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Os extrovertidos, por sua vez, se envolvem com o mundo externo das pessoas e das
coisas. Eles tendem a ser mais sociais e mais conscientes do que acontece à sua volta.
Necessitam se proteger para não serem dominados pelas exterioridades e, ao contrário
dos introvertidos, se alienarem de seus próprios processos internos. Algumas vezes
esses indivíduos são tão orientados para os outros que podem acabar se apoiando quase
exclusivamente nas ideias alheias, ao invés de desenvolverem suas próprias opiniões.
As Funções Psíquicas
O Pensamento
O Sentimento
A Sensação
A Intuição
Arquétipos
Uma extensa variedade de símbolos pode ser associada a um Arquétipo. Por exemplo, o
Arquétipo materno compreende não somente a mãe real de cada indivíduo, mas também
todas as figuras de mãe, figuras nutridoras. Isto inclui mulheres em geral, imagens
míticas de mulheres (tais como Vênus, Virgem Maria, mãe Natureza) e símbolos de
apoio e nutrição, tais como a Igreja e o Paraíso. O Arquétipo materno inclui aspectos
positivos e negativos, como a mãe ameaçadora, dominadora ou sufocadora. Na Idade
Média, por exemplo, este aspecto do Arquétipo estava cristalizado na imagem da velha
bruxa.
Jung escreveu que cada uma das principais estruturas da personalidade seriam
Arquétipos, incluindo o Ego, a Persona, a Sombra, a Anima (nos homens), o Animus
(nas mulheres) e o Self.
Símbolos
Jung se interessa nos símbolos naturais, que são produções espontâneas da psique
individual, mais do que em imagens ou esquemas deliberadamente criados por um
artista. Além dos símbolos encontrados em sonhos ou fantasias de um indivíduo, há
também símbolos coletivos importantes, que são geralmente imagens religiosas, tais
como a cruz, a estrela de seis pontas de David e a roda da vida budista.
Imagens e termos simbólicos, via de regra, representam conceitos que nós não podemos
definir com clareza ou compreender plenamente. Para Jung, um signo representa
alguma outra coisa; um símbolo é alguma coisa em si mesma, uma coisa dinâmica e
viva. O símbolo representa a situação psíquica do indivíduo e ele é essa situação num
dado momento.
Aquilo a que nós chamamos de símbolo pode ser um termo, um nome ou até uma
imagem familiar na vida diária, embora possua conotações específicas além de seu
significado convencional e óbvio. Assim, uma palavra ou uma imagem é simbólica
quando implica alguma coisa além de seu significado manifesto e imediato. Esta palavra
ou esta imagem tem um aspecto inconsciente mais amplo que não é nunca precisamente
definido ou plenamente explicado.
Os Sonhos
Os sonhos são pontes importantes entre processos conscientes e inconscientes.
Comparado à nossa vida onírica, o pensamento consciente contém menos emoções
intensas e imagens simbólicas. Os símbolos oníricos frequentemente envolvem tanta
energia psíquica, que somos compelidos a prestar atenção neles.
Para Jung, os sonhos desempenham um importante papel complementar ou
compensatório. Os sonhos ajudam a equilibrar as influências variadas a que estamos
expostos em nossa vida consciente, sendo que tais influências tendem a moldar nosso
pensamento de maneiras frequentemente inadequadas à nossa personalidade e
individualidade. A função geral dos sonhos, para Jung, é tentar estabelecer a nossa
balança psicológica pela produção de um material onírico que reconstitui equilíbrio
psíquico total.
Jung abordou os sonhos como realidades vivas que precisam ser experimentadas e
observadas com cuidado para serem compreendidas. Ele tentou descobrir o significado
dos símbolos oníricos prestando atenção à forma e ao conteúdo do sonho e, com relação
à análise dos sonhos, Jung distanciou-se gradualmente da maneira psicanalítica na livre
associação.
Pelo fato do sonho lidar com símbolos, Jung achava que eles teriam mais de um
significado, não podendo haver um sistema simples ou mecânico para sua interpretação.
Qualquer tentativa de análise de um sonho precisa levar em conta as atitudes, a
experiência e a formação do sonhador. É uma aventura comum vivida entre o analista e
o analisando. O caráter das interpretações do analista é apenas experimental, até que
elas sejam aceitas e sentidas como válidas pelo analisando.
O Ego
De acordo com Jung, a princípio a psique é apenas o inconsciente. O Ego emerge dele e
reúne numerosas experiências e memórias, desenvolvendo a divisão entre o
inconsciente e o consciente. Não há elementos inconscientes no Ego, só conteúdos
conscientes derivados da experiência pessoal.
A Persona
Nossa Persona é a forma pela qual nos apresentamos ao mundo. É o caráter que
assumimos; através dela nós nos relacionamos com os outros. A Persona inclui nossos
papéis sociais, o tipo de roupa que escolhemos para usar e nosso estilo de expressão
pessoal. O termo Persona é derivado da palavra latina equivalente à máscara, se refere
às máscaras usadas pelos atores no drama grego para dar significado aos papéis que
estavam representando. As palavras "pessoa" e "personalidade" também estão
relacionadas a este termo.
A Persona tem aspectos tanto positivos quanto negativos. Uma Persona dominante pode
abafar o indivíduo e aqueles que se identificam com sua Persona tendem a se ver apenas
nos termos superficiais de seus papéis sociais e de sua fachada. Jung chamou também a
Persona de Arquétipo da conformidade. Entretanto, a Persona não é totalmente negativa.
Ela serve para proteger o Ego e a psique das diversas forças e atitudes sociais que nos
invadem. A Persona é também um instrumento precioso para a comunicação. Nos
dramas gregos, as máscaras dos atores, audaciosamente desenhadas, informavam a toda
à plateia, ainda que de forma um pouco estereotipada, sobre o caráter das atitudes do
papel que cada ator estava representando. A Persona pode, com frequência,
desempenhar um papel importante em nosso desenvolvimento positivo. À medida que
começamos a agir de determinada maneira, a desempenhar um papel, nosso Ego se
altera gradualmente nessa direção.
Entre os símbolos comumente usados para a Persona, incluem-se os objetos que usamos
para nos cobrir (roupas, véus), símbolos de um papel ocupacional (instrumentos, pasta
de documentos) e símbolos de status (carro, casa, diploma). Esses símbolos foram todos
encontrados em sonhos como representações da Persona. Por exemplo, em sonhos, uma
pessoa com Persona forte pode aparecer vestida de forma exagerada ou constrangida por
um excesso de roupas. Uma pessoa com Persona fraca poderia aparecer despida e
exposta. Uma expressão possível de uma Persona extremamente inadequada seria o fato
de não ter pele.
A Sombra
Para Jung, a Sombra é o centro do Inconsciente Pessoal, o núcleo do material que foi
reprimido da consciência. A Sombra inclui aquelas tendências, desejos, memórias e
experiências que são rejeitadas pelo indivíduo como incompatíveis com a Persona e
contrárias aos padrões e ideais sociais. Quanto mais forte for nossa Persona, e quanto
mais nos identificarmos com ela, mais repudiaremos outras partes de nós mesmos. A
Sombra representa aquilo que consideramos inferior em nossa personalidade e também
aquilo que negligenciamos e nunca desenvolvemos em nós mesmos. Em sonhos, a
Sombra frequentemente aparece como um animal, um anão, um vagabundo ou qualquer
outra figura de categoria mais baixa.
Em seu trabalho sobre repressão e neurose, Freud concentrou-se, de inicio, naquilo que
Jung chama de Sombra. Jung descobriu que o material reprimido se organiza e se
estrutura ao redor da Sombra, que se torna, em certo sentido, um Self negativo, a
Sombra do Ego. A Sombra é, via de regra, vivida em sonhos como uma figura escura,
primitiva, hostil ou repelente, porque seus conteúdos foram violentamente retirados da
consciência e aparecem como antagônicos à perspectiva consciente. Se o material da
Sombra for trazido à consciência, ele perde muito de sua natureza de medo, de
desconhecido e de escuridão.
A Sombra é mais perigosa quando não é reconhecida pelo seu portador. Neste caso, o
indivíduo tende a projetar suas qualidades indesejáveis em outros ou a deixar-se
dominar pela Sombra sem o perceber. Quanto mais o material da Sombra tornar-se
consciente, menos ele pode dominar. Entretanto, a Sombra é uma parte integral de nossa
natureza e nunca pode ser simplesmente eliminada. Uma pessoa sem Sombra não é uma
pessoa completa, mas uma caricatura bidimensional que rejeita a mescla do bom e do
mal e a ambivalência presentes em todos nós.
Cada porção reprimida da Sombra representa uma parte de nós mesmos. Nós nos
limitamos na mesma proporção que mantemos este material inconsciente.
O Self
O Self é um fator interno de orientação, muito diferente e até mesmo estranho ao Ego e
à consciência. Para Jung, o Self não é apenas o centro, mas também toda a
circunferência que abarca tanto o consciente quanto o inconsciente, ele é o centro desta
totalidade, tal como o Ego é o centro da consciência. Ele pode, de início, aparecer em
sonhos como uma imagem significante, um ponto ou uma sujeira de mosca, pelo fato do
Self ser bem pouco familiar e pouco desenvolvido na maioria das pessoas. O
desenvolvimento do Self não significa que o Ego seja dissolvido. Este último continua
sendo o centro da consciência, mas agora ele é vinculado ao Self como conseqüência de
um longo e árduo processo de compreensão e aceitação de nossos processos
inconscientes. O Ego já não parece mais o centro da personalidade, mas uma das
inúmeras estruturas dentro da psique.
Crescimento Psicológico - Individuação
Segundo Jung, todo indivíduo possui uma tendência para a Individuação ou auto-
desenvolvimento. Individuação significa tornar-se um ser único, homogêneo. Na
medida em que por individualidade entendemos nossa singularidade mais íntima, última
e incomparável, significando também que nos tornamos o nosso próprio si mesmo.
Pode-se traduzir Individuação como tornar-se si mesmo, ou realização do si mesmo.
Essa consciência ampliada não é mais aquele novelo egoísta de desejos, temores,
esperanças e ambições de caráter pessoal, que sempre deve ser compensado ou
corrigido por contra-tendências inconscientes; tornar-se-á uma função de relação com o
mundo de objetos, colocando o indivíduo numa comunhão incondicional, obrigatória e
indissolúvel com o mundo.
Como analista, Jung descobriu que aqueles que vinham a ele na primeira metade da vida
estavam relativamente desligados do processo interior de Individuação; seus interesses
primários centravam-se em realizações externas, no "emergir" como indivíduos e na
consecução dos objetivos do Ego. Analisandos mais velhos, que haviam alcançado tais
objetivos, de forma razoável, tendiam a desenvolver propósitos diferentes, interesse
maior pela integração do que pelas realizações, busca de harmonia com a totalidade da
psique.
O terceiro passo é o confronto com a Anima ou Animus. Este Arquétipo deve ser
encarado como uma pessoa real, uma entidade com quem se pode comunicar e de quem
se pode aprender. Jung faria perguntas à sua Anima sobre a interpretação de símbolos
oníricos, tal como um analisando a consultar um analista. O indivíduo também se
conscientiza de que a Anima (ou o Animus) tem uma autonomia considerável e de que
há probabilidade dela influenciar ou até dominar aqueles que a ignoram ou os que
aceitam cegamente suas imagens e projeções como se fossem deles mesmos.
Jung escreve que devemos ser aquilo que somos e precisamos descobrir nossa própria
individualidade, aquele centro da personalidade que é equidistante do consciente e do
inconsciente. Dizia que precisamos visar este ponto ideal em direção ao qual a natureza
parece estar nos dirigindo. Só a partir deste ponto podemos satisfazer nossas
necessidades.
ISSO
O isso não tolera aumentos de energia, que são experienciados como estados de tensão
desconfortáveis. Conseguintemente, quando o nível de tensão do organismo aumenta,
como resultado ou de estimulação externa ou de excitações internamente produzidas, o
isso funciona de maneira a descarregar a tensão imediatamente e fazer o organismo
voltar a um nível de energia confortavelmente constante e baixo. Esse princípio de
redução de tensão pelo qual o isso opera é chamado de princípio do prazer. (HALL,
LINDZEY, CAMPBELL, 1998, p.53)
Eu
Supereu
O último sistema da personalidade a se desenvolver é o supereu, força moral da
personalidade, obtida por meio da introjeção dos valores e padrões dos pais e da
sociedade. “Ele é o representante interno dos valores tradicionais e dos ideais da
sociedade conforme interpretados para a criança pelos pais e impostos por um sistema
de recompensas e punições” (HALL, LINDZEY, CAMPBELL, 1998, p. 54).
A principal preocupação do supereu é decidir se uma coisa é certa ou errada, para poder
agir de acordo com os padrões morais da sociedade, desenvolvendo-se em respostas às
recompensas e punições dadas pelos pais por volta dos cinco ou seis anos de idade. Para
receber recompensas e evitar punições, a criança passa a orientar seu comportamento de
acordo com os pais. Quando ela é punida, seu comportamento fica incorporado à
consciência. Quando ela é recompensada ou elogiada, esse comportamento fica
incorporado no seu ideal de EU. A consciência pune, fazendo-a se sentir culpada e o
ideal de Eu recompensa, fazendo-a se sentir orgulhosa.
Com isso, a criança aprende um conjunto de regras que são aceitas ou rejeitadas por
seus pais, introjetando esses ensinamentos, as recompensas e castigos, tornam-se auto-
administráveis.
O controle dos pais é substituído pelo autocontrole. Nós passamos a nos comportar, pelo
menos em parte, de acordo com as diretrizes morais agora em grande parte
inconscientes. Como resultado dessa introjeção, experimentamos culpa ou vergonha
sempre que agimos (ou pensamos em agir) em desacordo com esse código moral.
(SCHULTZ, SCHULTZ, 2002, p. 51)
O supereu não busca prazer (como o ISSO), nem a obtenção de metas realistas (como o
ego), mas apenas a perfeição moral. O isso pressiona por satisfação, o Eu tenta adiá-la e
o supereu coloca a moralidade acima de tudo. (SCHULTZ, SCHULTZ, 2002, p. 51)
Isso, Eu e supereu, na verdade, são apenas nomes para vários processos psicológicos. A
personalidade, normalmente, funciona como um todo e esses diferentes princípios
trabalham juntos, sob a liderança do EU. O isso seria o componente biológico da
personalidade, o Eu o componente psicológico e o supereu o componente social. O ego,
por ficar no meio, é pressionado pelo id, pela realidade e pelo supereu e o “resultado
inevitável desse confronto, quando o Eu é excessivamente pressionado, é o surgimento
da ansiedade” (SCHULTZ, SCHULTZ, 2002, p.51)
3.1 Repressão
3.2 Negação
A negação talvez possa ser considerada o mecanismo de defesa mais ineficaz, pois se
baseia em simplesmente negar os fatos acontecidos à base de mentiras que acabam se
confundido e na maioria das vezes contrariando uma à outra. Um bom exemplo de
negação é um garoto que, ao ser acusado de roubo, que é realmente culpado, diz não ter
nada com o acontecido, ou mesmo quando a mãe, percebendo uma completa mudança
de comportamento dentro de casa, alega que o filho sai para trabalhar, quando é notório
que ele é usuário de drogas.
Quando a repressão de fortes impulsos é acompanhada por uma tendência contrária, sob
a forma de comportamentos e sentimentos exatamente opostos às tendências reprimidas,
tal tendência é chamada de formação reativa. Uma mãe que se preocupa
exageradamente com o filho pode ser reflexo de uma verdadeira hostilidade a ele. Uma
pessoa demasiadamente valente pode ser reflexo de um medo do oculto.
Esse mecanismo de defesa mantém o impulso indesejado longe do consciente,
superenfatizando o impulso oposto. É um processo psíquico que se caracteriza pela
adoção de uma atitude de sentido oposto a um desejo que tenha sido recalcado,
constituindo-se, então, numa reação contra ele. Muitas vezes tenta-se negar ou reprimir
alguns impulsos na tentativa de defender a pessoa contra um perigo instintivo. São
atitudes que cortam a expressão de impulsos contrários, os quais, no entanto, de vez em
quando, irrompem por diversos modos.
Nas peculiaridades dessa ordem, a psicanálise consegue provar que a atitude oposta
original ainda está presente no inconsciente. Chamam-se formações reativas essas
atitudes opostas secundárias. As formações reativas representam mecanismo de defesa
separado e independente ou podem constituir consequência e reafirmação de uma
repressão estabelecida.
3.4 Projeção
3.5 Regressão
3.6 Racionalização
Racionalização é uma forma de substituir por boas razões uma determinada conduta que
exija explicações, de um modo geral, da parte de quem a adota. Os Psicanalistas, em
tom jocoso, dizem que racionalização é uma mentira inconsciente que se põe no lugar
do que se reprimiu. A pessoa amada que não quer mais você, agora tem muitos defeitos.
3.7 Deslocamento
Também pode ser uma ideia representada por uma outra, que, emocionalmente, esteja
associada à ela. É o caso de alguém que tendo tido uma experiência desagradável com
um policial, reaja desdenhosamente, em relação a todos os policiais. É muito corrente
nos sonhos, onde uma coisa representa outra. Também se manifesta na transferência,
fazendo com que o indivíduo apresente sentimentos em relação a uma pessoa que, na
verdade, lhe representa uma outra do seu passado. Esse fenômeno, particularmente
visível na análise do sonho, encontra-se na formação dos sintomas psiconeuróticos e, de
um modo geral, em todas as formações do inconsciente. Deslocamento dos impulsos do
id de um objeto ameaçador e indisponível para um outro substituto disponível.
3.8 Sublimação