20 160,00 22.200,00
TAPAJÓS - 299,55 133,40 -
TAPIRAPÉ-AQUIRI - 3.718,10 30.003,48 -
TOTAL 412.111,73 662.668,17 814.263,36 1.353.027,32
Fonte: IBAMA / DIREN / DEREF / DIFLONA

Tabela 2 - Receitas efetivamente obtidas com Produtos Florestais em FLONAS

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PRODUTOS ORIGINADOS DE
ANO I ANO V ANO X
FLORESTAS NACIONAIS

MADEIRA 4.402.000 84.162.000 306.848.000

RESINAS E FOLHAS 442.000 970.000 1.476.000

NÃO MADEIREIROS - 600.000 1.000.000

RECEITA 4.844.000 85.732.000 309.324.000

Fonte IBAMA / DIREN / DEREF “Programa Florestas Nacionais”

Tabela 3 - Receitas Previstas com a Implantação do Programa Florestas Nacionais

1,400,000
1,200,000
1,000,000
800,000
600,000
400,000
200,000
0
1994 1995 1996 1997

Anos
Figura 1 – Evolução dos valores arrecadados em FLONAS

A.3.2. Impostos e Taxas


Taxas
Não estão previstos quaisquer tipos de tributos incidentes sobre o produto florestal
oriundo de Florestas Nacionais, além do valor definido em edital como de compra.
A Autorização de Transporte de Produtos Florestais é emitida pela administração da
Floresta Nacional.
O comprovante do recolhimento dos valores relativos ao pagamento pela aquisição
dos produtos de origem florestal advindos de Florestas Nacionais é o Documento de
Recolhimento de Receitas - DR (Figura 2).

A.4. FORMAS DE ACORDOS COMERCIAIS

A.4.1. Contrato de Compra e Venda


Venda
Contrato de Compra e Venda de madeira em pé, através de Concorrência Nacional.
O Contrato de Compra e Venda de produtos é um dispositivo legal que confere à
pessoa física ou jurídica, o direito de explorar, extrair ou utilizar, por um período previa-
mente determinado, o potencial florestal da terra sob o controle da autoridade pública.

26
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Figura 2 - Documento de Recolhimento de Receitas - DR

A.4.1.1. PRAZOS
Os prazos previstos variam desde os de curta duração (90 dias), até os de longa
duração (05 anos).

A.4.1.2. LIMITAÇÕES, RESPONSABILID


IMITAÇÕES ADES E FISCALIZAÇÃO
ESPONSABILIDADES

O conceito de limitação aqui apresentado é previsto quando uma ação ou procedimento é


previamente definido através da determinação da Contratante: área, calendários, volumes,
caracterização ou particularização de espécies, restrição de uso de equipamentos, etc. ....
As limitações iniciam quando define-se o Plano de Manejo Florestal Sustentado da
Floresta Nacional como documento básico e norteador das ações diretamente relaciona-
das ao objeto da licitação, isto é, a madeira. Definido previamente, restringe a ação da
contratada no que diz respeito a área de atuação; espécies exploradas, limitadas pelo
Inventário Florestal; Diâmetro Médio à Altura do Peito - DAP - mínimo permitido para as
espécies exploradas; emprego de mão-de-obra nas operações de colheita florestal; ativi-
dades operacionais tais como volume de tráfego, dias de trabalho, etc.

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As responsabilidades da contratante referem-se a acompanhar a execução do contrato,


controlar a extração, carregamento, aferição e retirada das madeiras pela contratada. Emi-
tir recibo comprobatório do recolhimento dos valores, por parte da Contratada, relativos
ao volume e espécies de madeiras retiradas durante o exercício. Marcar indivíduos que
não serão passíveis de atuação exploratória por parte da Contratada e tratamento silvicultural
posterior. Emitir a Autorização de Transporte de Produtos Florestais.
As responsabilidades da contratada estão, via de regra, discriminadas através do con-
trato. As principais responsabilidades previstas são: empregar métodos de derrubada e
extração preestabelecidos através do Plano de Manejo Florestal e Plano de Exploração
Florestal; arcar com despesas de atividades operacionais e benfeitorias necessárias, inclu-
sive disponibilizando-as a Contratante; manutenção de benfeitorias; registro atualizado
dos funcionários sob sua responsabilidade; emitir romaneios de movimentação das ma-
deiras extraídas e informações regulares sobre a atividade de exploração; empregar pes-
soal capacitado e treinado nas operações de colheita de madeira; priorizar a contratação
de mão-de-obra existente nas comunidades locais; prover os meios necessários para o
bom nível de segurança no trabalho.
A fiscalização é de competência exclusiva da chefia da Flona.

A.4.2. Leilão
Licitação na modalidade Leilão
Leilão, regida pela Lei n.º 8.666/93, do tipo Maior Lance é um
dispositivo legal que confere à pessoa física ou jurídica, o direito de adquirir, explorar,
extrair ou utilizar, por um período previamente determinado, o potencial florestal da terra
sob o controle da autoridade pública.
O objeto do leilão é a venda a quem oferecer o maior lance acima do preço mínimo
avaliado, correndo por conta do licitante vencedor os custos de extração por desbaste
seletivo, retirada e transporte dos produtos florestais decorrentes do corte.

A.4.2.1. PRAZOS
Curtos, variando de trinta (30) a cento e oitenta (180) dias.

A.4.2.2. LIMITAÇÕES, RESPONSABILID


IMITAÇÕES ADES E FISCALIZAÇÃO
ESPONSABILIDADES

O conceito de limitação aqui apresentado é previsto quando uma ação ou procedimen-


to é previamente definido através da determinação da Contratante: área, calendários, vo-
lumes, caracterização ou particularização de espécies, restrição de uso de equipamentos,
etc. ....
As limitações iniciam quando define-se o Plano de Manejo Florestal Sustentado da Flo-
resta Nacional como documento básico e norteador das ações diretamente relacionadas ao
objeto da licitação, isto é, a madeira. Definido previamente, restringe a ação da contratada
no que diz respeito a área de atuação; ao volume e intensidade; o Diâmetro Médio à Altura
do Peito - DAP - mínimo permitido; o emprego de mão-de-obra nas operações de colheita
florestal; as atividades operacionais tais como volume de tráfego, dias de trabalho, etc.
28
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

As responsabilidades da contratante referem-se a acompanhar a execução do contrato,


controlar a extração, carregamento, aferição e retirada das madeiras pela contratada. Emi-
tir recibo comprobatório do recolhimento dos valores, por parte da Contratada, relativos
ao volume e espécies de madeiras retiradas durante o exercício. Marcar indivíduos que
não serão passíveis de atuação exploratória por parte da Contratada. Emitir a Autorização
de Transporte de Produtos Florestais.
As responsabilidades da contratada estão, via de regra, discriminadas através do con-
trato. As principais responsabilidades previstas são: Empregar métodos de derrubada e
extração preestabelecidos através do Plano de Manejo Florestal e Plano de Exploração
Florestal; arcar com despesas das atividades operacionais e benfeitorias necessárias, in-
clusive disponibilizando-as a Contratante; manutenção de benfeitorias; registro atualiza-
do dos funcionários sob sua responsabilidade; emitir romaneios de movimentação das
madeiras extraídas e informações regulares sobre a atividade de exploração; empregar
pessoal capacitado e treinado nas operações de colheita de madeira; priorizar a contratação
de mão-de-obra existente nas comunidades locais; prover os meios necessários para o
bom nível de segurança no trabalho.
A fiscalização é de competência exclusiva da chefia da Flona.

A.5. EXEMPLOS NACIONAIS DE UTILIZAÇÃO DE FL


EXEMPLOS OREST
FLOREST AS EM
ORESTAS
TERRAS PÚBLICAS

A.5.1. Floresta Nacional doTapajós


doTapajós
Estado
Estado: Pará
Municípios: Santarém, Aveiros, Rurópolis e Presidente Médici.
Área
Área: 600.000 hectares
Vegetação Nativa Original
Original: Floresta Ombrófila Densa & Floresta Ombrófila Aberta
Instrumento de Criação
Criação: Decreto n.º 73.684/74
Localização
Localização: Latitude 02º 07’ 00” a 04º 43’ 00” S
Longitude 54º 45’ 00” a 55º 26’ 00” W Gr.
A.5.1.1. NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO
Licitação, através de Edital de Concorrência Nacional, na modalidade de Concorrência
Pública
Pública, do tipo Maior Oferta
Oferta, regida pela Lei n.º 8.666/93, republicada no D.O.U. de 06
de julho de 1994, com redação dada pela Lei n.º 9.648/98.
O objeto a que se refere esta alienação são árvores em pé, de várias espécies de madei-
ras existentes na Floresta Nacional do Tapajós.
A licitação é processada e julgada em sessão pública, através da Comissão Especial de
Licitação, onde os participantes apresentam propostas de preço em envelope fechado e será
considerado vencedor aquele que apresentar oferta de maior preço, igual ou superior ao valor
de avaliação.
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A.5.1.2. HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIP


ABILITAÇÃO AÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL.
ARTICIPAÇÃO

Podem participar da Concorrência pessoas jurídicas, isoladamente, ou em forma de con-


sórcio do ramo de atividades compatíveis com o objeto da licitação (cláusula sexta - item 6.1
- pg. 7). Devem estar cadastradas e habilitadas, mesmo que parcialmente, no Sistema de
Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF (cláusula sexta - item 6.2 - pg. 7).
Não poderão concorrer direta ou indiretamente as pessoas jurídicas sob falência; con-
curso de credores; dissolução; liquidação; que por qualquer motivo tenham sido declara-
das inidôneas por qualquer órgão da administração pública; sob suspensão do direito de
licitar com a administração pública; que possua em seu quadro societário servidor de
qualquer órgão ou entidade vinculada ao Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos
Hídricos e da Amazônia Legal; que isoladamente, ou em forma de consórcio por qualquer
das suas consorciadas, esteja inscrita em dívida ativa pelo IBAMA no Sistema Integrado de
Administração Financeira da União - SIAFI (cláusula sexta - item 6.4 - pg. 8).

A.5.1.3. NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO


ONTRAT

Contrato de Compra e Venda de madeira em pé, através de Concorrência Nacional.


No seu edital de publicação, tal concorrência é designada pelo número 01/98 e seu
processo no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
tem o número 02018.001698/98.68.
O Contrato de Compra e Venda de produtos produzidos por FLONAS é um dispositivo
legal que confere à pessoa física ou jurídica, o direito de explorar, extrair ou utilizar, por
um período previamente determinado, o potencial florestal da terra sob o controle da
autoridade pública. Esse potencial é previsto e definido no referido contrato, incluindo aí
uma possível delimitação da área sob utilização contratual.
O contrato da Floresta Nacional do Tapajós prevê a compra e extração de um determinado
volume de madeira, restrito a uma determinada área e a um número definido de espécies.
Define como instrumento básico de determinação das condições de volume e espéci-
es, o Inventário Florestal e o Plano de Manejo Florestal Sustentável, previamente elabora-
do pela contratante (União)

A.5.1.3.1. Prazos
O prazo de exploração das espécies florestais esta previsto e limitado para um máximo
de cinco (05) anos (cláusula quarta - item 15.1 - pg. 15), podendo ser prorrogado ou
antecipado, com anuência das partes, em função do surgimento de situações extraordiná-
rias não definidas em contrato (cláusula quarta - item 15.1.1. - pg. 15).
O fórum para análise dessas situações ou fatos fortuitos não está definido, nem
explicitado no contrato.
Cria o prazo anual para desempenho da contratada, no que diz respeito a área explo-

30
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rada (644,4 ha - Seiscentos e quarenta e quatro hectares e quatro ares) ou correspon-


dente volume de madeira em pé (25.776 m³ - 40,0 m³/ha - volume geométrico ou
20.245 m³ - 31,417 m³/ha - volume francon), baseado nas informações contidas no
Plano de Manejo e Inventário Florestal (cláusula quarta - item 15.1.2. - pg. 15).

iscalização
A.5.1.3.2. Limitações, Responsabilidades e FFiscalização
LIMITAÇÕES
IMITAÇÕES

O conceito de limitação aqui apresentado é previsto quando uma ação ou procedimento é


previamente definido através da determinação da Contratante: área, calendários, volumes,
caracterização ou particularização de espécies, restrição de uso de equipamentos, etc...
As limitações iniciam quando da definição da área sob o regime de contrato previsto.
Definida previamente, restringe a ação da contratada no que diz respeito à área de atua-
ção (cláusula segunda - item 2.1 - pg. 4). A segunda limitação diz respeito às espécies
exploradas, limitadas pelo Inventário Florestal, e discriminadas pelo Plano de Manejo Flo-
restal (cláusula terceira - item 3.1 - pg. 4 e cláusula quarta - itens 4.1.1 - pg. 5). A terceira
limitação é sobre o Diâmetro Médio à Altura do Peito - DAP - mínimo permissível para as
espécies exploradas (cláusula terceira - item 3.2 e 3.2.1 - pg. 5), alguns sem apoio legal
para sua determinação, baseado em conceitos técnicos porém, chocando-se com a legis-
lação florestal pertinente. A quarta limitação diz respeito à interferência da Contratante
sobre a Contratada para o emprego de mão-de-obra nas operações de colheita florestal
(cláusula oitava - item 18.7 e 18.8 - pg. 19) e outras operações.

RESPONSABILIDADES
ESPONSABILIDADES

da Contratante
a) Acompanhar a execução do contrato, controlar a extração, carregamento, aferição e
retirada das madeiras pela contratada (item 19.1 - pg. 20);
Comentário - o que podemos observar é uma forma de gerenciamento da União
sobre as ações da Contratada, principalmente em aspectos onde, notoriamente, não
existe experiência por parte da Contratante. Apresentar a União, através do IBAMA, como
responsável pelo controle da extração, carregamento e retirada das madeiras por parte
da Contratada é, no mínimo, um contra-senso ao que se espera obter das parcerias entre
iniciativa privada e União.
b) emitir recibo comprobatório do recolhimento dos valores, por parte da Contratada,
relativos ao volume e espécies de madeiras retiradas durante o exercício (item 19.2 - pg. 20);
c) marcar indivíduos que não serão passíveis de atuação exploratória por parte da Con-
tratada e tratamento silvicultural denominado “Corte de Cipós” (item 19.3 e 19.4 - pg. 20).

da Contratada

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a) Empregar métodos de derrubada e extração preestabelecidos através do Plano de


Manejo Florestal e Plano de Exploração Florestal (cláusula décima oitava - item 18.1 - pg.
18);
b) arcar com despesas de tratamentos silviculturais pré-exploratórios, atividades
operacionais e benfeitorias necessárias, inclusive disponibilizando-as à Contratante (cláu-
sula décima oitava - item 18.3 - pg. 18);
c) manutenção de benfeitorias (cláusula décima oitava - item 18.4 - pg. 18);
d) registro atualizado dos funcionários sob sua responsabilidade (cláusula décima oita-
va - item 18.5 - pg. 18);
e) emitir romaneios de movimentação das madeiras extraídas e informações regulares
sobre a atividade de exploração (cláusula décima oitava - item 18.6 - pg. 18);
f) empregar pessoal capacitado e treinado nas operações de colheita de madeira;
g) priorizar a contratação de mão-de-obra existente nas comunidades da Floresta Naci-
onal do Tapajós, de acordo com as necessidades;
h) prover os meios necessários para o bom nível de segurança no trabalho (cláusula
décima oitava - item 18.11 e 18.12 - pg. 19).

FISC ALIZAÇÃO
ISCALIZAÇÃO

A Contratante cria a figura do Gestor de Contrato e outorga-lhe poderes fiscalizadores,


necessários para acompanhar a fiel observância, por parte da Contratada, das disposições
previstas no Contrato (cláusula vigésima - item 20.1 - pg. 20).
Cria também a figura do representante da Contratada.

A.5.1.4. CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO


ERENCIAMENTO

A.5.1.4.1. Espécies
As espécies a serem exploradas são aquelas identificadas pelo Inventário Florestal (anexo
VI do Edital de Concorrência Nacional n.º. 01/98) e apresentadas no Plano de Manejo
Florestal (anexo II do Edital de Concorrência Nacional n.º. 01/98), ambos elaborados pela
Contratante (cláusula terceira - item 3.1 - pg. 4).
As principais espécies ocorrentes na área da FLONA Tapajós e de expressão econômi-
ca, segundo relatório produzido por consultoria contratada pelo IBAMA para tal são:
Freijó-branco, Freijó-cinza, Louro amarelo, Louro vermelho, Sucupira preta, Cumarú,
Aroeira, Pau d’arco amarelo, Pau d’arco roxo, Sucupira amarela, Cedro, Andiroba, Angelim
da Mata, Angelim Rajado, Cedroarana, Jutaí, Jutaí-açú, Jutaí-mirim, Jutaí-pororoca, Maparajuba,
Marupá, Tatajuba, Piquiá, Maçaranduba, Jacareúba, Jarana, Piquiarana, Quaruba -verdadei-
ra, Morototó, Quarubarana, Abiuranas, Tauarís, Favas, Tachis e outras.

A.5.1.4.2. Área e Volumes


Volumes

32
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A área total, objeto deste contrato, é de 3.222 hectares da Floresta Nacional do Tapajós
(cláusula segunda - item 2.2 - pg. 4)
O volume das espécies exploráveis, de interesse comercial definido pela Contratante,
foi quantificado sob a forma de volume geométrico (medida científica ou técnica) e volu-
me francon (medida utilizada pela industria madeireira local).
São eles:
Volume comercial (fuste), de madeira em pé, estimados pelo Inventário Florestal em
128.880,000 m³ geométricos ou 101.225,000 m³ francon (cláusula segunda - itens 2.2.1./
2.2.2./2.2.3. - pg. 4)
Com base nos documentos Plano de Manejo Florestal Sustentado e Inventário Flores-
tal, considerou-se que cada grupo de madeiras teria uma participação percentual de (clá-
usula quarta - item 4.1.1.1. - pg. 5):
Grupo 1 = participa com 15% do volume das espécies exploráveis, de interesse comer-
cial. Logo, como o volume total das espécies exploráveis de interesse comercial é de
101.225,000 m³ francon, estimou-se que o volume das espécies do grupo 1 seria de
15.183,750 m³ francon.
Grupo 2 = participa com 37% do volume das espécies exploráveis de interesse comer-
cial. Logo, como o volume total das espécies exploráveis de interesse comercial é de
101.225,000 m³ francon, estimou-se que o volume das espécies do grupo 2 seria de
37.453,250 m³ francon.
Grupo 33= participa com 48% do volume das espécies exploráveis de interesse comer-
cial. Logo, como o volume total das espécies exploráveis de interesse comercial é de
101.225,000 m³ francon, estimou-se que o volume das espécies do grupo 3 seria de
48.588,000 m³ francon.

A.5.1.4.3. Preços
Os preços mínimos, previstos no contrato, foram definidos a partir da análise de docu-
mento elaborado por consultores arregimentados pela Contratante para elaboração de
relatório denominado “FORMAÇÃO DO PREÇO DE MADEIRA EM PÉ PARA A PRODUÇÃO
A PARTIR DA FLORESTA NACIONAL DO TAPAJÓS”.
Tais preços, em metro cúbico francon, foram estabelecidos através de tal documento,
que teve como fonte principal de informação levantamento de campo nas regiões de Santarém,
Paragominas, Altamira, Laranjal do Jari e Almeirin - PA, além de Itacoatiara - AM.
As fontes primárias de informações foram empresas privadas do setor madeireiro, en-
tidades representantes de classe, agências governamentais, pessoas envolvidas com a
atividade e técnicos do setor.
Como alternativa para formação de um preço homogêneo, indicado pelos elaboradores
do referido relatório, criaram-se os Grupos de Espécies (cláusula quarta - item 4.1 - pg. 5),
com respectivos preços para cada grupo (cláusula quarta - item 4.1.1 - pg. 5)

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GRUPOS DE MADEIRAS
GRUPO 1 - Freijó-Branco, Freijó-cinza, Louro amarelo, Louro vermelho, Sucupira preta,
Cumarú, Aroeira, Pau D’arco amarelo, Pau d’arco roxo, Sucupira amarela, Cedro.
Preço de R$ 10,00 (dez reais) por metro cúbico dimensionado pelo método francon
GRUPO 2 - Andiroba, Angelim da Mata, Angelim Rajado, Cedroarana, Jutaí, Jutaí-açú,
Jutaí-mirim, Jutaí-pororoca, Maparajuba, Marupá, Tatajuba, Piquiá, Maçaranduba.
Preço de R$ 6,00 (seis reais) por metro cúbico dimensionado pelo método francon
GRUPO 3 - Jacareúba, Jarana, Piquiarana, Quaruba-verdadeira, Morototó, Quarubarana,
Abiuranas, Tauarís, Favas, Tachis e outras.
Preço de R$ 3,50 (três reais e cinqüenta centavos) por metro cúbico dimensionado
pelo método francon

A.5.2. Floresta Nacional de Caçador


Estado
Estado: Santa Catarina
Município: Caçador.
Área
Área: 710,44 hectares
Vegetação Nativa Original
Original: Floresta Ombrófila Mista
Instrumento de Criação
Criação: Portaria n.º 560/68
Localização
Localização: Latitude 26º 30’ 00” a 27º 30’ 00” S
Longitude 51º 00’ 00” a 51º 30’ 00” W Gr.
A.5.2.1. NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO
Licitação na modalidade Tomada de Preços
Preços, regida pela Lei n.º 8.666/93 (anexo XV), do
tipo Melhor Preço para a venda de produtos e subprodutos florestais provenientes do
desbaste de talhões de Pinus elliottii, de acordo com o Plano de Manejo elaborado para a
Floresta Nacional de Caçador.

A.5.2.2. HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIP


ABILITAÇÃO AÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL
ARTICIPAÇÃO

A.5.2.2.1. Da participação
Poderão participar da Licitação pessoas jurídicas do ramo, não se permitindo consór-
cio, desde que apresentem toda a documentação exigida no edital.
São estes:
N Certificado de Registro Cadastral - CRC (art. 22 parágrafo 2.º e art. 32 parágrafo 3.º da
Lei n.º 8.666/93);

34
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
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N Na falta do CRC, os licitantes deverão apresentar a documentação para cadastramento


de que trata os artigos 28 a 31 da Lei n.º 8.666/93;
N Declaração do licitante informando sobre a superveniência de fato impeditivo à habili-
tação, conforme determina o parágrafo 2.º do art. 32, da Lei 8.666/93;
N Prova de regularidade com a Fazenda Federal, Estadual e Municipal do domicílio ou
sede do licitante em atendimento ao art. 29, inciso III, da Lei n.º 8.666/93;
N Prova de regularidade do F.G.T.S., fornecida pela Caixa Econômica Federal, na forma do
art. 27, da alínea “a”, da Lei n.º 8.036/90
N Certidão Negativa de Débito - CND, fornecida pelo INSS (artigos 47, inciso I, alínea “a”
e 56, da Lei n.º 8.212/91);
N Registro no IBAMA.

A.5.2.2.2. Das Propostas


Cada participante apresentará proposta através de envelope lacrado, com preço por
metro estéreo.
Será considerada vencedora a firma que oferecer o melhor preço. No caso de empate
entre duas ou mais propostas e, após obedecido o disposto no parágrafo 2.º do art. 3.º da
Lei 8.666/93, a classificação se fará por sorteio, em ato público, para o qual todos os
licitantes serão convocados.

A.5.2.2.3. Da Caução
A empresa vencedora deverá recolher, no prazo de 05 (cinco) dias úteis após a adjudi-
cação e a comunicação formal do IBAMA, 10% (dez por cento) do valor total do contrato
a título de caução, que deverá ser depositado antes da assinatura.

A.5.2.3. NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO


ONTRAT

Será firmado contrato entre o IBAMA e a firma vencedora, para atingir o objetivo da
licitação, observadas as exigências e condições do Edital e da Minuta de Contrato.
O Contrato tem como objeto a compra e venda de material lenhoso proveniente do
desbaste florestal a ser realizado em forma e volume previamente discriminados pela
contratante através do Edital de Licitação.

A.5.2.3.1. Prazos
O prazo de exploração das espécies florestais está previsto e limitado, de acordo
com o Edital de Licitação, variando em um período mínimo de 03 (três) e o máximo de
09 (nove) meses.

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A.5.2.3.2. Limitações, Responsabilidades e FFiscalização


iscalização
LIMITAÇÕES
IMITAÇÕES

As limitações são definidas pela contratante à contratada e variam desde as áreas previ-
amente definidas para a exploração e retirada do material lenhoso, volume, época ou
prazo para retirada, até os limites impostos pela Administração da Unidade (não determi-
nados em contrato) no que diz respeito ao fluxo e volume de tráfego dos veículos trans-
portadores da madeira e horário de trabalho.

RESPONSABILIDADES
ESPONSABILIDADES

da Contratante
Não estão previstas responsabilidades por parte da contratante

da Contratada
N Corte e extração das árvores marcadas para o abate, usando métodos e equipamentos
adequados a fim de evitar danos à Unidade e a terceiros;
N A retirada da madeira deverá obedecer ao mínimo de 10 (dez) centímetros de diâmetro;
N No transporte do material (não define a que material se refere), deverá ser respeitado a
tolerância de tráfego permitido nas estradas;
N Deverá conservar pontilhões, bueiros, drenos, aceiros, cercas e as próprias estradas,
dentro da Unidade Florestal;
N Evitar qualquer tipo de dano que possa ser causado à Unidade do IBAMA ou a tercei-
ros, pela não observância das normas preestabelecidas, praticado por seus emprega-
dos ou prepostos, que deverão ser afastados do serviço e substituídos.

FISCALIZAÇÃO
Determina que a Chefia da Unidade Florestal é o responsável pela fiscalização das
operações.

A.5.2.4. CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO


ERENCIAMENTO

A.5.2.4.1. Espécies
Em concordância com o Plano de Manejo Florestal, não anexado ao Edital ou ao Contrato,
prevê a espécie Pinus elliottii

A.5.2.4.2. Área e Volumes


Volumes
Define área total sujeita ao regime de desbaste como de 18,28 ha., através de sistema de
exploração seletiva, com diâmetro mínimo para abate de 0,10 m e volume total previsto
para ser retirado de 2.620 st (em pé, com casca)

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A.5.2.4.3. Preços
Não apresenta qualquer base de estudo ou avaliação, mas define como preço mínimo
o valor de R$ 12,00 por estéreo.

A.5.3. Floresta Nacional de Irati


Estado
Estado: Paraná
Município: Teixeira Soares.
Área
Área: 3.495,00 hectares
Vegetação Nativa Original
Original: Floresta Ombrófila Mista.
Instrumento de Criação
Criação: Portaria n.º 559/68
Localização
Localização: Latitude 25º 10’ 00” a 25º 35’ 00” S
Longitude:: 50º 25’ 00” a 50º 55’ 00” W Gr.
A.5.3.1. NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO
Leilão, regida pela Lei n.º 8.666/93, do tipo Maior Lance
Licitação na modalidade Leilão
objetivando a venda de árvores em pé da espécie Pinus spp.
O objeto do leilão é a venda a quem oferecer o maior lance acima do preço mínimo
avaliado do metro estéreo de lotes de árvores em pé, da espécie Pinus spp. Correndo por
conta do licitante vencedor os custos de extração por desbaste seletivo, retirada e trans-
porte dos produtos florestais decorrentes do corte.

A.5.3.2. HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIP


ABILITAÇÃO AÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL
ARTICIPAÇÃO

Poderão participar da licitação pessoas físicas e jurídicas, ficando impedidas aquelas


que se enquadrarem nas seguintes características:
N serem servidores do Ministério do Meio Ambiente, dos Recursos Hídricos e da Amazônia
Legal, bem como do IBAMA (Código Civil, art. 1133, inciso III);
N os infratores que tiverem sido autuados ou tiverem bens apreendidos pelo IBAMA ou
órgãos conveniados;
N os contribuintes, que porventura possuam débitos para com o IBAMA, bem como ins-
critos na Dívida Ativa;
N proponentes, pessoas físicas e/ou jurídicas reunidas em consórcio;
N empresas que estejam inadimplentes com qualquer órgão da Administração Pública,
direta ou indireta, e às quais tenha sido aplicada qualquer das penas previstas no artigo
87 e incisos da Lei 8.666/93.

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A.5.3.3. NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO


ONTRAT

Contrato de Compra e Venda de Produtos Florestais arrematados em Leilão, que tem


por objeto a realização de desbastes seletivos em talhões de Pinus spp., obrigando-se a
contratada a empreender as operações indispensáveis à preparação do material, derruba-
da de árvores danificadas, quando for o caso, desdobramento, baldeação de madeira e
tudo o que se fizer necessário.

A.5.3.3.1. Prazos
Para a realização dos serviços, o prazo estipulado é de 06 (seis) meses (curto prazo).

A.5.3.3.2. Limitações, Responsabilidades e FFiscalização


iscalização
LIMITAÇÕES
IMITAÇÕES

N Obedecer a critérios determinados pela chefia da flona para extração da madeira. Esses
critérios não são previstos ou discriminados em cláusulas contratuais;
N Suspensão das atividades operacionais em sábados, domingos, feriados e dias de chuva;

RESPONSABILIDADES
ESPONSABILIDADES

da Contratante
N Medição das cargas de madeira, emissão das respectivas autorizações de transporte e
da nota fiscal;
N Acompanhar a execução do contrato, através da chefia da Flona e do servidor designa-
do para fiscalizar e controlar a extração, carregamento, aferição e retirada dos produtos
florestais pelo contratado;
N Providenciar em nome do contratado, junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP,
autorização para transporte de produtos florestais;
N Emitir o DUA;
N Estabelecer técnicas para extração da madeira.

da Contratada
N Responsabilizar-se pelas obrigações sociais e trabalhistas de todos os funcionários;
N Responsabilizar-se pelos danos eventualmente causados diretamente a administração ou
a terceiros, decorrentes de culpa ou dolo na execução do contrato, não excluindo ou
reduzindo essa responsabilidade à fiscalização e controle pela contratante;
N Providenciar a imediata correção das deficiências apontadas pela contratante, quando da
execução do objeto contratado;
N Prestar todos os esclarecimentos que forem solicitados pela fiscalização do contratante,
cujas reclamações se obriga a atender prontamente;

38
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

N Conservar, onde existirem, pontilhões, bueiros, drenos, aceiros, cercas, e as próprias


estradas dentro da Flona, inclusive a tolerância de tráfego, devendo efetuar os conser-
tos ou reconstruí-los, quando for o caso.

FISC ALIZAÇÃO
ISCALIZAÇÃO

Os serviços realizados pela empresa vencedora serão supervisionados pela chefia da Flona.

A.5.3.4. CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO


ERENCIAMENTO

A.5.3.4.1. Espécies
A espécie florestal comercializada, proveniente de desbaste, é Pinus spp.

A.5.3.4.2. Área e Volumes


Volumes
Define área de aproximadamente 34,48 ha para desbaste, com volume relativo de 13.218
metros cúbicos.

A.5.3.4.3. Preços
Preços obtidos através de pesquisa de mercado local, onde foram consultadas algumas
empresas do setor privado, além de sindicato do setor, concluindo através de metodologia
não apresentada, o preço de R$ 9,00 por metro estéreo com casca, em pé, a partir de um
diâmetro mínimo de 0,12 metros.

B. UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS NO BRASIL


B.1. HISTÓRICO

Em 1934 foi criado o Departamento Nacional de Produção Mineral - DNPM, através do


Decreto 23.979/34. Em 1960, com a criação do Ministério de Minas e Energia - MME, o
DNPM é incorporado. Em 1994, a Lei n.º 1.324/94 institui o DNPM como autarquia.
O DNPM tem a finalidade de promover o planejamento e o fomento da exploração e do
aproveitamento dos recursos minerais, supervisionar as pesquisas geológicas, minerais e de
tecnologia mineral, bem como assegurar, controlar e fiscalizar o exercício das atividades de
mineração em todo território nacional, na forma que dispõe o Código de Mineração e respec-
tivos regulamentos e legislação que os complementa, competindo-lhe em especial:
N promover a outorga, ou propô-la à autoridade competente, quando for o caso, dos
títulos minerários;
N coordenar, sistematizar e integrar os dados geológicos dos depósitos minerais;
N acompanhar, analisar e divulgar o desempenho da economia mineral brasileira e in-
ternacional;
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N formular e propor diretrizes para a orientação da política mineral;


N fomentar a produção mineral e estimular o uso racional e eficiente dos recursos minerais;
N fiscalizar a pesquisa, a lavra, o beneficiamento e a comercialização dos bens minerais
podendo autuar infratores e impor sanções cabíveis, na conformidade com a legislação
minerária;
N baixar normas em caráter complementar, e exercer a fiscalização sobre o controle
ambiental, a higiene e a segurança da atividade de mineração, atuando com os demais
órgãos responsáveis pelo meio ambiente e pela higiene, segurança e saúde ocupacional
dos trabalhadores;
N implantar e gerenciar bancos de dados para subsidiar as ações de política mineral ne-
cessárias ao planejamento governamental;
N baixar normas e exercer a fiscalização sobre a Compensação Financeira pela Exploração de
Recursos Minerais;
N fomentar a pequena empresa de mineração;
N estabelecer as áreas e as condições para o exercício da garimpagem em forma individual ou
associativa.

B.2. LEGISLAÇÃO BÁSICA

Constituição da República FFederativa


ederativa do Brasil
Art. 20 São bens da União:
IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo;

Decreto - Lei n.º 227/67 (Código de Minas)


O acesso ao recurso mineral, no Brasil, é regulamentado através do Decreto – Lei n°
227/67 (Código de Minas), com nova redação dada pela Lei n° 9.314/96.
Nesta, no art. 1°, é definido que compete a União administrar os recursos minerais e
todas as atividades econômicas advindas deste recurso.
O art. 2° define os regimes de aproveitamento, ou formas de acesso, das substâncias
minerais, que são:
- regime de concessão;
- regime de autorização;
- regime de licenciamento;
- regime de permissão de lavra garimpeira;
- regime de monopolização.

40
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

O art. 3º, parágrafo 2º, define a competência do Departamento Nacional de Produção


Mineral, como agência executora deste Código e dos diplomas legais complementares.
O art. 4º define jazida.
O art. 6º classifica as minas segundo a forma representativa do direito de lavra em mina
manifestada e mina concedida.
O art. 7º define competência hierárquica para liberação do aproveitamento de jazidas
através do alvará de autorização de pesquisa, o Diretor Geral do DNPM, e de concessão
de lavra, o Ministro de Estado de Minas e Energia.
O art. 11 define o direito da propriedade privada e participação nos resultados dos
regimes de Autorização, Licenciamento e Concessão.
O art. 13 normatiza a obrigatoriedade da empresa que exerce atividade relacionada
com reservas minerais, a facilitar os trabalhos de fiscalização e obtenção de informações
pelo DNPM.
No Capítulo II
II, o art. 14 define Pesquisa Mineral.
O art. 15 define a competência do DNPM para autorização de pesquisa e identifica os
possíveis outorgados com tal autorização.
O art. 16 define a estrutura e conteúdo do requerimento emitido pelo pleiteante à
autorização de pesquisa.
O art. 20 apresenta as taxas e emolumentos referentes à autorização de pesquisa.
O art. 22, inciso III cita os prazos para autorização de pesquisa.
O art. 27 define o pagamento aos proprietários de áreas públicas ou particulares, sobre
a ocupação do terreno ou fração, além de indenização pelos danos e prejuízos que pos-
sam ser causados pelos trabalhos de pesquisa.
O art. 29 define as obrigações do titular da autorização de pesquisa.
O art. 30 define as obrigações do DNPM quando da realização da pesquisa.
O art. 31 define prazos, quando da aprovação do relatório sobre a lavra (resultado da
pesquisa), para solicitação do requerente a concessão de lavra.
O art. 34 determina o reembolso ao Governo, quando da cooperação deste, pelo titular
da autorização de pesquisa.
No Capítulo III
III, o art. 36 define Lavra.
O art. 37 define as condições para outorga do direito de lavra.
O art. 38 determina os critérios e estrutura para o requerimento de autorização de lavra.
O art. 39 define a estrutura do plano de aproveitamento econômico da jazida.
O art. 42 estipula as condições para a recusa da autorização de lavra.
O art. 43 define que a Portaria assinada pelo Ministro de Estado de Minas e Energia é o
instrumento de concessão de lavra.

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O art. 44 define prazos para que o titular da concessão de lavra requeira posse da jazida.
O art. 45 explicita o processo de Imissão de Posse.
O art. 47 define as obrigações do titular da concessão.
O art. 48 cria o conceito de lavra ambiciosa.
O art. 50 cria o Relatório Anual das atividades.
O art. 58 determina a suspensão temporária de lavra ou renúncia, por iniciativa do
titular da portaria de concessão de lavra.
No Capítulo IV
IV, o art. 59 define Servidões (Benfeitorias).
No Capítulo VV, o art. 63 define as Sanções e Nulidades para o não cumprimento das
obrigações decorrentes das autorizações de pesquisa, das permissões de lavra garimpeira,
das concessões de lavra e do licenciamento.

B.3. TRIBUTAÇÃO ESPECIAL


TRIBUTAÇÃO

A Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, no seu art.20, inciso IX, parágrafo
1.º, determina - “ É assegurada, nos termos da Lei, aos Estados, ao Distrito Federal e aos muni-
cípios, bem como aos órgãos da administração direta da União, participação no resultado da
exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia
elétrica e de outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar
territorial ou zona econômica exclusiva, ou Compensação FFinanceira
inanceira por essa exploração.
A Lei n.º 7.990/89 institui a Compensação Financeira pelo resultado da exploração de
petróleo ou gás natural, de recursos hídricos para fins de geração de energia elétrica e de
outros recursos minerais no respectivo território, plataforma continental, mar territorial
ou zona econômica exclusiva e dá outras providências.
A Lei n.º 8.001/90 define os percentuais de distribuição da Compensação Financeira de
que trata a Lei n.º 7.990/89, e dá outras providências.
O Decreto n.º 1/91 regulamenta o pagamento da Compensação Financeira instituída
pela Lei n.º 7.990/89, e dá outras providências.

B.3.1. CFEM (Compensação FFinanceira


inanceira pela Exploração de Recursos Mine
Mine--
rais).
Estabelecida pela Constituição de 1988, é devida aos Estados, ao Distrito Federal, aos
Municípios e aos órgãos da administração da União, pela exploração econômica de mine-
rais, recursos não renováveis em seus respectivos territórios.

B.3.1.1. DA ADMINISTRAÇÃO DO CFEM.


Ao DNPM compete baixar normas e exercer fiscalização sobre a arrecadação da Com-
pensação Financeira pela Exploração Mineral.

42
Levantamento dos Mecanismos de Uso de Florestas em Terras Públicas
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

B.3.1.2. DOS CONTRIBUINTES.


A compensação Financeira é devida pelas empresas de mineração que detêm direi-
tos minerários em decorrência da exploração de recursos minerais para fins de apro-
veitamento econômico.
A exploração de recursos minerais consiste na retirada de substâncias minerais da jazi-
da, mina, salina ou outro depósito mineral para fins de aproveitamento econômico.

B.3.1.3. DO FATO GERADOR.


Constitui fato gerador da Compensação Financeira devida pela exploração de recursos
minerais a saída por venda do produto mineral das áreas da jazida, mina, salina, ou outros
depósitos minerais.
Constitui também fato gerador da Compensação Financeira - CFEM a transformação
industrial do produto mineral ou mesmo o seu consumo por parte do minerador.

B.3.1.4. SOBRE O VALOR TRIBUT


ALOR ADO.
RIBUTADO

A CFEM é calculada sobre o valor do faturamento líquido obtido por ocasião da venda
do produto mineral.
Para efeito do cálculo da CFEM, considera-se faturamento líquido o valor da venda do
produto mineral, deduzindo-se os tributos que incidem na comercialização, como tam-
bém as despesas com transporte e seguro.
Quando não ocorre a venda, em razão do consumo, transformação ou utilização do
produto pelo próprio minerador, então considera-se como valor, para efeito de cálculo da
CFEM, a soma das despesas diretas e indiretas ocorridas até o momento da utilização do
produto mineral.

B.3.1.5. DAS ALÍQUOTAS.


LÍQUOT

As alíquotas aplicadas sobre o faturamento líquido para obtenção do valor da CFEM


variam de acordo com a substância mineral.
N Aplica-se a alíquota de 3% para minério de alumínio, manganês, sal-gema e potássio.
N Aplica-se a alíquota de 2% para ferro, fertilizante, carvão e demais substâncias.
N Aplica-se a alíquota de 0,2% para pedras preciosas, pedras coradas lapidáveis,
carbonados e metais nobres.
N Aplica-se a alíquota de 1% para ouro.

B.3.1.6. DOS PRAZOS PARA RECOLHIMENTO DA CFEM.


ECOLHIMENTO

O pagamento da CFEM será efetuado mensalmente, até o último dia útil do segundo
mês subsequente ao fato gerador.

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B.3.1.7. DA DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO.


RRECADAÇÃO

Os recursos da CFEM são distribuídos da seguinte maneira:


N 12% para União (DNPM e IBAMA);
N 23% para o Estado onde for extraída a substância mineral;
N 65% para o município produtor.

B.3.1.8. - DO REPASSE DOS RECURSOS.


EPASSE

Os estados e municípios serão creditados com recursos da CFEM, em suas respectivas


contas de movimento específicas, no sexto dia útil que sucede ao recolhimento por parte
das empresas de mineração.

B.3.1.9. DAS RESTRIÇÕES DE USO DOS RECURSOS DA CFEM.


Os recursos oriundos da CFEM não poderão ser aplicados em pagamento de dívida ou no
quadro permanente de pessoal da União, dos Estados, Distrito Federal e dos Municípios.
As respectivas receitas deverão ser aplicadas em projetos que direta ou indiretamente
revertam em prol da comunidade local, na forma da melhoria da infra-estrutura, da quali-
dade ambiental, da saúde e da educação.

44
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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Sumário
INTRODUÇÃO ......................................................................................................................................... 7
AS FLOREST
FLORESTAS NACIONAIS BRASILEIRAS ................................................................................................. 8
ORESTAS
OBJETIVOS DO TRABALHO ...................................................................................................................... 8
A. . IDENTIFICAÇÃO DE MECANISMOS P ARA UTILIZAÇÃO DE FL
PARA OREST
FLOREST
ORESTAS AS EM TERRAS PÚBLICAS BRASI-
LEIRAS. .............................................................................................................................................. 10
A.1.POLÍTICAS (LEGISLAÇÃO) ................................................................................................................ 10
A.1.1.A Constituição da República Federativa do Brasil ...................................................................... 10
A.1.2.Leis ........................................................................................................................................... 13
A.1.2.1.LEI Nº 4.771/65 - CÓDIGO FLORESTAL ....................................................................................... 13
A.1.2.2.LEI Nº 6.938/81 - POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE ........................................................... 13
A.1.2.3.LEI Nº 8.666/93 - LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA .......................................... 14
A.1.2.4.LEI Nº 8.987/95 - DISPÕE SOBRE O REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS
PREVISTO NO ARTIGO 175 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. .................................................................................... 15
A.1.2.5.LEI N° 9.648/98 - ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI N.° 8.666 .............................................................. 15
A.1.2.6.LEI N° 9.074/95 – ESTABELECE NORMAS PARA A OUTORGA E PRORROGAÇÕES DAS CONCESSÕES E PERMISSÕES DE
SERVIÇOS PÚBLICOS. ................................................................................................................................. 15
A.1.3.Decretos ................................................................................................................................... 15
A.1.3.1.DECRETO Nº 1.282/94 - SOBRE O MANEJO FLORESTAL SUSTENTÁVEL .................................................. 15
A.1.3.2.DECRETO Nº 1.298/94 - FLORESTAS NACIONAIS - FLONAS ............................................................ 15
A.1.4.Portarias ................................................................................................................................... 16
A.1.4.1.PORTARIA N.º 48/95 DO IBAMA - DISCIPLINA A EXPLORAÇÃO DAS FLORESTAS PRIMITIVAS DA BACIA AMAZÔNICA
E DEMAIS FORMAS DE VEGETAÇÃO NATURAL..................................................................................................... 16
A.1.4.2.PORTARIA Nº 92-N/98 DO IBAMA ............................................................................................ 17
A.1.5.Situações Transitórias ............................................................................................................... 18
A.1.5.1. ...... ANTE-PROJETO DE MEDIDA PROVISÓRIA Nº , DE DEZEMBRO DE 19972 - CRIA O
REGIME DE CONCESSÃO E PERMISSÃO DE ACESSO E EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS, PARA PRODUÇÃO DE BENS OU
SERVIÇOS, DE FLORESTAS NACIONAIS, ESTADUAIS E MUNICIPAIS, E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS. ..................................... 18
A.2.CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E GERENCIAMENTO ..................................................................... 24
A.2.1.Espécies .................................................................................................................................... 24
A.2.2.Volume ..................................................................................................................................... 24
A.2.3.Preços ...................................................................................................................................... 25

1
Encontra-se sob análise, na Casa Civil da Presidência da República, de onde deverá ser encaminhada ao Congresso Nacional sob
a forma de Projeto de Lei (Fonte - IBAMA / Brasília - Julho 1998).

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PROGRAMA NACIONAL DE FLORESTAS

A.2.4.Supervisão ................................................................................................................................ 25
A.3.MECANISMOS TRIBUTÁRIOS ........................................................................................................... 25

A.3.1Recursos Gerados ...................................................................................................................... 25


A.3.2.Impostos e Taxas ...................................................................................................................... 26
A.4.FORMAS DE ACORDOS COMERCIAIS ............................................................................................. 26
A.4.1.Contrato de Compra e Venda ................................................................................................... 26
A.4.1.1.PRAZOS ................................................................................................................................. 27
A.4.1.2.LIMITAÇÕES, RESPONSABILIDADES E FISCALIZAÇÃO ............................................................................. 27
A.4.2.Leilão ........................................................................................................................................ 28
A.4.2.1.PRAZOS ................................................................................................................................. 28
A.4.2.2.LIMITAÇÕES, RESPONSABILIDADES E FISCALIZAÇÃO ............................................................................. 28
A.5.EXEMPLOS NACIONAIS DE UTILIZAÇÃO DE FLORESTAS EM TERRAS PÚBLICAS ............................ 29
A.5.1.Floresta Nacional doTapajós ..................................................................................................... 29
A.5.1.1.NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO ............................................................................................. 29
A.5.1.2.HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL. ....................................... 30
A.5.1.3.NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO ............................................................................................ 30
A.5.1.3.1.Prazos ........................................................................................................................... 30
A.5.1.3.2.Limitações, Responsabilidades e Fiscalização ................................................................. 31
Limitações ............................................................................................................................................... 31
Responsabilidades ................................................................................................................................... 31
Fiscalização ............................................................................................................................................. 32
A.5.1.4.CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO ........................................................................ 32
A.5.1.4.1.Espécies ......................................................................................................................... 32
A.5.1.4.2.Área e Volumes .............................................................................................................. 32
A.5.1.4.3.Preços ........................................................................................................................... 33
GRUPOS DE MADEIRAS ......................................................................................................................... 34
A.5.2.Floresta Nacional de Caçador ................................................................................................... 34
A.5.2.1.NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO ............................................................................................. 34
A.5.2.2.HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL ......................................... 34
A.5.2.2.1.Da participação ............................................................................................................. 34
A.5.2.2.2.Das Propostas ............................................................................................................... 35
A.5.2.2.3.Da Caução ..................................................................................................................... 35
A.5.2.3.NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO ............................................................................................ 35
A.5.2.3.1.Prazos ............................................................................................................................. 35
A.5.2.3.2.Limitações, Responsabilidades e Fiscalização ................................................................... 36
Limitações ............................................................................................................................................... 36

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MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

Responsabilidades ................................................................................................................................... 36
Fiscalização ............................................................................................................................................. 36
A.5.2.4.CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO ........................................................................ 36
A.5.2.4.1.Espécies......................................................................................................................... 36
A.5.2.4.2.Área e Volumes .............................................................................................................. 36
A.5.2.4.3.Preços ........................................................................................................................... 37
A.5.3.Floresta Nacional de Irati .......................................................................................................... 37
A.5.3.1.NATUREZA E ESCOPO DA OPERAÇÃO ............................................................................................. 37
A.5.3.2.HABILITAÇÃO E CONDIÇÕES DE PARTICIPAÇÃO EM CONCORRÊNCIA NACIONAL ......................................... 37
A.5.3.3.NATUREZA E ESCOPO DO CONTRATO ............................................................................................ 38
A.5.3.3.1.Prazos ........................................................................................................................... 38
A.5.3.3.2.Limitações, Responsabilidades e Fiscalização ................................................................. 38
Limitações ............................................................................................................................................... 38
Responsabilidades ................................................................................................................................... 38
Fiscalização ............................................................................................................................................. 39
A.5.3.4.CRITÉRIOS DE DETERMINAÇÃO E DE GERENCIAMENTO ........................................................................ 39
A.5.3.4.1.Espécies......................................................................................................................... 39
A.5.3.4.2.Área e Volumes .............................................................................................................. 39
A.5.3.4.3.Preços ........................................................................................................................... 39
B. UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS MINERAIS NO BRASIL ........................................................................ 39
B.1.HISTÓRICO ................................................................................................................................. 39
B.2.LEGISLAÇÃO BÁSICA ................................................................................................................... 40
B.3.TRIBUTAÇÃO ESPECIAL ............................................................................................................... 42
B.3.TRIBUTAÇÃO
B.3.1.CFEM (Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais). .............................. 42
B.3.1.1.DA ADMINISTRAÇÃO DO CFEM. .............................................................................................. 42
B.3.1.2.DOS CONTRIBUINTES. ............................................................................................................. 43
B.3.1.3.DO FATO GERADOR. .............................................................................................................. 43
B.3.1.4.SOBRE O VALOR TRIBUTADO. .................................................................................................... 43
B.3.1.5.DAS ALÍQUOTAS. ................................................................................................................... 43
B.3.1.6.DOS PRAZOS PARA RECOLHIMENTO DA CFEM. ............................................................................ 43
B.3.1.7.DA DISTRIBUIÇÃO DA ARRECADAÇÃO. ......................................................................................... 44
B.3.1.8. DO REPASSE DOS RECURSOS. .................................................................................................. 44
B.3.1.9.DAS RESTRIÇÕES DE USO DOS RECURSOS DA CFEM. .................................................................... 44

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