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Aula 02

Regimento Interno p/ TRE-PE (Todos os Cargos)


Professor: Ricardo Torques

03618409427 - Lucio Flavio de lira


Regimento Interno TRE-PE
Analistas e Técnico
Aula 02 - Prof. Ricardo Torques

AULA 02
COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

Sumário
1 - Considerações Inicias ........................................................................... 2

2 - Competência do Tribunal ...................................................................... 2

3 - Questões .......................................................................................... 22

3.1 - Questões sem comentários ............................................................ 22

3.2 - Gabarito...................................................................................... 24

3.3 - Questões com comentários ............................................................ 24

4 – Resumo ........................................................................................... 29

5 - Considerações Finais .......................................................................... 34

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COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL
1 - Considerações Inicias
Na aula de hoje vamos dar sequência ao estudo do RI e veremos o art. 22.
Veremos, em síntese, regras relativas à competência do TRE-PE.

Trata-se de aula central, que deve ser estudada com atenção.

Boa aula!

2 - Competência do Tribunal
A competência do Tribunal do TRE/PE vem disciplinada no art. 22 do Regimento
Interno e será objeto de estudo neste capítulo.

O assunto é relativamente complexo e de difícil memorização, mas fundamental


para nossa prova. É complexo uma vez que traz diversos conceitos e informações
que exigem o conhecimento de assuntos de Direito Eleitoral. É de difícil
memorização porque não existe um método ou macete para memorizar as
competências do Tribunal. Será necessário esforço de vocês no sentido de ler
esses dispositivos por diversas vezes a fim de memorizá-los para a prova.

Mas nem tudo está perdido...

Ao estudar Direito Eleitoral veremos várias das regras aqui analisadas. Como o
Regimento de TRE/PE é bem atualizado em relação à legislação não teremos
maiores dificuldades. Além disso, em muitos dos incisos do Regimento há
referência expressa à legislação eleitoral.
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O TRE/PE é um órgão estruturado no âmbito do Estado que tem a competência


para tratar das eleições e das questões judiciais afetas às eleições. Esse órgão
possui jurisdição sobre todo o território do Estado de Pernambuco. Além
disso, o TRE/PE é estruturado em zonas eleitorais e em Tribunal.

A ZONA ELEITORAL é a região geograficamente delimitada, gerenciada


por um cartório eleitoral, que centraliza e coordena os eleitores ali
domiciliados. Em regra, a zona abrange o espaço de um ou mais municípios.
Por vezes, em razão da extensão do município, ele poderá ser subdivido em

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diversas zonas eleitorais. A função jurisdicional nas zonas eleitorais é exercida


pelos juízes eleitorais, os quais compõe a estrutura da Justiça Eleitoral

Além disso, em posição hierárquica superior está o TRIBUNAL, que é órgão de


segunda instância, que tem – além de funções administrativas
específicas – a competência para reanálise das decisões proferidas no
âmbito das zonas eleitorais (pelos Juízes e juntas eleitorais).

Esquematicamente, devemos ter em mente:

Juízes
Tribunal
Eleitorais

TRE/PE

Desse modo, sempre que nos referimos ao Tribunal estamos a tratar da segunda
instância do TRE/PE, que possuirá funções e atribuições próprias.

Que funções são essas?

São as que passamos a estudar agora, no art. 22. As competências que veremos
abaixo NÃO SÃO, portanto, ATRIBUÍDAS A TODOS OS INTEGRANTES DO
TRE/PE, mas APENAS AO TRIBUNAL, ÓRGÃO DE SEGUNDO GRAU.

A competência do Tribunal pode ser classificada em competência judicante, ou


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seja, competência para resolver lides jurídicas, competência normativa e


competência administrativa. A competência normativa é peculiar na medida
em que confere ao Tribunal o poder de disciplinar regras referentes às eleições,
no âmbito do Estado de Sergipe, por intermédio das denominadas Resoluções do
TRE/PE. Além disso, por intermédio da competência normativa o TRE/PE edita
normas com a finalidade de organizar os trabalhos internos. O Regimento é o
melhor exemplo do exercício da competência normativa. Já a competência
administrativa envolve o controle disciplinar dos servidores e magistrados, a

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realização de licitações, a solicitação ao TSE para criação de anteprojetos com


vistas à criação de cargos etc.

Além disso, a competência judicante divide-se em originária e recursal. A


competência originária refere-se a processos que se iniciam no TRE/PE.
Já a competência recursal envolve o julgamento de recursos contra as
decisões proferidas pelos Juízes Eleitorais.

Assim, desde logo, atente-se:

originária
competência
judicante
recursal
COMPETÊNCIA competência
TRIBUNAL normativa

competência
administrativa

Vista a organização geral acima, não resta outra alternativa


senão o estudo das hipóteses de competência de TRE/PE. Aqui
não tem mágica ou técnica facilitada. É necessário efetuar a
leitura e releitura dos dispositivos. Muitas dessas regras são intuitivas, outras
serão mais bem compreendidas na medida em que avançamos com o estudo de
Direito Eleitoral. De todo modo, é fundamental conhecê-las para a nossa
prova. Assim, iremos citar e destacar os dispositivos e, sempre que
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necessário, traremos alguns comentários e dicas para auxiliar na memorização.

Vamos iniciar o estudo pelas competências Administrativas do TRE/PE:

COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA/NORMATIVA

Art. 22. Compete ao Tribunal, além de outras atribuições que lhe forem conferidas:

I – elaborar o seu regimento interno;

O Regimento, que ora estudamos, foi aprovado pelo Tribunal conforme inc. I,
acima referido. Destaque-se que essa competência é normativa.

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Vejamos o inc. II, cuja leitura é o suficiente:

II – organizar a sua Secretaria e a Corregedoria Regional Eleitoral;

O inc. III, por sua vez, estabelece que o Tribunal será responsável por escolher
os principais cargos do órgão. Vejamos:

Presidente do TRE

vice-Presidente do
TRE

COMPETE AO Corregedor-Regional
TRIBUNAL ELEGER Eleitoral

Comissão do
Regimento Interno

Diretoria da Escolha
Judiciária Eleitoral

Vejamos o inc.:

III – eleger o presidente, o vice-presidente, o corregedor regional eleitoral, a Comissão do


Regimento Interno e a Diretoria da Escola Judiciária Eleitoral;

Fixa-se, ainda, a competência do Tribunal para determinar a interpretação em


relação a assuntos que geram dúvida no que tange ao Regimento Interno e em
relação à ordem dos processos no Tribunal.

IV – fixar a interpretação cabível na hipótese de dúvida envolvendo norma regimental ou a


ordem dos processos submetidos à sua apreciação para julgamento;

Vejamos o inc. V: 03618409427

V – aplicar penas de advertência, censura e destituição compulsória da função aos juízes


eleitorais;

Para a prova...

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COMPETE AO TRIBUNAL APLICAR AS SEGUINTES


PENAS AOS JUÍZES ELEITORAIS

•advertência
•censura
•destituição da função eleitoral

Sigamos!

VI – responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em tese,
por juiz eleitoral, autoridade pública estadual ou federal ou partido político registrado,
através de seu órgão dirigente regional ou delegado credenciado junto ao Tribunal;

Entre as diversas atribuições da Justiça Eleitoral, destaca-se a função consultiva.


De acordo com a doutrina tal função consiste na atribuição conferida pela
legislação eleitoral ao TSE e aos TREs para responder a eventuais
consultas formuladas pelas partes interessadas no processo eleitoral.

Para nós interessa a função consultiva do Tribunal do TRE/SE. Segundo o inciso


acima, o Tribunal deverá responder às questões formuladas por juiz eleitoral,
autoridades públicas ou por partidos políticos.
Destacamos as expressões acima, pois questões de prova,
por vezes, confundem quem terá legitimidade para
apresentar as consultas ao Tribunal. Portanto, atenção!

Ainda sobre a função consultiva, o próprio Tribunal poderá consultar ao TSE nos
termos do inc. VII:
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VII – consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria de alcance nacional;

Vejamos os incs. VIII e IX, cuja leitura é o suficiente:

VIII – dirigir representação ao Tribunal Superior Eleitoral sobre medida necessária ao


funcionamento do Tribunal ou à execução de lei eleitoral;

IX – expedir instruções e resoluções para o exato cumprimento das normas eleitorais;

As sessões ordinárias são aquelas que ocorrem regularmente durante o ano para
análise e julgamento dos processos submetidos ao Tribunal. Para definição do
calendário, estabelece o inc. X, que compete ao próprio Tribunal fixá-lo:

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X – estabelecer o calendário das sessões ordinárias;

Muita atenção ao inc. XI:

XI – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como


a criação de novas zonas ou os desmembramentos, à aprovação do Tribunal Superior
Eleitoral;

O inciso XI merece destaque. A delimitação do território de determinada Zona


Eleitoral é atribuição do TRE conforme visto acima. Contudo, tal divisão para ser
plenamente efetivada deverá passar pela aprovação do TSE.

Logo, a divisão do território do estado de Pernambuco em Zonas Eleitorais, bem


como a criação de novas Zonas, será efetivada APENAS APÓS A APROVAÇÃO
PELO TSE.

Assim...

TRE cria ou delimita o


espaço territorial de Submete a pedido ao TSE aprova ou denega
determinada Zona TSE o pedido formulado
Eleitoral

Sigamos com as competências administrativas e normativas do Tribunal.

O inc. XII, abaixo citado, esclarece que o Tribunal será responsável por aprovar
a designação dos Juízes Eleitorais para a primeira instância do TRE/PE. Assim, o
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Presidente do Tribunal faz a designação, que fica sujeita à aprovação pelo


Tribunal.

XII – aprovar a designação de juízes eleitorais, inclusive substitutos, na forma prevista nos
artigos 211 a 217;

Quando houver dentro de um mesmo município mais de uma Zona Eleitoral, uma
delas será responsável por tratar das representações eleitorais fundadas na Lei
das Eleições. Quem fixa qual é a Zona Eleitoral responsável por tais espécies de
processo é o Tribunal.

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XIII – aprovar a designação, nos municípios com mais de uma zona eleitoral, dos juízos
competentes para as atribuições previstas na Lei nº 9.504/97;

A nomeação dos membros que integram a Junta Eleitoral deve ocorrer com
antecedência de 60 dias antes do pleito. As Juntas Eleitorais são órgãos da Justiça
Eleitoral com atribuições específicas no desenrolar do pleito eleitoral. Ela
resolverá aspectos administrativos e judiciais relativos à votação no dia das
eleições.

Para nós interessa saber que a nomeação dos membros da Junta Eleitoral será
feita pelo Juiz Eleitoral da Zona respectiva. Contudo, é necessário que o Tribunal
aprove a designação nos termos do inc. XIV. Vejamos:

XIV – aprovar os nomes das pessoas indicadas pelos juízes eleitorais para a composição das
juntas eleitorais;

Quando há suspeita de fraude ou desvios estatísticos no cadastro de eleitores


poderá ser determinada, pelo Tribunal, a revisão do eleitorado. O procedimento
de revisão observa a legislação regulamentar do TSE, especialmente a Resolução
TSE nº 21.538/2003.

Após o término do procedimento de revisão, o resultado, para que seja válido,


dependerá de homologação pelo TSE, conforme deixa claro o inc. XIV:

XV – determinar a revisão do eleitorado, com base em instruções expedidas pelo Tribunal


Superior Eleitoral, homologando o seu resultado;

Em relação aos processos criminais que tramitam perante o Tribunal, estabelece


o inc. XVI, que a análise da denúncia será efetuada pelo Tribunal.
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XVI – receber e processar a denúncia, ou rejeitá-la, quando manifestamente inepta;

O inc. XVII trata das denúncias e representações por irregularidades no serviço


eleitoral, especialmente nos procedimentos eleitorais. Tais situações são
processadas e julgadas pelo órgão colegiado (Tribunal), conforme se extrai do
inc. XVII.

XVII – julgar as denúncias e representações envolvendo apuração de irregularidades no


serviço eleitoral, capazes de comprometer as eleições, em razão de abuso de poder
econômico e de abuso de autoridade, bem como de uso indevido de cargo ou função pública,
nos termos da lei;

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O inc. XVIII esclarece que o Tribunal é o responsável por autorizar concursos


públicos para o TRE/PE, tal como ocorre em relação ao nosso para o qual estamos
estudando.

XVIII – determinar a abertura de concurso público, na hipótese de vagas a serem


preenchidas, e homologar o resultado, decidindo, ainda, sobre eventual prorrogação de
validade do certame público;

Vejamos na sequência o inc. XIX:

XIX – conceder licença e férias, nos termos da lei, aos seus membros e aos juízes
eleitorais, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos, submetendo esta
decisão, quanto aos membros, à aprovação do Tribunal Superior Eleitoral;

A regra constante do inc. XIX é relevante. As férias dos Juízes do TRE/PE serão
determinadas pelo Tribunal.

Vejamos os inc. XX e XXI, cuja leitura é o suficiente para fins de prova:

XX – requisitar a força policial necessária para o cumprimento de suas decisões e solicitar


ao Tribunal Superior Eleitoral a requisição de força federal;

XXI – aprovar a constituição da comissão apuradora das eleições;

Os incs. XXII e XXIII tratam da apuração das eleições. Quanto a tais


competências temos que saber o seguinte:

 eleições municipais  o TRE homologa o resultado final encaminhado


pelos Juízes Eleitorais das respectivas Zonas Eleitorais.
 eleições estaduais e gerais  o TRE é responsável pela consolidação e
apuração dos resultados parciais das Zonas Eleitorais e pela apuração do
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resultado final das eleições.


 eleições presidenciais  o TRE é responsável por consolidar as
informações e repassar ao TSE para apuração final.

Vejamos os incisos:

XXII – encaminhar ao Tribunal Superior Eleitoral os resultados parciais relativos aos votos
das eleições para presidente e vice-presidente da república;

XXIII – apurar os resultados finais das eleições para governador e vice-governador do


estado, senador, deputado federal e deputado estadual, a partir dos dados parciais
fornecidos pelas juntas eleitorais e pela comissão apuradora do Tribunal;

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Vejamos o inc. XXIV:

XXIV – proceder ao cálculo dos quocientes eleitoral e partidário, bem como da distribuição
das sobras;

O inc. XXV estabelece que o Tribunal é responsável por diplomar os seguintes


candidatos eleitos:

O TRIBUNAL É RESPONSÁVEL POR

Governador e vice-Governador

Senador da República
DIPLOMAR

Deputado Federal

Deputado Estadual

Vejamos:

XXV – diplomar os eleitos para os cargos de governador e vice-governador do estado, de


senador, de deputado federal e estadual, com as comunicações necessárias ao Tribunal
Superior Eleitoral;

XXVI – propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior Eleitoral, a


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criação ou extinção de cargos bem como a fixação da respectiva remuneração;

O inc. XXVI é interessante pelo fato de que explicita a burocracia e estrutura do


nosso sistema Estatal. A criação de cargos públicos ou a fixação dos vencimentos
é competência legislativa. Desse modo, caso o TRE/PE pretenda incrementar os
quadros de servidores ou entenda necessário alterar o patamar salarial dos
servidores fará a sugestão ao TSE, que proporá ao Congresso Nacional, quem
detém a competência constitucional para legislar sobre cargos e remuneração no
âmbito do Poder Público Federal.

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O TSE elaborará o anteprojeto de lei, que será convertido


posteriormente em projeto de lei, que será discutido e votado no
Congresso Nacional.

Vamos em frente!

O inc. XXVII estabelece que o Tribunal poderá determinar a renovação das


eleições nas hipóteses legais. Sabemos que a data das eleições é pré-
detemrinada. Contudo, em algumas situações as eleições podem ser renovadas,
como nas hipóteses de cassação do mandato ou anulação dos votos. Em tais
situações, o Tribunal será responsável por determinar a realização de novo pleito,
no que tange às eleições para os cargos de Governador, vice-Governador,
Deputado Federal e Senadores do respectivo Estado e Deputado Estadual.

Vejamos o inciso do RI:

XXVII – fixar a data para realização de novas eleições, obedecido o prazo legal, quando
mais da metade dos votos for considerada nula ou em outras hipóteses legalmente
previstas;

Vejamos os inc. XXVIII e XIX:

XXVIII – autorizar a requisição, pelo presidente e pelos juízes eleitorais, de servidores


públicos federais, estaduais e municipais, no caso de acúmulo ou necessidade de serviço;

XXIX – determinar a apuração das urnas anuladas, por decisão das juntas eleitorais, na
hipótese de provimento do recurso interposto;

Em relação aos partidos políticos, vejamos os incs. XXX e XXXI:

XXX – determinar o registro dos partidos políticos de nível regional;


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XXXI – apreciar as prestações de contas anuais dos partidos políticos de nível regional;

Para fins de prova:

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TRIBUNAL

determina registro de órgãos aprecia prestação de contas do


regionais dos partidos políticos órgãos regionais

Vejamos as demais competências do Tribunal, cuja leitura é suficiente:

XXXII – aprovar o planejamento estratégico, elaborado por processo participativo com os


servidores e autorizado pela presidência, com periodicidade de cinco anos, bem como suas
revisões e adequações;

XXXIII – aprovar a previsão orçamentária para um período de quatro anos, a fim de ser
consolidada no projeto de Plano Plurianual;

XXXIV – avaliar a gestão da execução orçamentária do exercício, mediante a apreciação da


prestação de contas do presidente;

XXXV – elaborar sua proposta orçamentária e formular pedidos de eventuais créditos


adicionais;

Finalizamos, com isso, a competência administrativa/normativa do órgão.

COMPETÊNCIA JUDICANTE ORIGINÁRIA

XXXVI – processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro de candidatos aos cargos de governador,


vice-governador, senador, deputados federal e estadual;
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A alínea “a” trata do registro de candidatos. Quem desejar concorrer às eleições


deverá informar à Justiça Eleitoral, nos prazos previstos na legislação, que deseja
concorrer para determinado cargo, oportunidade em será instaurado um
procedimento com vistas a aferir se o candidato preencheu as condições de
elegibilidade e se não incidiu em uma das hipóteses de inelegibilidade.

No âmbito do TRE/PE, compete ao Tribunal efetuar o registro da candidatura dos


cargos eletivos de Governador de Pernambuco, vice-Governador,

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Deputados Federais e Senadores que concorrerão às eleições pelo Estado de


Pernambuco, bem como os Deputados Estaduais do Estado.

Logo, ao contrário do que a lógica poderia nos indicar, os


membros do Congresso Nacional (Deputados e Senadores)
terão a candidatura registrada perante o Tribunal do TRE/PE
e não perante o TSE.

Desse modo, para a prova...

Governador e vice-
Governador de Pernambuco

competência do Tribunal
Deputados Federais e
REGISTRO e
Senadores que concorrem
CANCELAMENTO
pelo Pernambuco

Deputados do Estado de
Pernambuco

Sigamos!

b) os conflitos de competência entre juízes eleitorais do estado;

O ordenamento jurídico estabelece uma série de regras de competência, as quais


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devem ser observadas para definir a quem compete julgar determinada matéria.
Entretanto, em determinadas situações, dois ou mais órgãos julgadores podem
afirmar serem competentes para análise da matéria. Do mesmo modo, podem
afirmar que não possuem competência para análise do processo. Surge, então, o
conflito de competência. No primeiro caso (quando ambos se julgam
competentes) o conflito será positivo. No segundo caso (quando ambos afirmam
não serem competentes), haverá o conflito negativo de competência.

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dois ou mais Juízes Eleitorais do


CONFLITO TRE/PE reputam-se competentes para
POSITIVO processar e julgar determinada lide
eleitoral.

nenhum dos Juízes Eleitorais do


CONFLITO TRE/PE reputam-se competentes para
NEGATIVO processar e julgar determinada lide
eleitoral.

De acordo com a alínea acima, o Tribunal será competente para julgar


conflitos entre os juízes eleitorais do Estado de Pernambuco.

Exemplificando...

16ª Zona Eleitoral de 49ª Zona Eleitoral de


Ipojuca do TRE/PE Panelas do TRE/PE

No exemplo acima se verifica o conflito de competência entre a 16ª e a 49ª zonas


eleitorais de Pernambuco. Nesse caso, competirá ao Tribunal decidir qual entre
as zonas é a competente para o processamento da matéria.

Para aprofundar um pouco, pergunta-se: 03618409427

Será competente o Tribunal do TRE/PE para processar e julgar o


conflito abaixo?

23ª Zona Eleitoral de


16ª Zona Eleitoral de
Tobias Barreto do
Ipojuca do TRE/PE
TRE/SE

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No caso acima, o conflito se estabeleceu entre uma zona


eleitoral do TRE/PE e uma zona eleitoral vizinha do
TRE/SE. Nesse caso, a competência não será nem do
Tribunal do TRE/PE, nem do TRE/SE, mas do TSE. Veremos isso nas aulas de
Direito Eleitoral, de todo modo devemos estar atentos para não cair em
“pegadinhas” na hora da prova.

Portanto...

23ª Zona Eleitoral de


16ª Zona Eleitoral de
Tobias Barreto do
Ipojuca o TRE/PE
TRE/SE

Vejamos a próxima alínea:

c) a suspeição ou o impedimento dos seus membros e servidores, do procurador


regional eleitoral, assim como dos juízes e chefes de cartórios eleitorais;

A suspeição e impedimento envolvem situações nas quais, dada a condição


específica, a atuação da pessoa poderá gerar prejuízo, uma vez que age
sem a desejada imparcialidade.

Impedimento e suspeição diferem entre si pelo fato de que as hipóteses de


impedimento são objetivas e implicam o afastamento direto do magistrado,
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procurador ou servidor, sem necessidade de instrução probatória. No


impedimento há presunção absoluta de parcialidade, assim, se configurada a
situação, o magistrado, procurador ou servidor não poderá atuar. Já em relação
à suspeição, as hipóteses são subjetivas e dependem de comprovação para aferir
se de fato há possibilidade de afetar a imparcialidade e trabalhos eleitorais. Logo,
na suspeição, como o próprio nome indica, suspeita-se que haja parcialidade.
Desse modo, deverá ser instaurado um processo com vistas a provar
efetivamente que a atuação do magistrado, procurador ou servidor prejudicou os
trabalhos eleitorais.

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Essas hipóteses de suspeição e impedimento estão previstas no Código Eleitoral


(CE), no Código de Processo Civil (CPC) e no Código de Processo Penal (CPP).
Não é o momento aqui para análise esmiuçada das hipóteses previstas nos
Códigos. De todo modo, devemos saber que as exceções de suspeição e de
impedimento dos juízes do TRE/PE do Procurador Regional Eleitoral, dos
juízes eleitorais, bem como dos chefes de cartório
(denominados pelo Regimento de “escrivães eleitorais”) e
dos servidores do Tribunal serão julgadas pelo
Tribunal.

Uma observação é importante: NÃO É DE COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL


PROCESSAR E JULGAR ORIGINARIAMENTE AS EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO
E DE IMPEDIMENTO DOS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO
ELEITORAL QUE ATUAM NAS ZONAS ELEITORIAS, NEM SERVIDORES QUE
ATUAM PERANTE AS ZONAS ELEITORAIS. O Tribunal será competente
APENAS para processar e julgar a suspeição e impedimento do Procurador
Regional Eleitoral (que é um membro específico do Ministério Público Eleitoral)
e dos servidores do Tribunal.

Para a nossa prova...

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dos Juízes do
TRE/PE

Procurador
Regional
Eleitoral

SERÁ COMPETENTE O TRIBUNAL


PARA JULGAR E PROCESSAR
ORIGINARIAMENTE AS EXCEÇÕES Juízes Eleitorais
DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO

chefes de
cartório

servidores do
Tribunal

Vejamos a próxima alínea.

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos por


autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de
responsabilidade, enquanto estiverem no exercício do cargo;

Em relação à competência para julgar crimes eleitorais, o Regimento Interno não


explicita as pessoas que serão submetidas ao julgamento em foro privilegiado,
diretamente perante o Tribunal, apenas menciona que serão aqueles julgados por
crimes de responsabilidade perante o TJ/PE.

Vamos em frente!

e) os habeas corpus, em matéria eleitoral, contra atos de autoridades que respondam


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perante o Tribunal de Justiça de Pernambuco nos crimes de responsabilidade;

f) os mandados de segurança, em matéria eleitoral, contra atos de autoridades que


respondam perante o Tribunal de Justiça de Pernambuco nos crimes de
responsabilidade, bem como de seu presidente, do corregedor e demais membros, do
procurador regional eleitoral, dos juízes, juntas e promotores eleitorais;

g) os mandados de injunção e os habeas data, nos casos previstos na Constituição


Federal, quando versarem sobre matéria eleitoral;

Os dispositivos acima tratam das ações constitucionais de competência originária


do TRE/PE.

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O habeas corpus constitui espécie de ação que visa garantir o direito de ir e vir
do cidadão. Assim, se em determinado processo judicial houver o receio de que
o réu sofra qualquer restrição indevida ao direito de ir e vir poderá ajuizar o
habeas corpus a fim de evitar ou reverter o constrangimento ilegal.

O habeas data constitui espécie de ação utilizada para garantir o acesso de uma
pessoa a informações pessoais que façam parte de arquivos ou bancos de dados
de entidades governamentais ou públicas. Além disso, também poderá ser
utilizado para pedir a correção de dados incorretos.

O mandado de segurança, do mesmo modo, constitui ação constitucional, mas


com outra finalidade. Pretende-se aqui garantir o gozo de direitos líquidos e
certos, que foram violados por Juízes Eleitorais ou por membros do Ministério
Público Eleitoral que atuem perante as zonas eleitorais.

Já o mandado de injunção será utilizado para que seja regulamentada uma norma
da Constituição, quando os Poderes competentes não o fizeram. O pedido é feito
para garantir o direito de alguém prejudicado pela omissão.

As quatro espécies de ações eleitorais poderão ser ajuizadas perante o Tribunal


do TRE/PE. Vejamos em que hipóteses:

HABEAS CORPUS E HABEAS DATA

 Contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça do


Estado, por crime de responsabilidade. 03618409427

MANDADO DE SEGURANÇA

 Contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça do


Estado, por crime de responsabilidade.

 Contra ato do Presidente, Corregedor Regional, Procurador Regional, Juízes


do TRE, Juntas e Promotores Eleitorais.

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MANDADO DE INJUNÇÃO

 Nos casos previstos na CF.

Sigamos!

h) as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos políticos,


quanto à sua contabilidade e a apuração da origem dos seus recursos financeiros;

Os partidos políticos são instituições fundamentais para a democracia, pois


formam e habilitam cidadãos para serem candidatos e, se eleitos, governarem o
nosso país. Dada a importância de tais instituições, elas devem guardar
transparência e atuar dentro dos limites legais. Não se trata propriamente de
intervenção estatal no funcionamento dos partidos políticos, atitude vedada pelo
nosso ordenamento. Contudo, os partidos políticos submetem-se ao controle de
legalidade.

Entre as regras legais que devem ser observadas está a regular prestação de
contas à Justiça Eleitoral. O assunto será estudado de forma aprofundada nas
aulas de Direito Eleitoral.

Se for identificada alguma irregularidade na prestação de contas dos partidos


políticos, os legitimados – como Ministério Público Eleitoral, candidatos e outros
partidos políticos – poderão formular reclamações à Justiça Eleitoral, com vistas
a aferir a regularidade e cumprimento das normas eleitorais relativas à prestação
de contas, notadamente quanto à contabilidade e apuração da origem dos
recursos utilizados em campanha.
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Na alínea ora estudada, fixa-se a competência originária do Tribunal do TRE/PE


para a análise de tais reclamações. Contudo, deve ficar claro que tal competência
restringe-se aos diretórios estaduais dos partidos políticos.

Assim...

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O Tribunal do TRE/PE é competente para processar e julgar


originariamente as reclamações contra a prestação de contas
dos diretórios estaduais dos partidos políticos.

Vejamos, na sequência, a alínea “i”, que trata dos pedidos de desaforamento.

i) os pedidos de desaforamento dos processos não decididos pelos juízes eleitorais NO


PRAZO DE TRINTA DIAS, contados da data de conclusão para julgamento, formulados
por partido político, candidato, Ministério Público ou parte legitimamente
interessada, sem prejuízo das sanções aplicáveis em decorrência do excesso de prazo;

A Justiça Eleitoral é orientada pelo princípio da celeridade, razão pela qual os


processos devem ser solucionados com brevidade, não podendo ultrapassar o
prazo de um ano.

Em razão disso, se o processo estiver com o juiz eleitoral por mais de 30 dias, é
possível que a parte interessada, o Ministério Público, o Partido, coligação ou
candidato ajuíze o pedido de desaforamento para que o processo seja julgado
perante o Tribunal. Assim, o processo será levado a julgamento no próprio
Tribunal, por inércia do juiz eleitoral, que poderá sofrer sanções disciplinares pela
demora.

É uma forma, portanto, de acelerar processos que estão demorando.

Portanto...

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partido/coligação

+ 30 DIAS SEM
candidato
PEDIDO DE JULGAMENTO
DESAFORAMENTO
PARA O TRIBUNAL
Ministério Público

parte interessada.

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Por fim, vejamos as alíneas "j" e "k", que tratam da ação de impugnação de
mandado eletivo (AIME) e da ação judicial de investigação eleitoral (AIJE). São
duas ações eleitorais específicas que tramitam perante o Tribunal quando
envolver candidatos aos cargos de Governador, vice-Governador, Senador da
República, Deputado Federal e Deputado Estadual.

j) ação de impugnação de mandatos eletivos federais e estaduais;

k) a arguição de inelegibilidade e as ações relativas a perda de mandato eletivo por


infidelidade partidária, no âmbito de sua competência;

Encerramos, assim, a competência judicial originária do TRE/PE.

COMPETÊNCIA JUDICANTE RECURSAL

Vejamos inicialmente o dispositivo do RI:

XXXVII – julgar os recursos interpostos:

a) dos atos, despachos e decisões proferidas pelo presidente e pelo corregedor regional,
inclusive com relação à punição disciplinar imposta aos servidores eleitorais, assim como
por desembargadores relatores, secretários, diretor-geral e comissão do Tribunal;

b) dos atos, decisões e sentenças proferidas por juízes ou juntas eleitorais, inclusive que
julgarem ação de impugnação de mandato eletivo, habeas corpus, mandado de segurança,
mandado de injunção, habeas data e representações previstas em lei.

O inc. II reporta-se à competência do Tribunal para reanalisar – em razão do


princípio do duplo grau de jurisdição – os recursos contra atos e decisões
proferidas pelos Juízes Eleitorais e Juntas Eleitorais. Essa é uma das
principais competências do Tribunal.
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Além disso, o Tribunal será competente para processar e julgar os


recursos das ações eleitorais decididas em primeira instância pelos
Juízes Eleitorais.

Dada a importância desse dispositivo para a prova...

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COMPETÊNCIA RECURSAL DO TRE/PE

atos, despachos e decisões proferidas pelo


presidente e pelo corregedor regional

recursos contra atos e decisões dos Juízes


Eleitorais e das Juntas Eleitorais

Vejamos o último inciso do art. 22.

XXXVIII – cumprir e fazer cumprir as decisões e instruções do Tribunal Superior Eleitoral.

Com isso finalizamos a competência recursal. No art. 22 veremos a competência


administrativa e normativa do Tribunal.

3 - Questões
3.1 - Questões sem comentários
Questão 01 – Inédita – 2015

Compete ao TRE/PE processar e julgar originariamente:

a) o registro de candidato a Governador, Prefeito e membros do Congresso


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Nacional e da Assembleia Legislativa;

b) o registro de candidato a Prefeito, membros da Câmara Municipal e da


Assembleia Legislativa;

c) o registro de candidato a Governador, Vice-Governador, e Prefeito e


membros da Câmara Municipal;

d) o registro de candidato a Governador, Vice-Governador e membros do


Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa

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e) registro de candidato a Governador, Vice-Governador e membros da


Assembleia Legislativa, apenas.

Questão 02 – Inédita – 2015

Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que não contempla uma


competência do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

a) Julgar e processar os conflitos de competência entre Juízes de estados


distintos.

b) Julgar e processar as exceções de suspeição e impedimento do Procurador


Regional eleitoral.

c) Julgar e processar as exceções de suspeição e impedimento dos próprios


membros.

d) Julgar e processar os crimes eleitorais, cometidos por autoridades que


respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de responsabilidade,
enquanto estiverem no exercício do cargo.

e) Julgar e processar ação de impugnação de mandatos eletivos federais e


estaduais.

Questão 03 – Inédita – 2015

Dentre as competências administrativas do TRE/PE, assinale a opção


incorreta.
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a) Compete ao Tribunal elaborar próprio Regimento Interno.

b) Compete ao Tribunal eleger o Presidente.

c) Compete ao Tribunal estabelecer o calendário das sessões ordinárias.

d) Compete ao Tribunal dividir a circunscrição em zonas eleitorais, sem


necessidade de aprovação pelo TSE.

e) Compete ao Tribunal consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria


de alcance nacional.

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Questão 04 - Inédita – 2015

Assinale, dentre os conflitos hipotéticos abaixo, qual deles será de


competência do Tribunal:

a) conflito entre o Tribunal do TRE/PE e a 16ª Zona Eleitoral de Ipujuca/PE.

b) conflito entre a 6º Zona Eleitoral de Recife/PE e 16ª Zona Eleitoral de


Ipojuca/PE.

c) conflito entre a 1º Zona Eleitoral de Porto Alegre /RS e a 6º Zona Eleitoral


de Ipojuca/PE.

d) conflito de competência entre o TRE/PE e o TRE/SP.

e) conflito de competência entre a 1º Zona Eleitoral de Recife/PE e a 14º


Vara Cível de Recife/PE.

3.2 - Gabarito

Questão 01 - D Questão 02 – A

Questão 03 – D Questão 04 – B

3.3 - Questões com comentários


Questão 01 – Inédita – 2015

Compete ao TRE/PE processar e julgar originariamente:

a) o registro de candidato a Governador, Prefeito e membros do Congresso


Nacional e da Assembleia Legislativa;
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b) o registro de candidato a Prefeito, membros da Câmara Municipal e da


Assembleia Legislativa;

c) o registro de candidato a Governador, Vice-Governador, e Prefeito e


membros da Câmara Municipal;

d) o registro de candidato a Governador, Vice-Governador e membros do


Congresso Nacional e da Assembleia Legislativa

e) registro de candidato a Governador, Vice-Governador e membros da


Assembleia Legislativa, apenas.

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Comentários

A questão cobra o conhecimento o art. 22, XXXVI, a, do RI que trata da


competência para registro de candidatura.

XXXVI – processar e julgar originariamente:

a) o registro e o cancelamento do registro de candidatos aos cargos de governador,


vice-governador, senador, deputados federal e estadual;

Pelo dispositivo, é competência do TRE/PE, o registro e cancelamento de registro


dos seguintes candidatos:

 Governador e vice-Governador;
 Deputados Estaduais do Estado de Pernambuco;
 Deputados Federais e Senadores da República, que concorram pelo
Pernambuco.

Assim, a alternativa D está correta e é o gabarito da questão.

Questão 02 – Inédita – 2015

Dentre as alternativas abaixo, assinale aquela que não contempla uma


competência do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco.

a) Julgar e processar os conflitos de competência entre Juízes de estados


distintos.

b) Julgar e processar as exceções de suspeição e impedimento do Procurador


Regional eleitoral.
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c) Julgar e processar as exceções de suspeição e impedimento dos próprios


membros.

d) Julgar e processar os crimes eleitorais, cometidos por autoridades que


respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de responsabilidade,
enquanto estiverem no exercício do cargo.

e) Julgar e processar ação de impugnação de mandatos eletivos federais e


estaduais.

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Comentários

Nessa questão será necessário analisar cada uma das as alternativas.

A alternativa A não contempla uma competência do TRE/PE e é o gabarito da


questão. Vejamos o art. 22, XXXVI, b, do RI.

b) os conflitos de competência entre juízes eleitorais do estado;

Assim, o TRE é competente tão somente para julgar os conflitos de competência


de juízes dentro do próprio Estado. Vamos repetir o esquema de aula que explica
a diferença entre conflito negativo e positivo, a fim de fixar o conteúdo.

dois ou mais Juízes Eleitorais do


CONFLITO TRE/PE reputam-se competentes para
POSITIVO processar e julgar determinada lide
eleitoral.

nenhum dos Juízes Eleitorais do


CONFLITO TRE/PE reputam-se competentes para
NEGATIVO processar e julgar determinada lide
eleitoral.

As alternativas B e C estão corretas, de acordo com a alínea “c” do inc. XXXVI


do art. 22 do Regimento:

c) a suspeição ou o impedimento dos seus membros e servidores, do procurador


regional eleitoral, assim como dos juízes e chefes de cartórios eleitorais;

Vejamos, mais uma vez, o esquema de aula.


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dos Juízes do
TRE/PE

Procurador
Regional
Eleitoral

SERÁ COMPETENTE O TRIBUNAL


PARA JULGAR E PROCESSAR
ORIGINARIAMENTE AS EXCEÇÕES Juízes Eleitorais
DE SUSPEIÇÃO E IMPEDIMENTO

chefes de
cartório

servidores do
Tribunal

A alternativa D está correta com base no art. 22, XXXVI, d, do RI:

d) os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos por


autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de
responsabilidade, enquanto estiverem no exercício do cargo;

Por fim, a alternativa E está correta uma vez que é da competência do Tribunal,
por força da alínea “j”, a impugnação de mandados eletivos federais e estaduais.

j) ação de impugnação de mandatos eletivos federais e estaduais;

Questão 03 – Inédita – 2015

Dentre as competências administrativas do TRE/PE, assinale a opção


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incorreta.

a) Compete ao Tribunal elaborar próprio Regimento Interno.

b) Compete ao Tribunal eleger o Presidente.

c) Compete ao Tribunal estabelecer o calendário das sessões ordinárias.

d) Compete ao Tribunal dividir a circunscrição em zonas eleitorais, sem


necessidade de aprovação pelo TSE.

e) Compete ao Tribunal consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria


de alcance nacional.

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Comentários

Vamos analisar cada uma das alternativas a questão.

A alternativa A está correta. Como sabemos, compete a cada TRE elaborar o


próprio regimento. Vejamos o artigo 22, I, do Regimento.

Art. 22. Compete ao Tribunal, além de outras atribuições que lhe forem conferidas:

I – elaborar o seu regimento interno;

A alternativa B está correta. Vejamos a letra de lei.

III – eleger o presidente, o vice-presidente, o corregedor regional eleitoral, a Comissão do


Regimento Interno e a Diretoria da Escola Judiciária Eleitoral;

A alternativa C está correta. Confiram o art. 22, X, do RI:

X – estabelecer o calendário das sessões ordinárias;

A alternativa D está incorreta e é o gabarito da questão. Conforme prevê o inc.


XI a divisão da circunscrição ou a criação de novas Zonas Eleitorais depende de
aprovação do TSE.

XI – dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão, assim como


a criação de novas zonas ou os desmembramentos, à aprovação do Tribunal Superior
Eleitoral;

A alternativa E está correta, em razão do que prevê o inc. VII:

VII – consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria de alcance nacional;

Questão 04 - Inédita – 2015


03618409427

Assinale, dentre os conflitos hipotéticos abaixo, qual deles será de


competência do Tribunal:

a) conflito entre o Tribunal do TRE/PE e a 16ª Zona Eleitoral de Ipujuca/PE.

b) conflito entre a 6º Zona Eleitoral de Recife/PE e 16ª Zona Eleitoral de


Ipojuca/PE.

c) conflito entre a 1º Zona Eleitoral de Porto Alegre /RS e a 6º Zona Eleitoral


de Ipojuca/PE.

d) conflito de competência entre o TRE/PE e o TRE/SP.

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e) conflito de competência entre a 1º Zona Eleitoral de Recife/PE e a 14º


Vara Cível de Recife/PE.

Comentários

Devemos lembrar que o TRE/PE será competente para os conflitos de


competência entre os Juízes do respectivo Estado.

Desse modo, a alternativa A está incorreta, pois não se configura conflito de


competência. O Tribunal é órgão superior às Zonas Eleitorais, portanto, imporá
suas decisões sobre as zonas eleitorais.

A alternativa B é a correta e gabarito da questão.

A alternativa C está incorreta, pois nesse caso o conflito deverá ser resolvido
pelo TSE. Embora se tratem de órgãos de primeiro grau, estão vinculados a TREs
diversos.

O mesmo se verifica em relação à alternativa E, cuja competência será do STJ.

Por fim, na alternativa D, a competência é do TSE.

4 – Resumo
Competência do Tribunal
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA/NORMATIVA

* vamos destacar as principais competências.

 elaborar o seu regimento interno;


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Presidente do TRE

vice-Presidente do
TRE

COMPETE AO Corregedor-Regional
TRIBUNAL ELEGER Eleitoral

Comissão do
Regimento Interno

Diretoria da Escolha
Judiciária Eleitoral

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COMPETE AO TRIBUNAL APLICAR AS SEGUINTES


PENAS AOS JUÍZES ELEITORAIS

•advertência
•censura
•destituição da função eleitoral

responder às consultas sobre matéria eleitoral que lhe forem feitas, em


tese, por juiz eleitoral, autoridade pública estadual ou federal ou partido político
registrado, através de seu órgão dirigente regional ou delegado credenciado junto
ao Tribunal;

 consultar o Tribunal Superior Eleitoral sobre matéria de alcance nacional;

 estabelecer o calendário das sessões ordinárias;

 dividir a circunscrição em zonas eleitorais, submetendo essa divisão,


assim como a criação de novas zonas ou os desmembramentos, à aprovação
do Tribunal Superior Eleitoral;

TRE cria ou delimita o


espaço territorial de Submete a pedido ao TSE aprova ou denega
determinada Zona TSE o pedido formulado
Eleitoral

 conceder licença e férias, nos termos da lei, aos seus membros e aos
juízes eleitorais, assim como afastamento do exercício dos cargos efetivos,
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submetendo esta decisão, quanto aos membros, à aprovação do Tribunal


Superior Eleitoral;

 diplomar os eleitos para os cargos de governador e vice-governador do estado,


de senador, de deputado federal e estadual, com as comunicações necessárias
ao Tribunal Superior Eleitoral;

 propor ao Congresso Nacional, por intermédio do Tribunal Superior


Eleitoral, a criação ou extinção de cargos bem como a fixação da respectiva
remuneração;

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COMPETÊNCIA JUDICANTE ORIGINÁRIA

* vamos destacar as principais competências.

Governador e vice-
Governador de Pernambuco

competência do Tribunal
Deputados Federais e
REGISTRO e
Senadores que concorrem
CANCELAMENTO
pelo Pernambuco

Deputados do Estado de
Pernambuco

 os conflitos de competência entre juízes eleitorais do estado;

 a suspeição ou o impedimento dos seus membros e servidores, do procurador


regional eleitoral, assim como dos juízes e chefes de cartórios eleitorais;

dos Juízes do
TRE/PE

Procurador
Regional
Eleitoral
SERÁ COMPETENTE O TRIBUNAL
PARA JULGAR E PROCESSAR
ORIGINARIAMENTE AS Juízes Eleitorais
EXCEÇÕES DE SUSPEIÇÃO E
IMPEDIMENTO
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chefes de
cartório

servidores do
Tribunal

 os crimes eleitorais e os comuns que lhes forem conexos, cometidos por


autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça por crime de
responsabilidade, enquanto estiverem no exercício do cargo;

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 As quatro espécies de ações eleitorais poderão ser ajuizadas perante o Tribunal


do TRE/PE. Vejamos em que hipóteses:

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 Contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça do


Estado, por crime de responsabilidade.

MANDADO DE SEGURANÇA

 Contra ato de autoridades que respondam perante o Tribunal de Justiça do


Estado, por crime de responsabilidade.

 Contra ato do Presidente, Corregedor Regional, Procurador Regional, Juízes


do TRE, Juntas e Promotores Eleitorais.

MANDADO DE INJUNÇÃO

 Nos casos previstos na CF.

 as reclamações relativas a obrigações impostas por lei aos partidos


políticos, quanto à sua contabilidade e a apuração da origem dos seus recursos
financeiros;

O Tribunal do TRE/PE é competente para processar e julgar


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originariamente as reclamações contra a prestação de contas dos


diretórios estaduais dos partidos políticos.

 os pedidos de desaforamento dos processos não decididos pelos juízes


eleitorais NO PRAZO DE TRINTA DIAS, contados da data de conclusão para
julgamento, formulados por partido político, candidato, Ministério Público ou
parte legitimamente interessada, sem prejuízo das sanções aplicáveis em
decorrência do excesso de prazo;

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partido/coligação

+ 30 DIAS SEM
candidato
PEDIDO DE JULGAMENTO
DESAFORAMENTO
PARA O TRIBUNAL
Ministério Público

parte interessada.

 ação de impugnação de mandatos eletivos federais e estaduais;

 a arguição de inelegibilidade e as ações relativas a perda de mandato eletivo


por infidelidade partidária, no âmbito de sua competência;

COMPETÊNCIA JUDICANTE RECURSAL

COMPETÊNCIA RECURSAL DO TRE/PE

atos, despachos e decisões proferidas pelo


presidente e pelo corregedor regional

recursos contra atos e decisões dos Juízes


Eleitorais e das Juntas Eleitorais
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5 - Considerações Finais
Pessoal, chegamos ao final da nossa terceira aula e ao final do curso

Se houver dúvidas, estamos à disposição nas redes sociais, por e-mail e no fórum
do Curso.

Um forte abraço e bons estudos a todos!

Ricardo Torques

rst.estrategia@gmail.com

https://www.facebook.com/ricardo.s.torques

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