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Relatório Polímeros
Luciane Calabria
19 de outubro de 2021
1. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo identificar e caracterizar diferentes tipos de polímeros, por
métodos físico-químicos. A caracterização ou diferenciação de um material polimérico é de extrema
importância para as indústrias, no momento da escolha do material para uma determinada aplicação
conhecer os diferentes tipos e saber diferenciar um do outro é parte determinante na elaboração de
projetos. Com isso métodos simples de identificação que podem ser realizados nas próprias empresas
sem a aquisição de equipamentos caros se tornam fundamentais.
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
A identificação de um polímero pode ser feita através da utilização de vários métodos e da
observação de vários aspectos do material. Geralmente, mais de um método pode ser necessário, visto
que muitos dos polímeros apresentam características semelhantes entre si. As formas mais simples e
comumente utilizadas de identificação de polímeros, serão apresentadas a seguir.
De acordo com a imagem acima, o Polietileno Tereftalato (PET) é identificado pelo número 1,
o Polietileno de Alta Densidade (PEAD) pelo 2, o Policloreto de Vinila (PVC) pelo 3, o Polietileno
de Baixa Densidade (PEBD) pelo 4, o Polipropileno (PP) pelo 5, o Poliestireno (PS) pelo 6 e os
demais polímeros pelo número 7.
2.2 Ensaios
Outro método bastante utilizado é o de ensaios em laboratório, com isso métodos simples de
identificação que podem ser realizados nas próprias empresas sem a aquisição de equipamentos
caros se tornam fundamentais. São eles:
Pirólise - é o processo onde a matéria orgânica é decomposta após ser submetida a condições de altas
temperaturas e ambiente desprovido de oxigênio. Apesar de sua definição esclarecer a necessidade
da inexistência de oxigênio, vários processos ocorrem com uma pequena quantidade dele. O processo
é endotérmico, logo é necessário que exista bastante fornecimento externo de calor para acontecer o
êxito da reação.
Fusibilidade - é a facilidade com que um material derrete. Qualidade daquilo que se funde. É a
propriedade que alguns materiais apresentam de passagem do estado sólido ao líquido por ação do
calor.
Solubilidade - é a aptidão que um corpo ou matéria tem de se dissolver, ou não, em determinado tipo
de líquido. Ela também é conhecida como coeficiente de solubilidade e definida como a habilidade
que determinado soluto tem de se dissolver em um solvente.
Identificação de cloro - É um teste rápido para a identificação de halogênios no polímero,
principalmente a presença de cloro. Consiste no aquecimento de um fio de cobre até que este se torne
“rubro”, tocando imediatamente o material a ser analisado com o fio de cobre e levando novamente
à chama do Bico de Bunsen. A formação de uma chama verde, mesmo que momentânea, indicará a
presença de cloro (principalmente) ou outros halogênios. Ex: PVC, PVDC, etc.
Determinação da densidade - A densidade pode ser determinada por meio do cálculo direto a partir
do volume da amostra e de sua massa. Contudo, em geral não é possível determinar a massa com
exatidão. Nesses casos, utiliza-se o método de Archimedes, onde o corpo de prova suspenso por um
fio é pesado ao ser imerso em um recipiente com um líquido de densidade inferior a esse. Outro
processo bastante útil é utilizar líquidos de densidade conhecida e distinta para realizar o teste de
flotação. A densidade pode ser obtida com precisão por meio da determinação da massa do polímero
em ar e imerso em um líquido como, por exemplo, água ou etanol anidro. Esse método é o método
de Archimedes, cujo enunciado do princípio é: Um objeto imerso em água é empurrado para flutuar
com uma força igual ao peso da água que ele desloca.
Determinação do anel aromático – Anéis aromáticos ou arenos são compostos orgânicos cíclicos e
planares que possuem ligações duplas alternadas, que pelo fenômeno de ressonância formam nuvens
de elétrons pi deslocalizadas. Os anéis aromáticos podem ser homocíclicos (somente carbono) ou
heterocíclicos (possui um heteroátomo). A quantidade de átomos no anel também pode variar, sendo
considerado aromático anéis que, além de possuir todas as características necessárias, tenham a partir
de 4 átomos no ciclo.
Identificação de nitrogênio na estrutura - O óxido de cálcio retém os vapores ácidos, deixando
inalterados os vapores básicos e neutros. A amônia (NH3) é revelada pela mudança para azul da
coloração rosa do papel tornassol, e indica a presença de nitrogênio na amostra.
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação
3. DESCRIÇÃO DA ATIVIDADE
Em aula prática da disciplina de Materiais Mecânicos II ministrada em laboratório, realizou-
se o experimento do ensaio para identificação de polímeros, onde, conseguimos aplicar a teoria
aprendida em aula.
Para elaboração da atividade, utilizamos alguns materiais disponibilizados e descritos abaixo.
3.1 Material
Para realização dos ensaios, fez-se o uso dos seguintes materiais:
Pirólise:
Fragmentos de polímeros
Tubo de Ensaio
Pinça de madeira
Papel tornassol azul
Vela
Fusibilidade:
Fragmentos de polímeros
Espátula
Vela
Solubilidade:
Fragmentos de polímeros
Tubo de ensaio
Água, metanol, acetona, heptano, acetato de etila, clorofórmio, benzeno e tetra-hidrofurano.
Determinação da Densidade:
Fragmentos de polímeros
Becker
Água
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1- Pirolise:
Com uma o auxílio de uma espátula, colocamos fragmentos do polímero em um tubo de
ensaio. Fixamos à boca do tubo algumas tiras de papel tornassol azul úmidos, afim de restringir
completamente a passagem dos vapores do tubo, verificando se o papel apresentaria uma coloração
rosada após o aquecimento progressivo do tubo, indicando vapores ácidos.
2- Fusibilidade:
Com uma o auxílio de uma espátula, levamos uma parcela de fragmentos do polímero à chama
gradualmente, verificando se o polímero se fundiu ou carbonizou, informando se o mesmo é um
polímero termoplástico ou termofixo.
3- Solubilidade:
Para o ensaio de solubilidade, reservamos e numeramos de 1 a 7 os tubos de ensaio que
receberiam uma mesma quantidade de fragmentos do polímero. Em cada um deles adicionamos
respectivamente uma quantidade aproximada de 2-5 mL de água, metanol, acetona, heptano, acetato
de etila, clorofórmio e tetra-hidrofurano.
Sem aquece-los, foi iniciado um cronômetro regressivo de 30 minutos enquanto as amostras
eram observadas.
Foram constatados os seguintes resultados:
- Água: Insolúvel;
- Metanol: Insolúvel;
- Acetona: Solúvel;
- Heptano: Insolúvel;
- Acetato de Etila: Solúvel;
- Clorofórmio: Solúvel (gelificou);
- Tetra-hidrofurano: Solúvel;
5- Determinação da densidade:
Para a determinação da densidade foi adicionado a um becker 30mL de água e 2g de
fragmentos do polímero.
Sabendo que a densidade é igual à massa do material dividida pelo volume de água deslocado,
podemos calcular a densidade na seguinte equação:
𝑚
𝜕=
𝑉
2,008𝑔
𝜕=
2𝑐𝑚³
𝜕 ≅ 1,008𝑔/𝑐𝑚³
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6. CONCLUSÃO
A identificação dos materiais poliméricos mais amplamente utilizados pode ser feita através
de diversos métodos simples, rápidos e de baixo custo. Embora vários dos materiais poliméricos
possuam características semelhantes quando submetidos aos testes mencionados neste trabalho,
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7. RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
https://www.infoescola.com/reacoes-quimicas. Acesso em: 16 de outubro de 2021.
https://www.educamaisbrasil.com.br. Acesso em: 16 de outubro de 2021.
MARQUES, Luísa. O que são polímeros?. Disponível em:
http://www.videos.uevora.pt/oquesaopolimeros.pdf. Acesso em: 16 de outubro 2021.
MANO, E. B.; MENDES, L.; Identificação de plásticos, borrachas e fibras; 2ª edição. São Paulo;
Edgard Blücher, 2010.
https://www.dagol.com/portfolio-item/poliestireno-alto-impacto-hips/#toggle-id-2. Acessado em : 17 de
outubro de 2021.
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação
Relatório Termoformagem
Luciane Calabria
19 de outubro de 2021
1. OBJETIVO
A busca pela melhor utilização e fabricação de moldes plásticos é notória. Tendo isso em
vista, este respectivo trabalho busca além de explicitar a utilização do processo de termoformagem
na prática, como também alguns pontos que podem ser otimizados na sua utilização, sabendo que a
forma geométrica do objeto utilizado tem tamanha importância para o resultado final do produto.
2. INTRODUÇÃO TEÓRICA
Moldes plásticos são constantemente utilizados na indústria atualmente. Tendo isso em mente,
diversos processos são aplicados para a fabricação de moldes, sendo a termoformagem um deles. Ela,
por ter um custo relativamente baixo se comparado a outros processos, acaba se destacando por sua
versatilidade.
3. DESENVOLVIMENTO
Sabendo que a utilização do processo de termoformagem pode ter uma alta produtividade
quando aplicada de forma correta, busca-se identificar pontos a serem aperfeiçoados neste
experimento, indicando pontos que houveram incongruência na formação do molde.
Através deste experimento será definido os melhores parâmetros para o processo, tal como
temperatura para moldagem do polímero e pontos importantes para o projeto do modelo.
A termoformagem, como mencionado anteriormente, se destaca por sua versatilidade, por
meio dela se faz possível produzir peças complexas com uma alta escala industrial. Ela pode ser
caracterizada, conforme Rocha e Serta (2012) por um processo de fabricação de peças com polímeros
termoplásticos, sendo assim, plásticos que após serem submetidos à altas temperaturas podem ser
moldados de forma a se manter nesse estado após seu resfriamento. Por ser um processo de baixa
pressão, pode-se utilizar diversos tipos de matérias para a fabricação do molde, como resina, fibra de
vidro, metais e, conforme utilizado nesse experimento, madeira.
As etapas para a geração de um molde termoplástico se baseiam em: fixação da chapa,
aquecimento, moldagem, resfriamento e extração. O processo de fixação da chapa pode ser definido
por sua espessura, sendo chapas com espessuras inferiores a 1,5mm classificadas como finas enquanto
chapas com espessura até 3,0mm são classificadas como grossas.
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4. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
O procedimento experimental realizado em laboratório teve por base a utilização do processo
de termoformagem em um equipamento Vacuum forming (anexo 1), o modelo a ser desenvolvido
nesse sistema foi construído em madeira, o qual escolhemos o formato de um barco, unindo três peças
de forma bem simples (anexo 2). Esse modelo teve que ser desenhado na madeira e posteriormente
cortado em três partes em uma serra fita, numa segunda etapa foi adicionado um acabamento em lixas
manuais e automatizadas em cada uma das partes cortadas para adicionar ângulos ao formato final do
modelo. Os ângulos no modelo têm por objetivo dar uma melhor conformação do polímero sobre o
molde de madeira quando submetido ao processo de termoformagem.
Após realizado o desenvolvimento do modelo em madeira , adicionamos o mesmo no
equipamento de Vacuum forming (anexo 3), com o polímero posicionado acima do modelo em
madeira (anexo 4), o processo de termoformagem se inicia aquecendo rapidamente o material a ser
moldado até uma temperatura definida entre 200 à 270°C, o sistema de vácuo é iniciado
simultaneamente ao aquecimento do polímero que realiza a moldagem do polímero sobre o molde de
madeira (anexo 5), dando a característica da peça definida no projeto inicial. Isso tudo ocorre de
forma muito rápida e eficaz.
5. CONCLUSÃO
Concluímos que o processo de termoformagem é muito eficaz para peças com formatos
maiores e sem cantos vivos, pois para se obter um produto de qualidade através desse método é
necessário um projeto adequado com graus de extração, furações para melhor atuação do sistema de
vácuo, dentre outras especificações.
A produção pode ser de forma simplificada e com grande utilização para alta produtividade de peças,
sempre levando em consideração como fator principal o projeto do modelo de acordo com que atenda
os parâmetros para uma melhor moldagem neste tipo de processo por termoformagem.
Área de Tecnologia e Inovação – Experimentação
6. ANEXOS
7. RFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
SERTA, Gabriel Villela; ROCHA, Juliano dos Santos. Termoformadora a vácuo
automatizada. 2012. 135 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) – Universidade
Tecnológica Federal do Paraná, Curitiba, 2012;
LEITE, Wanderson de Oliveira. Modelagem e otimização de desvios em peças
termoformadas a vácuo utilizando modelos de regressão múltipla e redes neurais
artificiais. 2015. Tese (doutorado) - Universidade Federal de Minas Gerais, 2015.