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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ

SETOR DE TECNOLOGI A
DEPARTAMENTO DE TRANSPORTES

DISPOSITIVOS DE DRENAGEM
PARA OBRAS RODOVIÁRIAS

CURSO: ENGENHARIA CIVIL


DISCIPLINA: TT-048 – INFRAESTRUTURA VIÁRIA
PROFESSORES: Djalma Martins Pereira
Eduardo Ratton
Gilza Fernandes Blasi
Márcia de Andrade Pereira
Wilson Küster Filho

M
2015
DTT/UFPR Dispositivos de Drenagem para Obras Rodoviárias 2

Sumário
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE DRENAGEM..................................... 4
3 DISPOSITIVOS DE DRENAGEM ........................................................................................... 7
3.1 DRENAGEM SUPERFICIAL................................................................................................. 7
3.1.1 VALETA DE PROTEÇÃO DE CORTE ...................................................................................................... 7
3.1.2 VALETA DE PROTEÇÃO DE ATERRO .................................................................................................. 98
3.1.3 SARJETA DE CORTE .............................................................................................................................. 108
3.1.4 SARJETA E MEIO-FIO DE ATERRO .................................................................................................... 129
3.1.5 SARJETA DE CANTEIRO CENTRAL E DE BANQUETA ................................................................ 1410
3.1.6 TRANSPOSIÇÃO DE SEGMENTOS DE SARJETAS ...................................................................... 1510
3.1.7 SAÍDA E DESCIDA D’ÁGUA EM TALUDE ......................................................................................... 1712
3.1.8 DISSIPADOR DE ENERGIA ................................................................................................................. 1813
3.1.9 BUEIRO DE GREIDE ............................................................................................................................. 2114
3.1.10 CAIXA COLETORA ................................................................................................................................ 2214
3.1.11 BACIA DE CAPTAÇÃO E VALA DE DERIVAÇÃO ............................................................................ 2515
3.1.12 VALA LATERAL E CORTA-RIO ........................................................................................................... 2516
3.2 DRENAGEM PARA TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES ......................................... 2717
3.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DE ARTE CORRENTES ............................................................... 2717
3.2.2 ELEMENTOS CONSTITUINTES DOS BUEIROS ............................................................................. 3019
3.2.3 CÁLCULO DO COMPRIMENTO DOS BUEIROS ............................................................................. 3321
3.3 DRENAGEM PROFUNDA OU SUBTERRÂNEA ........................................................ 3826
3.3.1 ELEMENTOS CONSTITUINTES DOS DRENOS .............................................................................. 3826
3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS DRENOS ........................................................................................................ 3927
3.3.3 TIPOS DE DRENOS............................................................................................................................... 4028
3.4 DRENAGEM SUBSUPERFICIAL .................................................................................. 4936
3.4.1 DRENOS TRANSVERSAIS RASOS ................................................................................................... 4936
3.4.2 DRENOS LONGITUDINAIS RASOS ................................................................................................... 4936
3.4.3 BASE DRENANTE .................................................................................................................................. 4936
3.4.4 DRENOS LATERAIS DA BASE (SANGRAS) .................................................................................... 5036
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................ 5541
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1 INTRODUÇÃO
O Projeto Final de Engenharia de uma obra de engenharia, em particular obras
viárias, é subdividido em alguns estudos e diversos projetos, dentre os quais o de
DRENAGEM, que tem uma grande importância nas orientações e definições das demais
partes do projeto.

Os maiores problemas de manutenção de uma estrada são oriundos dos efeitos


negativos da água, que tem por conseqüência:

 A redução da capacidade de suporte do subleito e demais camadas do


pavimento, por saturação;

 A variação de volume do subsolo, significativamente no caso de argilas


expansíveis;

 O surgimento de uma pressão hidrostática (pressão neutra) que diminui a


pressão efetiva de equilíbrio do solo;

 A erosão de estruturas de corte e de aterro ao longo do traçado;

 A instabilização de taludes e encostas naturais.

De uma maneira geral, os estudos hidrológicos, para fins rodoviários e ferroviários,


têm por objetivo principal proporcionar subsídios e informações necessárias para a
avaliação adequada do regime pluviométrico da região atravessada pela via em estudo,
visando estabelecer a influência das condições climáticas sobre o terreno natural, a
terraplenagem, a pavimentação e sobre a concepção e dimensionamento das estruturas de
drenagem, bem como sobre o estabelecimento do cronograma físico correspondente às
etapas construtivas.

O dimensionamento dos dispositivos de drenagem, quanto à seção de vazão,


apresenta dois aspectos distintos: o primeiro corresponde aos estudos hidrológicos para a
fixação do valor da vazão e o segundo, de natureza hidráulica, compreende o
dimensionamento propriamente dito da obra para conduzir ou permitir o escoamento deste
volume.

As diversas estruturas que compõem um projeto de drenagem serão dimensionadas


pelos métodos e fórmulas já consagrados a serem detalhados na disciplina de Hidrologia,
cabendo-nos discorrer sob o aspecto qualitativo da drenagem.
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2 DEFINIÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DOS TIPOS DE DRENAGEM


Drenagem consiste no controle das águas a fim de se evitar danos à estrada
construída. Efetua-se este controle por meio da interceptação, captação, condução e
desague em local adequado das águas que:

 Existem no subleito;

 Penetrem por infiltração no pavimento;

 Precipitem-se sobre o corpo estradal;

 Cheguem ao corpo estradal provenientes de áreas adjacentes;

 Cheguem através dos talvegues aos aterros.

O Projeto de Drenagem é desenvolvido em duas fases, sendo a primeira de


anteprojeto e a segunda de projeto propriamente dito, que se constituirão basicamente em:

 Concepção dos dispositivos de drenagem que comporão o projeto;

 Dimensionamento das estruturas de drenagem;

 Execução de notas de serviço dos diversos dispositivos que compõem o


projeto de drenagem, onde estejam identificadas as localizações, tipos,
tamanhos e extensões das obras.

Sob o ponto de vista econômico, os custos de implantação das estruturas de


drenagem atingem hoje valores significativos dentro dos orçamentos e são necessárias para
se garantir boas condições de tráfego e segurança do usuário.

O projeto de drenagem pode ser subdividido e classificado em:

DRENAGEM SUPERFICIAL: O sistema de drenagem superficial tem por objetivo a


captação ou interceptação e remoção das águas precipitadas, sobre as estradas e áreas
adjacentes, que escoam superficialmente. A água superficial é a água que resta de uma
chuva após serem deduzidas as perdas por evaporação e por infiltração. As águas
superficiais devem ser removidas ou conduzidas para fora do corpo estradal, ou para locais
apropriados de desague seguro, para evitar a sua acumulação na estrada, bem como
visando proporcionar estabilidade aos maciços de terra que constituem a infraestrutura e
não causar erosão nos terrenos marginais. O sistema de drenagem superficial se compõe
dos seguintes dispositivos, os quais serão detalhados na seqüência:

 Valeta de proteção de corte;

 Valeta de proteção de aterro;

 Sarjeta de corte;
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 Sarjeta e meio-fio de aterro;

 Sarjeta de canteiro central e de banquetas;

 Transposição de segmentos de sarjetas;

 Saída e descida d’água em talude;

 Dissipador de energia;

 Bueiro de greide;

 Caixa coletora;

 Bacia de captação e vala de derivação;

 Vala lateral e corta-rio.

DRENAGEM PARA TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES: Tem por objetivo permitir a


passagem das águas que escoam pelo terreno natural, não as interceptando, de um lado
para outro do corpo estradal projetado. Assim, estes dispositivos de drenagem, isolados ou
em conjunto, são estruturas projetadas para conduzir as águas dos córregos, bacias e
açudes interceptados pela estrada. Podem ser separados em dois tipos:

 Pontes ou Obras de Arte Especiais-OAE;

 Bueiros ou Obras de Arte Correntes-OAC.

Os bueiros utilizados nas rodovias, nosso interesse de estudo, com seus elementos
constituintes, são classificados quanto:

 Ao tipo de estrutura e forma de seção tubulares de concreto;

 Ao número de linhas;

 Ao tipo do material;

 A esconsidade.

DRENAGEM PROFUNDA OU SUBTERRÂNEA: O sistema de drenagem profunda objetiva


interceptar fluxos das águas subterrâneas e rebaixar o lençol freático, em cortes em solo ou
rocha, captando e escoando as águas, de forma a impedir a deterioração progressiva do
suporte das camadas dos terraplenos e pavimentos. Os drenos variam conforme seus
elementos constituintes bem como suas classificações. Como detalhado na seqüência, os
drenos mais utilizados são dos seguintes tipos:

 Dreno contínuos e descontínuo;

 Dreno cego;
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 Colchão drenante;

 Dreno a céu aberto (valetão);

 Dreno em “espinha de peixe”;

 Dreno sub-horizontal.

DRENAGEM SUBSUPERFICIAL, ESTRUTURAL OU DE PAVIMENTO : O sistema de


drenagem subsuperficial tem por objetivo a rápida e eficiente coleta e condução das águas
que infiltram-se nas camadas do pavimento. Os drenos de pavimento podem ser
diferenciados em:

 Transversal raso;

 Longitudinal raso;

 Base drenante;

 Lateral da base (sangra).


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3 DISPOSITIVOS DE DRENAGEM

3.1 DRENAGEM SUPERFICIAL

3.1.1 VALETA DE PROTEÇÃO DE CORTE

Também denominada de Valeta de Coroamento, consiste em dispositivo destinado a


interceptar e conduzir as águas precipitadas sobre as áreas adjacentes e que escoam a
montante dos cortes, visando impedir que estas atinjam o corpo estradal. Podem ser
revestidas de grama, pedra arrumada, pedra argamassada, concreto, solo-cimento ou o
próprio solo compactado. Normalmente são construídas paralelamente as cristas dos cortes
a uma distância mínima de 3,0m da linha de off-sets, com seção transversal trapezoidal ou
triangular, moldadas “in loco” de forma manual e/ou mecânica. A seguir, apresenta-se a
representação gráfica de dois exemplos de valeta de proteção de corte revestida em
concreto e em grama.
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3.1.2 VALETA DE PROTEÇÃO DE ATERRO


A semelhança da valeta de corte, esta consiste em dispositivo destinado a interceptar
e conduzir as águas precipitadas sobre as áreas adjacentes e que escoam a montante dos
aterros, visando impedir que estas atinjam o corpo estradal (pé do aterro), direcionando-as
aos bueiros. Podem ser revestidas de grama, pedra arrumada, pedra argamassada,
concreto, solo-cimento ou o próprio solo compactado. Normalmente são construídas
paralelamente ao pé do talude de aterro, a uma distância mínima de 1,0m da linha de off-
sets, com seção transversal trapezoidal ou triangular, moldadas “in loco” de forma manual
e/ou mecânica. A seguir, a representação gráfica de dois exemplos de valeta de proteção de
aterro revestida em concreto e em grama.
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3.1.3 SARJETA DE CORTE


As sarjetas de corte são dispositivos de drenagem construídos lateralmente as pistas
de rolamento, destinados a captar e conduzir longitudinalmente as águas precipitadas sobre
a pista de rolamento e áreas laterais a rodovia para os bueiros, saídas dos cortes ou
talvegues naturais. Podem ser revestidas de grama, pedra arrumada, pedra argamassada,
concreto ou solo-cimento. Normalmente são construídas junto aos acostamentos, com
seção transversal triangular, semicircular ou trapezoidal, moldadas “in loco” de forma
manual e/ou mecânica. Representação gráfica a seguir.
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3.1.4 SARJETA E MEIO-FIO DE ATERRO


As sarjetas e meio-fios de aterro são dispositivos destinados a conduzir
longitudinalmente as águas precipitadas sobre a pista de rolamento para os bueiros de
greide ou saídas d’água, impedindo que escoem pelo talude do aterro, provocando pontos
de erosão. As sarjetas podem ser revestidas de grama, pedra arrumada, pedra
argamassada, concreto ou solo-cimento, normalmente construídas em seção transversal
triangular ou trapezoidal, moldadas “in loco” de forma manual e/ou mecânica, em aterros
com altura superior a 3m, em interseções e no bordo interno de curvas horizontais. Os meio-
fios, de diferentes seções transversais, são pré-moldados em concreto e também podem ter
a função de limitar a área da plataforma, principalmente onde se torna necessária a
orientação de tráfego, como canteiro central ou interseções, complementando de forma
importante a função de orientação da drenagem superficial e da segurança da via. Exemplos
estão representados graficamente a seguir.
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3.1.5 SARJETA DE CANTEIRO CENTRAL E DE BANQUETA


As sarjetas de canteiro central são dispositivos destinados a captar e conduzir
longitudinalmente, entre as pistas opostas de uma rodovia de pista dupla, as águas
precipitadas sobre as pistas de rolamento e área central da rodovia, para caixas coletoras e
bueiros de greide. As de banquetas são sarjetas implantadas em taludes de corte ou aterro
cuja altura requeira o banqueteamento. Podem ser revestidas de grama, pedra arrumada,
pedra argamassada, concreto ou solo-cimento. Normalmente são construídas com seção
transversal triangular ou trapezoidal moldadas “in loco” de forma manual e/ou mecânica.
Representação gráfica na seqüência.

]
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3.1.6 TRANSPOSIÇÃO DE SEGMENTOS DE SARJETAS


São dispositivos destinados a dar acesso a propriedades ou vias laterais
(secundárias) a rodovia, permitindo a passagem dos veículos sobre sarjetas, sem causar
danos ao dispositivo ou a interrupção do fluxo canalizado. Distinguem-se dois tipos básicos
de dispositivos de transposição de segmentos de sarjetas, a saber:

 Tubos de concreto, tipo de encaixe macho e fêmea, envolvidos por berço e


cobertura de concreto simples;
 Laje de grelha de concreto armado, pré-moldada.
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3.1.7 SAÍDA E DESCIDA D’ÁGUA EM TALUDE


Descidas d’água para taludes de cortes são dispositivos destinados a conduzir
através dos taludes de cortes as águas de talvegues interceptados pela rodovia, sendo que
a descarga se faz normalmente em caixas coletoras de bueiros de greide ou,
excepcionalmente, na própria sarjeta de corte. As descidas d’água em taludes de aterros
são dispositivos locados nos pontos mais baixos, destinados a conduzir através dos taludes
de aterros as águas de plataforma coletadas por sarjetas ou meio-fios de aterros e os fluxos
de bueiros de greide que descarregam no talude de aterro, e normalmente são
complementadas por dissipadores de energia. As descidas d’água podem ser rápidas (lisas)
ou em degraus. Ambas as descidas são moldadas “in loco”, em concreto simples ou
armado, pedra argamassada ou em calha metálica corrugada, com seção transversal
retangular ou trapezoidal.
Saídas d’água são dispositivos em concreto simples, moldado “in loco”, destinados a
receber as águas da plataforma coletadas pelas sarjetas e meio-fios, nos extremos de
comprimentos críticos, conduzindo-as às descidas d’água em taludes de aterros, sem
quebrar a continuidade do fluxo d’água.
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3.1.8 DISSIPADOR DE ENERGIA


Dissipadores de energia são dispositivos que têm a função de reduzir a energia de
fluxos d’água concentrados por outros dispositivos de drenagem, promovendo a redução de
velocidade de escoamento, minimizando os efeitos erosivos quando da disposição final junto
ao terreno natural. Construído “in loco”, em concreto e pedra de mão (0,10 a 0,15cm)
arrumada, assentada sobre uma caixa escavada no terreno, com as paredes e fundo
revestidos em concreto, situada à frente e sob a extremidade de outro dispositivo de
drenagem. Na falta de pedra de mão, ou por opção, pode-se executar o concreto denteado.
Também podem ser associados a descidas d’água em degraus.
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3.1.9 BUEIRO DE GREIDE


Consiste numa linha de tubos de concreto, normalmente armado, com diâmetro de
0,80m, apoiado num berço de concreto magro, quase à superfície da plataforma de
terraplenagem, com objetivo de propiciar adequadas condições de desague das águas
coletadas por dispositivos de drenagem superficial cuja vazão admissível tenha sido
atingida, ou drenar pontos baixos. São localizados em seções mistas, passagens de corte
para aterro, pontos mais baixos dos aterros e transposições de pistas quando necessário.
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3.1.10 CAIXA COLETORA


São dispositivos de concreto simples ou de alvenaria de tijolos, utilizáveis nas
extremidades dos bueiros de greide para a captação e transferência das águas provenientes
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de sarjetas (caixa coletora de sarjeta) ou em substituição a boca de montante de bueiros de


grota (caixa coletora de talvegue).
Os poços de inspeção são caixas destinadas a permitir a conexão de canalizações
com alinhamentos, dimensões e declividades diferentes que se interceptam em um ponto;
também são utilizados em segmentos de canalizações muito longos, de modo a facilitar as
tarefas de manutenção e limpeza.
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3.1.11 BACIA DE CAPTAÇÃO E VALA DE DERIVAÇÃO

Bacias de captação são depressões rasas escavadas a montante de bueiros


visando facilitar e disciplinar a entrada do fluxo d’água nos bueiros.

Valas de derivação são valas construídas a jusante do bueiro, com objetivo de


afastar rapidamente as águas que o transpuseram.

3.1.12 VALA LATERAL E CORTA-RIO


Valas laterais são valas construídas com o objetivo de intercomunicar pequenas
bacias e conduzir os respectivos fluxos a um único e principal talvegue.

Corta-rios são valas de dimensões avantajadas cujo objetivo é desviar pequenos


cursos d’água impedindo-os de atingir e danificar (erodir) os pés de aterros.
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3.2 DRENAGEM PARA TRANSPOSIÇÃO DE TALVEGUES


Pontes ou obras de arte especiais-OAE, conforme nominadas, são estruturas
especiais cujos objetivos são de relevante importância, tornando possível a travessia de
cursos d’água de diferentes proporções, de braço de mar, de grandes depressões ou
obstáculos de difícil transposição em padrões usuais de construção e de relativamente baixo
custo financeiro, muitas vezes exercendo a função de dispositivo de drenagem para
transposição de talvegues. São definidos projetos específicos para cada objetivo, podendo-
se padronizar soluções e dimensionamentos para casos mais simples e freqüentes quando
mantidas algumas condições básicas.

Com aspecto informativo e de maneira superficial e genérica, as OAE podem variar


quanto a solução técnica melhor apropriada (ponte simples, composta, com apoios, em
balanço, estaiada, pênsil, levadiça,...), quanto aos materiais empregados (madeira, pedra,
concreto armado, concreto protendido, metálicas, mistas,...), quanto a forma de execução
(moldadas “in loco” ou pré-moldadas), bem como quanto a sua utilização(rodoviária,
ferroviária, pedestres,...). As OAE, por suas peculiaridades e complexidades, constituem-se
em estudo específico a ser abordado academicamente em disciplina igualmente específica.

Bueiros ou obras de arte correntes-OAC são dispositivos drenantes constituídos


por linha de escoamento d’água, sobre o terreno natural, tendo todo o aterro sobre si,
normalmente posicionado transversalmente a plataforma, permitindo a livre passagem
d’água sob a rodovia. Podem drenar as águas precipitadas fora do corpo estradal e
acumuladas nos talvegues naturais ou precipitadas sobre a plataforma e taludes de cortes e
acumuladas em caixas coletoras. Existe uma diversidade bastante grande de OAC e que
passamos a classificar da forma como segue.

3.2.1 CLASSIFICAÇÃO DAS OBRAS DE ARTE CORRENTES


Para melhor detalharmos as OAC, podemos classificá-las segundo o tipo de estrutura
e forma de seção transversal, quanto ao número de linhas, ao tipo de materiais e quanto à
esconsidade das diversas disposições que compõem os bueiros, a seguir apresentadas.

A- TIPO DE ESTRUTURA E FORMA DE SEÇÃO TRANSVERSAL

Bueiro TUBULAR de Concreto: constituído por linha de tubos de concreto armado,


pré-moldados, de seção transversal circular, com diâmetro variando de 0,80 a 2,00m;
podem ter encaixe macho e fêmea simples ou de bolsa.
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Bueiro CELULAR de Concreto: são dispositivos constituídos por células de concreto


armado, moldadas “in loco”, normalmente com seção transversal quadrada, com lado
variando de 1,00 a 3,00m. Permitem grandes vazões.

Bueiros ESPECIAIS: são constituídos por estruturas de concreto, metálica ou


alvenaria de pedra ou tijolos, podem ser em forma de arco, ovóide ou quadrada/retangular
(capeado). Podem ter dimensões variadas e aplicações mais específicas.
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B - NÚMERO DE LINHAS

Bueiro SIMPLES: constituídos por uma única linha de dispositivos de escoamento.

Bueiro DUPLO ou TRIPLO: constituídos respectivamente por linha dupla e tripla de


dispositivos de escoamento d’água.
Não é usual número maior de linhas.
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C - TIPO DE
MATERIAL

 Bueiro de CONCRETO ARMADO;

 Bueiro METÁLICO – chapa corrugada ou lisa – “ARMCO” / “Tunnel-Linner”;

 Bueiro de ALVENARIA, PEDRA;

 Bueiro de MADEIRA (provisório);

 Bueiro de PVC.

D - ESCONSIDADE

Normal: o eixo do bueiro é ortogonal ao eixo da estrada; facilidade construtiva e


menor custo em função do menor comprimento.

Esconso: o eixo do bueiro não é ortogonal ao eixo da estrada, tendo como referência
de esconsidade o ângulo formado pela normal ao eixo da estrada e o eixo do bueiro; requer
detalhamento construtivo, gerando um comprimento maior ao bueiro. Os ângulos de
esconsidade normalmente devem ser múltiplos de 5º até o máximo de 45º.

3.2.2 ELEMENTOS CONSTITUINTES DOS BUEIROS


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Corpo: estrutura com a função efetiva de dar passagem às águas.

Berço: constitui a base de assentamento do bueiro; normalmente de concreto.

Bocas: são os dispositivos de entrada (montante) e saída (jusante) dos bueiros,


integrando o bueiro ao corpo do aterro.

Recobrimento: aterro de cobertura ao bueiro, com altura mínima estabelecida em


função do tipo e dimensão do bueiro.

Declividade: inclinação longitudinal do bueiro cuja função é forçar o escoamento


apropriado das águas, evitando velocidades excessivas.
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3.2.3 CÁLCULO DO COMPRIMENTO DOS BUEIROS

O cálculo do comprimento dos bueiros deve levar em consideração a largura da


plataforma final de terraplenagem, a altura do aterro associada ao talude de aterro e a
esconsidade. O comprimento final (L) será a divisão da soma da largura da plataforma (p)
com os comprimentos correspondentes as projeções horizontais dos taludes de aterro
(saias) a montante (pm) e jusante (pj) pelo cosseno do ângulo de esconsidade (cos ).

Então: L = ( p + pm + pj )  cos 

Onde pm = 1,5 * hm
pj = 1,5 * hj
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EXEMPLO – BUEIROS TUBULARES DE CONCRETO – Dimensões e quantidades


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EXEMPLO – BOCAS DE BUEIRO TUBULARES DE CONCRETO


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EXEMPLO – BUEIROS CELULARES DE CONCRETO


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EXEMPLO – POSICIONAMENTO DE BUEIRO DE GREIDE E DE TALVEGUE


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3.3 DRENAGEM PROFUNDA OU SUBTERRÂNEA

Os drenos profundos, dispostos longitudinalmente ao corpo estradal, são dispositivos


utilizados para interceptar fluxos das águas subterrâneas e rebaixar o lençol freático, em
cortes em solo ou rocha, captando e escoando as águas, de maneira a evitar que a ação
das águas subterrâneas possa afetar a resistência do material do subleito e do pavimento,
prejudicando o desempenho pretendido.

3.3.1 ELEMENTOS CONSTITUINTES DOS DRENOS

Os drenos variam em função de seus elementos constituintes bem como são


associados a outros elementos complementares, quais sejam:

VALA: vala escavada mecanicamente (retroescavadeira), no sentido longitudinal do


corpo estradal, com dimensões de 0,50m de largura por 1,50m de profundidade, podendo
sofrer variações. Deve-se manter uma declividade longitudinal mínima de 1% e, por
imposição construtiva, deve ser escavado no sentido da jusante para montante.

MATERIAL FILTRANTE: com o objetivo de não deixar que outros materiais além da
água tenham acesso ao sistema de drenagem, reduzindo ou perdendo toda eficiência
necessária, é utilizado como material filtrante a areia natural isenta de impurezas orgânicas
e torrões de argila. A granulometria do material filtrante deverá ser verificada segundo
critérios de dimensionamento de filtros, para que se ateste a sua adequação face aos solos
envolventes, tendo em vista os aspectos de colmatação (preenchimento dos vazios por
material carreado pela água) e permeabilidade. Caso os materiais naturais disponíveis não
sejam perfeitamente adequados, admite-se a correção com outros materiais, naturais ou
artificiais, ou o emprego de areia artificial resultante da britagem de rocha sã; ultimamente
esta sendo bastante difundido o uso de geotêxtil ou manta sintética.

MATERIAL DRENANTE: como material drenante poderão ser utilizados produtos


resultantes da britagem e da classificação da rocha sã, areias grossas e pedregulhos
naturais ou seixos rolados, desde que isentos de impurezas orgânicas e torrões de argila. A
granulometria do material drenante deverá ser verificada ou projetada segundo critérios de
dimensionamento de filtros, para que sejam atendidas as seguintes condições:

 O material drenante não seja colmatado pelo solo envolvente e material


filtrante;

 A permeabilidade do material drenante seja satisfatória;

 Os fragmentos do material drenante não sejam pequenos a ponto de bloquear


ou se infiltrar no interior dos tubos de concreto perfurados, quando estes forem
previstos.
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TUBOS: tem aplicação opcional em função das particulares do projeto; com diâmetro
de 0,20m e proporcionando grande capacidade de vazão ao dreno, os tubos podem ser
constituídos de diferentes formas, a saber:

 De concreto simples perfurado;

 De concreto poroso, onde a participação de agregado miúdo é mínima, sendo


que sua permeabilidade deve assemelhar-se à do agregado graúdo que entra
na composição do concreto utilizado;

 Cerâmico ou plástico (PVC) perfurado ou ranhurado.

SELO SUPERIOR: elemento opcional, cujo objetivo é impedir o acesso ao dreno de


águas superficiais. Normalmente é empregada uma camada de argila.

BOCA DE SAÍDA: dispositivo complementar, executado na extremidade do dreno


para proteger a saída d’água contra elementos que possam prejudicá-la (vegetação, etc.); é
executada de concreto simples. Nas saídas dos cortes, os drenos devem ser defletidos em
cerca de 45º, com raio na ordem de 5m, prolongando-se no mínimo 1m além do “off-set” do
aterro anexo.

3.3.2 CLASSIFICAÇÃO DOS DRENOS

Os drenos podem ser também classificados quanto:

1 - Sos locais para instalação :


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 Cortes em solo: onde as sondagens detectaram água próxima ao greide


projetado;
 Cortes em rochas: onde há diáclises por onde a água pode percolar.

2 - so preenchimento da cava (vala):

 Cego ou sem tubo: pequena vazão (“francês”);

 Com tubo: grande vazão.

3 - À permeabilidade da camada superior:

 Selados: impermeáveis a águas de superfície;

 Abertos: recebem águas por cima.

4 - A granulometria (material de enchimento):

 Contínuos: somente um material de enchimento;

 Descontínuos: material filtrante e material drenante.

3.3.3 TIPOS DE DRENOS

Em acordância aos elementos apresentados, os drenos usualmente aplicados nos


projetos viários são dos seguintes tipos descritos e/ou representados graficamente, de forma
combinada ou não, como segue:

1- DRENO CONTÍNUO E DESCONTÍNUO: é função do material de enchimento


(filtrante e drenante) definido, visando atender as características do terreno e de
disponibilidade de materiais.

2- DRENO CEGO: dreno executado sem tubos, cuja função é executada pelo
material drenante.

3- COLCHÃO DRENANTE: ou camada drenante, consiste numa camada de material


drenante preenchendo o rebaixo de greide executado nos cortes em rocha, visando impedir
que a água percolada através de diáclises atinja as camadas inferiores do pavimento.
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EXEMPLO – DRENOS LONGITUDINAIS PROFUNDOS PARA CORTES EM SOLOS


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EXEMPLO – DRENOS LONGITUDINAIS PROFUNDOS PARA CORTES EM ROCHAS


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EXEMPLO – DRENOS LONGITUDINAIS PROFUNDOS – Detalhes Complementares


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EXEMPLO – POSIÇÃO DE DRENO LONGITUDINAL PROFUNDO EM RELAÇÃO Ã


PLATAFORMA
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EXEMPLO – CAMADA DRENANTE PARA CORTE EM ROCHA


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4 - DRENO A CÉU ABERTO: também chamado de valetão lateral, é fruto do alargamento


lateral da plataforma que passa a atuar como dreno, só que a céu aberto, dispensando
drenos profundos convencionais.

5 - DRENO EM “ESPINHA-DE-PEIXE”: é um dreno sem tubo, de pequena profundidade,


com a configuração de uma espinha de peixe, ou seja, uma linha principal alimentada por
diversas linhas secundárias. Bastante utilizados em grandes áreas pavimentadas, em cortes
com nascentes d’água e também sob aterros com nível freático muito elevado.

6 - DRENOS SUB-HORIZONTAIS: destinados a drenar maciços (taludes de corte/aterro) ou


encostas naturais, visando reduzir a pressão neutra, evitando assim que as condições de
saturação vigentes comprometam a estabilidade dos maciços; são empregados tubos de
PVC perfurados ou ranhurados, com diâmetro de 50mm, cravados nos taludes após
perfuração com equipamento apropriado.

São dispositivos complementares a outros dispositivos; o objetivo é dar estabilidade ao


maciço. Por dificuldade de operação dos equipamentos de perfuração, a primeira linha de
drenos é implantada 1,00m acima da plataforma de terraplenagem. O número de drenos e
comprimentos dependem de estudos hidrológicos e geotécnicos.
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EXEMPLO – DRENOS SUB-HORIZONTAIS – Detalhes Complementares


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3.4 DRENAGEM SUBSUPERFICIAL


Constituem dispositivos que têm a função de drenar águas superficiais infiltradas no
pavimento, podendo ser executados transversal ou longitudinalmente ao eixo da estrada.

3.4.1 DRENOS TRANSVERSAIS RASOS


Têm por objetivo drenar águas que se infiltram no pavimento e percolam
longitudinalmente através da superfície de contato pavimento e terraplanagem. São
aplicados nas saídas de corte e nos pontos baixos de aterros.

3.4.2 DRENOS LONGITUDINAIS RASOS


Têm como função coletar e conduzir longitudinalmente águas infiltradas no
pavimento, em seções em que há confinamento lateral do pavimento por outros dispositivos
(sarjetas, etc.).

3.4.3 BASE DRENANTE


Consiste numa camada betuminosa de granulometria aberta, muito permeável,
posicionada abaixo do revestimento e estendida até o bordo dos acostamentos, propiciando
DTT/UFPR Dispositivos de Drenagem para Obras Rodoviárias 50

condição de livre drenagem às águas de infiltração no pavimento. Os materiais empregados


são pré-misturados abertos e macadame betuminoso.

3.4.4 DRENOS LATERAIS DA BASE (SANGRAS)


Têm por objetivo propiciar condições de drenagem, a intervalos definidos, a uma base
drenante que é confinada lateralmente por acostamentos impermeáveis. Também, os
materiais utilizados são pré-misturados abertos ou macadame betuminoso.
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EXEMPLO – DRENOS SUB-SUPERFICIAIS – Detalhes Complementares


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EXEMPLO – LOCAIS PARA IMPLANTAÇÃO DE DRENOS LONGITUDINAIS E


TRANSVERSAIS EM CORTES E ATERROS
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EXEMPLO – ESQUEMA GERAL DE DRENAGEM


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EXEMPLO – ESQUEMA GERAL DE DRENAGEM


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4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ÁLBUM DE PROJETO-TIPO DE DISPOSITIVOS DE DRENAGEM - MT / Departamento
Nacional de Estradas de Rodagem - 1988

ÁLBUM DE PROJETO-TIPO DE DRENAGEM, OBRAS DE ARTE CORRENTE,


PONTILHÕES E OBRAS COMPLEMENTARES - SETR / Departamento de Estradas
de Rodagem do Estado do Paraná - 1989

ESPECIFICAÇÕES GERAIS PARA OBRAS RODOVIÁRIAS – Volume I/IV - MT /


Departamento Nacional de Estradas de Rodagem - 2000

APOSTILA DE TRANSPORTES: Drenagem / Sinalização / Obras Complementares – Djalma


Martins Pereira / Eduardo Ratton / Gilza Fernandes Blasi / Wilson Küster Filho -
Diretório Acadêmico do Setor de Tecnologia da UFPR – 1997

DRENAGEM SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA DE ESTRADAS – R. Michelin

INSTRUÇÕES PARA DERNAGEM DE RODOVIAS – Tomo I e II - MT / Departamento


Nacional de Estradas de Rodagem.

DRAINAGE OF PAVEMENTS STRUCTURES – Asphalt Institute

DRAINAGE OF HIGHWAY AND AIRFIELD PAVEMENTS – Cedergren (traduzido)

MANUAL DE IMPLANTAÇÃO BÁSICA – MT / Departamento Nacional de Estradas de


Rodagem - 1975

DRENAGEM DE RODOVIAS E FERROVIAS – Antonio Lopes Pereira – Ao Livro Técnico


Ltda - 1959

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