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2019/2020
Licenciatura em Eng. Mecânica
Olga C. Paiva
GUIÃO DOS TRABALHOS LABORATORIAIS
1. Objetivos do trabalho
Para este trabalho existem vários conjuntos de amostras de diferentes materiais. A cada grupo de
trabalho será disponibilizado apenas um conjunto de amostras.
NÃO utilize as amostras do conjunto fornecido para realizar experiências que as poderão deteriorar
(experiências como, por exemplo, corte, aquecimento ou queima). Serão fornecidas outras
amostras, dos mesmos materiais em estudo, onde realizará estas experiências.
As experiências que envolvem queima das amostras são obrigatoriamente realizadas na hotte
química, e acompanhadas pelo docente ou técnica do Laboratório.
Deverá ter cuidado no manuseamento dos materiais e equipamentos (balança, x-acto, serra, ferro
de soldar, isqueiro ou outro queimador, …). Em caso de dúvida deve pedir ajuda ao docente ou à
técnica de laboratório.
Cada grupo de trabalho apenas vai analisar o conjunto de amostras identificado com o seu número
de grupo de trabalho.
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O registo dos resultados das várias experiências propostas durante a realização do trabalho deve ser
realizado de acordo com o layout disponibilizado no moodle com a designação “TL1 - Identificação
de materiais e suas propriedades” e que o deve acompanhar nas aulas laboratoriais.
São apresentados alguns textos de apoio à realização do trabalho que devem ser lidos antes da
realização do trabalho laboratorial.
A informação aqui fornecida deve ser complementada com outra pesquisada pelos estudantes
para completar e enriquecer o relatório.
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4.1. Tipos de plásticos
A maior parte de materiais plásticos são feitos a partir de polímeros sintéticos, ou seja, produtos
desenvolvidos em laboratório e não existindo na natureza. São produtos com propriedades
extraordinárias e em muitos casos com excepcional apetência para a embalagem. A designação
"plástico" é aplicada a um largo conjunto de materiais com estrutura química e propriedades
diferentes.
Mais de 80% dos plásticos utilizados em aplicações de uso comum pertencem à categoria dos
termoplásticos. Aparentemente são muito semelhantes e um mesmo tipo de plástico pode ser
ligeiramente modificado de forma a ter diversas aplicações, pelo que encontramos utilizações, para
uma mesma aplicação, de plásticos diferentes.
Dado o seu aspecto semelhante e sobreposição de aplicações, identificá-los por observação visual é,
em muitos casos, impossível. Um processo de fácil realização e que pode auxiliar a identificação dos
diferentes plásticos é a queima duma pequena amostra seguida de observação da chama e dos
fumos. Mas para tal é preciso adquirir prática, ensaiar com produtos bem conhecidos e não
esquecer que muitas vezes, uma só embalagem contém diversos tipos de plásticos (materiais
complexos).
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Por todas estas razões, em muitos países é prática comum os fabricantes de objectos em plástico
incorporarem um símbolo de identificação do material de que o objecto é feito. Em Portugal, essa
prática, por transposição da directiva comunitária, começa agora a ser seguida, pelo que se espera
que venha a tornar-se comum.
Atire e/ou bata repetidamente a amostra contra uma superfície dura e tente perceber se resulta um
som “metálico” ou não:
a) som “metálico”: polímero à base de estireno como, por exemplo, o poliestireno,
Poliestireno e o Acrilonitrilo-Butadieno-Estireno (ABS).
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b) ausência de som metálico geralmente significa que o material não é à base de estireno.
Corte uma pequena porção de material e coloque-a num recipiente com água. Verifique se flutua ou
não:
a) se flutua então o material é uma poliolefina (PP, PEAD ou PEBD);
b) se não flutua então o material não é uma poliolefina.
Nota: para confirmação do resultado do teste, queimar um material do qual já se conhece a sua
composição e comparar os resultados. Este método é aconselhado particularmente para materiais
como o PET e o PS. A repetitividade deste tipo de testes permite, ao longo do tempo, um melhor
reconhecimento dos materiais em estudo.
Produtos plásticos rígidos apresentam níveis de resistência diferente ao serem riscados com uma
unha.
Quando riscados, o Polipropileno (PP), o Polietileno de Alta Densidade (PEAD) e o Polietileno de
Baixa Densidade (PEBD), respectivamente pela ordem indicada, sofrem as seguintes alterações:
- Risco aumenta
- Brilho superficial diminui
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IDENTIFICAÇÃO DE PLÁSTICOS
Processos Processos
físicos químicos
Comparação da Cor da chama de
densidade com combustão,
a água, álcool análise por via
isopropílico e seca, reacção com
óleo de milho. a acetona a frio ou
a quente.
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TIPO DE COMPORTAMENTO
PLÁSTICO
Não flutua em água.
PET (ou PTE) A chama é amarela/laranja.
Não reage com acetona a frio.
PEAD (ou HDPE) Flutua em água.
Não flutua em álcool isopropílico.
PVC (ou PCV) Não flutua em água.
A chama é verde.
Não flutua em água.
PS A chama é amarela.
Dissolve-se e dilata em acetona.
TIPO DE COMPORTAMENTO
PLÁSTICO
Flutua em água.
PEBD (ou LDPE) Flutua em álcool isopropílico.
Não flutua em óleo de milho.
A chama é azul.
Flutua em água.
PP Flutua em álcool isopropílico.
Flutua em óleo de milho.
A chama é amarela.
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Rijo, cor natural branco translúcido, muitas vezes colorido e opaco podendo ser impresso.
Linha de soldadura lateral e forte no fundo. Interior do gargalo com relevo inverso ao
exterior.
Aplicações: produtos de higiene e limpeza, embalagem de álcool, de iogurte líquido, de
óleos minerais lubrificantes, depósitos vários de grande capacidade, barricas, etc.
Marcação: 2 ou 02.
Material macio, translúcido quando natural, pode ser colorido e impresso, linha de
soldadura lateral e forte no fundo.
Aplicações: frascaria diversa, garrafas de vinagre, etc. Não é intensamente aplicado neste
tipo de objectos.
Marcação: 4 ou 04.
Normalmente estes dois plásticos - PEAD e PEBD - são triados em conjunto.
PP: Polipropileno
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PS: Poliestireno
Pode apresentar aspectos muito diversos, desde rígido, transparente e quebradiço a opaco e
com alguma flexibilidade. Como exemplo, respectivamente, temos uma régua ou certos
candeeiros e embalagens de ovos, passando pela esferovite. Utilização frequente em
utensílios de uso único como louça descartável. Uso comum também em embalagens de
iogurte (embalagens de pequeno porte).
Aplicações: não tem aplicações em corpos ocos.
Marcação: 6 ou 06.
PEBD
Material translúcido ou colorido e opaco, flexível, macio.
Aplicações: sacos industriais, película de envolvimento de papel higiénico, rolos de papel de
cozinha, guardanapos, sacos de lixo.
PEAD
Material que se distingue facilmente do anterior por produzir um barulho característico
quando tocado.
Aplicações: sacos de supermercado e sacaria diversa.
PP
Material brilhante e um pouco rígido.
Aplicações: embalagem de têxteis, confecções, batatas fritas, etc. Na forma de ráfia é
aplicado em sacos de fruta, batatas, etc.
PVC
Material flexível, pouco brilhante.
Aplicações: pouco aplicado em embalagens. Pode aparecer nos resíduos provenientes
doutros usos, como sejam cortinas de casa de banho, toalhas de mesa, etc.
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PET
Utilizado em película muito fina, aderente. Uma vez que esta película também pode ser de PE, PVC
ou de outros plásticos, não é possível a sua distinção. Deverão estas películas ser consideradas
"plásticos mistos", assim como todas as outras aplicações que fazem uso de diferentes plásticos em
várias camadas.
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ρ (kg/m3) ρ (kg/m3)
Tabela 10. Massas volúmicas de gases comuns a 20°C e sob pressão atmosférica normal
d (g/l) d (g/l)
http://www.texloc.com/ztextonly/clplasticid.htm
http://www.plastval.pt/conteudo/industria/tipos.html
http://www.tangram.co.uk/TI-Polymer-Identification_of_plastics.html
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1. Objetivos
2. Procedimento experimental
Para que os sistemas ópticos possam captar imagens das superfícies de amostras metálicas, torna-se
necessário proceder à preparação cuidada destas tornando-as espelhadas, de forma a que a luz
possa ser reflectida nessas mesmas superfícies. A preparação das amostras para observação
microscópica da sua estrutura metalográfica consiste nas seguintes operações: seleção da amostra,
corte da amostra, montagem da amostra, lixamento da amostra, polimento da amostra e ataque
químico da amostra.
Os materiais disponíveis para a realização do trabalho são os seguintes: diversos aços, ligas de cobre
– latões (Cu/Zn), ligas de prata (Ag-Cu), ligas de chumbo (Pb-Sn). Estes materiais podem existir sob a
forma de varão, chapa ou fazerem parte de uma peça.
Após o corte, as amostras devem ser cuidadosamente lavadas primeiro, em água corrente, depois
em álcool e finalmente secas com ar comprimido.
Caso a dimensão e/ou forma da amostra não seja compatível com o seu manuseamento nos discos
de lixamento e polimento deve-se proceder à sua montagem. A montagem pode ser realizada por
dois métodos: na prensa de montagem a quente PREDOPRESS–STRUERS (consultar o
procedimento “Montagem de Amostras a Quente” ou montagem a frio com a resina EPOFIX
(consultar o procedimento “Montagem de Amostras a Frio”
A sequência de pastas abrasivas (das granulometrias mais grossas para as mais finas) recomendada
para a preparação das amostras é a seguinte: 6 m 3 m 1 m. O polimento deverá ser
executado tendo após consulta do procedimento “Polimento”
Após polimento, a superfície obtida irá refletir de uma forma homogénea a luz que sobre ela incidir.
Desta forma, uma observação com ampliação adequada apenas permitirá detectar fissuras, poros ou
inclusões. Para observar os constituintes metalográficos presentes no material, torna-se necessário
proceder a um ataque químico para a sua identificação.
Há uma enorme variedade de reagentes químicos para diferentes tipos de metais e situações. Em
geral, o ataque é feito por imersão da amostra, durante um período de aproximadamente 20
segundos, para que a microestrutura seja revelada.
Na revelação das microestruras de ligas ferrosas, um dos reagentes mais usados é o NITAL - ácido
nítrico em álcool etílico (solvente). Assim, 100 ml de NITAL a 3% é uma solução preparada com 97 ml
de alcóol etílico + 3 ml de ácido nítrico concentrado.
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Na revelação das microestruturas de ligas de cobre, por exemplo latões, é comum usar-se uma
solução de cloreto de ferro III, constituída por 5g de cloreto de ferro II + 30 ml de ácido clorídrico
concentrado + 100 ml de água destilada.
3. Registo do trabalho
Para registo da execução, observações e resultados deste trabalho pode ser usado o layout
disponibilizado no moodle com a designação “TL2 – Preparação de superfícies e análise de
microestruturas”.
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