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CAMPO MOURÃO
2017
2
CAMPO MOURÃO
2017
3
Ministério da Educação
Universidade Tecnológica Federal do Paraná
Câmpus Campo Mourão
Diretoria de Graduação e Educação Profissional
Departamento Acadêmico de Construção Civil
Coordenação de Engenharia Civil
TERMO DE APROVAÇÃO
Trabalho de Conclusão de Curso
ROTEIRO DE MODELAGEM ESTRUTURAL UTILIZANDO A TECNOLOGIA BIM, DESDE
A MODELAGEM NO REVIT ATÉ A ANÁLISE ESTRUTURAL NO ROBOT
por
Isabella Faria Piza
Este Trabalho de Conclusão de Curso foi apresentado às 14h00min do dia 21 de junho de
2017 como requisito parcial para a obtenção do título de ENGENHEIRO CIVIL, pela
Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Após deliberação, a Banca Examinadora
considerou o trabalho aprovado.
Prof. Dr. Jorge Luis Nunes de Goes Prof. Me. Angelo Giovanni Bonfim
Corelhano
( UTFPR )
(UTFPR)
Orientador
AGRADECIMENTOS
RESUMO
ABSTRACT
PIZA, Isabella F. Structural modeling script using BIM technology, from Revit
modeling to Robot structural analysis. 2017. 83 p. Course Completion Work - Civil
Engineering, Federal Technological University of Paraná, Campo Mourão, 2017.
The search for investment in tools that accelerate the work process and increase the
qualitative potential of services is increasingly common. BIM technology is the new
concept when it comes to construction projects, since it uses parameterized
information to model a project. Software that follows the BIM line allows a 3D
visualization of the structure, has an integrated and coordinated database and
information, allows productivity increase, detects constructive elements conflicts,
models objects with definition of physical properties and more. However, in spite of
the innumerable advantages that technology provides, many professionals in the field
are still inert to change, motivated by various justifications. In order to encourage the
use of the new technology, this work presents a structural modeling script through
Autodesk Revit, as well as the export to Autodesk Robot, both BIM software,
indicating the basic script of the modeling and analysis steps, and solving some of
the main incompatibilities that arise.
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................... 11
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12
2.1 OBJETIVO GERAL ............................................................................................. 12
2.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ............................................................................... 12
3 JUSTIFICATIVA..................................................................................................... 13
4 REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................... 14
4.1 EVOLUÇÃO DAS FERRAMENTAS DE DESENHO E REPRESENTAÇÃO ....... 14
4.2 BIM (BUILDING INFORMATION MODELING) .................................................... 15
4.3 AUTODESK REVIT ............................................................................................. 17
4.4 AUTODESK ROBOT STRUCTURAL ANALYSIS PROFESSIONAL ................... 18
4.5 COMBINAÇÕES DE AÇÕES .............................................................................. 19
4.5.1 Combinações últimas das ações ...................................................................... 20
4.5.2 Combinações de utilização das ações ............................................................. 21
4.5.3 Coeficientes de ponderação para combinações últimas .................................. 23
4.6 CARGAS VERTICAIS ......................................................................................... 28
4.6 AÇÕES HORIZONTAIS ...................................................................................... 31
4.6.1 Vento segundo a ABNT NBR 6123:1988 ......................................................... 31
4.6.2 Desaprumo segundo a ABNT NBR 6118:2014 ................................................ 39
5 METODOLOGIA .................................................................................................... 41
5.1 MATERIAIS ......................................................................................................... 41
5.2 MÉTODO............................................................................................................. 41
6 ROTEIRO DE MODELAGEM ESTRUTURAL UTILIZANDO A TECNOLOGIA BIM
.................................................................................................................................. 43
6.1 MODELAGEM ESTRUTURAL NO REVIT .......................................................... 43
6.1.1 Plantas arquitetônicas ...................................................................................... 43
6.1.2 Tarefas preliminares à modelagem .................................................................. 47
6.1.3 Lançamentos dos elementos estruturais .......................................................... 49
6.1.5 Cargas no Revit ................................................................................................ 63
6.1.6 Exportação do modelo estrutural para o Robot Structural Analysis ................. 67
6.2 ANÁLISE ESTRUTURAL NO ROBOT ................................................................ 68
6.2.1 Tarefas complementares ao Revit .................................................................... 68
11
1 INTRODUÇÃO
2 OBJETIVOS
3 JUSTIFICATIVA
4 REFERENCIAL TEÓRICO
∑ 1 1 ∑ 2 0 (1)
Onde:
∑ 1 1 ∑ 2 0 (2)
Onde:
é o fator de combinação efetivo das ações variáveis secundárias;
∑ 1 ∑ 1 0 (3)
Onde:
∑ 1 ∑ 1 2 (4)
Onde:
∑ 1 1 1 ∑ 2 2 (5)
Onde:
Por fim, a combinação de ações que duram apenas algumas horas ao longo
de toda vida útil da edificação é considerada como sendo rara de serviço. É
calculada pela equação 6:
∑ 1 1 ∑ 2 1 (6)
Onde:
Efeito
Combinação Tipo de ação
Desfavorável Favorável
Peso próprio de estruturas metálicas
1,25 1,0
Peso próprio de estruturas pré-moldadas
1,30 1,0
Peso próprio de estruturas moldadas no local
1) 1,35 1,0
Normal Elementos construtivos industrializados
1,35 1,0
Elementos construtivos industrializados com adições in
1,40 1,0
loco
2) 1,50 1,0
Elementos construtivos em geral e equipamentos
Peso próprio de estruturas metálicas
1,15 1,0
Peso próprio de estruturas pré-moldadas
1,20 1,0
Especial ou Peso próprio de estruturas moldadas no local
1) 1,25 1,0
de Elementos construtivos industrializados
1,25 1,0
construção Elementos construtivos industrializados com adições in
1,30 1,0
loco
2) 1,40 1,0
Elementos construtivos em geral e equipamentos
Efeito
Combinação Tipo de estrutura
Desfavorável Favorável
1)
Grandes pontes
1,30 1,0
Edificações tipo 1 e pontes em
Normal 2) 1,35 1,0
geral
3) 1,40 1,0
Edificação tipo 2
1)
Grandes pontes
1,20 1,0
Especial ou Edificações tipo 1 e pontes em
2) 1,25 1,0
de construção geral
3) 1,30 1,0
Edificação tipo 2
1)
Grandes pontes
1,10 1,0
Edificações tipo 1 e pontes em
Excepcional 2) 1,15 1,0
geral
3) 1,20 1,0
Edificação tipo 2
1)
Grandes pontes são aquelas em que o peso próprio da estrutura supera 75% da totalidade das
ações permanentes.
2)
Edificações tipo 1 são aquelas onde as cargas acidentais superam 5 kN/m2.
3)
Edificações tipo 2 são aquelas onde as cargas acidentais não superam 5 kN/m2.
Efeitos
Combinação
Desfavoráveis Favoráveis
Norma ∈ = 1,2 ∈ = 0,0
Especial ou de construção ∈ = 1,2 ∈ = 0,0
Excepcional ∈ = 0,0 ∈ = 0,0
casos de combinação em que a ação variável tende a aliviar a estrutura, esta deve
ser desprezada, segundo a ABNT NBR 8681:2003. Os coeficientes de ponderação
26
1)
Ações truncadas 1,1
Efeito de temperatura 1,0
Especial ou de construção
Ação do vento 1,2
Ações variáveis em geral 1,3
1)
Ações truncadas são consideradas ações variáveis cuja distribuição de máximos é truncada por
um dispositivo físico de modo que o valor dessa ação não pode superar o limite correspondente. O
coeficiente de ponderação mostrado na tabela 4 se aplica a esse valor limite.
Coeficiente de
Combinação Tipo de estrutura
ponderação
Pontes e edificações tipo 1 1,5
Normal
Edificações tipo 2 1,4
1)
Quando a ações variáveis forem consideradas conjuntamente, o coeficiente de ponderação
mostrado na tabela 5 se aplica a todas as ações, devendo-se considerar também conjuntamente as
ações permanentes diretas. Nesse caso permite-se considerar separadamente as ações indiretas
como recalque de apoio e retração dos materiais conforme tabela 3 e o efeito de temperatura
conforme tabela 4.
Tabela 6 - Valores dos fatores de combinação (ψ0) e de redução (ψ1 e ψ2) para as
ações variáveis
Ações ψ0 ψ1 ψ2
Cargas acidentais de edifícios
(continua)
Peso específico
Materiais
aparente (kN/m3)
Arenito 26,0
Basalto 30,0
1 Rocha Gneiss 30,0
Granito 28,0
Mármore e calcário 28,0
(conclusão)
Peso específico
Materiais
aparente (kN/m3)
Aço 78,5
Alumínio e ligas 28,0
Bronze 85,0
Chumbo 114,0
Cobre 89,0
5 Metais
Ferro fundido 72,5
Estanho 74,0
Latão 85,0
Zinco 72,0
AIcatrão 12,0
Asfalto 13,0
diversos Borracha 17,0
6 Materiais Papel 15,0
Plástico em folhas 21,0
Vidro plano 26,0
(continua)
Local Carga
1 Arquibancadas - 4
1)
2 Balcões Mesma carga da peça com a qual se comunicam -
Escritórios e banheiros 2
3 Bancos
Salas de diretoria e de gerência 1,5
Sala de leitura
2,5
Sala para depósito de livros
4 Bibliotecas 4
Sala com estantes de livros a ser determinada em cada caso ou 2,5
6
kN/m2 por metro de altura observado, porém o valor mínimo de
(continua)
Local Carga
9 Cozinhas não
A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo de 3
residenciais
16 Galerias de
A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo 3
arte
17 Galerias de
A ser determinada em cada caso, porém com o mínimo 3
lojas
19 Ginásios de
- 5
esportes
Local Carga
23 Lojas - 4
24 Restaurantes - 3
Palco 5
25 Teatros
Demais dependências: cargas iguais às especificadas para cinemas -
1)
Ao longo dos parapeitos e balcões devem ser consideradas aplicadas uma carga horizontal de 0,8
kN/m na altura do corrimão e uma carga vertical mínima de 2 kN/m.
(7)
Onde:
q é a pressão de obstrução;
CA é o coeficiente de arrasto;
AF é a área de incidência em m².
0 613 2
(8)
Onde:
VK é velocidade característica do vento.
1 2 3 0 (9)
Onde:
V0 é a velocidade básica do vento calculada de acordo com o gráfico da
figura 3;
S1 é o fator topográfico;
S2 é o fator de rugosidade e regime de escoamento;
S3 é o fator estatístico.
35
2 (10)
Onde:
z é a altura a ser calculado o vento;
b é obtido na tabela 9;
Fr é obtido na tabela 9;
p é obtido na tabela 9.
(continua)
Classes
Categoria z (m) Parâmetro
A B C
b 1,100 1,110 1,120
I 250
p 0,060 0,065 0,070
b 1,000 1,000 1,000
II 300 Fr 1,000 0,980 0,950
p 0,085 0,090 0,100
38
(conclusão)
Classes
Categoria z (m) Parâmetro
A B C
b 0,940 0,940 0,930
III 350
p 0,100 0,105 0,115
b 0,860 0,850 0,840
IV 420
p 0,120 0,125 0,135
b 0,740 0,730 0,710
V 500
p 0,150 0,160 0,175
Grupo Descrição S3
Onde:
1 ;
1 ;
1 ;
(11)
Onde:
5 METODOLOGIA
5.1 MATERIAIS
5.2 MÉTODO
Figura 6 - 3D do edifício.
Alguns ajustes que não são essenciais para a modelagem em si (mas que
facilitam muito o trabalho) podem ser feitos. São eles:
“igualar” o nome das plantas estruturais do modelo estrutural às plantas de
piso do modelo de arquitetura do Revit, para que não haja confusão ou falta de
informações na modelagem. A criação/edição de plantas estruturais deve ser
feita dentro da vista “elevações”, com o mesmo nome e cota vertical das plantas
estruturais.
49
Nos casos em que a edificação possui mais de dois níveis é preciso criar
novos níveis para a modelagem estrutural. Neste projeto, por exemplo, foram
criados mais 17 níveis (ou plantas estruturais). Porém, a representação analítica
desses novos 17 níveis não aparece como item de “Plantas Estruturais”. Para ter
acesso ao modelo analítico numa planta criada manualmente, é preciso selecionar a
opção “Analítico isolado”, ao invés de “Nenhum” em “Modelo de vista”, estando com
a planta que deseja ver o modelo analítico aberta. Essa opção encontra-se no menu
de propriedades dentro de “dados de identidade”, como mostra a figura 23. Quando
for preciso voltar ao modelo físico, basta selecionar “Planta estrutural” no lugar de
“Analítico isolado”.
57
V1 P1 e P2 P1 e P2
V2 P3 e P4 P3 e P4
V4 P5 e P7 P6 P6 P5 e P7
V5 P8, P9, P10 e P11 P8, P9, P10 e P11
V7 P12, P13, P14 e P15 P12, P13, P14 e P15
V8 P16 e P18 P17 P17 P16 e P18
V10 P19 e P20 P19 e P20
V11 P21 e P22 P21 e P22
V12 P19 e P12 P16 P16 P19 e P12
V13 P8 e P1 P5 P5 P8 e P1
V14 P13 e P9 P13 e P9
V15 P20 e P17 P20 e P17
V16 P13 e P9 P13 e P9
V17 P2 e P6 P2 e P6
V18 P17 P17
V19 P6 P6
V20 P21 e P17 P21 e P17
V21 P14 e P10 P14 e P10
V22 P6 e P3 P6 e P3
V23 P14 e P10 P14 e P10
V24 P22,P15,P11 e P4 P18 e P7 P18 e P7 P22,P15,P11 e P4
Quadro 1 – Comparativo entre situação de apoio viga/pilar no modelo físico e analítico
Fonte: Autoria Própria
Nas vigas V1, V2, V5, V7, V10, V11, V18 e V19 a situação de apoio entre
viga/pilar nos dois modelos é a mesma. Nas vigas V4, V8, V12, V13, V14, V15, V16,
V17, V20, V21, V22, V23 e V24 a situação é diferente. As vigas V3, V6 e V9 não
aparecem no quadro, pois se apoiam sobre outras vigas.
Para tornar o modelo consistente, em relação a esse quesito, é preciso mudar
os vínculos analíticos das vigas. Um vínculo analítico é um elemento que conecta
dois nós analíticos separados. A criação de vínculos analíticos simplifica e acelera a
modelagem estrutural do modelo. Ao selecionar uma viga analítica qualquer, o menu
de propriedades informa uma série de parâmetros e características da viga. Em
“vínculo analítico” existem três opções: “Da coluna”, “Sim” e “Não”. Escolha a
segunda opção para as vigas que possuem situação de apoio diferente para os dois
60
A diferença entre uma carga hospedada e uma carga não hospedada, é que
na primeira basta selecionar o nó ou elemento estrutural para carrega-lo, e na última
é preciso desenhar o ponto, linha ou área de aplicação da carga. Por exemplo, se a
“Carga de área hospedada” for escolhida para carregar uma laje, basta clicar na laje
a ser carregada. Porém se a “Carga de área” for selecionada, é preciso desenhar os
limites da carga em cima dessa laje. Se o carregamento de uma laje for uniforme é
mais prático escolher a primeira opção, caso contrário (ambientes com
64
base, não foi lançada no Revit, uma vez que o software não possui carga triangular,
e por isso será lançada no Robot.
O vento foi calculado de acordo com a ABNT NBR 6123:1988 e foi aplicado,
pavimento a pavimento, linearmente distribuído nas lajes, nas direções x e y. Já o
desaprumo foi desconsiderado, pois seu valor, para este caso, é inferior a 30% do
valor do vento, como especifica a ABNT NBR 6118:2014.
Como foi dito no capítulo anterior, algumas etapas da modelagem não são
possíveis ou difíceis de realizar no Revit. A carga da parede estrutural da caixa
d’água foi lançada no Robot, a mudança do concreto das vigas e pilares e a inserção
do vínculo dos pilares na base com a fundação devem ser feitas no Robot (para este
trabalho não interessa a modelagem da fundação, somente o tipo de vínculo).
No menu de barras existe a opção “Cargas”. Clique nesta opção e em
seguida em “Definição de cargas”. O quadro ilustrado na figura 37 se abrirá. Nele
contém as cargas de “Nó”, “Barra” e “Superfície”, que equivalem às cargas de
“Ponto”, de “Linha” e de “Área” do Revit, respectivamente. Repare que não é
possível clicar em nenhuma opção de carga, isso por que é preciso escolher o caso
69
de carga a ser empregado. Para isso, no menu de barras escolha o caso que for
conveniente (ver figura 38).
Para inserir a carga referente à pressão hidrostática na parede estrutural,
clique em “Superfície”, que agora encontra-se disponível, ilustrado na figura 37, e
depois escolha a opção “Pressão hidrostática”. Um novo quadro se abrirá para o
preenchimento dos valores do gama do material (neste caso a água) e altura de
coluna d’água. Por fim, clique na superfície que deseja carregar.
localiza no menu de barras inferior, como demonstra a figura 44. Deste modo é
possível visualizar os eixos locais de cada elemento estrutural. Em “Diagrama para
barras...” além dos diagramas de força e momento, existem as opções “Flambagem”
que equivale ao deslocamento da estrutura, “Tensões”, “Reações”, “Armadura” e
“Parâmetros”. Na última, é interessante selecionar “Texto” em “Descrição de
diagrama” para que além do desenho do diagrama das barras, apareçam os valores
(figura 45). Todos esses resultados são lidos na vista 3D, portanto é interessante
para somente uma breve análise. É importante salientar que, como no caso da
inserção da carga hidrostática, para fazer todas essas análises é preciso estar com
o caso de carga ou combinação em análise selecionado no menu de barras superior.
Tabela 11 - Combinações
7 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS