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Extensão e consistência
Uma extensão de ℒ é consistente sse não existe fórmula 𝐴 de ℒ tal que ambas
fórmulas 𝐴 e (¬𝐴) sejam teoremas dessa extensão.
ℒ é consistente.
Demonstração:
Seja 𝐴 uma fórmula de ℒ que não é teorema de ℒ1 e ℒ 2 um sistema formal obtido como
descrito no metateorema.
Vamos supor por absurdo que ℒ 2 seja inconsistente. Então, pelo resultado da aula 14,
qualquer fórmula é teorema de ℒ 2 , em particular, ⊢ℒ2 𝐴.
Mas ℒ 2 difere de ℒ1 apenas pelo fato de que ℒ 2 possui (¬𝐴) como axioma. Logo, basta
esta nova fórmula em ℒ1 para deduzirmos 𝐴 também, isto é, ¬𝐴 ⊢ℒ1 𝐴. Pelo teorema
da dedução, segue que
⊢ℒ1 (¬𝐴 → 𝐴) (1)
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PROPOSICIONAL
No exemplo 3 da aula 12, vimos que ⊢ℒ ((¬𝐴 → 𝐴) → 𝐴). Sendo assim, essa fórmula
também deve ser teorema de ℒ1 (pela própria definição de extensão). Logo,
Por MP (aplicado nas fórmulas 1 e 2), obtemos ⊢ℒ1 𝐴, o que contraria o fato de que 𝐴
não é teorema de ℒ1 (fato este estabelecido no início da demonstração). Portanto, a
hipótese de que ℒ 2 é inconsistente é falsa. Logo, ℒ 2 deve ser consistente. ∎
Completude
Será que existe um limite de fórmulas que podemos adicionar como axiomas a uma
extensão de ℒ de forma que se mantenha a consistência dos sistemas (extensões)
obtidos? A resposta é sim.
Para demonstrar este fato, estabelecemos um novo conceito – que é o conceito de
completude:
DEFINIÇÃO 1: Uma extensão de ℒ é completa se, para cada fórmula 𝐴, temos que 𝐴 ou
(¬𝐴) é um teorema da extensão.
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PROPOSICIONAL
Demonstração:
Seja 𝐴 uma fórmula que não é teorema de ℒ 𝑐 . Como ℒ 𝑐 é completo, se 𝐴 não é teorema
de ℒ 𝑐 então necessariamente (¬𝐴) é teorema de ℒ 𝑐 . Assim, (¬𝐴) também é teorema de
qualquer possível extensão de ℒ 𝑐 (pela própria definição de extensão).
Logo, se 𝐴 fosse teorema dessa extensão (ou seja, se essa extensão ampliasse a classe
de teoremas de ℒ 𝑐 ), então ele teria tanto 𝐴 quanto (¬𝐴) como teoremas, ou seja, seria
inconsistente. ∎
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