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HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE FEDERAL

DA GRANDE DOURADOS

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PROCEDIMENTO / ROTINA
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Título do LAVAGEM, ESTERILIZAÇÃO E DESCARTE DE Emissão: 17/09/2021 Próxima revisão:
Documento MATERIAIS Versão: 01 17/09/2023

1. OBJETIVO

• Padronizar as técnicas de Lavagem, Esterilização e Descarte de Materiais da ULACP do HU-


UFGD.

2. MATERIAL

• EPIs (avental, luvas de látex e borracha, óculos, máscara, protetor facial);


• Detergente;
• Solução de hipoclorito de sódio a 1%;
• Álcool 70%;
• Buchas e escovas;
• Panos de limpeza;
• Recipientes para molho;
• Autoclave;
• Sacos para autoclave;
• Descarte de perfurocortantes;
• Bandejas;
• Papel toalha.

3. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS

A lavagem e esterilização de materiais utilizados na ULACP são realizadas em setor específico


destinado a essa atividade dentro do laboratório. Todos os procedimentos são realizados por técnicos e
auxiliares de laboratório, que devem se aparamentar com EPIs conforme recomendações identificadas no
setor (figura 1).
O processo de lavagem empregado na ULACP consiste na remoção da sujidade da superfície
dos artigos que serão reutilizados, através da ação mecânica utilizando água e detergente, com posterior
enxágue, pois, a grande carga microbiana está concentrada na matéria orgânica, que consequentemente,
será removida de uma superfície durante a remoção da sujidade. Após a limpeza é realizada a desinfecção
utilizando hipoclorito de sódio 1%.

Figura 1- Placa de EPIs utilizados no setor de lavagem e esterilização na ULACP.


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Fonte: Próprio autor.

3.1. Preparo de materiais para uso


• Hipoclorito de sódio: recebido no laboratório na concentração de 2,5% deverá ser diluído até
chegar à concentração de 1% para ser utilizado na desinfecção dos materiais. Para realizar
esta diluição é só usar 2 partes de hipoclorito a 2,5% para 3 partes de água.
• Recipientes para molho com detergente neutro: preparar diariamente recipientes contendo
água e detergente, na concentração de 1 a 2%, e distribuir em todos os setores do laboratório
onde gere material contaminado que necessite ficar de molho até sua limpeza.
• Recipientes para molho com hipoclorito: preparar diariamente recipientes contendo água e
hipoclorito a 1% e deixar no setor de lavagem para a desinfecção de materiais após a lavagem.

3.2. Lavagem de Materiais


1º Imergir todo o material que será reutilizado nos setores e que precisa ser limpo (tubos de
ensaio de vidro ou plástico, lâminas, tubo cônico de urina, frasco de urina 24 horas, cálices e
peneiras) em molhos contendo água e sabão neutro por no mínimo 30 minutos;
2º OBS.: Para os cálices de fezes e frascos contendo urina, deve-se primeiramente desprezar a
amostra em vaso sanitário apropriado, retirar o excesso de sujidade, se necessário, e só então
mergulhá-los nos recipientes de molho.
3º Esfregar esses materiais com auxílio de buchas, escovas e detergente, enxaguar
abundantemente em água corrente para tirar qualquer resquício de sabão e depois lavar
somente com água;
4º Deixar escorrer toda a água do material lavado e imergir em solução de hipoclorito de sódio
a 1% por 30 minutos para desinfecção do material;
5º Enxaguar bem para remover todos os resquícios de hipoclorito e então deixar o material
secando em temperatura ambiente;
6º Encaminhar o material seco aos setores de uso.

3.3. Limpeza e desinfecção de superfícies


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Todo início da rotina de trabalho em todos os setores deve-se fazer uma desinfecção com
álcool 70% por toda a superfície de bancadas.
Nas superfícies onde ocorrer derramamento de substâncias corporais (urina, fezes,
secreções) ou sangue, incluindo respingos, deve-se realizar a desinfecção seguindo as orientações abaixo,
sempre estando aparamentado com os EPIs recomendados.
• Bancadas, prateleiras e mobiliários
1º Remover com o auxílio de papel absorvente ou panos o excesso de material orgânico;
2º Descartar os papéis utilizados em lixo contaminado e separar os panos para serem
encaminhados à lavanderia;
3º Realizar primeiramente a limpeza com água e sabão/detergente na superfície a ser
desinfetada;
4º Realizar a desinfecção friccionando álcool a 70% até sua evaporação total, repetindo essa
etapa por 03 vezes consecutivas;
5º OBS: A desinfecção também pode ser feita com solução de biguanida, que deve ser aplicada
utilizando-se um pano limpo e deixando-se secar naturalmente. Caso seja necessária a
remoção do produto, deixar agir por no mínimo 15 minutos.
• Piso ou paredes
1º Remover com o auxílio de papel toalha ou panos o excesso de matéria orgânica;
2º Realizar primeiramente a limpeza com água e sabão/detergente na superfície, com o auxílio
do rodo ou mop (técnica de limpeza de dois baldes);
3º Enxaguar e secar;
4º Umedecer um pano limpo com a solução pura de hipoclorito de sódio a 1% e aplicar na área
que foi retirada a matéria orgânica, deixando agir por no mínimo 10 minutos. Se necessário
enxaguar e secar.

3.4. Esterilização
1º Realizar a esterilização por autoclave dos tubos contendo sangue (sangue total, soro ou
plasma) coletado dos pacientes;
2º Realizar a esterilização por autoclave dos meios de cultura contaminados, garrafas de
hemocultura e outros materiais contaminados do setor de microbiologia;
3º Colocar em saco de autoclave os materiais a serem autoclavados e colocá-lo no interior da
autoclave;
4º Programar a autoclave a 121°C por 30 minutos;
5º Retirar o material autoclavado e descartar em lixo contaminado (branco). Materiais
autoclavados de vidro deverão ser desprezados em recipientes de parede rígida (bombonas).
- OBS: Para o bom funcionamento da autoclave é fundamental a realização das manutenções
preventivas e corretivas. Deve-se ter cuidado para que o equipamento não seja sobrecarregado
(grande volume), pois dessa forma parte da carga deixa de ser esterilizada;
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3.5. Descarte
• Os tubos de amostras (sangue total, soro, plasma e líquidos corporais) após os 3 dias sob
refrigeração em geladeira comum deverão ser desprezados. Para isso devem ser
autoclavados e descartados no sistema de lixo hospitalar.
• As porções de fezes, que sobram após a realização dos exames, devem ser descartadas em
vaso sanitário do setor de parasitologia e os potes vazios em lixo contaminado.
• As urinas isoladas e de 24 horas, após realizados todos os testes, também devem ser
descartadas em vaso sanitário próprio, e os tubos e frascos utilizados devem ser imergidos
no molho de água com detergente até sua limpeza e desinfecção.
• Os meios de cultura contaminados, garrafas de hemocultura, e demais materiais
contaminados produzidos pelo setor de microbiologia, deverão ser autoclavados e
desprezados em lixo contaminado e nas bombonas, e depois recolhidos pelo sistema de
coleta de lixo hospitalar do HU.
• Luvas de procedimentos, swabs, algodão sujo de sangue, seringas e demais materiais não
perfurocortantes devem ser descartados como lixo hospitalar, em sacos plásticos cor branco
opaco destinados a resíduos de serviços de saúde e recolhido pelo sistema de coleta de lixo
hospitalar do HU.
• Material não contaminado e que não pode ser reciclado (papel toalha úmido, lixo alimentar,
etc.) devem ser descartados junto no lixo comum, em sacos de cor preta.
• Material reciclado (papéis, embalagens plásticas, papelão, etc.) devem ser descartados em
lixo para reciclados, em cor azul.
• Materiais perfurocortantes (agulhas, vidros, lâminas, bisturi, ponteiras de pipeta), deverão
ser descartados em caixas próprias de papelão rígido e fechada (Descarpak), com abertura
específica para dispensação destes materiais sem contato com as mãos e com tampa de
isolamento.

4. REFERÊNCIAS

BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza e
desinfecção de superfícies. Brasília: Anvisa, 2012.

OPPERMANN, C.M.; PIRES, L.C. Manual de Biossegurança para Serviços de Saúde. Porto Alegre:
PMPA/SMS/CGVS, 2003. Disponível em:
http://www.fiocruz.br/biosseguranca/Bis/manuais/biosseguranca/manual_biosseguranca-
servicos_saude.pdf. Acesso em 30 de junho de 2021.

CORPO DE BOMBEIROS MILITAR Limpeza, desinfecção e gerenciamento de resíduos de serviço de


saúde. Quartel do comando geral do Centro de resgate e atendimento pré-hospitalar. Campo Grande,
maio 2014.
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5. HISTÓRICO DE REVISÃO

VERSÃO DATA DESCRIÇÃO DA ALTERAÇÃO

01 30/06/2021 Elaboração do POP

Elaboração:
Janaina Narcizo Rodrigues Data: 30/06/2021

Evellyn K G M Sibin

Validação

Fernanda Alves Luiz Rodrigues – GTPMA - Ofício - SEI 20 Data: 05/08/2021


(15252521)

Fuad Fayez Mahmoud - SVSSP - Despacho - SEI SVSSP/GAS/HU-UFGD Data: 08/09/2021


(16097381)

Viviane Regina Noro – Chefe ULACP - Despacho - SEI


ULACP/SAD/DADT/GAS/HU-UFGD (15904261) Data: 30/08/2021

Paulo Serra Baruki – Chefe DADT - Despacho - SEI DADT/GAS/HU- Data: 30/08/2021
UFGD (15907194)

Aprovação

Thaisa Pase – Gerente de Atenção à Saúde Data: 17/09/2021

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