Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Conselho de Administração
Diretoria-Executiva da Embrapa
Su pe rvisão editorial
Ecila Carolina Nun es Zampieri Lima
Revisão de t exto
Lúcia Helena de Paula do Canto
1" edição
,. impressão 12002) : 1 .000 exempl ares
ISBN 85·297·0139·9
Q
nstantemente recebemos cartas, mensagens por
correio eletrônico ou somos abordados pelos
pecuaristas sobre os fatores envolvidos no
estabelecimento da estação de monta, prática de manejo
reprodutivo largamente utilizada no mundo que envolve não
somente os aspectos reprodutivos, mas também nutricionais,
sanitários e de manejo. Por essa razão, realizamos essa revisão
com o objetivo de disponibilizar para a classe produtora e seus
segmentos informações práticas e de uso direto, com enfoque às
vantagens e limitações da utilização desta prática de manejo nas
mais variadas situações, além de apresentar uma abordagem
fisiológica do assunto para esclarecer os fatores envolvidos na
concepção e conseqüentemente na prenhez.
Introducão
12
nasc im ento de beze rr os fr acos e te rat oge ni a. Essas mani f esta -
ções d et ermin am g rand es pe rdas ec on ômi cas p ara a pec u ári a
bov in a se m que h aja u ma quant ifi cacão ac u rad a d e se u s ef eitos
em reba nh os bras il eiros. Na ma io r pa rte , es sas não são diagnos -
t icadas , e, apesa r d a fr eq üênc ia d e sua s oco rr ênc ias, n ão se es -
t abe lece um di agnó sti c o eti ológ ic o e um p rog ram a es pec ífi co para
o co ntrol e da s doenças ca u sa doras d e t ais m anifes t açõ es. A s
d oe nç as inf ecc io sas qu e interfer em na reprodu çã o d e bovino s
c om m aior freqü ênc ia no Bra sil são a bru ce lose bovina , a lepto s-
pirose bovina , a campiloba ct eriose genital bovina , a tricomonose
bovina , a rinotraqueít e infe c cios a bovin a (IBR) e a diarréia bovina
a vírus (BVD) .
Brucelose
13
Eficiência no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Rebanho de C,ia
14
A~fJ('c l oS Sd l7ll.1 rios n a /rllfJ/r m entarlio da ESl acão d e M a nIa
75
A l êm cas vac in ad a. só d v em 'c r subm c litl lls a tes l e di ag nó s
ti cos para bru ce lo c qU iJ ncl o po suirc m id ucl c igu al ou sup rior a
2 4 m e ' e . F - m ca não v aci nud as e m a hos p od em er _ui m e ti
dos a xa m s pare di ag nós ti co d e bru ce lo se él partir de oit o m e-
e d ida de . F ' m ca tes tada no p ri, ar l o, 1 5 di a ant es ou
depoi ci o part o, d ev em s r retes tad s 3 0 a 6 0 di as apó o part o
(Br as il ,2001) .
Tabela 1. Int erpr e taçã o d a prov a do 2 -m erca pto etanol para fê-
m eas com id ade sup erior a 2 4 m eses , v ac in ad as entre tr ês e oito
m eses d e id ad e (Br asil, 2001).
Teste de Teste do In terpretaçlo
soroaglutinação lenta 2-mercap toe tanol
50 < 25 Nega tivo
. 100 < 25 In con clu sivo
·2 5 ~ 25 Po sitivo
16
1 1 ' 0/ 11 " /" , ' " ,111/,11 1/1 ' , li" 1111/ '/" 1111 '11/'" "" ,f" / ', / , /1 , /11'/" /1., 11,11/"
Olll , I illlpl élllt -l , ão ci o Plrm o Nrl lo n a I d e o lllro l(; c f:m ldl c éJ(,; ~io
d n Bru ce lo sc c d él Tub erc ul o se (PN C BT ), D V' lc ill açi:io de IJ (; /(~ r
ra c r Ir e Irô " e oi to Ill CSV ' de id ad' c om a va c in ei viv a 1)f (~p é l r a d ;:1
CO nl a a m o ~ tr a B1 9, li le Ó i'1 m ed ld rr Ill ai c l ic i1/ p ara o ,o nlr o le
d a bru ce lo se bo vin rr, p é! so u a 'e r o bri çl a l ó ri i l em todo o l erril ó ri o
n ac io n al (Org ani iac ió n . .. . 1986 ; Br a il, 2 00 1) , A s b c / c rr FIS voc i
n ada d e v em se r m arca d a n a face c qu eru a co m um "V" 'eg u l
do do alg ari smo fin al do ano d v ac in ção (Brél il , 200 1) ,
l\l a Am éri ca do Norte foi d ese nvolvid a e está sendo utili zada um a
v ac in a com uma ar nostra rug o;a de B. abortlls (RB51 qu e pode
se r utili zada tanto para a v ac in ação de anim ais jov en s" c omo para
a vacin ação d e animais adultos (St ev ens et ai., 1997). A prote -
çã o conferida por essa v ac in a é seme lh ante à co nf erid a pela v a-
17
Eficiência no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Rebanho ele Clla
18
A sp ec tos Sa nitário n a Imp lementação da Es tação d e M anIa
irose
19
Eficiência no Manejo Reploduflvo: SlICt':::;SU /lO Rt'/),In//O r/r' Clld
20
,L1Sf){'( ' IIIS Sdlll ldl/() ..., 11.1 flllf)f('II/CI//dl dO rf" ES / éll clU rf(' MUI/I"
21
Eficiência no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Rebanho de Cria
.. . . . . .
22
Aspeclos Samldrios IId /mp/cmenlação cid ESlaçdo c/e M Olll a
23
Eficléncia no Manejo Reprodu[ivo: Sucesso nu Reúc/n!Jo ele C/leI
24
ASfJec lOS Sallil di ias 1Ir! 1i !1fJIl'f) len I dC'rlO dei E::, I elção de MUII f éI
25
Eficiência no Maneja Reprodutivo . Suce 50 no Rebanho de C/ia
26
A,,/)('('IUS S<I/ I/I"/l O::' "" /1I1/1/t 'IIIt 'I/ I,J(' ,io ri" Es ld e do r/e MOI/lei
27
Etiut:'i1C1d no IVlant:'/u Rt:'p/o(/u(tvo SU( ('s~o nu Rl'/JcI/I/llI clt' ('lId
Tricomonose bovina
28
Exames labo rat o ri ais são muito imp o rt ant es no di ag nó sti co da
tri co mono se bovina, poi s t anto o s sin ais c lini cos apresentados
pe los an im ais co mo os d ado s de efi c iênc ia rep rodutiva do reb a-
nho são se m elh ant es aos enco ntr ados na ca mpiloba c terio se ge-
nit al bovin a.
29
Eficiência no Manejo Rep rodutivo: Suces so no Rebanh o cl e C"',,
grin et ai. , 1998). Isso visa ao desenvolvimento da resposta imu-
ne contra T. foetus e sua concomitante eliminação pela maioria
dessas vacas.
30
I-bPl'l lu s S clilll , ll/li S IId /11 I/i/( ',"rilI ,J( di) rli! E \ I , Jrr7() rle MUill"
31
EfiClénc/a no Manejo ReptOdul/ \ o: Suct':is() no RelJdtlho de C".!
32
As/)('c (OS Scll7I (di ios 11 <1 /n 1/)/('OIen (d eciO (/rI Es I dCdO !le Muni a
t o c ompli ca do e a err adi caçã o torn a-se invi áve l nas co ndi çõ es
br asil eir as (Leite , 1999) .
33
Ef,óénc,a no N/anejo ReprodulIvo: Sucessu /lO Rl.!hcl /l llO de CII,)
34
A~pectus Sdnit i'l ll Os na Implem entacão da ESl açéio ele M o nta
35
EficiênCia no iV/ant3Jo ReprodufI.o: Suct'sso 11l' Relldll/W (/" CII.!
36
A'/II'1 //1', S.IIII/oIIIU .' 1101 /1111)/1 '1111 'n/oIl oIU r/oi t ' ,/,Jf ,11/ rI,' MIlII/oI
o primeiro pa sso para o diagnó stico dos probl emas rep rodutivos
de origem inf ecc iosa é a aná li se dos dado s rep rodutiv os dos re -
banhos, com um a ava li ação geral dos índi ces produtivo s e rep ro -
dutivos do rebanho e do s animais e dos sin ais clíni cos ap resenta -
dos pelos anim ais do plantei. Essa anál ise, assoc iada ao hi stó ri co
do problema no plantei, com as ca ra cterí sti cas clíni cas e de per-
das zootécn icas, in d ica as su spe itas e f ac ilit a o diagnó st ico do
probl ema.
37
EfIÓÚICIf/ nu ManeIo Replodlllivn : Suresstl nu Rf'/Idnll(l 11(' C" d
Nas fêmeas, pode ser coletado muco cérvico -vaginal com pipeta
de inseminação ou tampão absorvente (Fernandes et aI., 1979).
38
I \.O' fll'l 111', :., , 11111 , 11111" 1/01 fl/lfll!'I/II'l/l,/I 01(1 rf" 1',10110111 rlt' MUl/loI
39
EficienClCl no A/anelo Reprodutivo. Sucesso 110 Reúrln/Jo de ClltI
Conclusões
Literatura citada
40
ALMEIDA , I. L. de; ABREU , U . G. P. de; LOUREIRO , J . M . F.;
COMASTRI FILHO , J . A . Introdução de tecnologias na criação de
bovinos de corte no Pantanal - Sub -região dos Paiaguás. Corum -
bá: EMBRAPA -CPAP , 199 6 . 50 p . (EMBRAPA -CPAP. Circul ar Téc -
ni ca, 22 ).
BAKER , J . C . The clini cai manif est ations of bovin e viral diarrh ea
infect ion . Veterinary Clinics of North America : Food Animal Pra-
tice , Philadelphia , v . 11 , p . 425 -444, 199) .
41
Ellclêncla /lO fl lal/e/l' Replo(/u{J \ o : SlI( ' t\'>'O I/U Rt'lidll/i(l c/C' C".I
42
A .\{II 'I los 5',""1 dl/II .\ 1/" 11//1 1ft 'l//c/l1 dr 'dll ri" [S I dedU rlc MOIlI,)
43
EtIC'lf'nC'ia no A/anejo Repl()(lull\O. Suces::-.o /lU Rt'IJdn!Jo de CII . I
.. . ....
44
;J.\/J/'( 111' ,<), 11111.11/ (1'\ 11.1 II1IfJlr'I//I ' III(J("'/o !lei ESld('dO rle MIJI/I'!
45
EfCll?ncia no 1\I/aneJo Reprodu(!vo. Sucó'.' ''o !I(l R"iJdnllo c/c CfI.!
46
,h/il'l los S dlll!.JI/II \ 11.1 /lIlfJ/r'IIII·II!.t".tO ri" ES!,Wd() de: MOI/!"
47
EficienCld no Manf>jó R('/JlOdUf!vo: Sucesso /lO Rt'hcJ/lIIO (/e C"d
ANEXO
UEL/CERDISA
Fone: 43 3714000
Fax: 43 328-4440
Londrina, PR
Exames: BVD, Brucelose , Campilobacteriose, IBR, Leptospirose,
Tricomonose
UFSM
Fone: 55 226-1616 - ramais 2242 (Virologial. 2695
(Bacteriologia)
Santa Maria, RS
Exames: BVD, Brucelose, Campilobacteriose, IBR, Leptospirose,
Tricomonose
48
I b{JI'CI() s S d ll l ldll U S " " {n1fJ/i'II/ {, /lI ,J{' i /O (/" E .<; I , /('dO r / I' M (J II I"
UFPEL
Laboratóri o Region al de Di agn ós ti c o
Telefax : 53275 -7310
Fone: 5 3 275 -7313 (Virologi a)
Capão do Leã o, RS
Exa m es: Bruc elos e, IBR, Leptospiro . e
UNESP/Botucatu
Telefax: 14 6821-2121
Botucatu, SP
Exames: Brucelose, BVD, Campilobacteriose, ISR, Leptospirose,
Tricomonose
49
2
Nutrição e reprodução de bovinos
Maria Luiza Franceschi Nicodemo 1
He/ton Matana Saturnino 2
Introducão
52
NUll/ldO I' RI'/lllIr!l/l'd(} rh' Bllv/f1(J<.
Ani ma is subnutridos pod em ser def inidos como aqu eles que não
con som em alim ento de qualid ade e em quantid ade sufi cientes
para atender a requi sito s esp ecíficos, como m ant en ça , c resci -
mento, gestação, lactaç ão ou produção de esp erma. A subnutri -
ção resulta, principalmente , da defici ência de energia (Brown ,
1994). mas pode haver defici ência protéica , mineral, vitamínica
ou mais de uma simultaneamente. A subnutrição leva a uma menor
secreção pulsátil do LH por causa da redução do hormônio res-
ponsável por sua liberação (LHRH ou GnRH) pelo hipotálamo .
Pouco se sabe como o animal toma conhecimento do seu estado
nutricional e passa essa informação ao sistema nervoso central,
ou como essa informação é transformada em um sinal neuroen-
dócrino (Schillo, 1992).
53
Eficiéncia no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Reb, nhu de /lei
54
NUfI/{",J(} (' RI'!J/Or!ill'cJ() rir' 8uvI/JI)s
55
Eficiéncia no Manejo Reprodutivo. Sucesso no Rei c/filio de CI/"
56
Nu I !fer/u (' RI'f-J1 uc!ucc/u de Bo VII/ OS
57
dific uldade ao part o , problem as ósseos . Cobre parece se r neces -
sário para a at ividade de hormônio s hipofi sá ri os. A atax ia neona-
ta l, co mum em co rd eiros defic ientes em cob re, é pouco ob serva -
da em bezerros.
58
NII/II' dli (' 1,'('1/11)//'11' , /11 ri,' !3I1 V IIIII ',
59
EtlcleOClâ no !VI,JIlt?/O RefJloc/lI/!\ o 511('('.'::;0 no RdJdn/w r!1' ClltI
de m atu ração do eixo hipota lãm ico hipofi sár io . causa nd o danos
permanentes aos tecidos neurais e go nadais . Lo go. todo empe -
nho deve ser feito para que touro s jovens receba m nutrição ade-
quada.
60
N/I / 1/1 ' , f{J I ' RI'/ I{ ()( li I("dl! ( / 1' Bo VII/OS
61
Eficiencia no Manejo Reprodu lJ VO ' Suc e~ 'o !Ir.) Reuanho (//::' Clld
62
NII/II! dll (' (,'('fllll{/(J('.JO rll' BUVIII{J .,>
63
Efic iéncia /10 A1anejo Rep rodun vo: Su C f'S~O no ReiJô/lhu de Cild
64
Nu II/CdU I' RelI! urluc, /{I ri" 8(1 VII 10 .\
1/ 3 inicial da gestação
En ergi a líquida , Mc al/d 8 , 13 1,58 0,06 9,77
Prot eína m etabolizáv el, g/d 371 11 5 3 489
Ca, g/d 14 5 O 19
P, g /d 11 3 O 14
1 / 3 final da gestação
Energia líquida , Mcal /d 6 ,77 O 2 ,72 9,49
Proteína metabolizável , g /d 371 O 123 494
Ca , g /d 14 O 9 23
P, g /d 11 O 4 15
+ Critérios utilizados para cálculo das estimativas de requisitos nutricionais:
vaca da raça Nelore adulta, 450 kg , produção de um bezerro de 30 kg e
má ximo de 4 kg de leite/dia , intervalo entre partos de 12 meses.
65
nutri cional dos ani mais. Os dois (!I ti m os meses antes do pa rto
são crít icos. Nessa fase o cresci m ent o fe t al é máx im o, e a vaca
es t á arm aze nando rese rvas para o aleita m ento. V acas m ag ras
no t erço fin al da ges t açã o deve m se r separadas e supl em ent adas
de mod o a es t ar pelo m eno s em co ndi ção co rp oral m ode rada ao
parto (Singleton & Nelson , 1998). Nutri cà o in adequ ada no pe ri -
parto resulta em baixa produ çã o de leite e menor dese m pe nho na
esta çã o de monta. Como as ex ig ências da lac t açã o são alt as , é
c onveniente concentr ar os partos e o perío do ini cial de lac t ação
qu ando houver maior dispon ibilid ade de forrag em de boa qu alid a-
de para as vacas .
66
NII!rt cao (' R('/Jloe/u c, lo de Bovin os
90
80
70
E
Q)
...
Cl
co
c:
Q)
60
o.... 50
o
a..
40
30 ·1
20
2,75 3 ,25 3 ,75 4,25 4,75 5 ,25 5 ,75
Condição corporal
~ Part o ----.- 60 PP ~ In ici o e m I
67
Cf
68
NII/II( ,/(/ I' R/'fll/i/IIII 0I/i ri" B/iVIII/i.,
69
Eflóéncia no Manejo Reprodu/iv . Sucesso no R('/)dllho ri!:' C/I"
Vale ressaltar que ' é mais fácil recuperar vacas antes do parto do
que quando existe demanda adicional para produção de leite,
aumentando bastante os requisitos nutricionais . Entretanto, tal
ganho não deve levar em conta o feto, que nesta época está
ganhando 250 gramas /dia (250 dias de gestação) , aos quais se
somam anexos fetais, aumento do útero e líquido intra-uterino .
Feitas essas considerações , as vacas devem ganhar cerca de
450 gramas /dia a 500 gramas /dia, caso contrário elas estarão
perdendo peso para que o feto possa continuar no seu desenvol-
vimento, e dependendo do nível nutricional, até mesmo o feto
pode ser prejudicado.
70
N/I/fll',111 ( ' Rr'!I{(I(I{/l'dll Ilr' B(Jvl//(J.\
71
E fiCl~nCla no N/alle/( I Kepl oc/u {IVO: Suce '$0 /10 RI'lJ"/I/ /(I dt' (","
72
NIIII/I 1i J I ' fll'fJ/Urll, "d (l rft ' 8nv/llrJs
Os touros devem estar em boas co ndi ções para que sejam férteis
e sexualmente ativos . Touros adultos consomem de 1,5% a 3%
do peso vivo em matéria seca, dependendo das condições de
alimentação e características individuais . Considera-se que os
requisitos nutricionais de touros para boa produção espermática
sejam de 5 % a 10% acima dos requisitos de mantença (Jarrige
et aI., 1981, citados por Silva et aI., 1993).
73
Eficiencia no Manejo Reprodutivo. Sucesso no Rebdn/)o de C/leI
.. . .. ..
74
NU!I/I ' d U ( ' Rr!)f Uc!U CclU d c 80 V II 10::;
Referências bibliográficas
75
Eflóencia no ManeIo ReplodullvO' Sucessu no Re/)ânlw de Clld
76
NlI(l/r\ /O C' R('/J/Oc/u c élC! rlf' 80 V 117 os
77
Eficiência no Ma n ejo Reprodutivo.· Sucesso no Rebanho de Clia
78
Nl/f(W,1IJ I' RI'lilOlll/c , 1O de B()vIlIOS
79
Eficiencia 110 /llal/elo Rt'fJll)dur/l'U SUC('SSI1 110 Rev"lI l /() c/I' Clia
80
3
Manejo da estação de monta
Ronaldo de Oliveira Encarnação I
José Robson Bezerra Sereno 2
Introducão
82
MdllL'/ () r/,} E.~ I dedO ( /(> Mon I r1
83
EficÍ(3ncia no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Rebanho de Cria
84
Tabela 1. Requerimentos nutricionais diários para vacas (400 kg) e novilhas (350 kg) , durante os tr ês
primeiros meses de lactação e no terço final da prenhez .
Categoria Ganho de MS(1) EM/21 NOp31 Proteína Ca P Vitamina A
animal peso (kg) (kg) (Mcal) (kg) digestível (g) (g) (g) 1.000U/
VACA
- Ge sta çã o 0,4 8 ,2 16 ,0 4,4 657 22 16 23
0;) : - Lacta ção 0 ,0 8 ,5 17 ,9 4 ,9 864 25 19 33
01 .
NOV ILHA
- Gest aç ão 0,4 7,5 14,8 4 ,1 616 20 15 21
- Lac ta ç ão 0 ,2 7,8 18 , 1 5,0 866 27 19 30
111 MS = mat éri a seca
121 EM = energia met aboli záve l
131 NDT = nut ri entes di ges tív eis to t ais
86
M<IIII'jU cid EStdCdO rle Montei
87
EfiClencia no Manejo Reprodutivo : Sucesso no Rebanho de Cria
88
Mallejo cid ES/decio ele MO I/ ta
89
Eficlen cid no Me)fl{'Ju RUJ)fO(/lIIIVO. SlIl'('SSU fiO RcI,,,nhlJ 111' CII"
90
Mdll('jU ri" E .) I,)( ·, IU 111.' MUlllr!
A maturidade sex ual dos an im ais, v isa ndo à introdu ção na EM,
vai depender do desenvolvimento (alimentação) e da ra ça (Silva
et aI., 1993). Nes se sentido, para fazendas locali za da s no Planal -
to , recomenda -se a utiliza çã o de tourinhos zebuínos des de os 24
meses, porém com certa ca utela : relação touro :vaca de 1: 1 O a
1: 15. Com essa idade , tourinhos de ra ças européias já podem
ser utilizados com relações mais altas (maior número de fêmeas /
touro). Fêmeas zebuínas também podem ser introduzidas em EM
a partir dos 24 meses de idade e 270 quilos de peso vivo , quan-
do em pastagens cultivadas de boa qualidade (Sereno et ai ., 1991).
Sistemas mais intensivos de criação vêm entourando novilhas já
aos quinze meses e obtendo bons resultados . Naturalmente, no-
vilhas ainda em desenvolvimento devem sempre ser entouradas
com machos menores ou mais novos . Em se tratando de cruza-
mento, com monta natural , essas novilhas devem receber touros
de raças de menor porte. Com relação à região do Pantanal, a
idade de entoure de machos e fêmeas vai depender, exc lusiva-
mente, da alimentação e do desenvolvimento dos animais.
91
do Randel (1984) , a ferti li dade do 8 0S ta urtls indicus (Zebu) pa re-
ce ser alterada pela época do ano , co m oco rr ênc ia máx ima sazo -
nal durante o período de tempe ratura ma is elevada , d ias m ais
longos e maior dispon ibi li dade de f orr age ns.
92
fl 1.1 1/ , '/1' l i " f ',/./, , l I! ,I"~ !'vlllll/,I
d ades d a regi ão. Reco m end a-se inic iar a es tação d e mon ta nes ta
região c om du ra . ão inic ial d sei m eses, os qu ais d eve rão se r
red u zido s, gradu alm ent e, até se o bt er duração d e três a qu a tro
m eses; pod e até se r m eno r, depend end o d as c on d ições d e m a-
nejo e admin ist racã o d a prop riedad e. No ent ant o , esse pe ríodo
d e monta deve rá c o inc id ir c om a épo ca de m aior o fert a d e ali-
men t o s, pa ra pod er p ropo rc iona r ganho em peso e as vaca s m a-
nif es t arem c io s c om m aio r freqü ênc ia.
93
Eficiência no Manejo Reprodutivo : Suce 50 no Rebanho de Cria
94
Mélnejo da E:,lélCélU ele Mania
95
Er t' I j 't.' \J l Jrlt 1 1) Rt '{) (IClli' \ l'l ,,'t, t''\'\/.' /1/ 1 ht'IJ,J/lII1 1
fl,' t 11,/
96
A/oIl/l'/IJ I/oi [',1,11 , / 11 r// ' /II/IJI/ I"
97
NAT IONAL RESE A RCH CO UN CIL . Sub c omm itt ee on Bee f Cattl e
Nutr it ion (Washi ngton , DC) . Nutrient requirements for beef cat -
tle . 6 . ed . Washington , 1984 . 90 p . (NR C Nu tri ent Requirem ent s
of Domestic Anima is) .
98
M,IIIf'ICI ri" [ .'> 1( /( ',11) C/" MunI,)
99
4
Sincronizacão
•
do cio em
bovinos de corte
Ezequiel Rodrig u es do VaI/e '
Introducão
102
Requisitos necessários para a
obtenção de bons resultados
103
Eficiellcia no Maneja ReplOdul!vo. Sucesso IIl) Rehclllho r/e Cf/a
104
S IIIC / UI II , c!(.IU (/(1 ( (I) (' 11 1 BU V lll fl S rll' 01/( '
105
Eflóência no Manejo ReplocJultvo: Sucesso no Rebâl!110 de C/la
106
SlI7 Cl on;zacàu ( /U CIO em Bovin o ele Corte
107
Modo de acão dos
Crestar ou similares
108
,\/(/("1/11 ', 1(,/(1 ,/(/ ( /(11'/1/ "'(111/111', (/1 ' ( II I{I '
2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16
109
Eficiência no Manejo Reprodutivo: Sucesso no Rebanho de Cria
110
S /lJ rlO /II /d ( 'dO d o C /o (>0/ Bov/l lOs d e Co /l O
14 16 20 31 36
111
o c orr e após a in se min ação da ma ioria d as v ac as. O m es m o p ro -
cedim ent o pod e ser ado t ad o q uando fo r ut ili zado o pr og rama d e
duas doses de pr ostag landi na. Após a seg u nda dose , os beze rr os
pod em se r sepa rados das m ães , retorn ando apenas apó s a in se -
min ação d a m aiori a d as vacas .
112
SII IC!(JII/ /dCd(} do CIU um BOVIIIOS ele CO I te
Literatura consultada
113
EficienC/d no M,/flt'/O Rell/nrlu/nu ,"u, ''''~II fieI ','dldl//HI (/f' ( ""
114
,,,',, Ii /I 1111 .tI "li 1/11 ('/11 1 '111 U" li" lU', ,/,' ("1/1"
115
Eficif3ncia no Maneio Rf'produlIvo SU<PSW) no Reh,lII!7o (/1' Clld
... .. ..
116
5
Aspectos fisiológicos da fecundação e
estabelecimento da prenhez
Margot Alves Nunes Dode '
Introducão
1 Médica -Veterinária,
Ph.D., Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia , Parque
Estação Biológica , Final Av. W / 5 Norte , Caixa Postal 02372 , CEP 70770-
900 Brasília , DF .
que a f ec und ação possa oco rr er. Port anto , o sucess o da es tacão
de mont a, período em qu e as fêm ea s são expo st as ao m ac ho ,
depend e não só da fertilid ade do s m ac hos utili zados , m as ta m -
bém das fê m eas es tarem apresentand o c ios reg ul ares e de terem
a c apa c id ad e de fi ca r pr enh es e de m anter a p renh ez após a
c ob ertur a .
Controle neuroendócrino
da atividade reprodutiva
118
A .\ I}('('{O S FI SIO I()yW()~ rir! FI'CUllc/d C dO C E::'{dlJelr'CII/II'II{O (I" PI('nlll' /
Hipo t álamo
I Gn -RH
\
•
Hipófise
, anterior
I
~'
I \
I
I
I rvfecanismo
Mecani,smo ret\rógado
retrógado
. I
LH FSH neçfativo de
~
negativo inibil1a
de andfógenos
-->.--P Inibina
----"-+ A BP ~
Testosterona
Túbulo
seminífero
Fig . 1. Ei x o hipotalâmico-hipofisário-gonadal.
Fonte: Hafez (1995) .
119
EfiClént'lâ {)(1 1"/âllf'jO Rep/od,,{n (I SI/(t'S.'(l /lO Rebd/lho clt' Cfl.!
Ciclo estral
No que se refere aos ovários , por exe mplo, essas mudanças in-
cluem o crescimento e atresia de folículos , ovulação , manuten-
ção e morte ou regressão do corpo lúteo (CU (Fig . 2) .
120
A ' llI 'c /{JS F ISIO logl n . c/ri Fe Cl/I/(/d CrJO e E5 I rlbe lc im en l o (Id Prenh eL
co rpo lut eo
ovula çã o
co rpo albican s
~
lolículo
maturo {) I
~ atresia
e
I
I
loliculo
desenvolvimento
I
Q
• •
I
lolícu lo
desenvolvimento
I ,
lolicu lo primário ® ®
, lo lícu lo primário
ovócito ®
em crescimento
vasos sangüíneos
o
(fJ CH CA - corpo albicans '\:ü
=~~----_ O
CA
G F
F
I I I I I
CtOI
1/\ I I I I I I
I I I I I I I I I 1/\ I I I
I I I I
lHQ
181920211 2 34 5 6 7 8 910111213141516171819202112 34
121
Eficiência no Manejo Replodutivo: Sucesso no Reb anh o de Cria
Crescimento folicular
] E
Cl
c: Cl
E
.2
'O
:;
'"
UJ
0 .5
100
est ro 60
20 ~
40
]
E 10 20 Cl
c:
c;, 6 FHS
c: 10 :I:
,,
rJ)
:I: 4 u.
, 6
...J
,
2 4
,, ,,
" 2
-3 -2 -1 O 2 3 4 5 6 7 8
Dias em relação ao pic o de gonadotrofinas
122
Aspectos Fisio logicos dd Fecu/J dacão c Estabelecimento cid Prenhe?
Fecundacão
123
Eficiência no Maneja Reprodutivo: Su cesso no RC'!Jan!Ja dt' C!leI
Corno uterino
124
tozó id e, expo ndo os recepto res do ac rossoma e, liberando enz i-
mas, como hia luro ni dase e ac ros in a (Mill er et aI. , 199 2). Os re-
cepto res expostos, do espe rmatozói de que so fr eu a reação do
ac ro sso m a, se un em co m outr a gli co pr ote in a da me m brana do
ovóc it o (ZP 2 ). A pós essa li gação, o es perm at ozó ide ultr apassa a
zo na pelú cid a e o es paço perivitel ini co, se fi xa na membr ana do
OV OC ltO e, gradu alm ente, in corpor a-se ao oopl as m a (Ya nag im a-
c hi , 1994 ) (Fig . 6 ).
A B
. '
Fig . 6. Pas s os envolvidos na interaç ã o dos gametas:
espermatozóide atravessa as células de Cummulus ao redor do
ovócito (A). e interage com a zona pelúcida (B) . Ao entrar em
contato com a zona , o espermatozóide se liga (1) , sofre a reação
do acrossoma (2) , penetra na zona (3) e se liga à membrana
plasmática do ovócito (4) .
Fonte: Carron & Saling (1991) .
125
EflclenCla no Manejo ReplOdu!lvo. Sucesso 10 Reb, IIl!l o (I f> Clld
E F
Fig . 7 . Eventos que ocorrem durante a fecundação . O espermatozóide
atravessa as células que envolvem o ovócito (A) , se liga à zona
pelúcida (B) , atravessa a zona e se liga à membrana plasmática do
ovócito (C). quando é incorporado ao ooplasma e causa a ativação
do ovócito (O) . Ao ser ativado , o ovócito completa a segunda divisão
meiótica , e ocorre a descondensação da cabeça do espermatozóide
(E) , formação dos pró-núcleos masculino e feminino (F). união dos
pró-núcleos (G) e formação de um embrião (H) .
Fonte: Bedford (1984) .
126
Desenvolvimento embrionário
Sabe-se que o CL tem uma vida finita, e que em torno do 16° dia
do ciclo estral irá regredir e entrar em atresia . Portanto, antes
desse período precisa ocorrer o reconhecimento materno da pre-
nhez, ou seja, o organismo materno precisa reconhecer a presen-
ça do embrião no útero e evitar a luteólise . O embrião, a partir do
14° dia após a fecundação (1 5° dia do ciclo), secreta uma prote-
ína chamada trofoblastina bovina 1, que atua no útero, inibindo a
produção ou a liberação de PGF p que causaria a regressão do
CL, e assim este é mantido . A partir do 18° dia, o embrião come -
ça a fazer contato com o útero e no 27 ° dia ocorre a ligação
íntima do trofoblasto com o epitélio caruncular (Robinson & Shel-
ton, 1991) (Fig . 9).
127
Eficiencia no Man ejo Reprodutivo : Sucesso no Rebanho de Cria
' -3 ~
V..__./ 2
células
7-8 C) Blastocisto
compacto
2-30
~
4
células
7- 9 0 Blastocisto
Jovem
0
3- 5
8
células
8-' O
Blastocisto
em expansão
O cé~u~as
4-5
5-6. Mórula
9-"
Blastocisto
em eclosão
128
Asp ec tos Fisio lógicos (k. Fecunclacão e Es tab elecllnenro ela Prenhez
Região intramural
Istmo
Ampola O'
Inlundibulo - -r--;--- -
Fimbria
Falhas na fecundação e no
desenvolvimento embrionário
129
Eficiência no tv7anelo ReplOdutn o: Su cesso no R('/)"f1!Ju de 1ft!
Consideracões finais
130
çã o ou in se min açã o . Ap ós a fec und ação. o zig ot o va i para o
út ero e. por m eio d a embrio gê nese. d á orig em ao feto qu e per-
man ece no út ero at é compl et ar se u d ese nvolvim ento. Entret an -
to . essas ativid ad es reprodutiv as só oco rr em norm alme nt e se os
v ário s ev entos neur oe nd óc rin os necessá ri os ac ont ece rem de for-
m a int egrad a e pr ec isa. propor c ionando urn a c ondi çã o hormonal
adequada. e se a fêm ea não apre se ntar probl emas sanitários . A
c ondi çã o hormon al pod e se r af etad a por v ário s f ator es ambi en-
t ais int ernos ou ex terno s. c omo estre sse e nutriç ão inadequada.
Isso o c orre porqu e esses estímulos atuam nos neurônios endó -
crinos do hipotálamo . causando alteração na liberaç ão de GnRH .
que . conseqüentemente . afeta a secreção de LH e FHS da hipo -
fisária . alterando a função ovariana. sendo a atividad e reproduti -
va prejudicada .
131
EfiCiência no !l7anejo Reprodutivo . Succ:,:so !lO Rd.Jd/lho de Coa
132
KARSCH, F. J .; BOWEN , J . M .; CARATY, A. ; EVANS, N . P.;
MOENTER , S. M . Gonadotropin -releasing hormone requirements
f or ovula tion . Biology of Reproduction , Champaign, v . 56, n . 2 ,
p . 303 -309, 1997 .
133
Eficiência no Manejo Reprodu(ivo : Sucesso no Rebanho de Cria
. ......
134
0-
I
O-
""O ,C
I
c...
N
I
N
'"
00
'"
00
Z 00
ID ~
ti> O-
~