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AULAS 1&2 CADEIRA: TELP 1º ANO

UNIDADE TEMÁTICA I: TEXTOS ESCRITOS DE ORGANIZAÇÃO E


PESQUISA DE DADOS
TEMA: Tomada de Notas
- Técnicas de economia textual
OBJECTIVOS:
- Compreender a natureza e a funcionalidade da operação;
- Seleccionar a informação mais importante do que ouve ou lê;
- Conhecer as técnicas que facilitam a tomada de notas.

I. A tomada de notas: o que é?


 Aquisição de informação realmente importante;
 Selecção de informação;
 Material de trabalho exclusivamente pessoal;
 Técnica útil para quem vê/ ouve para estudar.

II. Finalidade/ motivação


 Resumir, sintetizar o conteúdo de uma conferência, de um colóquio, de um
programa de rádio ou de televisão, de uma aula, de um texto.
 A tomada de apontamentos durante as aulas ajuda a manter a atenção e
concentração, e ajuda a compreender, e ajuda a compreender melhor e
memorizar mais facilmente.

III. Apresentação
 Caligrafia clara
 Margens para permitir anotações
 Títulos destacados por maiúsculas ou sublinhado

IV. Modos de tomar notas


1) Pequenos resumos, através de frases completas: este método implica uma
escrita mais rápida.
2) Palavras-chave: através de palavras ou expressões mais significativas;
referência a factos ou ideias de forma esquemática, usando-se setas e sinais para
mostrar os nexos – mais sintético mas implica a necessidade de reelaboração
para não esquecer os sentidos, sendo assim necessário deixar espaço para
posteriores.
3) Mapas: as anotações são organizadas num mapa onde constam frases
esquemáticas e palavras-chave. Mostra graficamente as correspondências e as
hierarquias entre as palavras.

V. A tomada de notas durante a leitura: fases


1) Leitura e compreensão do texto;
2) Leitura do texto por partes e registo por palavras próprias do mais importante,
de forma sintética: marcar a lápis, nas margens, títulos pessoais para identificar
as partes mais importantes, os objectivos, enumerações, conclusões, definições,
conceitos… - as notas podem gerar um esquema, um resumo, uma paráfrase…
3) Leitura e reformulação dos apontamentos e melhoramento: ligação entre as
ideias, as frase, as palavras-chave (esquema).
4) Releitura e avaliação dos apontamentos.

VI. A tomada de notas na aula

1) Durante a aula: Não tentar reproduzir tudo, na íntegra!


 Ouvir atentamente: auxílio das pistas com o tom de voz, palavras/ frases que
chamam a atenção (“Atenção!, “Isto é importante”, “Lembrem-se disto!”…),
repetições de ideias, tempo dedicado ao assunto, registos no quadro, assuntos
que surgem no sumário…
 Compreender a matéria;
 Anotar as ideias-chave de forma sucinta e esquemática, através de notas breves
(usar abreviaturas);
 Tomar nota dos registos no quadro;
 Escrever por palavras próprias, excepto as citações e definições;
 Se perder uma ideia, deixar espaço em branco e depois perguntar ao professor ou
a um colega;
 Destacar as ideias principais;
 Deixar espaço, uma margem por exemplo, para complementar depois, através de
anotações.
2) Depois da aula: necessidade de rever os apontamentos no próprio dia para
lembrar e melhorar as notas.
 Verificação da indicação da data e do sumário;
 Releitura dos apontamentos para verificar se são compreendidos e os
complementar com a ajuda de bibliografia ou da memória – passá-los a limpo
para melhor a sua apresentação ou sublinhá-lo e completá-los;
 Colocar títulos, subtítulos, fazer esquemas;
 Utilizar cores diferentes para destacar ideias principais e secundárias.
AULAS 3&4 CADEIRA: TELP 1º ANO
UNIDADE TEMÁTICA I: TEXTOS ESCRITOS DE ORGANIZAÇÃO E
PESQUISA DE DADOS
TEMA: Resumo
OBJECTIVOS:
- Conhecer as características do resumo;
- Saber os passos a seguir para resumir um texto;
- Aplicar as fases preliminares do resumo.

I. O que é RESUMIR?
 Extrair o sentido global do texto, mantendo a sua integridade;
 Eliminar os detalhes supérfluos;
 Reduzir um texto às suas partes mais importantes, usando palavras claras e
precisas;
 Condensar as ideias principais;
 Criar um novo escrito mais sucinto, só com as informações mais importantes.

II. Características de um bom resumo


 Fidelidade e neutralidade;
 Brevidade – só contém as ideias principais;
 Rigor e clareza: respeito pelo sentido, a estrutura e o tipo de enunciação do texto
original – reflecte de forma precisa o conteúdo do texto original, o pensamento
do autor;
 Mantém a coerência do texto original;
 Não usa discurso directo, citações…
 Mantém os tempos verbais e as pessoas;
 Linguagem própria: o texto é redigido por palavras próprias;
 Um quarto do texto original.

III. Defeitos a evitar


 Imitação, plágio, colagem de frases do texto de partida;
 Intromissões pessoais: comentários, apreciações, ideias novas;
 Ausência de conexões lógicas;
 Desproporção.

IV. Processo de execução do resumo


1) A leitura e compreensão do texto:
a) Leitura atenta para a compreensão do conteúdo;
b) Segunda leitura – identificação das ideias principais: sublinhar as ideias
principais, as palavras-chave, captar o nexo lógico/ cronológico das ideias ( a
relação entre as ideias: causa. Consequência…) e a progressão das ideias;
identificar as partes do texto; anotar na margem a informação essencial de cada
parágrafo.
2) Construção de um novo texto: redacção do resumo
a) Selecção: seleccionar as ideias/ factos essenciais que farão parte do resumo;
b) Supressão: apagamento da informação secundária (repetições, fórmulas de
ênfase, interjeições, citações, exemplos…)
c) Generalização: Substituição dos fragmentos por frases mais económicas ou por
elementos gerais que incluem os referidos no texto para evitar a repetição de
ideias.
Exemplo: Em cima da mesa, estavam muitas garrafas de Coca-cola, Spraite, Sparleta,
Fanta, Água tónica. – A mesa estava cheia de refrescos.
d) Manutenção do nexo entre as ideias, da ordem dos factos do texto original –
articular as frases em parágrafos através de conectores.
3) Leitura do resumo: avaliação e correcção
a) Verificação da extracção do sentido global, da articulação das ideias;
b) Releitura do resumo final: pontuação, ortografia, sintaxe, estilo…

V. Resumo: A Norma NBR 6028


A Norma NBR 6028, da Associação Brasileira de Normas Técnicas, define resumo
como “apresentação concisa dos pontos relevantes de um texto”. Uma apresentação
sucinta, compacta, dos pontos mais importantes de um texto.
Na elaboração do resumo deve-se ter em conta:
- o assunto do texto;
- o objectivo do texto;
- a articulação das ideias;
- as conclusões do autor do texto objecto do resumo.
Formalmente, o redactor do resumo deve atentar para alguns procedimentos:
- ser redigido em linguagem objectiva;
- evitar a repetição de frases inteiras do original;
- repetir a ordem em que as ideias ou factos são apresentados.
Finalmente, o resumo:
- não deve apresentar juízo valorativo ou crítico (que pertencem a outro tipo de texto, a
resenha);
- deve ser compreensível por si mesmo, isto é, dispensar consulta ao original.

VII. Tipos de Resumo: Norma da ABNT


- Resumo indicativo: caracteriza-se como sumário narrativo que elimina dados
qualitativos e quantitativos, mas não dispensa a leitura do original. È conhecido também
como descritivo. Refere-se às partes mais importantes do texto.
- Resumo informativo: também conhecido como analítico. Pode dispensar a leitura do
texto original. Deve salientar objectivo da obra, métodos e técnicas empregados,
resultados e conclusões. Evitem-se comentários pessoais e juízos de valor.
- Resumo informativo/ indicativo: combina os dois tipos anteriores. Pode dispensar a
leitura do texto original quanto às conclusões, mas não quanto aos demais aspectos
tratados.
- Resumo crítico: também denominado recensão ou resenha, é redigido por especialistas
e compreende análise e interpretação de um texto. É objecto de um capítulo deste livro.
AULAS 5&6 CADEIRA: TELP 1º ANO
UNIDADE TEMÁTICA I: TEXTOS ESCRITOS DE ORGANIZAÇÃO E
PESQUISA DE DADOS
TEMA: Nominalização: tipos e funções
OBJECTIVOS:
- Exercitar a nominalização como técnica de economia textual
I. Nominalização – conceito
Nominalização é a transformação de uma frase em sintagma nominal (SN). Em
determinados contextos, o sintagma tem valor frásico.
Exemplos:
1. A Filomena partiu. Os pais ficaram cheios de saudades.
R.: A partida da Filomena deixou os pais com saudades.
II. Tipos de Nominalização
1) Nominalização de base verbal
Ex.: O João sorriu.
R.: O sorriso do João…
2) Nominalização de base adjectival
Ex.: O João está feliz!
R.: A felicidade do João…
Feita a nominalização, o sintagma obtido pode desempenhar, na frase, qualquer função
própria do nome: sujeito, predicativo, complemento directo, aposto, etc.
AULAS 7&8 CADEIRA: TELP 1º ANO
UNIDADE TEMÁTICA II: TEXTOS ORAIS OU ESCRITOS DE NATUREZA
DIDÁCTICA OU CIENTÍFICA
- Texto Expositivo - explicativo e Texto Expositivo - argumentativo
TEMA: Análise comparativa de texto Expositivo - explicativo e texto expositivo -
argumentativo
OBJECTIVOS:
- Analisar comparativamente textos expositivo – explicativo e expositivo -
argumentativo
I. Estudo comparativo de texto expositivo – explicativo e argumentativo
TEXTO EXPOSITIVO-EXPLICATIVO TEXTO EXPOSITIVO-ARGUMENTATIVO
Apresentação de uma informação sobre o Apresentação de argumentos ou conjunto de
tema, uma situação, um problema a fim de razões a favor ou contra uma opinião ou tese;
permitir a aquisição de um conhecimento geral Desenvolvimento e justificação de um ponto de
por parte dos destinatários. vista.

Organização textual: Organização textual:


a) Momento de questionar (introdução) – a) Exposição da tese, que tem por objecto a
delimitação do tema através da designação, formulação das ideias que vamos defender (faz-
denominação, definição ou composição dos se o enquadramento da tese);
termos ou elementos; b) Conjunto argumentativo, que tem como
b) Momento de resolução (desenvolvimento) – finalidade apresentar os motivos em que se
apresentação de dados de forma sistemática, fundamenta a tese; apresentação de dados que
interligando-os. suportam tese (argumentação);
c) Momento de conclusão – apresenta-se sob a c) A conclusão – uma síntese de todo o conjunto
forma de apelo, persuasão ou recomendação a de argumentos apresentados.
ser observada pelos interessados, modificando
a sua atitude inicial. Formas discursivas de apoio a argumentação:
a) Fórmulas introdutivas: comecemos por…; o
Características linguísticas: primeiro aspecto dirá respeito a…; é necessário
Existem três categorias de enunciados que se primeiro lembrar que…
apresentam neste tipo de textos: b) Transições: passemos à presença de…;
a) Enunciados expositivo – que se consideremos o caso de…; antes de passar a …é
caracterizam pela ausência de marcas
gramaticais da primeira e segunda pessoas, preciso notar que…;
cuja intenção é não fazer transparecer a c) Fórmulas conclusivas: por consequência…;
presença do sujeito enunciador; pelo uso do por isso…; em suma…; pode-se concluir
presente e do pretérito perfeito do indicativo e dizendo que…;
pelo recurso a forma passiva. d) Enumeração: em primeiro lugar, segundo,
b) Enunciados explicativos – os que são etc.; antes de tudo…; em seguida…; por outro
caracterizados pela recorrência a construções lado…
de detalhe, visando facilitar a compreensão do e) Expressões de reserva: todavia; mas; contudo;
fenómeno ou do estado de coisas recorrendo, no entanto;
por isso, a comparações e reformulações f) Fórmulas de insistência: não só…mas
parafrásticas como (à semelhança de…; tal também…; mesmo…; com maior razão…;
como…; isto é…; quer dizer…; ou seja…). g) Inserção de um exemplo: consideremos o caso
São igualmente caracterizados pelo uso de de…; o exemplo de…confirma que…; o caso
asserções afirmativas ou negativas. seguinte pode ilustrar…; tal é o caso de…;
c) Enunciados “baliza” – permitem que o
enunciador comente o desenrolar dos Processos de argumentação:
acontecimentos. São caracterizados pelo uso - o deliberativo, no qual se tenta aconselhar ou
dos pronomes (nós…se…); por fórmulas do levar alguém a decidir-se sobre um determinado
imperativo (observemos…! Analisemos…!); comportamento;
por verbos do futuro (começaremos por…); - o judiciário, em que se trata de acusar ou
pelo uso de deícticos temporais (primeiro…; defender, julgando um acto ou uma pessoa;
segundo…; agora…; finalmente…). - o epidíctico, em que se louva ou reprova, em
que se faz um elogio ou se censura.
Características Gerais: Características Gerais:
- Título e subtítulo; Para elaborar um texto argumentativo coerente é
- Sublinhados, itálicos, “bold” e tipos de grafia necessário:
diferentes; - Saber justificar uma ideia, opinião, ponto de
- Fotos, esquemas, gráficos; vista e saber formular objecções a essa ideia,
- Nominalizações, reformulações; opinião ou ponto de vista;
- Estruturas sintácticas correctas; - Defender algo (um livro, um filme, etc.) ou
- Vocabulário preciso, adequado; acusá-lo;
- Uso de estruturas impessoais (com o - Formular uma hipótese, pondo-a depois em
desaparecimento de “alguém, diz, afirma.”) dúvida para propor outra;
- Ausência de juízos de valor apreciativos; - Relatar, criticando, as teses do adversário.
- Presença de fórmulas de possibilidade,
incerteza…)

NOTAS:
1. A conclusão poderá nem sempre existir num texto expositivo – explicativo. Quando
ela existir, deve decorrer apenas do que ficou exposto. Frequentemente, a conclusão é
uma síntese das ideias principais desenvolvidas.
2. A conclusão pode anteceder-se ao desenvolvimento. Neste caso, o desenvolvimento
consistirá na apresentação de dados que legitimarão o conteúdo da proposição expressa
na conclusão.
Exemplos:
Introdução
“A superioridade do homem no meio de toda a criatura em tudo e em todos de
patenteia.”
Desenvolvimento
1. Consistirá em mostrar que a perfeição com que as abelhas fazem a colmeia não fruto
da razão (do raciocínio).
2. Mostrar que o que os restantes seres fazem “perfeitamente”, fazem por intuição, que
não há diferença entre o que fazem (no presente) e o que fizeram os seus antepassados;
que as futuras gerações também farão tudo do mesmo modo.

EXERCÍCIOS
1. Faça introduções para os temas A, B, C, D e E (delimite o tema, fornece os seus
antecedentes, apresente o estado de questão).
A. Os jovens e a moda/ Os jovens e a droga/ Os jovens e o desemprego/ Os jovens e a
marginalidade
B. O casamento em Moçambique nos últimos 30 anos
C. O custo de vida nas principais cidades moçambicanas
D. O aborto: sim ou não
E. A escola e a sociedade em Nampula
AULAS 9&10 CADEIRA: TELP 1º ANO
TEMA: As fichas de Trabalho – Fichas Bibliográficas e Fichas de Leitura
OBJECTIVOS:
- Distinguir as diferentes modalidades de Fichas de Trabalho;
- Conhecer o contexto de uso de cada uma delas;
- Produzir fichas de trabalho.

I. Fichas Bibliográficas
O conteúdo das fichas bibliográficas:
 Apelido do autor (em letras maiúsculas);
 Nome;
 Título da obra (sublinhado, se a ficha for manuscrita; itálico se a computador);
 Subtítulo;
 Local de edição;
 Ano da edição;
 Número da edição;
 Nº do volume;
 Indicação das páginas.
NB: Pode-se colocar o nome do tradutor.
Exemplo:
CUNHA, Celso e CINTRA, Lindley (1999). Nova Gramática do Português
Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa, 15ª ed.

II. Fichas de Leitura: tipos


1) Analítica
Análise sumária da obra ou do artigo, com referência aos seguintes aspectos: campo de
saber abordado, problemas tratados, conclusões tecidas, contribuições especiais para o
tema, métodos utilizados (indutivo, dedutivo, dialéctico, histórico, comparativo),
recursos usados (tabelas, gráficos, quadros, mapas…).
Vantagens deste tipo: brevidade
2) De citação: reproduz frases consideradas relevantes.
AULAS 11&12 CADEIRA: TELP 1º ANO
TEMA: Expressão Oral e Escrita
OBJECTIVOS:
- Conhecer as especificidades da expressão oral e escrita.

I. A expressão oral e escrita: características


Expressão Oral Expressão Escrita
 A mensagem é captada  Tentativa de reproduzir o oral, mas
imediatamente; sem o recurso aos paralinguisticos
 Espontaneidade, naturalidade, próprios da oralidade;
expressividade;  Recepção da mensagem em
 Simultaneidade pensamento/ deferido – não é imediata;
produção linguística;  Estrutura complexa, planeada,
 Importância de elementos reformulada, corrigida;
extralinguísticos: prosódia,  Rigor lógico;
entoação, ritmo da fala, pausas,  Frases longas e cuidadas;
acentos de intensidade; gestos,  Uso da subordinação;
sorriso, expressão facial…  Uso da pontuação e outros sinais
 Frases curtas, com repetições, gráficos para reproduzir a entoação
frases inacabadas, contracção das oral e a emotividade do emissor;
palavras – fluidez;  Mais extensa;
 Predomínio da coordenação;  Necessidade de uma introdução/
 Menos extensa; descrição para introduzir os
 Transitória; referentes espaciais, temporais,
 Violação da gramaticalidade, gestos, emoções dos
carácter mais dinâmico. intervenientes…
 Requisitos: vasto vocabulário,
treino constante para obter
correcção e adequação entre as
ideias e as palavras;
 Definitiva;
 Predomínio da regra.

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