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1. JUSTIFICATIVA
Verifica-se que durante os últimos anos, muitos profissionais docentes têm optado pela
qualificação e formação profissional, na tentativa de acompanhar o que prevê a Lei de
Diretrizes e Basesda Educação, número 9394/96, sobre a formação profissional. Assegurado
pela lei, os educadores têm caminhado na busca pela própria formação, fazendo cursos de
pós-graduação, participando de palestras e entre outros. Mas, de que forma isto resulta em
mudança?
Esta postura, por si só, já é suficientemente instigadora e desafiadora para alavancar uma
formação continuada que possibilite de fato, uma reflexão da prática com efeitos direto no
exercício da ação docente. Compreende-se que tais mudanças não ocorrem somente pela
incorporação de novos paradigmas de comportamentos da sociedade, mas é necessário,
sobretudo, investigar suas motivações.
2. PROBLEMATIZAÇÃO
3. OBJETIVO GERAL
4. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Outra característica básica da docência está ligada à inovação quando rompe com a forma
conservadora de ensinar, aprender, pesquisar e avaliar, reconfigura saberes procurando
superar as dicotomias entre conhecimento cientifico e senso comum, ciência e cultura,
educação e trabalho, teoria e prática e etc. ( VEIGA, 2008, p 14)
PIMENTA (2005) afirma que o saber docente não é formado apenas da prática, sendo também
nutrido pelas teorias da educação, pois dota os sujeitos de variados pontos de vista para uma
ação contextualizada, e recontextualizada oferecendo perspectivas de análise para que os
professores compreendam os diversos contextos vivenciados por eles no exercício da
profissão.
O desejo de ser um profissional cada vez, mas competente, e a própria dinâmica do mercado
de trabalho, levou o educador a buscar a sua própria formação. A auto-formação é um passo
importante para qualquer profissional, onde o próprio docente busca sua qualificação, remete-
se a aprender e a estudar para poder exercer melhor a pratica educativa. Nesta fase ocorre o
período de transição entre o modelo aprendido e as receitas mais pragmáticas que envolvem o
ambiente profissional:
O profissional mede a distância entre o que imaginava e o que está vivenciando, sem saber
ainda que este desvio é normal, não tem relação com sua incompetência, nem com sua
fragilidade pessoal, mas que está ligada à diferença que há entre a prática autônoma e tudo o
que já conhecia. (PERRENOUD, 2002, p.18-19)
PERRENOUD (2002) salienta que para formar um profissional reflexivo é preciso acima de tudo
formar um profissional capaz de dominar sua própria evolução, construindo competências e
saberes mais ou menos profundos a partir de suas aquisições e de suas experiências. Nesta
perspectiva de proporcionar o desenvolvimento de competências reflexivas, de ressignificação
dos discursos e dos sabres, a auto- formação continuada apresenta-se como sendo uma
condição imprescindível para o desenvolvimento da retextualização dos saberes adquiridos
durante a formação inicial, mas também representa-se como um espaço de construção e
reconstrução de novos conhecimentos e práticas pedagógicas, implicando em alterações na
organização , nos conteúdos, nas estratégias, recursos, refletindo-se positivamente nas
relações sociais estabelecidas entre equipes pedagógicas, docentes e alunos.
Os saberes profissionais são, pois, saberes da ação. Essa hipótese reforça a idéia de que os
saberes profissionais são trabalhados e reconfigurados no contexto do próprio trabalho. Ou
seja, é sobre as situações dilemáticas ou de conflitos que se remodelam os saberes com vistas
ás respostas impostas no cotidiano.( D´ÁVILA, SONNEVILLE , 2008, p 23).
O docente em busca de uma formação e de novos saberes para a sua profissão, busca
conhecer novas teorias, e este processo faz parte da construção profissional, mas não bastam,
se estas não possibilitam ao professor relacioná-las com seu conhecimento prático construído
no seu dia-a-dia, e possibilite uma reflexão da prática educativa (NÓVOA, 2002; PERRENOUD,
2000). Não faz mais sentido o profissional pensar que, ao terminar sua formação escolar,
estará acabado e pronto para atuar na sua profissão. No processo de formação vivenciamos e
trocamos experiências que vão colaborar para a nossa mediação na educação, como enfatiza
FREIRE
Não posso entender os homens e as mulheres, a não ser mais do que simplesmente vivendo,
histórico, cultural e socialmente existindo como seres fazedores dos seu caminho que, ao fazê-
lo, se expõem ou se entregam aos ´caminhos` que estão fazendo e que assim os refazem
também”. (FREIRE, 1999, p. 97)
5. METODOLOGIA
Após a coleta dos dados, os mesmos serão classificados de forma sistemática através de
seleção (exame minucioso dos dados), codificação (técnica operacional de categorização) e
tabulação (disposição dos dados de forma a verificar as inter-relações). Esta classificação
possibilita maior clareza e organização na última etapa desta pesquisa, que é a elaboração do
texto da dissertação.
7. REFERÊNCIAS
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BERMAN, M. Tudo que é Sólido Desmancha no Ar. A Aventura da Modernidade. 15 ed. São
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Rio de Janeiro, Edições Graal, 5ª Edição, 1984.
D'Ávila, Cristina ; VEIGA, Ilma Passos . Profissão docente: novos sentidos, novas perspectivas.
Campinas: Papirus, 2008.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 12 ed. São
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MORAIS, Regis (org.). Sala de Aula: Que espaço é esse? Campinas, SP: Papirus, 1986.
SILVA, Tomáz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. 2.
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VEIGA, Ilma Passos Alencastro. Formação de Professores: Políticas e Debates. São Paulo:
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