Você está na página 1de 16

Qualidade da água A água

Geo brasil, 2007, diz que água é o líquido mais abundante do planeta e é essencial para
a sobrevivência das plantas, animais e microrganismos. É insubstituível para essa
função, servindo como meio de transporte para substâncias vitais aos organismos e
como ambiente para os habitantes de oceanos e lagos. A hidrosfera ocupa 73% da
superfície terrestre, mas a água também é um importante componente da atmosfera e do
ambiente terrestre. Nos oceanos estão 97% da massa total de água do planeta. A água
doce representa somente 3% dos recursos hídricos da Terra, embora sua importância
seja, de longe, muito maior que sua contribuição quantitativa. Três quartos da água doce
são localizados nas camadas de gelo polar e geleiras sobre montanhas, com 90% na
superfície do gelo continental da Antártica.

Para Vanloon e Duffy, 2000, afirmam que a água subterrânea representa 20% da água
doce e é largamente utilizada pela indústria, pela irrigação e uso doméstico. Somente
1% da água doce ocorre na forma superficial (rios, córregos e lagos). Isto representa
0,03% da água presente no globo terrestre.

Constituintes naturais da água

Há uma grande variedade de elementos e substâncias químicas dissolvidas na água e a


sua fonte predominante é o intemperismo natural das rochas, resultante do fluxo de água
que dissolve os minerais e transporta os iões dissolvidos para os rios e oceanos, onde,
eventualmente, são incorporados aos sedimentos. Contribuições humanas aos corpos
d’água incluem iões e substâncias solúveis de atividades industriais, de mineração,
despejos de esgotos e outros resíduos. Menores quantidades podem vir da precipitação
de partículas atmosféricas como ácido nítrico (HNO3) e ácido sulfúrico (H2SO4) da
emissão de gases, cloreto de sódio (NaCl) dos oceanos, e concentrações mínimas de
outras substâncias.

Padrões de qualidade de água

Brasil, 2004, diz que alguns constituintes da água como cálcio, magnésio, ferro e iodo
são nutrientes fundamentais na constituição dos seres vivos. Por outro lado, elementos e
compostos como ferro, manganês e sulfato podem dar um sabor desagradável à água.
Sódio em combinação com cloro resultará num sabor salgado. Cálcio e magnésio em
combinação com carbonato, bicarbonato e sulfato formam precipitados que interferem
com certos usos da água. Flúor, nitrato e sódio são os contaminantes mais importantes
em termos de efeitos negativos à saúde humana. Concentrações de flúor entre 0,6 e 0,8
mg L-1 conferem proteção aos dentes das crianças, mas em níveis maiores que 1,5 mg
L-1 é considerado tóxico. Concentrações de sódio maiores que 20 mg L-1 podem ser
prejudiciais à saúde de hipertensos. Excesso de nitrato (>10 mg L-1) e nitrito (>1,0 mg
L-1) na água pode causar metahemoglobinemia em crianças, que ocorre quando o
nitrato reage com o oxigênio do sangue e reduz a capacidade da hemoglobina de
transportá-lo.

As amostras são colhidas e enviadas ao Laboratório pela autoridade sanitária, seguindo


as seguintes orientações:

A água deverá ser transportada em frasco esterilizado ou bolsa plástica fornecidos pelo
laboratório, observando o seguinte espaço de tempo:

• à temperatura ambiente – até 1 (uma) hora depois de colhida.

• à baixa temperatura (até 10°C) – até 22 (vinte e duas) horas depois de colhida,

pois até 24 (vinte e quatro) horas deve-se realizar as análises em laboratório.

Para que seja mantida à baixa temperatura, a amostra de água deverá estar
acondicionada em saco plástico e colocada dentro de uma caixa de isopor com gelo
reciclável.

Identificação da amostra

Além da identificação no frasco ou bolsa plástica, todas as amostras deverão vir


acompanhadas pelo TCA, devidamente preenchido.

Quantidade mínima de amostra a ser coletada

 Amostra em frasco estéril com quantidade mínima de 100mL para análises


bacteriológicas;
 Amostra em frasco estéril com quantidade mínima de 200mL para análises
bacteriológicas em situações de surto (toxinfecção);
 Amostra em embalagem de água mineral e quantidade mínima de 1.500mL para
análises físico-químicas completas;
 Amostras em embalagens âmbar, com quantidade mínima de 1.000mL para
análises de resíduos de pesticidas;
 Amostras em bombonas com quantidade mínima de 10.000mL (água tratada)
para análise de Cryptosporidium e Giardia;
 Amostras em bombonas com quantidade mínima de 10.000mL (água in natura)
para análise de Cryptosporidium e Giardia.

Procedimentos operacionais padrão (pop’s) para coleta de amostras de


água

Frascos para Coleta


Dependendo do tipo de coleta os materiais podem sofrer pequenas variações.
 Os frascos de coleta devem ser resistentes, de vidro borossilicato (V), de vidro
borossilicato âmbar (VB) ou polietileno (P). Devem ser quimicamente inertes e
permitir uma perfeita vedação. De preferência as tampas devem ser do tipo auto-
lacráveis, permitindo assim uma maior confiabilidade na amostra. Todos os
frascos devem ser escrupulosamente limpos, conforme descritos nos
procedimentos operacionais padrões de cada tipo de análise. Os frascos devem
ser preferencialmente de boca larga, para facilitar a coleta e sua limpeza e
resistentes a autoclavação, naqueles destinados a análises microbiológicas.
 Em casos onde houver necessidade deve ser utilizado frasco de oxigênio
dissolvido, que devem ser de vidro borossilicato com tampa esmerilhada e
estreita (pontiaguda), com selo de água.
 Convém levar frascos adicionais ao programado, pois podem ocorrer quebras,
contaminação ou vazamento obrigando o técnico coletor a substituir a
embalagem e em alguns casos, a repetir a coleta.
Coleta de água para análises microbiológica
POP nº 01-Lavagem e Esterilização do Material para Coleta
 Materiais Necessários:
 Frascos de vidro ou plástico de boca larga (4 cm) com tampa de rosca,
resistentes a esterilização com volume mínimo de 200 ml;
 Autoclave;
 Detergente neutro não tóxico;
 Esponja;
 Escova;
 Água destilada ou deionizada;
 Estufa de secagem e esterilização;
 Solução de tiossulfato de sódio a 1,8%;
 Solução de EDTA (ácido etilenodiaminotetracético) a 15%;
 Fita de autoclave.
Procedimentos:
1- Descontaminar os frascos e tampas por autoclavação à 121ºC, a pressão de 0,1 MPa
(1atm), durante 30 min. As tampas devem ser afrouxadas para evitar a ruptura dos
frascos.
2- Após a descontaminação proceder a lavagem dos frascos e tampas na seguinte
sequência:
a. Esvaziar o conteúdo do frasco;
b. Limpar a parte externa do frasco e tampa com auxilio de uma esponja e
escova;
c. Adicionar uma gota de detergente líquido no interior do frasco e da tampa e
escovar a parte interna com auxilio de uma escova própria;
d. Enxaguar 10 vezes em água corrente, enchendo e esvaziando totalmente o
frasco; e. Enxaguar 3 vezes em água destilada ou deionizada.
3- Após a lavagem dos frascos e tampas, deixar escorrer a água e colocar em posição
emborcada, em estufa a 100ºC.
4- Antes da esterilização preparar os frascos da seguinte maneira:
a. Nos frascos que serão utilizados para coleta de amostras contendo cloro
residual deverá ser adicionado 0,1 ml de uma solução de tiossulfato de sódio a
1,8% para cada 100 ml de amostra (identifica-los).
b. Frascos que serão utilizados para coleta de amostras contendo metais pesados
em concentração superior a 0,01 mg/L, deverá ser adicionado 0,3 ml de uma
solução a 15% de EDTA para cada 100 ml. Fechar os frascos e colocar a fita
indicadora de esterilização (fita de
5- Os frascos deverão ser esterilizados da seguinte maneira:
a. Frascos de plástico e de vidro devem ser esterilizados em autoclave a 121ºC a
0,1 MPa (1 atm), por 30 15 min. Antes da autoclavação, ao colocar os frascos na
autoclave é necessário afrouxar as tampas para evitar a ruptura dos frascos e
permitir a entrada circulação de ar. Logo após a retirada da autoclave, fechar os
frascos.
b. Os frascos deverão ser armazenados ao abrigo de luz, pó e umidade;
POP nº 02 – Coleta de Amostra para Análises Microbiológicas em Água Tratada
(Torneira)
Ensaio: Bactérias heterotróficas, Coliformes totais, coliformes de origem fecal,
Escherichia coli.
A coleta de amostras para exame microbiológico deve ser realizada sempre
antes da coleta de qualquer outro tipo análise. Tal procedimento visa evitar a
contaminação do local da amostragem com frascos não estéreis.
Material Necessário:
 GPS;
 Máquina Fotográfica;
 Frasco estéril com solução de tiossulfato de sódio a 1,8% por 100 ml de amostra;
 Luvas de procedimento;
 Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo reciclável ou gelo picado;
 Termômetro 0º a 50ºC;
 Equipamento ou material para determinação de pH;
 Equipamento ou material para determinação de cloro;
 Swab estéril;
 Álcool a 70ºGL ou hipoclorito de sódio a 2%;
 Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta resistente a água ou
etiqueta adesiva;
 Ficha de coleta
Procedimento
1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se possível tomar as
coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e fotografar o local da coleta;
2- Calçar as luvas
3- Considera-se o procedimento de flambagem desnecessário, pois além de
provocar danos às torneiras e válvulas, comprovou-se não ter efeito letal sobre as
bactérias. Caso haja indícios de contaminação externa, a desinfeção da torneira
deverá ser feita utilizando-se swab estéril (haste flexível com algodão na
extremidade) ou gaze estéril embebida em álcool 70° GL, devendo neste caso,
proceder ao escoamento da água da torneira por período suficiente para eliminar
todo resíduo que possa vir a interferir na análise da amostra;
4- Deixar correr a água durante cinco minutos ou o tempo suficiente para
eliminar as impurezas e água acumulada na rede de distribuição;
5- Voltar o volante da torneira para que o fluxo de água seja pequeno e não haja
respingos;
6- Remover a tampa do frasco de coleta com todos os cuidados de assepsia,
tomando precauções para evitar a contaminação da amostra pelos dedos ou outro
material.
7- Segurar o frasco verticalmente próximo à base e efetuar o enchimento,
deixando
um espaço vazio de aproximadamente 2,0 cm da borda, possibilitando a
homogeneização correta da amostra antes do início da análise;
8- Coletar a amostra (100 a 200 ml), deixando um espaço dentro do frasco
suficiente
para sua homogeneização;
9- Feche o frasco imediatamente após a coleta;
10- Identifique a amostra e preencha a ficha de coleta;
11- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;
12- Se possível lacrar a caixa;
13- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a chegada ao
laboratório.
14- O prazo para análise é de até 24 h, de preferência 8h.

POP nº 03 - Coleta de Amostra para Análises Microbiológicas em Águas


superficiais: (Rios, Lagoas, Piscinas, Arroio, etc.…)
Ensaio: Bactérias heterotróficas, Coliformes totais, coliformes de origem fecal,
Escherichia coli.
A coleta de amostras para exame microbiológico deve ser realizada sempre
antes da coleta de qualquer outro tipo análise. Tal procedimento visa evitar a
contaminação do local da amostragem com frascos não estéreis.
Material Necessário:
 GPS;
 Máquina Fotográfica;
 Luvas de procedimento;
 Caixa térmica ou caixa de isopor com gelo reciclável;
 Termômetro 0º a 50ºC;
 Equipamento ou material para determinação de pH;
 Álcool a 70ºGL;
 Caneta própria para escrita em vidro ou plástico com tinta resistente a água ou
etiqueta adesiva;
 Ficha de coleta.
Procedimento:
1- Anotar na ficha de coleta o endereço completo do local e se possível tomar as
coordenadas (latitude e longitude), através de GPS e fotografar o local da coleta;
2- Calçar as luvas;
3- Remova a tampa do frasco; com todos os cuidados de assepsia (sempre que
possível remova a tampa depois que o frasco estiver submerso);
4- Com uma das mãos segurar o frasco pela base, mergulhando-o rapidamente
com a boca para baixo, a cerca de 15 a 30 cm abaixo da superfície da água,
sempre
que possível;
5- Direcionar o frasco de modo que a boca fique em sentido contrário à corrente.
Se o corpo hídrico for estático criar uma corrente artificial, através da
movimentação do frasco lentamente na direção horizontal (sempre para frente);
6- Inclinar o frasco lentamente para cima para permitir a saída do ar e
consequente
enchimento do mesmo;
7- Coletar a amostra (100 a 200 ml), deixando um espaço dentro do frasco
suficiente
para sua homogeneização
8- Feche imediatamente o frasco;
9- Identifique a amostra e preencha a ficha de coleta;
10- Acomode as amostras na caixa de coleta ou caixa de isopor;
11- Se possível lacrar a caixa;
12- As amostras devem ser conservadas sob refrigeração até a chegada ao
laboratório.
13- O prazo para análise é de até 24 h, de preferência em até 8h.
14- Após a coleta fazer as tome outra amostra para as determinações de campo.

Figura 1. Técnica de coleta de águas superficiais efetuada diretamente com as mãos.

Procedimento de coleta em poços freáticos


 A coleta deve ser realizada com auxílio de balde de aço inox e corda estéreis. O
conjunto balde e corda devem ser desembalados no momento da coleta, para evitar
contaminação.
 Utilizar um conjunto para cada ponto de amostragem, para evitar a contaminação
cruzada de um ponto de coleta para outro e, consequentemente, da própria amostra.
Descer o balde até que afunde na água evitando-se o contato com as paredes do poço e
da corda com a água. Após enchimento, retirá-lo com os mesmos cuidados.

 Realizar a determinação de cloro residual livre se o poço for clorado.

Coleta de água para Análise físico-química / metais

a) Coleta em fontes e minas

 Abra o frasco de plástico de pelo menos 1000 ml de capacidade e lave-o três vezes
com a água a ser coletada;
 Colha a água com a boca do frasco contra a corrente até enchê-lo completamente;
 Feche bem o frasco e identifique a amostra;
 Envie ao laboratório em, no máximo, 24 horas após a coleta, em caixas isotérmicas
com gelo reciclável.

b) Coleta em torneira e bombas

 Deixe escoar a água por 1 (um) minuto.


 Lavar o recipiente três vezes com a água a ser coletada;
 Fechar bem e identificar a amostra.
 Enviar ao laboratório em, no máximo, 24 horas após a coleta, em caixas

Análise de Resíduos de Pesticidas

 Colete a amostra diretamente no frasco de vidro fornecido pelo laboratório, num


volume mínimo de 1 litro;
 No caso de córregos e lagoas, deverão ser colhidas amostras em intervalos e/ou
pontos diferentes;
 Ocorrendo mortandade de peixes, colha amostras de água nos pontos mais
próximos ao local de contaminação;
 Identifique e envie a amostra ao laboratório preenchendo o Termo de Coleta de
Amostras - Resíduos de Pesticidas, com as seguintes informações:
 Origem (cisterna, rio, lagoa, torneira, etc.)
 Ponto de amostragem (margem, profundidade, centro, etc.)
 Se o ponto de amostragem é próximo a alguma plantação onde tenha sido
aplicado pesticida, em caso positivo, pesquisar e informar ao laboratório aqueles
que foram utilizados ou suspeitos
 No caso de suspeita de pessoas intoxicadas, descrever os sintomas. isotérmicas
com gelo reciclável.

Métodos de Conservação, Armazenamento e Transporte de Amostras.

Devido ao intervalo de tempo que geralmente existe entre a coleta das amostras e
realização das análises, é preciso adotar métodos específicos para conservação e
armazenamento de amostras, com a finalidade de manter condições similares às do
ponto amostrado e evitar contaminação ou perda dos constituintes a serem
examinados. Os técnicos do laboratório devem orientar o coletor nesse aspecto,
participando ativamente do treinamento.

Os métodos de conservação são relativamente limitados e tem por objetivo retardar


a ação biológica e a hidrólise dos compostos químicos e complexos, reduzir a
volatilidade dos constituintes, os efeitos de absorção e preservar organismos,
evitando ou minimizando alterações morfológicas e fisiológicas. A refrigeração
utilizada para conservação de vários parâmetros, constitui-se num método comum
em trabalhos de campo. Embora a refrigeração não mantenha a completa integridade
para todos os parâmetros, interfere de modo insignificante na maioria das
determinações laboratoriais. A refrigeração é sempre utilizada na preservação de
amostras microbiológicas e algumas determinações químicas e biológicas.

Os principais tipos de frascos utilizados são os de plástico, vidro e bolsas plásticas.


Esses três tipos de materiais apresentam vantagens e desvantagens. Os frascos de
vidro (borossilicato) são inertes à dos constituintes. Recomenda-se o plástico
Polietileno devido ao baixo custo em relação ao vidro e à menor adsorção de iões de
metais porventura presentes na amostra.

Forma de armazenamento e conservação de amostras

Para Análise Microbiológica


Armazenamento: frascos de plástico (Polietileno) retornável ou descartável, com
capacidade nunca inferior a 100ml, esterilizados, ou bolsas plásticas descartáveis
próprias para coleta no qual se colocam no mínimo 100mL da amostra, contendo 0,1 ml
(duas gotas) da solução de tiossulfato de Sódio a 10% para inativação do cloro residual
presente na água amostrada. No caso das bolsas plásticas, é comum apresentação de
tiossulfato de sódio em comprimido.

Conservação: em gelo por no máximo 8 horas evitando a exposição da amostra à luz.

Para Análise Físico-química (cor e turbidez e flúor)

Armazenamento: frascos de plástico retornável, com capacidade para 500mL.

A quantidade de 500mL é suficiente para realizar as análises de cor, turbidez e fluor.

Conservação: e m gelo evitando-se a exposição da amostra a luz.

Para Análise de Flúor

Armazenamento: frascos de plástico (Polietileno) de 250mL, podendo ser retornável


ou descartável. (Não utilizar embalagens de vidro)

Conservação: em gelo

Embora os recipientes descartáveis sejam recomendados devido à sua praticidade,


devemos evitá-los sempre que possível, uma vez que os plásticos são de difícil
degradação, causando grave impacto ambiental.

O acondicionamento das amostras e o transporte até chegar ao laboratório são muito


importantes, desses cuidados depende o resultado das análises.

1. Acondicionar as amostras que exigem refrigeração em caixas térmicas de plástico,


com gelo reciclável, sem contato direto com as embalagens;

2. Deve-se envolver o gelo reciclável em um saco plástico para proteção da amostra


utilizando papel absorvente para evitar contaminação das amostras pelo gelo derretido;

3. As caixas térmicas devem apresentar tamanho adequado para a quantidade de


embalagens a ser transportada;
Coleta de amostras de alimentos de origem vegetal

Segundo Magalhães, 2015, os produtos vegetais ou produtos de origem vegetal são


alimentos obtidos a partir de partes vegetais como folhas, raízes, caules e frutos,
onde são considerados o maior grupo de alimentos e o segundo inserido na pirâmide
alimentar, carregados de carboidratos, gorduras, proteínas, antioxidantes, vitaminas,
e minerais importantes para a saúde humana.

Materiais obrigatórios para a coleta

 lacre numerado com sequência de numeração aleatória;


 lacre não numerado;
 lacre simples, não numerado;
 Saco plástico de polietileno transparente de alta densidade (próprio para o
acondicionamento de alimentos);
 Saco plástico de polietileno transparente de baixa densidade;
 Luvas plásticas descartáveis;
 lançar a amostra no sistema no dia da coleta;
 Software coletor de amostras funcionando no mobile;
 Termo de Coleta de Amostras;
 Termo de Solicitação de Análise.

Coleta de frutas, verduras e legumes, embalados ou a granel.


Prazo para recebimento da amostra no laboratório: 48 horas após a coleta para
hortaliças e 72 horas para frutas e vegetais menos perecíveis.

Procedimento de coleta

1. Materiais necessários:

 Luvas descartáveis;
 Sacos plásticos de polietileno transparente, alta de baixa densidade;
 lacres numerados;
 lacres não numerados;
 Software coletor de amostra disponível no mobile;
 Termos de coleta;
 Etiquetas;
 Caixa de acondicionamento, caso necessário.

Também deve-se verificar quantas amostras e quais produtos serão coletados antes
de iniciar o processo

2. Contatar o responsável do varejo ou do fornecedor, solicitar autorização para


realizar a coleta e para que algum colaborador do estabelecimento acompanhe todo
o procedimento

3. A coleta deverá ser realizada no estoque ou central de distribuição do varejo, no


caso de produtos a granel. Para produtos embalados, desde que a embalagem esteja
inviolada e identificada com o código de rastreamento, pode-se coletar em qualquer
local. Para coleta no fornecedor, devem-se coletar os produtos no seu estoque, desde
que se permita uma correta identificação da origem/lote e os produtos não estejam
misturados.
.4. Coletar a quantidade necessária do produto, em vários pontos do lote (caixas
diferentes e diferentes posições) de modo que a amostra coletada seja representativa
do lote.

5. Acondicionamento a amostra em um saco plástico de polietileno transparente

6. Pesar a amostra para verificar a conformidade com as quantidades mínimas


exigidas para a amostra de laboratório.

7. Fechar a abertura do saco plástico colocando um lacre numerado.


8. Etiquetar o saco plástico da amostra com uma etiqueta de identificação do
produto (especificação do produto amostrado, código de rastreamento e nome do
local de coleta).

9. Preencher o termo de coleta de amostra, o termo deverá ser assinado pelo


responsável do estabelecimento, e a solicitação de análise, ambos devem ser
assinados pelo coletor.

10-Tirar fotos do produto embalado, se possível juntamente ao acompanhante


responsável pelo estabelecimento, da nota fiscal do fornecedor, do número do lacre,
da solicitação da análise devidamente preenchida, do termo de coleta assinado pelo
responsável do estabelecimento e da etiqueta de identificação de rastreamento do
produto.

Transporte e armazenamento de amostras de alimentos de origem vegetal


O transporte devera ser feito depois de acondicionadas em embalagens adequadas.
Tomates, uvas e pêssegos e outras amostras frágeis não deverão ser amontoadas. É
importante que o transporte seja feito de tal maneira que as amostras cheguem ao
laboratório tão quanto rápido possível, após serem colhidas. No caso de alimentos
deterioráveis, estes deverão ser colocados em caixa de isopor, com bolsas de gelo
entre os pacotes ou frascos para o transporte, durante pequeno número de horas, e,
no caso de transporte prolongado, usar gelo seco.

O armazenamento das amostras será feito de acordo com a sua estabilidade e


também do defensivo a ser analisado. Resíduos estáveis em amostras não perecíveis
(trigo, nozes, batata, etc.) devem ser armazenados e transportados à temperatura
ambiente, isso porque as batatas quando submetidas a baixas temperaturas
danificam-se. Os resíduos estáveis em amostras perecíveis (frutos e hortaliças)
devem ser armazenadas a -18 oc.
Referencias bibliográficas

BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria 518, de 25 março de 2004. Diário Oficial


da União [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 26 mar. 2004. Seção
1, p. 266-270.

GEO Brasil: recursos hídricos: componente da série de relatórios sobre o estado e


perspectivas do meio ambiente no Brasil. Brasília, DF: Agência Nacional de Águas;
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 2007. 264 p. (GEO Brasil
série temática).

VANLOON, G. W.; DUFFY, S. J. Environmental chemistry: a global perspective.


New York: Oxford University Press, 2000. 492 p.

MANUAL DE COLETA DE AMOSTRA DO PLANO NACIONAL DE


CONTROLE DE RESÍDUOS E CONTAMINANTES EM PRODUTOS DE
ORIGEM VEGETAL – Ministério da Agricultura – 2013

Você também pode gostar