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Universidade Federal de Mato Grosso Universitário de Sinop Instituto de Ciências Agrárias E Ambientais Programa de Pós Graduação em Zootecnia
Universidade Federal de Mato Grosso Universitário de Sinop Instituto de Ciências Agrárias E Ambientais Programa de Pós Graduação em Zootecnia
corte em pastejo
corte em pastejo
ii
Autorizo a reprodução e divulgação total ou parcial deste trabalho, por qualquer meio
convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
iii
iv
AGRADECIMENTOS
A Deus, sobre tudo, pela vida, saúde e por guiar meus passos.
estudos.
Kling de Moraes, por sua dedicação, sabedoria, exemplo de ética profissional, além da
paciência e grande cordialidade para comigo. Obrigado Professor, suas intervenções foram de
Ao professor Dr. André Soares de Oliveira e professora Dra. Kamila Andreatta Kling de
Aos professores Dr. Douglas dos Santos Pina e Dr. Victor Rezende Moreira Couto por
Ao Sr. Antônio Chiuche Neto, proprietário da fazenda Uirapuru por ceder a estrutura e
A todos os funcionários, Luiz Humberto, Thiago, Bruno, João e Alessandro. Pela troca
suplementos.
v
A todos os amigos do mestrado, Andreia, Marcia, Daniely, Keithon, Mircéia, Riciely,
Thuanny, Ubiara, Celina, Leonardo, Wile, Lucas, Alvair, Joyce, Fagner, Tiago “Pato Branco”.
Aos professores, Dr. André, Dr. Douglas e Dr. Eduardo, que sempre tiveram prontos em
me ajudar com minhas dúvidas. Ao meu amigo de análises, Leonardo, que apesar de tudo
sempre estava de bom humor e pronto em me ajudar. Ao Ubiara, Alvair, Tiago, Daiane,
Tatiane, Suziane, Fernanda, Nykita, Lucas, Fagner e aos estagiários, obrigado. Pois sem
Aos amigos de república, Ubiara, Kaio, Edeon, Lucão e nosso agregado Tafarel. Pelos
deste objetivo, especialmente àquelas que, de uma forma ou de outra, acreditaram ser possível
vi
BIOGRAFIA
Diego Cordeiro de Paula filho de Luiz Humberto de Paula e Elisia Regina Cordeiro de
Grosso.
Federal de Mato Grosso, concentrando seus estudos na área de Nutrição e alimentação animal,
vii
RESUMO
viii
ABSTRACT
Abstract – It was evaluated the nutritional parameters and performance of beef cattle at
pasture receiving protein-energy supplements containing active yeast and/or protected urea
during the rainy season. For performance evaluation 75 Nellore with initial weight of 410 kg,
structured in a completely randomized design (CRD) were used. To evaluate the nutritional
parameters five Nellore, with average weight of 390 kg arranged in latin square design (5x5)
were used. The supplements were: mineral (Control), protein-energy (PE), PE with yeast, PE
with protected urea, PE with active yeast and protected urea. The PE supplementation led to
higher intake and digestibility of nutrients, nitrogen balance and performance that mineral
supplementation. The inclusion of active yeast and/or protected urea in PE supplements has
no effect on nutritional parameters and performance of animals. Beef cattle grazing during the
rainy season have no improvements in intake and digestibility of nutrients and performance
with the addition of active yeast and/or protected urea in supplements.
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SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO GERAL ................................................................................................................. 1
3. REFERÊNCIAS ........................................................................................................................... 11
4. CAPITULO 1 ............................................................................................................................. 16
x
1. INTRODUÇÃO GERAL
O uso de suplementação tem sido, utilizado além do período seco também na estação
dos animais. No período das águas, apesar de não serem consideradas deficientes em proteína
pastagens de clima temperado por situar-se aquém dos requerimentos nutricionais dos
animais. Embora os níveis de proteína das gramíneas tropicais sejam altos nos estágios
águas, 40% do total de proteína na forma de proteína insolúvel em detergente neutro (PIDN),
compostos nitrogenados na dieta, parte dos substratos energéticos deixa de ser efetivamente
utilizada por deficiência dos sistemas enzimáticos microbianos (MINSON 1990; PAULINO
et al., 2002).
energia por não atender às exigências de proteína. Por outro lado, tanto a deficiência de
energia como a de proteína podem ser eliminadas apenas pela correção na deficiência
protéica.
entre nutrientes digestíveis totais (NDT) e proteína bruta (PB) for superior a 7:1 (MOORE et
al., 1999).
1
fermentação ruminal, velocidade de degradação ruminal da fibra e no consumo de volumoso.
Essas respostas podem ser maximizadas pela otimização da relação entre o consumo de
consumida pelos animais (Köster et al., 1996; Mathis et al., 2000; Bodine e Purvis., 2003).
A utilização da ureia, como fonte de nitrogênio não protéico (NNP) têm sido uma
alternativa para suprir o déficit de proteína das forragens. No entanto, a quantidade de ureia
que pode ser utilizada é limitada, devido à sua rápida hidrólise em nitrogênio amoniacal no
rúmen. Se esta hidrólise ocorrer numa velocidade maior que a disponibilidade de energia para
escape de amônia no rúmen. Por esse motivo, a ureia será melhor utilizada como fonte de
nitrogênio para síntese protéica, quando houver sincronismo entre liberação de energia e
nitrogênio ( HENNING et al., 1993; HOOVER AND STOKES, 1994; AKAY et al., 2004).
afinidade das culturas de leveduras por oxigênio, melhora as condições ruminais para os
também podem aumentar como consequência da maior atividade das bactérias do rúmen.
energético e o desempenho animal (NEWBOLD et al., 1996). Desta forma com este estudo,
2
energéticos para bovinos de corte em pastejo durante o período das águas sobre os parâmetros
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O Brasil possui o segundo maior rebanho comercial de bovinos do mundo, cerca de 211
representa em torno de 79% do rebanho total, além de participar com valores expressivos no
Organization - FAO (2006), a pecuária brasileira explorava cerca de 170 milhões de hectares
atividades econômicas.
forragem deve ser levada em consideração para um possível ajuste no fornecimento contínuo
submetida. Além disso, a maior eficiência na utilização das forrageiras só será alcançada pela
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compreensão e manipulação eficiente de tais fatores; de modo a possibilitar tomadas de
Segundo Van Soest (1994), nas regiões tropicais, ocorrem diferenças na composição
Sendo assim, pastagens formadas por gramíneas tropicais apresentam valor nutritivo inferior
às de clima temperado, por apresentarem maior conteúdo da fração fibrosa, menores valores
de digestibilidade da matéria seca, da fração fibrosa e de proteína bruta. Por outro lado, as
forrageiras tropicais apresentam alta taxa de crescimento, o que permite considerar elevada
teve papel importante no desenvolvimento da região centro oeste, pois viabilizou a pecuária
de corte nos solos ácidos e de baixa fertilidade, predominantes nesta região de cerrados
(VALLE et al., 2000). Na maioria das situações, a forragem não contém todos os nutrientes
(REIS et al., 1997; ROCHA, 1999; VOLTOLINI; MOREIRA; NOGUEIRA, 2009), diante
Atualmente a demanda é por animais mais jovens, que estejam aptos para o abate com
idade inferior aos três anos e carcaças com peso mínimo de 225 quilos. No entanto, no Brasil,
as pastagens de Brachiaria são as mais utilizadas para produção de bovinos de corte, contudo,
resultados de pesquisas indicam que essa gramínea não tem potencial para atender às
exigências nutricionais, para uma produção máxima no decorrer do ano (EUCLIDES et al.,
4
questão zootécnica quanto do ponto de vista econômico. Segundo Valadares Filho et al.
(2002), uma das grandes aplicações do conhecimento de nutrição de ruminantes no Brasil foi
Minerais (ASBRAM), em 2007 cerca de 50% do total do rebanho bovino brasileiro recebeu
suplementos seja maior. Contudo, devido a erros de manejo, como falta de cochos, falta de
reposição dos suplementos nos cochos, entre outras falhas de manejo, tem-se, na maioria das
Lana (2002) relata que as principais vantagens de suplementar, são: suprir os nutrientes
para os animais, utilizar as pastagens de modo mais adequado, evitar a subnutrição, melhorar
a eficiência alimentar, auxiliar na desmama precoce, reduzir a idade do primeiro parto, reduzir
o intervalo entre partos, diminuir a idade de abate, aumentar a taxa de lotação das pastagens e
Segundo Paulino et al. (2002), a suplementação não deve ser encarada como um sistema
de alimentação, mas sim um corretivo dos déficits que possam apresentar nossas pastagens
Fernandes et al. (2007), relata que em condições de pastagens tropicais, durante o período de
secas, ocorre tanto deficiência de proteína degradável no rúmen (PDR), quanto de proteína
Com isso, haveria necessidade de adição de fontes de proteína pouco solúveis, quando
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as concentrações de PDR devem ser primariamente consideradas na suplementação protéica,
para se obter a máxima degradação da forragem no rúmen (BANDYK et al., 2001). Segundo
Poppi e Mc Lennan (1995), baixos níveis de ganho de peso têm como consequência o fato de
impossibilitar que os ganhos de peso anuais dos sistemas de produção baseados em pastagens
tropicais sejam capazes de atender a um mercado que requer animais jovens com carcaças
pesadas.
(NOLLER et al., 1996). Na época chuvosa, é esperado que não ocorra deficiência de proteína
bruta (POPPI e MCLENNAN, 1995), considera-se então que os valores superiores a 7-8% de
A suplementação no período das águas tem sido usada com maior ênfase após o sucesso
de seu uso no período de seca. No período chuvoso, em função do aumento das concentrações
proteicas das gramíneas e da alta taxa de degradabilidade ruminal desta fração, haveria um
No período das águas, a suplementação passa a ter valor nutricional diferente, sobretudo
menor teor de ureia, devido à mudança sazonal das forrageiras no período das águas em
relação ao período de seca, com maiores teores de energia, proteína, minerais, vitaminas e
De acordo com Euclides (2001), nas pastagens bem manejadas, durante o período das
águas, as gramíneas tropicais são capazes de promover ganhos de peso entre 600 e 800 g/dia ,
entretanto (CARVALHO et al., 2003) trabalhando com com animais em engorda recebendo
suplementos, mostraram ganhos médios diários de 0,6 a 1,24 kg/cabeça/dia. Corsi (1993),
descreve que a média do ganho de peso vivo, nas águas é na faixa de 0,6 a 0,8 kg/animal/dia,
com capacidade de chegar até 1,0 kg/animal/ dia. Nesta situação, qualquer tentativa de
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suplementação deve ser analisada em termos da meta a ser alcançada dentro de um
Durante a maior parte do período das águas, a forragem disponível, apresenta teores
nitrogênio para síntese de proteína microbiana no rúmen. Segundo Moore et al. (1999) o
vivos (viáveis) e incluem: bactérias, fungos e leveduras, dos quais os mais importantes e
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cervejaria, vinícola, farmacêutica (produção de riboflavina e outras vitaminas do complexo b),
Cultura de levedura são células vivas de S. cerevisiae, ainda contaminadas com o meio
de cultura e alguns produtos de seu metabolismo, possui contagens variáveis de células vivas
durante o seu crescimento, é um produto seco, com alto número de UFC/g de produto,
2006).
fatores contribui para o maior consumo e melhor aproveitamento da dieta pelos animais, uma
vez que ocorre aumento da eficiência de utilização da energia e dos nutrientes no rúmen, isso
protéico. Porém sua grande solubilidade no rúmen pode causar intoxicação. Entretanto,
maiores níveis de inclusão de ureia têm sido utilizados sem que haja comprometimento do
desempenho dos animais. Dessa forma, o nível máximo de inclusão de ureia nas rações e seus
características de carcaça ainda não estão totalmente definidos (VALADARES FILHO et al.,
2004).
8
Em suplementos proteicos-energéticos, a ureia é amplamente utilizada pelo seu baixo
custo por unidade de equivalente proteico, sendo utilizada na substituição parcial de fontes de
proteína verdadeira. Porém, sua alta taxa de hidrólise se torna um problema pela rápida
ao fígado para metabolização e conversão em ureia, forma pela qual é excretada pela urina ou
reciclada pela parede ruminal e saliva. Entretanto, este processo gasta energia, diminuindo a
intoxicação, podendo levar à morte do animal. Por tudo isso se torna necessário um período
de adaptação dos animais por ocasião da inclusão de ureia na dieta (AZEVEDO et al. 2008).
estratégia para diminuir a utilização das fontes de proteína verdadeira em dietas para
ruminantes e tem como vantagens a capacidade de diminuir os riscos de intoxicação por ureia,
verdadeira de alto custo e/ou disponibilidade limitada, podendo ainda melhorar o sincronismo
rúmen, desde a década de 60, tem-se buscado uma fonte de nitrogênio que mantenha os níveis
de amônia ruminal constantes ao longo do dia. Esse problema pode ser superado usando as
fórmulas de nitrogênio não protéico de liberação lenta, proporcionando assim uma maior
9
eficiência ao metabolismo animal, com economicidade e aumento da produtividade
ureia, a fim de permitir maior sincronização com a degradabilidade dos carboidratos, sendo
desenvolvidos produtos que visam o controle da liberação de NNP, com intuito de reduzir os
desenvolvida uma ureia encapsulada por uma cera, capaz de promover a liberação lenta de
nitrogênio (ureia protegida)). Esta liberação lenta de nitrogênio pode chegar até 24 a 36 horas
dizer que os animais utilizam essa sobra energética para maiores taxas de crescimento
comprovam uma liberação mais gradual (FERREIRA et al., 2005), assim como trabalhos de
não têm sido verificadas vantagens no uso de ureia de liberação lenta se comparado à ureia
10
3. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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não-proteico. Revista Brasileira de Zootecnia, v.41, n.2, p.449-456, 2012.
15
4. CAPITULO 1
4.1. Introdução
plantas forrageiras, tal como qualquer outra planta de interesse econômico, necessitam estar
bem nutridas para que apresentem uma boa produção, conjugada com adequado valor
nutritivo, visando ao atendimento das exigências dos animais (Costa et al. 2005).
Com base, no consumo reduzido e no baixo valor energético da maioria das forrageiras,
a energia seria um dos fatores limitante para atender as exigências nutricionais. Porém, a
deficiência de proteína das forrageiras tem recebido maior atenção (Goes et al., 2009).
milho, estratégias devem ser implantadas a fim de substituir total ou parcialmente esses
produtos sem afetar o desempenho animal. Com esse intuito, a inclusão de aditivos como
ureia protegida e leveduras vivas para melhorar a fermentação ruminal, são estratégias para
Martin & Nisbet (1992), as culturas de leveduras podem atuar modificando a fermentação
Por outro lado a utilização da ureia protegida com taxa de liberação de nitrogênio
disponibilidade energética, o que pode permitir melhor utilização do N da dieta. Devido a essa
liberação lenta e constante, talvez a substituição da proteína verdadeira por NNP (nitrogênio
16
não proteico) possa ser maior, extrapolando as recomendações tradicionais para o uso da
ureia.
2013.
Para avaliação dos parâmetros nutricionais, a área experimental foi constituída de cinco
piquetes, com área de 0,25 hectares (ha) cada, formados com Brachiaria brizantha cv.
não-castrados, com peso médio inicial de 390 kg. O experimento foi estruturado em
delineamento quadrado latino (5x5), sendo composto por cinco períodos experimentais com
Para avaliação do desempenho, foram utilizados 75 novilhos Nelore, não castrados, com
idade e peso médio inicial de 24 meses e 410 kg, respectivamente. O experimento foi
repetições. O experimento foi constituído de três períodos de 37 dias, totalizando 111 dias. A
área experimental destinada aos animais de desempenho, foi constituída de cinco piquetes,
contendo 11 ha cada formados com gramínea Brachiaria brizantha cv. Marandu, providos de
bebedouros e comedouros.
17
Para minimizar a possível influência da variação na disponibilidade de MS de pasto
entre os piquetes, procedeu-se o rodízio dos animais entre os piquetes a cada 15 dias,
No início dos trabalhos e a cada 15 dias foram efetuadas amostragens do pasto por meio
de dois métodos. Pelo primeiro método, amostras de forragem foram coletadas, através do
corte a 10 cm do solo de cinco áreas delimitadas por um quadrado metálico de 1,0 x 1,0 m,
aceitável da dieta selecionada por animais em regime de pastejo (Moraes et al., 2005).
resultado foi obtido por intermédio do resíduo insolúvel em detergente neutro avaliado após
incubação in situ das amostras por 240 horas (Casali et al., 2008), segundo a equação descrita
por Paulino et al. (2006): MSpD = 0,98x(100 − FDN) + (FDN − FDNi) em que: 0,98 = coeficiente de
65ºC por 72 horas e, posteriormente, moídas até atingirem granulometria de 1,0 mm, exceto
(Tabela 1), sendo ofertados diariamente às 10:00 horas, em quantidade de 1,0 kg.animal-1.
18
Nas amostras do pasto e suplementos, foram analisados as concentrações de matéria
seca (método Nº 934.01), matéria orgânica (MO, método Nº 942.05), proteína bruta (PB,
método Nº 954.01) e extrato etéreo (EE, método Nº 920.39) de acordo com a AOAC (1990).
Por outro lado as determinações de FDN e FDA seguiram os métodos de Van Soest e
Robertson (1985). As amostras foram tratadas com alfa-amilase termo-estável sem uso de
sulfito de sódio, (Mertens, 2002) e para o resíduo de compostos nitrogenados (Licitra et al.,
1996).
MS por cm2 de tecido (Nocek, 1988), e 100 mL de detergente neutro.g-1 de amostra seca ao ar
O fornecimento do indicador aos animais, para estimar a excreção fecal, foi realizado
entre o terceiro e 12o dia experimental, sendo fornecidos 15,0 g de óxido crômico por dia. O
seguindo distribuição: 9° dia (16:00 h), 11º dia (12:00 h), e 13° dia (8:00 h). As fezes foram
ºC por 72 horas, quando então foram moídas até atingirem granulometria de 1,0 mm, exceto
Foram realizadas coletas de amostras “spot” de urina (10 mL), em micção espontânea
19
N e congeladas a -20 oC para posterior determinação dos teores de creatinina, acido úrico,
alontoína e ureia, segundo Barbosa et al. (2006). As amostras de sangue foram coletadas ao
As amostras de líquido ruminal foram coletadas quatro horas após o fornecimento dos
suplementos, para estimar a concentração de amônia, onde foi separada uma alíquota de 50
mL, que foi fixada com 1,0 mL de H2SO4 (1:1), sendo acondicionada em recipiente de
A excreção fecal foi estimada utilizando-se o óxido crômico (Burns et al. 1994),
aplicado em dose única diária (15 g.animal-1), entre o terceiro e décimo terceiro dia
experimental, sendo calculada com base na razão entre a quantidade do indicador fornecido e
utilizando-se a seguinte equação: CMS = [(EF × CIF ) − IS ] + CMSS , em que: EF = excreção fecal
CIFO
Para relacionar o consumo ao peso corporal (PC) dos animais foi utilizado como
referência o peso médio no período, estimado pela média entre os valores inicial e final de
cada período.
creatinina, empregando-se kits comerciais. O cálculo do volume urinário diário foi feito
empregando-se a relação entre a excreção diária de creatinina (EC), proposta por Barbosa et
al. (2006), e a sua concentração nas amostras spot. As análises de alantoína e de ácido úrico
na urina foram feitas pelo método colorimétrico, conforme método de Fujihara et al. (1987),
20
citados por Chen & Gomes (1992). A excreção total de derivados de purinas foi calculada
pela soma das quantidades de alantoína e ácido úrico excretadas na urina, expressas em
das purinas absorvidas (X, mmol.dia-1), utilizando-se a equação descrita por Chen & Gomes
0,93 a digestibilidade verdadeira das purinas e 0,137 a relação N purinas: N-total media nas
bactérias isoladas no rúmen (Barbosa et al., 2011). O balanço dos compostos nitrogenados
(BN) foi obtido pela diferença entre o total de N ingerido e o total de N excretado nas fezes e
na urina.
com levedura ativa; Suplemento proteico-energético sem ureia protegida versus suplemento
concentrado com ureia protegida, Interação ureia protegida e levedura ativa no suplemento
proteico-energético. Os dados foram analisados por meio de modelos mistos do SAS, versão
9.0. Para todos os procedimentos estatísticos adotou-se α = 0,10 como limite máximo
21
4.3. Resultados e Discussão
O pasto apresentou teor médio de PB de 8,80% (Tabela 2), sendo superior ao valor de
7,0% relatado por Minson (1990), como mínimo necessário para que os microrganismos
A oferta de MSpd foi de 75,0 g.kg-1 de PC, valor que encontrou-se acima de 40 a 60
Paulino et al. (2008), demonstrando que a quantidade ofertada não foi entrave para a
nos animais que receberam suplementos concentrados em relação aos que receberam
suplementação mineral. Este maior consumo de MS do pasto se deve ao fato de uma melhora
nitrogenados seria caracterizado por eventos em cadeia, nos quais a maior disponibilidade de
nitrogênio promoveria a síntese de enzimas para a degradação da fibra. Por sua vez, a maior
aumento no número de bactérias celulolíticas, e as bactérias que utilizam ácido lático são
celulolíticas, pode-se ter maior digestibilidade da MS, o que poderia refletir em maior
22
Maiores digestibilidades (P<0,10) para MS e MO foram observadas nos animais que
pode ser explicado pelo maior aporte de aminoácidos aos microorganismos, como também
da qualidade do pasto. Contudo não foi observado efeito (P>0,10) da inclusão de levedura
ativa e ureia protegida nos suplementos concentrados sobre a digestibilidade dos nutrientes.
diferenças para os valores de digestibilidade de FDN e FDA com o uso de levedura na dieta.
MS, MO, PB, e FDN. Por outro lado, Desnoyers et al. (2009), relataram que a digestibilidade
da matéria orgânica (MO) foi aumentada pela suplementação com leveduras vivas.
ruminal (NH3; mg.dL-1), nitrogênio ureico no soro (NUS; mg.dL-1), consumo de nitrogênio
(CN; g.dia-1), excreção fecal de nitrogênio (EFN; g.dia-1), excreção urinária de nitrogênio
(EUN; g.dia-1), balanço nitrogenado aparente (BN; g.dia-1) e eficiência de síntese de proteína
Não houve diferença (P>0,10) em relação ao nitrogênio ureico no soro (NUS), entre os
utilizada, o que pode ser explicado pelo fato da proteína dietética ter sido similar para todos os
considerada normal para bovinos, que variam de 10 a 30 mg.dL-1 (Swenson & Reece, 1996),
fato que indica melhor eficácia no uso da proteína dietética pelos animais. Segundo Staples et
al. (1993), estas concentrações são indicadores da proteína não utilizada pelo animal. Por
23
outro lado valores inferiores (P<0,10) foram encontrados nos animais que receberam
suplementação mineral. Isso pode ser explicado pelo fato que os animais sob suplementação
mineral, apresentaram menor consumo de PB (Tabela 3), estando de acordo com a afirmação
de Valadares et al. (1999), que a concentração sérica de ureia está positivamente relacionada à
ingestão de nitrogênio.
A concentração de amônia ruminal foi menor (P<0,10) nos animais que receberam
apenas suplementação mineral (Tabela 5). Isso pode estar associado a maior quantidade de
por Satter e Slyter (1974) como limitante para adequada fermentação ruminal (5 mg.dL-1 de
N-NH3), indicando, desta forma, que a amônia ruminal não limitou o crescimento microbiano
Porém, nos animais suplementados estas concentrações não foram superiores aos 23,0
mg.dL-1 de líquido ruminal recomendados por Mehrez et al. (1977) como ideais para a
tropicais, são necessários mínimos de 10 mg.100 mL-1 e 20 mg.100 mL-1 para maximização
concentração de N-NH3, resultado que corrobora os resultados de Gattas et al. (2008), Zeoula
et al. (2011) e Prohmann et al. (2013), os quais também não observaram mudanças no N-NH3
24
N-NH3 ruminal (Malcolm & Kiesling, 1990; Mutsvangwaet al., 1992; Mir & Mir, 1994;
suplementos estudados. Para todas as outras variáveis houve diferença significativa quando se
degradável no rúmen (Dewhurst et al., 2000). Como não houve efeito com relação ao tipo de
suplementação oferecido aos animais sobre a eficiência microbiana (P>0,10) infere-se, desta
forma, que não houve restrições significativas de carboidratos e proteínas que limitassem o
crescimento microbiano.
importante a avaliação do N disponível para a absorção pelo animal. De acordo com Silva &
nitrogênio e todas as suas perdas pelo corpo, inclusive na pele e nos pelos. Neste contexto, o
balanço de nitrogênio (BN) superior (P<0,10) para os animais que receberam a suplementação
MS superior (P<0,10) dos animais que foram suplementados com concentrado é resultado de
de bactérias ruminais e aumentando a taxa de passagem dos alimentos. Este fato se confirma
25
pelo balanço de nitrogênio, que apesar de ter sido positivo em todos os tratamentos, foi
(Tabela 6) pode estar relacionado ao maior consumo de MS de pasto e de PB e CNF, uma vez
Dessa forma houve diferença (P<0,10) para o PC final (PCF), ganho de peso total
(GPT) e ganho médio diário (GMD), quando se comparou a suplementação mineral com
Por outro lado, a inclusão de levedura ativa e ureia protegida não melhoraram o
6). Desnoyers et al. (2009), observaram que quanto maior o consumo de MS e maior a
do pH ruminal e o efeito negativo na concentração de ácido lático tende a ser acentuada pela
O efeito benéfico da levedura ocorre apenas em dietas com alto teor de carboidratos
ruminal é melhorado com o uso deste aditivo (Santos et al., 2006). No entanto, vários fatores
volumoso:concentrado da dieta.
necessário (7%), para garantir a fermentação dos carboidratos estruturais no rúmen (Minson,
26
1990), é sabido, que parte dessa PB encontra-se em fração indisponível para a degradação dos
4.4. Conclusão
matéria seca de pasto e melhor balanço de compostos nitrogenados que reflete em maior
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Suplementos
Ingredientes
Mineral PE1 PE+L2 PE+Up3 PE+LUp4
Mineral 100,0 10,0 10,0 10,0 10,0
Ureia/SA (9:1) --- 2,0 2,0 2,0 2,0
Farelo de soja --- 57,5 57,0 18,0 17,5
Milho --- 30,5 31,0 64,0 64,0
Ureia protegida --- --- --- 6,0 6,0
Levedura ativa --- --- 0,5 --- 0,5
1
Protéico-energético, 2Protéico-energético com levedura, 3Protéico-energético com ureia protegida, 4Protéico-
energético com ureia protegida e levedura.
31
Tabela 3. Consumo de matéria seca (MS), matéria seca do pasto (MSp), matéria orgânica
(MO), proteína bruta (PB), extrato etéreo (EE), fibra insoluvel em detergente neutro (FDN) e
carboidratos não fibrosos (CNF) em função dos suplementos.
Suplementos1 Valor – P
Item EPM 2
Mineral PE PE+L PE+UP PE+LUP Cont Lev3 Up4 LUp5
kg/dia
MS 7,97 9,81 9,78 9,71 9,61 0,58 0,0714 0,3483 0,4343 0,3198
MSp 7,96 8,91 8,86 8,8 8,7 0,53 0,0369 0,5589 0,3026 0,4078
MO 7,35 8,97 8,94 8,83 8,75 0,75 0,0484 0,4609 0,3246 0,2019
MOp 7,35 8,22 8,18 8,12 8,14 0,69 0,0678 0,2405 0,3591 0,5410
PB 0,82 1,23 1,21 1,22 1,23 0,14 0,0002 0,5464 0,6447 0,3224
FDN 5,44 6,32 6,23 6,16 6,17 0,47 0,0879 0,6135 0,5019 0,2686
% PC
MS 2,00 2,38 2,42 2,39 2,39 0,59 0,0898 0,4589 0,3809 0,4879
MSp 1,99 2,16 2,19 2,16 2,16 0,61 0,0786 0,5825 0,5963 0,6983
MO 1,84 2,17 2,21 2,17 2,17 0,47 0,0598 0,5897 0,6109 0,7531
MOp 1,84 1,99 2,02 2,00 1,99 0,59 0,0489 0,4783 0,6571 0,6314
FDN 1,37 1,51 1,54 1,51 1,58 0,42 0,0563 0,5390 0,7004 0,5931
1
Mineral=suplemento mineral, PE=suplemento proteico-energético, PE+L= PE + levedura ativa, PE+UP = PE +
ureia protegida, PE+LUP = PE + levedura ativa e ureia protegida; 2Suplemento mineral versus PE; 3PE sem
levedura ativa x PE com levedura ativa 4PE sem ureia protegida x PE com ureia protegida, 5Interação levedura
ativa e ureia protegida no PE
Tabela 4. Digestibilidade da matéria seca (MS), matéria orgânica (MO), proteína bruta (PB)
e fibra insolúvel em detergente neutro (FDN) em função dos suplementos.
Suplementos1 Valor – P
Item EPM 2
Mineral PE PE+L PE+Up PE+LUp Cont Lev3 Up4 LUp5
MS 52,25 54,76 55,95 54,58 54,37 1,58 0,0971 0,1256 0,2458 0,1135
MO 58,93 64,84 63,37 63,55 63,82 2,18 0,0859 0,1930 0,1215 0,1193
PB 55,63 57,96 57,85 57,96 57,97 4,18 0,1289 0,5731 0,4617 0,3789
FDN 60,31 63,73 63,21 64,04 63,99 5,44 0,1237 0,1229 0,2172 0,7636
1
Mineral=suplemento mineral, PE=suplemento proteico-energético, PE+L= PE + levedura ativa, PE+UP = PE +
ureia protegida, PE+LUP = PE + levedura ativa e ureia protegida; 2Suplemento mineral versus PE; 3PE sem
levedura ativa x PE com levedura ativa 4PE sem ureia protegida x PE com ureia protegida, 5Interação levedura
ativa e ureia protegida no PE
32
Tabela 5. Concentrações de nitrogênio amoniacal ruminal (NH3; mg.dL-1) e de nitrogênio
ureico no soro (NUS; mg.dL-1), consumo de nitrogênio (CN; g.dia-1), excreção fecal de
nitrogênio (EFN; g.dia-1), excreção urinária de nitrogênio (EUN; g.dia-1), balanço nitrogenado
aparente (BN; g.dia-1) e eficiência de síntese de proteína microbiana (EFM; g PB
microbiana.kg de MOD-1) em função dos suplementos.
Suplementos1 Valor – P
Item EPM 2
Mineral PE PE+L PE+Up PE+LUp Cont Lev3 Up4 LUp5
NH3 8,90 13,98 13,37 13,85 13,67 2,58 0,030 0,216 0,154 0,341
NUS 9,15 10,26 12,66 11,04 11,60 6,78 0,031 0,369 0,462 0,510
CN 131,20 196,80 193,60 195,20 196,80 10,32 0,023 0,234 0,432 0,321
EFN 46,76 50,15 48,30 49,34 48,89 11,83 0,456 0,946 0,889 0,908
EUN 64,80 121,23 119,63 121,77 121,94 8,92 0,045 0,785 0,567 0,644
BN 19,64 25,42 25,67 24,09 25,97 6,44 0,039 0,776 0,876 0,894
EFM 105,67 112,38 109,14 111,34 113,06 9,65 0,451 0,595 0,753 0,734
1
Mineral=suplemento mineral, PE=suplemento proteico-energético, PE+L= PE + levedura ativa, PE+UP = PE +
ureia protegida, PE+LUP = PE + levedura ativa e ureia protegida; 2Suplemento mineral versus PE; 3PE sem
levedura ativa x PE com levedura ativa 4PE sem ureia protegida x PE com ureia protegida, 5Interação levedura
ativa e ureia protegida no PE
Tabela 6. Peso corporal final (PCF), ganho de peso total (GPT) e ganho médio diário (GMD)
dos animais recebendo diferentes suplementos.
Item Suplementos1 EPM Valor – P
Mineral PE PE+L PE+UP PE+LUP Cont2 Lev3 Up4 LUp5
PCF 496,13 505,33 507,45 502,60 506,13 7,37 0,084 0,59 0,70 0,89
GPT 86,20 95,60 98,00 92,60 96,73 3,84 0,032 0,40 0,58 0,82
GMD 0,77 0,85 0,87 0,83 0,86 0,03 0,039 0,40 0,56 0,81
1
Mineral=suplemento mineral, PE=suplemento proteico-energético, PE+L= suplemento proteico-energético +
levedura ativa, PE+UP = suplemento proteico-energético + ureia protegida, PE+LUP = suplemento proteico-
energético + levedura ativa e ureia protegida; 2Suplemento mineral versus suplemento proteico-energético;
3
Suplemento proteico-energético sem levedura ativa x Suplemento proteico-energético com levedura ativa
4
Suplemento proteico-energético sem ureia protegida x suplemento proteico-energético com ureia protegida,
5
Interação levedura ativa e ureia protegida no suplemento proteico-energético
33