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Fatima Juma
Joana Adriana Cebo Juma
Otília Marcelino Afonso
Setia de Encarnação Suade
Sheerley I. D. Gabriel Mucuele
Univerdade Rovuma
Nampula
2022O
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Amina Mansur
Fatima Juma
Joana Adriana Cebo Juma
Otília Marcelino Afonso
Setia de Encarnação Suade
Sheerley I. D. Gabriel Mucuele
Univerdade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução....................................................................................................................................2
Pigmentos....................................................................................................................................4
Pigmentos em alimentos..............................................................................................................4
Clorofila........................................................................................................................................6
Processamento da clorofila........................................................................................................10
Betalaínas...................................................................................................................................12
Extração de betalaínas...............................................................................................................14
Biossíntese da betalaínas...........................................................................................................15
Actividades biológicas................................................................................................................16
Aplicações..................................................................................................................................17
Classificação da melanina...........................................................................................................20
Conclusão...................................................................................................................................21
Referencias Bibliografia..............................................................................................................22
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Introdução
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Pigmentos
Le couteur &burreson, (2006),. afirmam que tanto um como o outro são colorantes,
aditivos usados para conferir cor aos materiais. Bobbio, (1885), do ponto de vista
biológico, os pigmentos são compostos químicos que conferem cor a quase todo o tipo
de células dos seres vivos.
Taiz, (200), diz que a competência física que permite que esses compostos orgânicos
apresentem cor é a capacidade de absorver comprimentos de onda de luz visível bem
determinados. Segundo Solomons & fryhle, (2005), é importante não confundir a cor
absorvida pelas substâncias com a cor refletida por estas. Acor real de uma substância
colorida é exatamente aquela que ela não foi capaz de absorver.
Le couteur & Burreson, (2006), ela está envolvida na percepção das cores por meio da
visão, da variedade colorida de flores, vegetais, frutos e animais, na pigmentação da
nossa pele e nos casos em que as cores das espécies mudam, como no escurecimento de
frutas e nas folhas das plantas durante o outono. Também está presente em corantes
naturais de roupas, alimentos e em alguns líquidos, como o sangue e o vinho.
Pigmentos em alimentos
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Os pigmentos podem ainda ser classificados quanto sua estrutura química
principalmente em: compostos heterocíclicos com estrutura tetrapirrólica, compostos
com estrutura isoprenoide e compostos com estruturas flavonoides
De acordo com Barros (2010) os pigmentos dos alimentos auxiliam em diversas funções
do nosso organismo. O pigmento flavina dos alimentos brancos, por exemplo, pode
proteger o sistema imunológico reforçando suas defesas, favorecer a renovação celular e
colaborar na manutenção e formação dos ossos. O licopeno, presente nos alimentos
vermelhos ajuda a regular os batimentos cardíacos, são primordiais ao funcionamento
dos músculos e do sistema nervoso. Possuem efeito antioxidante atuando contra os
radicais livres, cooperam na regulação dos batimentos cardíacos, na prevenção do stress,
previnem contra o aparecimento de cânceres além de incitarem a circulação sanguínea.
O betacaroteno, um tipo de carotenoide e pigmento dos alimentos amarelados ou
alaranjados, promove a manutenção dos cabelos e dos tecidos, melhoram a visão
noturna, agem no metabolismo das gorduras. As antocianinas responsáveis pela cor
arroxeada ou azulada dos alimentos auxiliam na transformação de carboidratos e outros
nutrientes em energia. A clorofila dos alimentos verdes possui propriedades
anticancerígenas, efeito desintoxicante das células e poder de inibição dos radicais
livres. Alimentos marrons promovem o funcionamento regular do intestino e ajudam a
controlar o colesterol, diabetes, entre outros.
Clorofila
Schoefs, (2002), diz que clorofilas são moléculas formadas por complexos derivados da
porfirina, tendo como átomo central o Mg (magnésio). Esse composto é uma estrutura
macro cíclica assimétrica totalmente insaturada constituída por quatro anéis de pirrol.
Esses anéis numeram-se de l a 4 ou de “a” a “d”, de acordo com o sistema de
numeração de Fisher.
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Tanaka et al., (1998), a clorofila b é sintetizada através da oxidação do grupo metil da
clorofila a para um grupo aldeído. No entanto, muitos estudos têm sido realizados para
elucidar a biossíntese da clorofila b, mas as rotas para a formação da clorofila b ou das
proteínas envolvidas ainda não foram elucidadas. Xu et al., (2001). A clorofila b é
convertida em clorofila a através de uma enzima chamada clorofila a oxigenase, que
catalisa a conversão do grupo metil ao grupo aldeído.
Rüdiger, Schoch, (1988), quimicamente, a clorofila não é uma molécula isolada, mas
compreende uma família de substâncias semelhantes entre si, designadas de clorofila a
b, c e d. estruturalmente são moléculas complexas, pertencentes à classe das porfirinas,
formadas por 4 anéis pirrólicos e um quinto anel isocíclico, localizado ao lado do
terceiro anel pirrólico. Os anéis estão ligados entre si por pontes metilénicas e a
molécula contém um átomo de magnésio no seu interior, coordenado aos anéis. Gross,
(1991), no quarto anel pirrólico, o ácido propiônico ali existente é esterificado por um
álcool acíclico de cadeia longa, geralmente o fitol, conferindo à clorofila um caráter
hidrofóbico.
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fotoquímica, nas membranas dos tilacóides e a bioquímica, no estroma do cloroplasto.
Tais organelas, além das clorofilas, contêm outros pigmentos chamados acessórios,
como os carotenoides (carotenos e xantofilas). As ligações entre as moléculas de
clorofilas são muito frágeis (não-covalentes), suscetibilidade da planta à intensidade da
luz...
Hendry & Price, (1993) as clorofilas tendem a ser foto-oxidadas sob alta irradiação e,
devido aos carotenoides podem prevenir a foto-oxidação das clorofilas, a relação entre
as clorofilas e carotenoides pode ser usada como um indicador potencial de perdas foto-
oxidativas causadas por fortes irradiações.
Taiz & Zieger, (2004), o excesso de luz pode inibir a fotossíntese através de dois
processos: foto-inibição e foto oxidação. A foto-inibição envolve danos aos centros de
reação, especialmente FSII (fotosistema II), quando eles são superexcitados. No
Fotosistema II, ocorre perda da proteína (Dl) envolvida na transferência de elétrons
entre P680 (Centro de reação do FSII) e PQ (Plastoquinona). Esta proteína pode ser
recuperada posteriormente (processo reversível). A foto-oxidação é um processo
irreversível e envolve diretamente os pigmentos receptores de luz, os quais, ao
absorverem muita luz, ficam muito tempo excitados e interagem com o O2 produzindo
radicais livres, como superóxido (O2-), podendo destruir os pigmentos. Há algumas
defesas bioquímicas utilizadas pelas plantas, como a enzima superóxido dismutase
(SOD) que destrói os radicais livres. No entanto estas defesas são insuficientes se a
exposição à alta luminosidade é prolongada.
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e podem ser alterados ou destruídos facilmente, modificando a percepção e a qualidade
dos produtos. Em geral, as clorofilas são relativamente instáveis e sensíveis à luz,
aquecimento, oxigênio e a degradação química
Furtado,2004, este corante, quando 100% clorofila, não é estável. Devido a este motivo,
a clorofila sofre alteração na sua molécula, substituindo o átomo de magnésio por cobre,
originando a chamada clorofilina cúprica, a qual é estável e pode ser utilizada em
formulações hidro ou lipossolúveis. Mesmo assim, a clorofilina cúprica tem mercado
limitado no Brasil. Uma curiosidade, em relação a este corante, é ele não ser
considerado natural nos Estados Unidos, em razão da alteração da molécula).
Heaton et al., 1996, a degradação das clorofilas resulta na formação de cinco grupos de
compostos intermediários, com um deles julgando-se ser o produto final. A razão para
essa classificação em grupos maiores e não em compostos individuais é devido à
extremidade da cadeia da clorofila ser frequentemente substituída por grupos diferentes,
sendo, possivelmente, o resultado de fatores ambientais, como o pH e alterações
enzimáticas.
Pruzinská et al., 2003, a decomposição das clorofilas durante a senescência faz parte do
desenvolvimento da planta e conduz a acumulação de catabólitos incolores. A perda do
pigmento verde ocorre devido à quebra oxigenolítica do macrociclo porfirínico do
feoforbídeo seguido por uma redução na intensidade fluorescente do catabólito da
clorofila. Este é um processo que envolve a interação de duas enzimas, a “feoforbídeo a
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oxigenase” (PaO) e a enzima “redutase da via dependente da ferrodopina” (RCCR). A
atividade da PaO é encontrada somente durante a senescência e parece ser um regulador
chave do catabolismo das clorofilas.
Heaton & Marangoni, 1996, a etapa inicial da degradação das clorofilas em tecidos
senescentes é iniciada por fatores externos, como o estresse hídrico, luminosidade,
alterações térmicas, níveis aumentados de etileno ou a combinação destes fatores.
Martins & Milva, (2002), Devido às taxas que levam à reação de feofitinização serem,
geralmente, mais elevadas que outras vias de degradação da clorofila, elas são
consideradas o mecanismo mais importante de destruição de clorofila durante o
processamento de alimentos. Durante o armazenamento sob congelamento, as baixas
temperaturas aumentam a tendência de precipitação de proteínas dos alimentos por
provocarem a diminuição do pH, ampliando as taxas de reações de catálises ácidas,
como a feofitinização.
Processamento da clorofila
Barroso, 1998. Os pigmentos clorofilianos podem ser extraídos da planta recém colhida,
porém, o método mais usual é a extração após a secagem. Isso deve ser feito sob vácuo
a baixas temperaturas o mais rápido possível após a colheita, evitando sua exposição à
luz. A clorofila a apresenta uma cor azul- esverdeada em solução, enquanto a clorofila b
uma cor amarela esverdeada. Esta diferença pode ser quantificada por três métodos:
espectrofotometria, fluorimetria e cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE). A
fluorimetria é mais sensível do que a espectrofotometria e requer um menor volume de
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amostra, podendo ser utilizada para determinações in vivo. Von elbe, (2000), o método
por cromatografia é o mais preciso, mas não é adequado para análises de rotina A
atividade da clorofílase (enzima nativa) depende da presença de água, álcool, acetona e
calor, além de uma temperatura ótima (60-82°C), diminuindo em temperaturas
maiores(acima de 80°C, com a perda de atividade acima de 100°C)º. Faboya-00,1985,
em um processo de branqueamento de folhas, através de imersão na água em ebulição,
foi observada uma alta taxa de perda das clorofilas, no entanto essa taxa foi reduzida
quando o pH foi ajustado para 6.
(Cenkowski, Jayas, 1993; Gomes et al., 2003; Levadoux, et al., 19887; Minguez-
Mosquera et al., 1990; Tautorus, Low, 1993), as pesquisas relativas às actividades
antioxidante e quimiopreventiva da clorofila e de seus derivados tiveram impulso a
partir da década de 1980. Ao contrário do que está sendo proposto atualmente, em
relação à possível atividade antioxidante, tanto a clorofila, quanto a feofitina e o
feoforbídeo apresentam atividade pró-oxidante em óleos e gorduras comestíveis, com
evidente prejuízo sobre na qualidade do óleo. O conteúdo de clorofila e seus derivados é
um parâmetro de qualidade, devendo essas substâncias ser removidas durante o
processo de refino dos óleos para aumentar a estabilidade oxidativa dos mesmos. Os
resultados dessas pesquisas indicam que esses pigmentos promovem e catalisam a foto-
oxidação do óleo quando expostos à luz, devido às características fotossensibilizantes
do anel porfirina dessas moléculas, o que facilita a formação de oxigênio singlete,
dando início, assim, ao processo de autoxidação.
Para (Endo et al.,1984; Tautorus, Low, 1993; Usuki et al., 1984), o fato de a feofitina
demonstrar atividade pró-oxidante até superior à da clorofila revela que o magnésio,
apesar de ser considerado um catalisador do processo da autoxidação, não interfere na
velocidade da reação. Fato semelhante ocorre com o feoforbídeo, que não possui o fitol.
Acredita-se, portanto, que a atividade pró-oxidante esteja relacionada diretamente com o
anel porfirina e não dependa da estrutura lateral da molécula.
Endo et al., (1984, 1985), diante disso, e apesar da coerência dos resultados
apresentados até aqui, outros estudos mostram atividade antioxidante da clorofila e de
seus derivados sobre a oxidação de óleos, quando a incubação ocorre no escuro. O
mecanismo para explicar a atividade antioxidante ainda não foi elucidado, mas supõe-se
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que a molécula da clorofila ou de seus derivados atue como um sequestrador de radicais
livres, ou de radicais peroxila, inibindo o processo de autoxidação de óleos comestíveis.
Ainda não foi esclarecido até que ponto essa atividade antioxidante, verificada no
escuro, ocorreria com a clorofila existente em alimentos que não são mantidos
protegidos da ação da luz, uma vez que ela é molécula fotossensível.
Para Lai et al., (1980), foi estabelecida, também, correlação positiva entre a
concentração de clorofila em diversos extratos vegetais e a sua capacidade de inibir
mutações pelo teste clássico de Ames.
Betalaínas
Fazenda (1995), as betalaínas são pigmentos que apresentam uma coloração amarelo
alaranjado e/ou vermelho/violeta, encontrados num número limitado de espécies
vegetais da ordem Caryophyllales. Estes pigmentos encontram-se armazenados nos
vacúolos das células. São derivados do aminoácido tirosina, são solúveis em água e
relativamente estáveis em vários valores de pH.
Estes pigmentos não pertencem ao grupo dos alcaloides uma vez que são de natureza
ácida devido à presença de vários grupos carboxílicos.
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Mais de setenta betalaínas de ocorrência natural são bem conhecidas, e todas elas têm a
mesma estrutura básica (em que R1 e R2 podem ser hidrogénio ou um substituinte
aromático). Todavia, as betalaínas são divididas em dois grupos com diferenças
estruturais, as betacianinas (apresentando cor vermelho/violeta e com um máximo de
absorção de 535-538nm) que se ramificam em quatro grupos, betanina, gonfrerina,
amarantina e boungavilia; e as betaxantinas (de cor amarela). Dentro das betalaínas
conhecidas, existem cerca de cinquenta estruturas de betacianinas e vinte de
betaxantinas. A alteração dos grupos variáveis que constituem o pigmento (R1 e R2)
ocorre em função das diferentes fontes de onde podem ser obtidos esses pigmentos e,
consequentemente, determinam a sua tonalidade e estabilidade.
Na figura é possível observar as várias betaxantinas que têm como grupos variáveis (R)
um átomo de hidrogénio e um aminoácido ou uma amina. Adicionalmente estão
ilustradas duas betacianinas, a betanina e a isobetanina.
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tem uma mesma fração dihidropiridina, mas mostra conjugação com várias aminas e
aminoácidos. Às betas xantinas podem ligar-se com uma ampla gama de aminas, como
por exemplo a glutamina, e aminoácidos, como por exemplo a histidina.
As betalaínas podem ser encontradas em vários tecidos vegetais (folhas, caule, frutas,
flores, raízes e sementes), como também em determinados fungos tais como Amanita,
Hygrocybe e Hygrosporus, que absorvem radiação visível na faixa de 476-600 nm com
um máximo de 537 nm.A principal fonte de betanina como agente corante é a raiz da
beterraba vermelha (Beta vulgaris subsp. vulgaris).
17
armazenamento da mesma; estabilidade do pigmento diminui com o aumento da
temperatura)
Extração de betalaínas
Strack D., Vogt T., Schliemann W., (2003) A extração de betalaínas dos tecidos das
plantas de onde são originários ou de culturas de células é realizada utilizando como
solvente metanol/água, no entanto, a adição de ácido ascórbico (cerca de 50 mM) no
meio de extração é recomendada, levando a um pH ligeiramente ácido, que estabiliza as
betacianinas e inibe possíveis oxidações.
Existem outros métodos de extração, mas que são muito menos usados e que têm sido
estudados numa tentativa de encontrar processos mais rápidos, que permitam obter
maior rendimento e com menor risco de instabilidade do pigmento: campos elétricos
pulsados (PEP ou “pulse electric process”), em que são induzidos danos nos tecidos da
amostra ou permeabilização da mesma, resultando na libertação dos pigmentos;
microondas; microondas associado a tratamento enzimático; técnica aquosa de 2 fases;
γ-radiação; tratamento enzimático; entre outros.
Biossíntese da betalaínas
Polturak G., Aharoni A., (2018), afirmam que na biossíntese das betalaínas está
envolvido o aminoácido aromático proveniente da via do chiquimato, a tirosina, sendo
este hidroxilado formando o composto 3,4-dihidroxi-L-fenilalanina (L-dopa). Este
segundo composto é convertido em ácido betalâmico, a partir do qual são originadas
todas as betalaínas, numa reação iniciada pela enzima dopa-4,5-dioxigenase
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O ácido betalâmico pode também condensar com derivados de ciclo-dopa quando a L-
dopa é oxidada e ciclizada para ciclo-dopa, ou com aminoácidos ou aminas, originando
ambos os pigmentos de cor vermelho/violeta e amarelo e formando o precursor de
betacianina, betanidina.
Fi
gura – Betanidina glicosidada nas posições 5’O e 6’O: Molécula central – Betanidina glicosilada na posição 5’O
formando betanina; Molécula mais à direita – Betanidina glicosilada na posição 6’O formando gonferina
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Figura-Esquematização da biossíntese do pigmento betalaína e várias classes do mesmo (Adaptado de [34], tradução
da autora
Actividades biológicas
Segundo Khan M.I., (2016), os pigmentos naturais, tais como as betalaínas, além de
serem importantes corantes logo estimulantes visuais para o consumo de determinados
alimentos, também eles aportam propriedades particulares promotoras da saúde por
prevenirem e auxiliarem no tratamento de certas doenças.
Celli G.B., Brooks M. S-L., (2017), Khan M.I., (2016) em estudos sobre absorção,
excreção, metabolismo, distribuição e efeitos cardiovasculares do extrato de beterraba
mostraram que a betanina administrada por via oral, foi mal absorvida e a maior parte
foi metabolizada no intestino. Estes dados parecem sugerir que a matriz alimentar pode
desempenhar um papel no bio acessibilidade e biodisponibilidade das betalaínas.
Um dos primeiros estudos sobre a atividade biológica das betalaínas mostrou que a
betanina que se encontra na beterraba quando injetada pela via intravenosa causou
aumento da pressão arterial e da frequência cardíaca, mas, quando a mesma foi
20
administrada oralmente o mesmo resultado não ocorreu, possivelmente por haver
degradação do pigmento a nível gastrointestinal.
Segundo Khan M.I., (2016), Schoefs B. (2004), as betalaínas betanina e indica xantina
desempenham funções de proteção das partículas de LDL (“low density lipoproteins”) à
oxidação. Os autores verificaram que as LDL ficavam protegidas contra a oxidação e
que era altamente dependente da concentração das betalaínas, ao contrário do que se
verificava com a vitamina E e o β-caroteno, quando 8 voluntários ingeriram 500 g de
fruta de Opuntia ficus-indica.
Aplicações
(Celli G.B., Brooks M. S-L., 2017, Azeredo H.M.C., 2009, Polturak G., Aharoni A.,
2018) segundo os autores os betalaínas têm sido usadas como corante, na indústria
alimentar (sobremesas, produtos lácteos e carne), na indústria têxtil, biossensor químico,
marcadores proteicos fluoróforos e marcadores para transformação genética, entre
outras aplicações. (Roriz C.L., Barros L., Carvalho A.M., Santos-Buelga C., Ferreira
I.C.F.R) afirmam adicionalmente as betaninas têm sido usadas como corantes em
cosméticos e produtos farmacêuticos. Na indústria alimentar, a quantidade de pigmento
puro necessária para obter a cor desejada é relativamente pequena, raramente excedendo
50 mg por cada 1 kg, calculado como betanina (tendo que se ter atenção à possibilidade
de se degradar após a exposição a temperaturas elevadas e à luz)
21
Aberoumand A. (2011), Atualmente, o extrato de beterraba vermelha é a única fonte
comercialmente utilizada de betalaínas como corantes alimentares sendo considerada no
mercado como o mais antigo e abundante corante alimentar de cor vermelha, designado
de betanina e conhecido como E-162 na União Europeia.( Uma vez que a existência
deste pigmento no mundo vegetal consumível é escassa (inferior a 1%), têm sido feitos
estudos para aumentar o rendimento das betalaínas na beterraba (vermelha) uma vez que
é o único a ser usado comercialmente, ou procurar o pigmento noutras plantas e em
culturas de células que pudesse ser extraído, bem como desenvolver novas fontes do
pigmento a partir da engenharia metabólica de plantas .
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Estudos realizados e referidos na revisão de Khan M.I., (2016) relaram ausência de
reações alérgicas, genotoxicidade, mutagenicidade e toxicidade a curto prazo das
betalaínas de beterraba em Salmonella typhimurium e ratos. Outros estudos
toxicológicos de extratos ricos em betalaína dos frutos de Myrtillocactus geometrizans,
Rivina humilis e Hylocereus polyrhizus, referenciados no mesmo trabalho, realizados
em roedores concluíram que estes extratos não produzem efeitos tóxicos em seres
humanos.
Segundo Polturak G., Aharoni A., (2018), uma das vantagens destes corantes naturais é
ser nulo em termos de toxicidade, ação mutagénica ou ainda de reações alérgicas.
Outros estudos mencionados por Khan M.I., (2016), referem que a classe de pigmento
betanina inibia a produção de IgE e IgG, indicando ausência de resposta alérgica ao
pigmento. Ainda assim, estudos sobre embriotoxicidade, teratogenicidade e toxicidade
geracional encontram-se ainda limitados ou mesmo ausentes, pelo que é um alerta a ter
em consideração em estudos posteriores.
Para Nayak C.A.,et al (2006,),Uma das razões que levam à mudança de pensamento
relativamente aos antioxidantes sintéticos em detrimento dos naturais, como o caso do
pigmento betanina, é o facto dos suplementos dietéticos, quando usados de forma errada
e excessiva, poderem levar a um “stress antioxidante” e provocar um desequilíbrio com
efeitos negativos no organismo, podendo originar hemorragias, diarreias, distúrbios
gastrointestinais, cancro, arteriosclerose, litíase renal, hiperbetacarotenemia, perda de
cabelo, fadiga, perturbações no sistema nervoso, etc.
Melanina
A melanina é uma proteína que garante a coloração da pele e evita danos da radiação
ultravioleta ao nosso DNA.
A melanina é uma proteína produzida a partir da tirosina (um aminoácido essencial) por
células especializadas denominadas de melanócitos. Esse pigmento apresenta
23
normalmente coloração marrom e sua principal função é proteger o DNA contra a ação
nociva da radiação emitida pelo sol. Possuem formato de glóbulo, que é de onde partem
prolongamentos que se estendem em direção à região mais superficial da epiderme (veja
figura acima). Esses prolongamentos adentram em células conhecidas como
queratinócitos, onde liberam a melanina e formam aunidade epidérmico-melânica
Classificação da melanina
24
após a exposição aos raios ultravioletas. Assim sendo, a cor facultativa da pele é
reversível, enquanto a construtiva verdade e não pode ser alterada.
Conclusão
25
pigmentos que apresentaram maior estabilidade durante os ensaios. A realização deste
trabalho como parte integrante dos conteúdos práticos da disciplina de Química de
Alimentos permitiu os a integralização dos conceitos obtidos na parte teórica da
disciplina, facilitando aprendizado.
Pelo fato de as clorofilas serem pigmentos instáveis, incluindo fatores ambientais, como
o estresse hídrico, pH, luminosidade reduzida, alterações enzimáticas, temperatura e
aumento do etileno, cuidados individuais devem ser tomados durante a extração e
análise, assim como, no decorrer do processamento dos alimentos, com o objetivo de
manter a integridade da molécula de clorofila. Todas as manipulações devem,
obrigatoriamente, serem conduzidas rapidamente e em ambiente de pouca luz ou no
escuro, para evitar o foto-branqueamento.
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Referencias Bibliografia
Nayak C.A., Chethana S., Rastogi N.K., Raghavarao K.S.M.S. (2006) Enhanced mass
transfer during solid–liquid extraction of gamma-irradiated red beetroot. Radiat Physics
Chemistry, 75: 173–178
Polturak G., Aharoni A., (2018) “La vie en rose”: biosynthesis, sources, and
applications of betalain pigments. Molecular Plant, 11: 7-22.
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Nayak C.A., Chethana S., Rastogi N.K., Raghavarao K.S.M.S. (2006) Enhanced mass
transfer during solid–liquid extraction of gamma-irradiated red beetroot. Radiat Physics
Chemistry, 75: 173–178.
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