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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL

UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC


CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ENSAIO DE TRAÇÃO EM AMOSTRA DE POLÍMEROS


Luiz Gustavo Vieira da Silva

Maceió
2019
UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS - UFAL
UNIDADE ACADÊMICA CENTRO DE TECNOLOGIA - CTEC
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ENSAIO DE TRAÇÃO EM AMOSTRA DE POLÍMEROS


Alisson dos Santos Lima
Hermann Moura Voss
Lucas Diego de Freitas Lino
Luiz Gustavo Vieira da Silva
Paulo Henrique Laurindo Santos

Relatório do ensaio experimental


citada acima, realizado sob a
orientação da professora Karoline
Alves de Melo Moraes, como
requisito para avaliação da
disciplina de Laboratório de
Materiais.

Maceió
2019

Sumário
Fundamentação ...................................................................................................... 4

Objetivo ................................................................................................................... 6

Materiais ................................................................................................................. 6

Procedimento .......................................................................................................... 7

Resultados e discussões ........................................................................................ 7

Conclusão ............................................................................................................... 9

Referências ........................................................................................................... 10
Fundamentação

Os polímeros apresentam um comportamento reológico complexo, são compostos


formados por macromoléculas, constituídas por pequenas partes que são chamadas de
monômeros. Os monômeros são as unidades que se ligam entre si por meio de ligações
covalentes e se repetem dentro da estrutura do polímero podendo ou não ser unidades iguais,
formando longas cadeias. Podem ser naturais ou sintéticos, termoplásticos ou termofixos e
com propriedades específicas de acordo com os monômeros que formam a macromolécula
dos diversos polímeros existentes.
Dos estudos em sala de aula, é sabido que os polímeros apresentam fases plásticas e
elásticas especificas quando submetidos a esforços, nesse contexto, o ensaio de tração foi
realizados nos seguintes materiais: ABS, PEAD, PEBD, PET, PP.
ABS:
O plástico ABS é uma resina termoplástica derivada do petróleo. É formado pela
copolimerização de três monômeros: acrilonitrila (monômero sintético produzido a partir do
hidrocarbonato propileno e amoníaco – de 15% a 30%), butadieno (alceno obtido a partir da
desidrogenação do butano – de 5% a 15%) e o estireno (produzido a partir da desidrogenação
do etilbenzeno – de 40% a 60%) – sendo base de quase todos os materiais plásticos que
usamos.
Basicamente a composição do plástico ABS vem do butadieno, do estireno e da
acrilonitrila. O butadieno passa pelo processo de polimerização que o transforma em
polibutadieno. O estireno e a acrilonitrila passam pela copolimerização. Após isso ocorre a
fusão da mistura, em um processo de extrusão, que forma o composto químico acrilonitrila
butadieno estireno, popularmente conhecido como plástico ABS.
PEAD e PEBD
O polietileno (PE) é quimicamente o polímero mais simples. É representado pela cadeia:
(CH2-CH2)n. Devido à sua alta produção mundial, é também o mais barato, sendo um dos
tipos de plástico mais comuns. É quimicamente inerte. Obtém-se pela polimerização do
etileno.O polietileno é um dos plásticos mais importantes da atualidade, principalmente entre
os termoplásticos, que são aqueles que se deformam com o calor. No caso do polietileno, a
temperatura de deformação e fusão é entre 110 e 115°C. O polietileno pode existir em cinco
diferentes variações, dentre elas estão o PEAD (polietileno de alta densidade) e PEBD
(polietileno de baixa densidade).
É um plástico rígido, resistente à tração, tensão, compressão e com moderada resistência
ao impacto. É resistente a altas temperaturas, possui baixa densidade em comparação com
metais e outros materiais, é impermeável, inerte (ao conteúdo), apresenta baixa reatividade,
é atóxico e possui pouca estabilidade dimensional. O PEAD é utilizado em bombonas,
recipientes, garrafas, frascos, filmes, brinquedos, materiais hospitalares, tubos para
distribuição de água e gás, tanques de combustível automotivos, bolsas para supermercados,
caixotes para peixes, refrigerantes e cervejas. Também é usado para recobrir lagoas, canais,
fossas de neutralização, contra-tanques, tanques de água, lagoas artificiais, etc. Quando
comparado ao PEBD, tem resistência ao stress cracking, maior brilho, maior rigidez e menor
permeabilidade a gases para uma mesma densidade.
O PEBD é a versão mais leve e flexível do PE. É um material de boa dureza, elevada
resistência química, boas propriedades elétricas, impermeável, facilmente processável,
transparente, atóxico e inerte.O PEBD encontra um bom campo de atuação pelo processo de
sopro. É utilizado basicamente em filmes, laminados, recipientes, embalagens, brinquedos,
isolamento de fios elétricos, bolsas e sacolas de todo tipo, garrafas térmicas e outros produtos
térmicos, frascos, mangueiras para água, utilidades domésticas, ampolas de soro, etc.
PET
O Poli (Etileno Tereftalato), conhecido pela sigla em inglês PET, é classificado
quimicamente como um polímero poliéster termoplástico.O PET é produzido industrialmente
por esterificaçãodireta do ácido tereftálico purificado (PTA) com monoetileno glicol (MEG). Ou
seja, esses dois elementos (PTA e MEG) são misturados, formando uma pasta que, durante
o processo de fabricação, reagirão entre si, passando por cristalização e formando o PET
como conhecemos: grãos brancos e opacos.
PET é o melhor e mais resistente plástico para fabricação de garrafas, frascos e
embalagens para refrigerantes, águas, sucos, óleos comestíveis, medicamentos, cosméticos,
produtos de higiene e limpeza, destilados, isotônicos, cervejas, entre vários outros. O PET
proporciona alta resistência mecânica (impacto) e química, suportando o contato com agentes
agressivos. Possui excelente barreira paragases e odores. Por isso é capaz de conter os mais

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diversos produtos com total higiene e segurança – para o produto e para o consumidor. A
embalagem de PET tem mostrado ser o recipiente ideal para a indústria de bebidas em todo
o mundo, reduzindo custos de transporte e produção, evitando desperdícios em todas as
fases de produção e distribuição.
PP
O polipropileno ou PP é um polímero termoplástico produzido a partir da polimerização do
gás propileno ou propeno. Trata-se de um tipo de plástico que pode ser moldado quando
submetido a temperatura elevada, por isso é classificado como um termoplástico.
É uma resina de baixa densidade. Tem propriedades muito semelhantes às do polietileno
(PE), mas seu ponto de amolecimento é mais elevado.
É um material de uso comum mas que é utilizado em muitas aplicações de engenharia.
Isto deve-se à elevada versatilidade deste material, que pode ser ter propriedades muito
diferentes, que vão desde o soft touch à elevada rigidez dos grades com fibra de vidro. Esta
gama alargada de propriedades e aplicações consegue-se através de métodos sofisticados
de co-polimerização e de aditivação. O PP, ou os vários tipos de PP, pode ser processado
por extrusão, termoformação sopro e injecção. É utilizado em diversas aplicações, como
mobiliário de jardim, peças para a indústria automóvel, filme biorientado com excelente
transparência, cordas e ráfias de elevada resistência e diversos tipos de tampas e cápsulas.
A sua elevada resistência à fadiga faz do PP o material de eleição para o fabrico de peças
com com dobradiças integrais.

Objetivo
Comparar o comportamento dos diversos polímeros utilizados sob efeito de
esforços de tração.

Materiais
Descrição Quantidade
Corpo de prova em ABS impresso em filetes verticais 1
Corpo de prova em ABS impresso em filetes horizontais 1
Corpo de prova em PEAD 1
Corpo de prova em PEBD 1
Corpo de prova em PET 1
Corpo de prova em PP 1

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Procedimento
Cada corpo de prova foi submetido ao ensaio de tração utilizando a máquina universal de
ensaios, série AGX-V, fabricada pela empresa Shimadzu, até que o mesmo fosse rompido. A
máquina foi configurada para exercer uma carga com velocidade de 50 cm/s e as dimensões
dos corpos de prova estavam de acordo com o material adotado pela professora para o
ensaio. Para alguns políemros a velocidade foi alterada manualmente, já que devido a
resistência, o polímero levaria muito tempo para romper.

Máquina universal de ensaios – AGX-V


(Shimandzu, 2019)

Resultados e discussões

O ABS impresso em filetes verticais foi submetido a uma força máxima de 200,36KgF.
O ABS impresso em filetes horizontais foi submetido a uma força máxima de
185,64KgF.
O PEAD foi submetido a uma força máxima de 22,2179KgF.
O PEBD foi submetido a uma força máxima de 0,82KgF.
O PET foi submetido a uma força máxima de 31,58KgF.

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O PP foi submetido a uma força máxima de 26,97KgF.

Corpos de prova antes do ensaio Corpos de prova antes do ensaio


(Autores, 2019) (Autores, 2019)

Após o ensaio realizado em cada material foi feita uma análise visual em cada corpo
de prova. No caso do PEBD, vimos que apresentou grandes deformações, uma
característica de materiais dúcteis, bem como apresentou listas de deformação internas
durante a submissão da carga.
O PEAD também apresentou deformações consideráveis até sua ruptura. Já o PET
não apresentou muitas deformações até sua ruptura. O material que possuiu maior
resistência à tração foi o ABS impresso em filetes verticais. O ABS impresso em filetes
horizontais também apresentou boa resistência no entanto, se comparado com o impresso
em filetes verticais, apresentou uma resistência um pouco menor.
Essa pequena diferença entre esses valores se dá por conta da direção da aplicação
da força estar na mesma direção de impressão dos filetes.

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Conclusão

De maneira geral, foi possível verificar a resistência à tração de cada tipo de material de
acordo com o esperado em literaturas já existentes. Foi possível observar esses valores a
fim de ter um maior conhecimento a cerca das características de cada material para sua
correta utilização e aplicação, bem como tendo em vista fatores como: custo,
disponibilidade, vida útil e etc.
A partir das tensões obtidas foi gerado também um gráfico da variação da força
em função da deformação, e visto no local a curva gerada pelas a partir das
deformações ocorridas com a aplicação das forças.
Com os valores das deformações seria possível calcular outros parâmetros
tasi como: Módulo de Young (E), resistência máxima, deformação na resistência
máxima, resistência na ruptura, deformação na ruptura, tenacidade, entre outros.

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Referências

Disponível em http://www.maispolimeros.com.br/2018/09/24/plastico-abs-e-suas-
principais-caracteristicas-e-aplicacoes/ Acesso em 01/07/2019
Disponível em http://resoambiental.com/2015/07/polietileno-o-que-e-onde-e-
utilizado/ Acesso em 01/07/2019
Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Polietileno Acesso em 01/07/2019
Acesso em 01/07/2019
Disponível em https://naoseimeu.wordpress.com/2014/01/26/o-que-sao-pe-pebd-
pebdl-pead-pemd/ Acesso em 01/07/2019
Disponível em
http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=65 Acesso em
01/07/2019
Disponível em
http://www.abipet.org.br/index.html?method=mostrarInstitucional&id=81 Acesso em
01/07/2019
Disponível em http://www.maispolimeros.com.br/2019/02/11/polipropileno-o-que-
e/ Acesso em 01/07/2019
Disponível em http://www.poliversal.pt/pt/landing-pages/tipos-de-plasticos/pp---
polipropileno-36.html Acesso em 01/07/2019
http://shimadzu.com.br/analitica/produtos/test/estaticas/servo-eletricas/agx-
v.shtml Acesso em 02/07/2019

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