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Disciplina: Estruturas de Aço e Madeira

Prof. Salomão Silva Neto


Estrutura Metálica
Introdução
Conceito de Metal
Do ponto de vista Químico:
 Substância simples, capaz de ser cationte (íon positivo) em
combinações.
 Fortemente eletro positivos. Dividem-se em:
 Alcalinos: sódio e potássio
 Alcalino-terrosos: cálcio e magnésio.

 Elementos indiferentes, que são fracamente eletro positivos


 polônio, bismuto,antimônio, etc.
Introdução
Conceito de Metal
Do ponto de vista Tecnológico:
 Elemento químico que existe como cristal ou agregado de
cristais, no estado sólido, caracterizado pelas seguintes
propriedades:

 alta dureza,
 grande resistência mecânica,
 elevada plasticidade (grandes deformações sem ruptura),
 relativamente alta condutibilidade térmica e elétrica.
Introdução
Tipos de Metais
ALUMÍNIO
COBRE

NÃO – FERROSOS METAIS PESADOS:


CHUMBO
NÍQUEL
ZINCO
MERCÚRIO
METAIS

FERROSOS FERRO
Introdução
Obtenção dos Metais
 Os metais encontram-se na natureza, normalmente, em forma
de compostos (metal, areia, argila – jazida de minério).
 Seja no estado livre, seja na forma de compostos dificilmente
as substâncias são encontradas puras, como acontece com as
pepitas de ouro e prata.
A mistura de metal, compostos de metal e impurezas

Impurezas (Gangas)

Minério (modo como o metal se encontra naturalmente)
Introdução
Obtenção dos Metais
 A partir do minério, a obtenção de um metal passa por duas
fases distintas:

 A mineração: extração do minério.

 A metalurgia: obtenção do metal puro a partir do composto


portador.
Ligas Metálicas
 Geralmente os metais não são
empregados puros, mas fazendo
parte de ligas – misturas, de
aspecto metálico e homogêneo, de
um ou mais metais entre si ou
com outros elementos.
 Deve ter constituição cristalina e
comportamento como metal.

 Têm propriedades mecânicas e


tecnológicas melhores que as dos
metais puros. Por exemplo: Aço.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 Produtos siderúrgicos são aqueles elaborados com Ferro (Fe+) e
suas ligas.

 Siderurgia é a denominação especial da metalurgia do ferro.


 Aciaria : é a unidade de uma usina siderúrgica onde há a
transformação do ferro em diferentes tipos de aço.

 O Ferro é o metal de maior utilização na construção civil:


 Elevada resistência;
 Permite vencer grandes vãos como peça relativamente delgada e
leve;
 É usado puro ou em ligas, ou para reforçar outros materiais (Ex.: o
concreto armado).
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Ferro é obtido através dos minérios de ferro que se apresentam nas
formas de:
 Carbonatos (siderita)
Siderita: é a combinação de ácido carbônico com o ferro.

 Óxidos (magnetita, hematita, limonita);


Magnetita: minério com propriedades magnéticas. Imã natural.
Hematita: minério estratificado ou pulverulento (pó).
Limonita: pode se apresentar aglomerando pedaços de hematita.

 Sulfetos (piritas).
Piritas: NÃO é propriamente um minério de ferro, mas sim de enxofre, onde
o ferro é subproduto.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Ferro Gusa (Ferro bruto ou Ferro de 1ª fusão)

1. obtido diretamente do alto forno (temperatura > 1500º C);


2. é impuro (Ex.: presença de fósforo e enxofre);
3. possui alto teor de carbono.

 Pode ser refinado a partir de novas fundições em fornos menores, passando a


ser denominado de ferro de segunda fusão => usado para fabricação de peças.

 É comumente caracterizado como um material duro e quebradiço, com baixa


resistência mecânica, devido ao excesso de carbono.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Ferro Fundido (FoFo)

Ferro fundido é a liga ferro – carbono - silício, de teores de carbono


geralmente acima de 2,0%.

 O Aço
São denominados aços as ligas de ferro e carbono, com algumas impurezas
(que podem ser introduzidas voluntariamente).
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
Aciaria - é a unidade de uma usina siderúrgica onde
existem máquinas e equipamentos voltados para o
processo de transformar o ferro gusa em diferentes
tipos de aço.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço

Os aços usados para a construção (estruturas, armaduras) são os aços doces


(0,15 - 0,30% de carbono).

Estes aços são bastante plásticos.


Graça à ductilidade do aço doce, as estruturas metálicas terão a faculdade de
equilibrar as zonas de tensões pela “adaptação plástica” sem risco de ruptura
sem aviso.
Nas estruturas, os perfis de aço-carbono utilizados são os mais diversos,
sobressaindo-se os seguintes: barras redondas (inclusive as empregadas em
concreto armado), quadradas, hexagonais, ovais, barras chatas, cantoneiras,
tês, éles e duplos tês, etc.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço
O aço, para emprego estrutural, pode ser:

 aço carbono (aço comum),

 aço cortain (aço Cor-Ten, Cosacor ou Niocor ),

 aço galvanizado

 aço inoxidável

A diferença entre eles está no tratamento anti-corrosivo de cada um,


que determina também a função a que estão aptos.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço
 O aço, para emprego estrutural, pode ser:

 o aço carbono (aço comum),


 é menos dúctil que o ferro fundido, mais maleável, mais duro e mais
flexível.
 apresenta um aspecto granulado característico.
 magnetiza-se dificilmente, mas conserva esse magnetismo adquirido.
 ótimo para receber tratamento térmico.
 Funde entre 1300 -1600 ºC.
 Sua densidade oscila em torno de 7,65 g/cm³.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço
 O aço, para emprego estrutural, pode ser:

 o aço cortain (aço Cor-Ten, Cosacor ou Niocor ),


 é um pouco mais caro que o aço comum.
 mais bonito, com aspecto patinado e envelhecido e cor acobreada,
 pode ser deixado aparente ou apenas receber pintura decorativa.
 apresenta ,em média, 3 vezes mais resistência à corrosão que o aço
comum.
 dispensa o uso de produtos protetores, a não ser quando localizado no
litoral, onde está sujeito a ação da maresia. Mesmo assim, sofre apenas
1/3 da corrosão provocada no aço comum pelas mesmas condições.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço
 O aço, para emprego estrutural, pode ser:

 aço galvanizado
 mais resistente, o aço galvanizado possui a mesma composição química
do carbono, mas é revestido por uma camada de zinco,
 É usado especialmente em calhas para coleta d’água e alguns tipos de
tubulação.
 aceita pintura desde que seja aplicado um fundo que permita a
aderência da tinta.
Metais siderúrgicos
Ferro e Aço
 O Aço
 O aço, ainda, pode ser:

 aço inoxidável
 bem mais caros, o aço inoxidável possui baixíssimo teor de carbono
contendo um mínimo de 11 a 12% de Cromo;
 possui absoluta resistência a qualquer tipo de corrosão atmosférica;
 apresentam altas resistências mecânicas;
 boa ductilidade;
 mantém indefinidamente o brilho original, embora tenha que ser
lavado periodicamente para remoção da sujidade.
Estrutura Metálica
Aço Estrutural
 Vantagens e Desvantagens na utilização do Aço Estrutural:
1. Vantagens:

a) Alta resistência do material nos diversos estados de solicitação – tração,


compressão, flexão, etc.  estruturas mais leves, vencendo grandes vãos;
b) A garantia de dimensões fixas e das propriedades dos materiais oferece
grande margem de segurança, tendo em vista o seu processo de fabricação
que proporciona material único e homogêneo;
c) Construção de estruturas com boa precisão, possibilitando alto controle de
qualidade;
d) Material resistente a choques e vibrações;
e) Possibilidade de execução de obras mais rápidas e limpas;
Estrutura Metálica
Aço Estrutural
 Vantagens e Desvantagens na utilização do Aço Estrutural:
1. Vantagens:

f) Apresenta possibilidade de substituição de perfis componentes da


estrutura com facilidade, o que permite a realização de eventuais reforços
de ordem estrutural, caso se necessite estruturas com maior capacidade de
suporte de cargas.
g) Apresenta possibilidade de maior reaproveitamento de material em
estoque, ou mesmo, sobras de obra, permitindo emendas devidamente
dimensionadas, que diminuem as perdas de materiais, em geral corrente
em obras.
h) Apresenta possibilidade de desmontagem da estrutura e seu posterior
reaproveitamento em outro local;
Estrutura Metálica
Aço Estrutural
 Vantagens e Desvantagens na utilização do Aço Estrutural:
2. Desvantagens:

a) Limitação da fabricação das peças em fábricas;


b) Limitação do comprimento das peças devido aos meios de transportes;
c) Necessidade de tratamento anticorrosivo;
d) Necessidade de mão de obra e equipamentos especializados;
e) Limitação de dimensões dos perfis estruturais.
Estrutura Metálica
Custo
 Fatores que influenciam o custo da estrutura metálica:

1. Seleção do sistema estrutural:


 No dimensionamento é necessário levar em conta os fatores de
fabricação e posterior montagem, bem como sua utilização futura
(iluminação, ventilação etc.).
2. Projeto dos elementos estruturais:
 Cuidado especial: um componente estrutural se repete por um
numero grande de vezes:
 Dimensionamento aquém de suas necessidades problemas estruturais;
 Dimensionamento além de suas necessidades reais  custo adicional
desnecessário.
Estrutura Metálica
Custo
 Fatores que influenciam o custo da estrutura metálica:

3. Projeto e Detalhe das conexões:


 As conexões, ou as ligações estruturais deverão levar em conta aspectos
de fabricação e montagem. Por exemplo:
 as ligações de fábrica poderão ser soldadas (ambiente industrial).
 as ligações executadas na obra devem utilizar parafusos (local precário).

4. Processo de fabricação, especificações e montagem:


 Especificações mal delineadas  atrasos e/ou retrabalho.
 Verificação de elementos limitadores da montagem da estrutura:
 proximidade de vizinhos,
 linhas de energia, tubulações enterradas,
 movimentação dos equipamentos de montagem, etc.
Estrutura Metálica
Custo
 Fatores que influenciam o custo da estrutura metálica:

5. Sistemas de proteção contra corrosão e incêndio:


 Corrosão anticorrosivos / pinturas X Aços especiais (cortain).
De uma maneira geral, principalmente em zonas litorâneas, de grande
agressividade, a utilização de perfis de aço especiais (cortain) é menos
oneroso do que anticorrosivos / pinturas.

 Combate a incêndio (Pintura Intumescente: ) normas específicas do


Corpo de Bombeiros, que de uma maneira geral, acrescentam, de forma
significativa, ônus sobre o custo da obra.
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Ductilidade: é a capacidade do material de se deformar sob a
ação de tensões sem se romper.
 Quanto mais dúctil o aço, maior será a redução de área ou o
alongamento antes da ruptura.
 A ductilidade tem grande importância nas estruturas metálicas,
pois permite a redistribuição de tensões locais elevadas.
 As barras de aço sofrem grandes deformações antes de se romper, o
que na prática constitui um aviso da presença de tensões elevadas;

 Fragilidade: é o oposto da ductilidade.


 Os aços podem ter características de elementos frágeis em baixas
temperaturas;
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Resiliência: é a capacidade do material voltar ao estado original
(estado normal) após cessarem as tensões sobre ele ;
 Tenacidade: é a quantidade de energia que um material pode
absorver, com deformações elásticas e plásticas, antes de se
romper, ou seja, o impacto necessário para levar um material à
ruptura.;
 Dureza: é a resistência ao risco ou abrasão. A dureza pode ser
medida pela resistência que sua superfície se opõe à introdução
de uma peça de maior dureza;
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Resistência à Fadiga: é a capacidade do material suportar
aplicações repetidas de carga ou tensões.
 É usualmente expressa como um limite de tensão que causa a falha
sob condições de esforços repetidos.
 Esta tensão pode ocorrer em regime elástico.

 Resistência à Tração: propriedade importante.


 É obtida através da relação entre a força aplicada em um corpo de
prova e a área de sua seção transversal.
 Essa tensão determina o aumento do comprimento da barra a qual
foi submetida a força ( deformação).
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Resistência à Tração

 De posse dos diversos valores das tensões e das respectivas


deformações, poderá ser construído um diagrama
tensão X deformação específica.

 A tensão será calculada através da divisão da carga pela área


da seção transversal do corpo de prova e a deformação
específica, através do cálculo percentual da deformação
ocorrida em um determinado segmento do corpo de prova.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Resistência à Tração
 O diagrama nos mostrará o comportamento do corpo de
prova durante a aplicação da carga:
 Num primeiro trecho – zona elástica
– o gráfico mostra uma proporção
linear entre o alongamento e a carga
aplicada (proporcionalidade).
 Em seguida, ocorre o escoamento,
isto é, uma deformação apreciável do
corpo de prova para uma carga
oscilando próximo de um valor
constante
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Resistência à Tração
 Cessado o escoamento, o corpo de
prova é solicitado até atingir a carga
Limite de resistência a tração máxima registrada durante o ensaio, a
partir da qual, inicia-se o fenômeno da
Tensão de ruptura estricção, isto é, um estrangulamento
Limite de escoamento
na seção transversal do corpo de prova.
 A tensão necessária para se chegar ao
início do escoamento é o limite de
Limite de proporcionalidade
ou elasticidade
escoamento e a tensão máxima
suportada pelo material até o início
do estrangulamento é o limite de
resistência à tração.
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços Estruturais
 Resistência à Tração
 Nos aços encruados ou ligados que
não apresentam o escoamento
natural, o limite de escoamento é
representado pela tensão sob a qual
se produz um alongamento
permanente e mensurável de, por
exemplo, 0,2% .
Estrutura Metálica
Propriedades dos Aços estruturais
 Resistência à compressão:

 Quando submetidos à carga de compressão, os aços apresentam o


mesmo comportamento elástico que na solicitação à tração.
 Na fase plástica o comportamento do metal é diferente; o
corpo de prova sofre um alargamento na seção transversal
adquirindo um formato achatado sem que ocorra sua ruptura.
 Os aços menos dúcteis sofrem ruptura por cisalhamento.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
Os diagramas tensão-deformação ilustram o comportamento de
vários materiais, quando carregados por tração.
• Elasticidade: Propriedade do
material pela qual ele tende a
retomar à forma original quando a
carga, a qual foi submetido, é
gradualmente diminuída até zero.
• A deformação sofrida durante o
carregamento desaparecerá
parcial ou completamente.
.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
Os diagramas tensão-deformação ilustram o comportamento de
vários materiais, quando carregados por tração.
• Perfeitamente elástico retorno
completo.
• Parcialmente elástico retorno
parcial.
Neste último caso, a deformação que
permanece depois da retirada da
carga é denominada deformação
residual.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
A relação linear da função tensão-deformação foi apresentada por Robert
HOOKE, em 1678, e é conhecida por LEI DE HOOKE.
Verifica-se que o trecho do diagrama ao
lado, entre os pontos O e A é retilíneo, o
que caracteriza a relação linear entre
tensões e deformações.

A Lei de Hooke é válida somente para a


Trecho retilíneo fase elástica dos materiais.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
A relação linear da função tensão-deformação foi apresentada por Robert
HOOKE, em 1678, e é conhecida por LEI DE HOOKE.

Lei de Hooke: "Na fase elástica, as


tensões são proporcionais às
deformações“.
   *  onde:
  tensão normal
 = módulo de elasticidade do material
Trecho retilíneo

 = deformação específica .
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
O Módulo de Elasticidade () é o coeficiente angular da região
linear do diagrama tensão-deformação, sendo diferente para cada
material.
 O Módulo de Elasticidade representa
fisicamente a força de ligação entre as
moléculas do corpo em estudo.
 Mede a deformabilidade do material;
quanto maior for o seu valor, menor
será a deformação sofrida.
  = tg   O valor do módulo de elasticidade
é constante para cada metal ou liga
metálica.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
O Módulo de Elasticidade () é o coeficiente angular da região linear
do diagrama tensão-deformação, sendo diferente para cada material.
 Quaisquer que sejam os
carregamentos ou solicitações sobre
o material, vale a superposição de
efeitos, ou seja, pode-se avaliar o
efeito de cada solicitação sobre o
material e depois somá-los.
  = tg 
 O módulo de elasticidade à tração
e à compressão são os mesmos.
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Lei de Hooke
Estrutura Metálica
Propriedades dos aços Estruturais
 Deformações elásticas
Quando uma barra é carregada por tração simples:
 tensão axial:  =P/A
 deformação específica:  =  / L então: = PL
A
 pela Lei de Hooke:  =

 Esta equação mostra que o alongamento ( de uma barra


linearmente elástica é diretamente proporcional à carga (P) e ao
comprimento (L) e inversamente proporcional ao módulo de
elasticidade () e à área da seção transversal (A).
 O produto  A é conhecido como rigidez axial da barra.
Aços Estruturais
Constantes Físicas
 São praticamente constantes, na faixa normal de temperatura
atmosférica, para qualquer aço estrutural, as seguintes propriedades
mecânicas:

(*)

(*)Considerando a aceleração da gravidade padrão: ao nível do mar e à latitude de 45° , aproximadamente igual a 9,81 m/s²
Estrutura Metálica
Exemplos
Estrutura Metálica
Exemplos
Estrutura Metálica
Exemplos
Estrutura Metálica
Exemplos
Estrutura Metálica
Exemplos
Estrutura Metálica
Exemplos
Produtos Siderúrgicos
 Os produtos laminados, os perfis soldados e os elementos de ligação
são os principais materiais empregados em Estruturas Metálicas.

 A indústria siderúrgica oferece ao projetista diversos produtos com


aplicações nas construções civis e seus acabamentos, dos quais
destacam-se:

 perfis laminados a quente;


 perfis soldados;
 perfis conformados a frio (chapa dobrada);
 chapas laminadas a quente;
 chapas laminadas a frio;
 tubos de várias formas.
Produtos Siderúrgicos
Perfis Laminados
 O processo de produção dos perfis laminado obedece ao mesmo
princípio de fabricação do aço para concreto armado, fabricado a
partir do minério de ferro passando pelos processos de preparação da
matéria-prima, passagem pelo alto forno e lingotamento contínuo.

 Os perfis laminados recebem esta denominação porque no seu


processo de fabricação, rolos especiais chamados laminadores,
produzem as formas finais dos diferentes perfis.

 São os mais empregados na construção de estruturas metálicas e sua


fabricação é feita em diversas dimensões e modelos padronizados.
Produtos Siderúrgicos
Perfis Laminados

Extraído do livro Estruturas Metálicas Cálculos,


Detalhes, Exercícios e Projetos, 2ª Ed., do Prof.
Antônio Carlos Bragança, publicado pela Ed.
Edgard Blücher, 2005.
Produtos Siderúrgicos
Perfis Laminados
1. Cantoneiras: são empregadas em treliças, contraventamentos, linhas
de transmissão de energia elétrica e ligações.
2. Perfis T: têm aplicações em estruturas soldadas e podem ser
fabricados por processos de laminação ou através do corte de perfis
I ou H.

3. Perfis I e U: empregados principalmente como vigas. Suas abas não


têm faces paralelas e as bordas são arredondadas.

4. Perfis H: são empregados em elementos sujeitos à carga axial de


compressão.
5. Barras chatas e redondas: as barras chatas são utilizadas em ligações
e as barras redondas, em elementos tracionados (tirantes).
Produtos Siderúrgicos
Perfis Laminados
6. Chapas laminadas (a quente): têm espessura compreendida entre
3 mm e 50 mm, pois, chapas mais espessas apresentam problemas
de soldabilidade.
As suas principais aplicações estão nas ligações, emendas de vigas e
pilares, bases de colunas e na fabricação de perfis soldados.

7. Chapas laminadas (a frio): são fornecidas em bobinas, com espessura


inferior a 3 mm e largura em tomo de 2,50 m.
São empregadas na obtenção de perfis conformados a frio, também
chamados, perfis de chapa dobrada, usados em estruturas leves, tais
como, coberturas industriais tipo arco, Shed, etc.
Outras aplicações são: fôrmas para lajes de edifícios, materiais para
revestimento de paredes externas, internas e de cobertura.
Produtos Siderúrgicos
Perfis dobrados e soldados
 As empresas metalúrgicas produzem os perfis por chapas dobradas ou
soldadas, conformados a frio.

 Os perfis dobrados e/ou soldados são aqueles obtidos pelo corte,


composição e soldagem de chapas planas de aço, permitindo grande
variedade de formas e dimensões de seções.

 No caso dos perfis soldados, para unir as chapas utiliza-se máquina de


soldagem por arco (voltaico) submerso disposta em uma plataforma
que se desloca com velocidade controlada automaticamente, o que
permite a soldagem dos perfis na posição fixa.

 Após o procedimento de soldagem, o perfil passa pelo setor de


desempeno e acabamento, para corrigir eventuais distorções.
Produtos Siderúrgicos
Perfis dobrados e soldados

Extraído do livro Estruturas Metálicas Cálculos,


Detalhes, Exercícios e Projetos, 2ª Ed., do Prof.
Antônio Carlos Bragança, publicado pela Ed.
Edgard Blücher, 2005.
Designação de Perfis
Perfis laminados (conformados a quente)
 No Brasil, os perfis laminados são designados como: Código literal,
altura (mm) e peso (massa) linear (kg/m) .
Exemplos de códigos literais: L, I, H, U e T.

 Os códigos literais representam o perfil com seção transversal


parecida com a respectiva letra.
Exemplos:
I 101 x 12,7 perfil Tipo I, altura igual a 101,0 mm e
massa linear 12,7 kg/m.

C (ou U) 254 x 22,7, perfil Tipo C (Channel, ou U), altura igual


a 254,0 mm e massa linear 22,7 kg./m
Designação de Perfis
Perfis laminados (conformados a quente)
 Os perfis cantoneira podem seguir a mesma regra anterior, porém é
mais comum utilizar nomenclatura própria: Código literal, altura
(mm) e espessura(mm) .

Exemplos:

L 101 x 6,4 perfil Tipo L (cantoneira), abas iguais, altura de


101,0 mm e espessura 6,4 mm.

L 89 x 64 X 6,4 perfil Tipo L (cantoneira), abas desiguais, com


lados 89,0 e 64,0 mm, e espessura 6,4 mm.
Designação de Perfis
Perfis de chapa dobrada (conformados a frio)
 São designados como: Tipo, altura, aba, dobra, espessura
podendo ser acrescentada a expressão chapa dobrada para diferenciar
dos perfis laminados.

Extraído do livro Estruturas Metálicas Cálculos,


Detalhes, Exercícios e Projetos, 2ª Ed., do Prof.
Antônio Carlos Bragança, publicado pela Ed.
Edgard Blücher, 2005.
Designação de Perfis
Perfis soldados
 São perfis fabricados de chapas planas soldadas.
 Correspondem, no Brasil, aos chamados perfis de abas largas (wide-
flange) americanos.
 A sua seção transversal é semelhante a de um perfil I com abas mais
alargadas e as faces das mesas paralelas.
 São fabricadas em grande variedade de dimensões de alma e mesa.

 A CSN padronizou as seguintes séries de perfis soldados:


 Perfil série CS - Colunas Soldadas (h = b)  compressão
 Perfil série VS - Vigas Soldadas (h > b)  flexão
 Perfil série CVS - Colunas e Vigas Soldadas (h > b)  flexo /
compressão
Designação de Perfis
Perfis soldados
 Pode-se considerá-los como a continuação das séries I e H de perfis
laminados em dimensões maiores.

 Assim, a nomenclatura dos perfis soldados é praticamente a mesma:


Código literal, altura (mm) e peso (massa) linear (kg/m) onde o
código literal é a classificação que foi padronizada pela CSN.

VS - Vigas Soldadas
Designação de Perfis
Perfis soldados
 Existem diversos complementos possíveis e algumas nomenclaturas
alternativas, por exemplo:
 Perfil W – perfil I de aba larga (USIMINAS)

 Perfil HP – perfil H de faces paralelas,

 Perfil HPP– perfil H com faces paralelas e pesado


(existem HPL e HPM, leve e médio, respectivamente).

 Deve-se salientar, também, que a referência à altura do perfil e à sua


massa linear é frequentemente arredondada nos nomes de perfis das
tabelas, de modo que deve-se consultar os valores exatos nas próprias
tabelas.
Designação de Perfis
Perfis padronizados – NBR 6355
Tabela de Perfis
Nomenclatura
 Chama-se alma de um perfil, a região
hachurada da seção transversal, indicada
na Figura abaixo.

 Denomina-se aba ou mesa de um perfil a


região sem hachura.

 Geralmente, a alma é parte do perfil que


serve de união entre suas abas, como
h = altura do perfil.
ocorre no caso de perfis I, H e U.
b = largura da aba, flange ou mesa.
tf = espessura da aba (thickness = espessura).
tw = espessura da alma.
Tabela de Perfis
Características Geométricas
 As características geométricas de cada perfil são indispensáveis ao
projeto e dimensionamento de qualquer estrutura.

 Notoriamente, aquelas calculadas em relação a eixos (x, y), passando


pelo CG da seção do perfil.
Tabela de Perfis
Características Geométricas
 Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas
para todos os perfis fabricados no Brasil.
 As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos
perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos
estruturais:
 A: área da seção transversal do perfil (cm²)

 Ix: momento de inércia em relação ao eixo x (cm²)

 Iy; momento de inércia em relação ao eixo y (cm4)

 rx: raio de giração em relação ao eixo x (cm)

 ry: raio de giração em relação ao eixo y (cm)


Tabela de Perfis
Características Geométricas
 Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas
para todos os perfis fabricados no Brasil.

 As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos


perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos
estruturais:
 Wx: módulo de resistência em relação ao eixo x (cm³)

 Wy: módulo de resistência em relação ao eixo y (cm³)

 bf: largura da aba do perfil (mm)

 tf: espessura da aba do perfil (mm)

 tw: espessura da alma do perfil (mm)


Tabela de Perfis
Características Geométricas
 Para facilitar o trabalho do engenheiro foram calculadas e tabeladas
para todos os perfis fabricados no Brasil.

 As Tabelas apresentam as seguintes características geométricas dos


perfis simples, com o intuito de facilitar e agilizar os cálculos
estruturais:
 h: altura total do perfil (mm)
 xg , yg : coordenadas do centro de gravidade
Estrutura Metálica
Normas Técnicas
 As Normas que tratam de estruturas metálicas são as seguintes:

 NBR-8800 (NBI4) - Projeto e execução de estruturas de aço de edifícios:


método dos estados limites, 1986.

 ASTM - American Society for Testing and Materials: especificações para


fabricação do aço, acabamento dos perfis, etc.

 AISC - American Institute of Steel Construction: especificações para projetos


de prédios industriais ou residenciais em estruturas metálicas.

 AASHO - American Association of State Highway Offcials: especificações


para projeto de pontes rodoviárias metálicas., 1989.
Estrutura Metálica
Normas Técnicas
 Além das normas de aço, outras normas devem ser consultadas para a
elaboração de projetos em estruturas metálicas:

 NBR 6123 (NB599) Forças devidas ao vento em edificações, 1988.

 NBR 6120 (NB5) Cargas para o cálculo de estruturas de edificações, 1980.

 NBR 9763 (EBI742) Aços para perfis laminados, chapas grossas e barras,
usados em estruturas fixas, 1987
 NBR 7188 (NB6) Carga móvel em ponte rodoviária e passarela de pedestre,
1984.

 NBR 7189 (NB7). Cargas móveis para projeto estrutural de obras ferroviárias,
1989.
Até a próxima aula!

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