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FUNDAMENTOS DE ANÁLISES

BIOLÓGICAS
OBJETIVOS

-Estabelecer os procedimentos a serem realizados de


monitoramento de qualidade das águas superficiais,
através da coleta e da amostragem.

-Compreender os procedimentos de coleta e


preservação de amostras de águas superficiais
destinadas ao monitoramento de qualidade dos recursos
hídricos em todo território nacional.
TIPOS DE AMOSTRAGEM

1) Amostragem simples

As amostras simples são aquelas coletadas em um único


local dentro de um curto período de tempo, normalmente de
segundos ou minutos. Elas representam uma fração do
material original que deve referir-se àquele tempo e àquele
espaço, portanto é fundamental definir localização, hora e
profundidade em foi realizada a amostragem.
TIPOS DE AMOSTRAGEM

2) Amostragem composta

As amostras compostas são imprescindíveis quando se


deseja avaliar um material cujos parâmetros de interesse
sofrem variações de concentração em pequenos intervalos de
tempo e espaço. Podem ser obtidas combinando diversas
amostras simples obtidas ao longo do tempo, do espaço, ou
sob variação de ambos. Amostras compostas seqüenciais,
por exemplo, são coletadas com amostradores contínuos, por
bombeamento contínuo ou, ainda, pela reunião de parcelas
de igual quantidade ao longo de um período.
TÉCNICAS DE COLETA DE LÍQUIDOS PARA
ANÁLISES FÍSICO-QUÍMICAS
- Mergulhar o recipiente a cerca de 20 cm da superfície do
efluente (ou curso d’água), recolher a amostra e lavá-lo pelo
menos três vezes. Tampar o frasco e homogeneizar todas
as vezes promovendo o contato da amostra com toda a
superfície interna do recipiente;
- Mergulhar o recipiente a cerca de 20 cm da superfície,
promovendo o preenchimento do frasco de coleta.
- Armazenar e conservar a amostra conforme o caso
específico.
TÉCNICAS DE COLETA DE LÍQUIDOS PARA
ANÁLISES BACTERIOLÓGICAS

1) Coleta em reservatórios

2) Coleta em corpos d’água

3) Coleta de água em pontos de abastecimento


TÉCNICAS DE COLETA DE LÍQUIDOS PARA
ANÁLISES BACTERIOLÓGICAS

1) Coleta em reservatórios
- Remover corpos estranhos na superfície do reservatório
e/ou nas suas bordas ou margens, para que não sejam
incorporados à amostra coletada e alterem suas
características.
- Imediatamente, mergulhar o recipiente a cerca de 20 cm da
superfície da superfície, promovendo o enchimento de cerca
de 4/5 do volume do frasco de coleta e fechando-o ainda
submerso, tão logo isto aconteça;
TÉCNICAS DE COLETA DE LÍQUIDOS PARA
ANÁLISES BACTERIOLÓGICAS
2) Coleta em corpos d’água

- Retirar o invólucro de papel kraft, juntamente com a


tampa do frasco;
- Segurar o frasco pela base e mergulhar a cerca de 20
cm da superfície, promovendo o preenchimento do
frasco de coleta, em contra corrente, e enchendo-o até
4/5 do seu volume, sem lavá-lo com a própria amostra.
- Fechar imediatamente, cobrindo novamente o frasco
com o papel kraft.
TÉCNICAS DE COLETA DE LÍQUIDOS PARA
ANÁLISES BACTERIOLÓGICAS
3) Coleta de água em pontos de abastecimento
- Remover corpos estranhos e/ou sujidades da válvula
ou torneira onde se está fazendo a coleta para que não
sejam incorporados à amostra coletada e alterem suas
características. Utilizar álcool para auxiliar nesta tarefa;
− Permitir o livre escoamento durante, pelo menos, 3
minutos; fechar a torneira e flambar a borda da válvula.
- Imediatamente, preencher cerca de 4/5 do volume do
recipiente, sem lavá-lo com amostra, mantendo mínima
a distância até a saída da água, sem entretanto encostá-
lo; fechá-lo tão logo conclua a operação, fixando bem o
material protetor.
Coleta de água em pontos de abastecimento
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
- Amostras devem ser representativas do ambiente
estudado.
- Após a coleta da amostra é necessário que haja o seu
armazenamento.
- Frascos de armazenamento - o tipo de frasco a ser
utilizado depende da natureza da amostra a ser
coletada e dos parâmetros a serem investigados. Não
existe uma solução universal, havendo a necessidade
de escolher o material de acordo com sua
estabilidade, facilidade de transporte, custo,
resistência à esterilização, etc.
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS

- Os tipos de frascos mais utilizados para o


armazenamento de amostras destinadas para análise
microbiológica são os de material resistente às
condições de autoclavagem (121°C, 1atm), e que
atendam outras condições como: não liberar
substâncias tóxicas, como bactericidas e
bacteriostáticos, nem substâncias nutritivas durante o
processo de esterilização.
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS

- Cuidados especiais devem ser tomados se as amostras


a serem coletadas tiverem cloro residual ou metais
pesados. Se as amostras contiverem cloro residual
deve-se adicionar uma quantidade de solução de
tiossulfato de sódio, no caso de metais pesados pode-
se adicionar solução de EDTA (ácido
etilenodiaminotetracético).
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS

- Os frascos destinados às análises físico-químicas


podem ser preparados de diversas maneiras, existindo
para isso vários métodos de descontaminação que
utilizam soluções ácidas ou uma combinação destas
com agentes oxidantes, proporcionando limpeza
eficiente da superfície interna do recipiente de vidro ou
plástico.
ARMAZENAMENTO E PRESERVAÇÃO
CARACTERÍSTICAS
- No caso de requerer-se análise de macronutrientes,
como os sais dissolvidos de nitrogênio e fósforo, a
descontaminação dos frascos de coleta com uma
solução de ácido clorídrico a 5% pode ser suficiente.

- No caso de análise de biocidas, deve-se usar,


preferencialmente, frascos de vidro de cor âmbar, após
lavá-los com solução sulfocrômica seguido de enxágüe
abundante com água destilada e posterior lavagem com
hexano (solvente apolar) e acetona (solvente polar) de
grau pesticida. Os frascos devem ser secos em estufa a
100°C.
PRESERVAÇÃO OU CONSERVAÇÃO

1) CONGELAMENTO

- É um procedimento aceitável para algumas análises,


mas não deve ser vista como técnica de preservação
universal. Por exemplo, esta técnica é inadequada para
algumas determinações biológicas e microbiológicas,
podendo ocasionar ruptura das células com perda de
funcionalidade e caracteres morfológicos. Componentes
dos resíduos sólidos, filtráveis e não-filtráveis podem
sofrer alterações com o congelamento e posterior
retorno à temperatura ambiente.
PRESERVAÇÃO OU CONSERVAÇÃO

2) REFRIGERAÇÃO

- Constitui-se na técnica mais empregada em trabalhos


de campo. Embora não mantenha completa a
integridade de todos os parâmetros, interfere de modo
insignificante na maioria das determinações de
laboratório. É uma técnica muito utilizada na
preservação de amostras para determinações
microbiológicas e algumas determinações químicas e
biológicas, além de agregar um custo muito baixo.
PRESERVAÇÃO OU CONSERVAÇÃO

3) ADIÇÃO QUÍMICA

3.1) Oxigênio dissolvido (DBO) – A amostragem, neste


caso, deve permitir que a concentração de oxigênio
dissolvido no material coletado permaneça inalterada até
que a análise seja realizada, dentro de seu prazo de
conservação. Para tanto o procedimento adotado é a
precipitação química do oxigênio na forma de óxido.
Por exemplo, esta técnica é inadequada para algumas
determinações biológicas e microbiológicas, podendo
ocasionar ruptura das células com perda.
PRESERVAÇÃO OU CONSERVAÇÃO

3) ADIÇÃO QUÍMICA

3.2) Sulfetos – Em virtude de sua propriedade de


constituir substâncias voláteis sob condições ambiente, as
amostras para determinação de sulfetos devem ser
recolhidas em frasco com tampa. Após o preenchimento
completo do recipiente devem ser acrescidos 2 mL de
acetato de zinco seguido de hidróxido de sódio, que
promove a fixação do S e o frasco dever ser conservado
sob refrigeração.
PRESERVAÇÃO OU CONSERVAÇÃO

Acidez e alcalinidade Refrigerar a 4ºC 24 h

Cloreto Não necessita 7 dias


Cloro residual Analisar imediatamente 30 min

Condutividade / Cor Refrigerar a 4ºC 24 h

Óleos e graxas Adicionar HCl até pH < 2 48 h


e refrigerar a 4ºC

pH Analisar imediatamente 2h

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