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ADMINISTRAÇÃO
BNDESPAR
2º trimestre de 2019
Sumário
1. BNDESPAR ......................................................................................................................................................................... 3
2. Pronunciamento CPC nº 48/2016 – Instrumentos Financeiros ................................................................................... 3
3. Cenário Macroeconômico ...................................................................................................................................................... 4
4. Desempenho Econômico-Financeiro ................................................................................................................................... 6
4.1. Principais Indicadores ......................................................................................................................................................... 6
4.2. Resultado .............................................................................................................................................................................. 7
4.2.1. Resultado com Participações Societárias .................................................................................................................... 7
4.2.2. Resultado com Operações Financeiras ...................................................................................................................... 10
4.2.3. Outras Despesas, líquidas ............................................................................................................................................ 11
4.2.4. Tributação sobre o Lucro .............................................................................................................................................. 11
4.2.5. Outros Resultados Abrangentes/Lucro Líquido Abrangente ................................................................................... 11
4.3. Posição Financeira ............................................................................................................................................................ 12
4.3.1. Disponibilidades .............................................................................................................................................................. 12
4.3.2. Debêntures ...................................................................................................................................................................... 12
4.3.3. Participações Societárias .............................................................................................................................................. 12
4.3.4. Gerenciamento da Carteira de Investimentos ............................................................................................................ 13
4.3.5. Outras Obrigações ......................................................................................................................................................... 14
4.3.6. Patrimônio Líquido ......................................................................................................................................................... 14
5. Controles Internos ................................................................................................................................................................. 14
6. Instrução CVM 381/2003 ..................................................................................................................................................... 15
7. Agradecimentos..................................................................................................................................................................... 15
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1. BNDESPAR
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decorrentes de taxa efetiva dos ativos financeiros relacionados a instrumentos de dívida; e (iv)
impactos tributários decorrentes dos itens anteriores.
3. Cenário Macroeconômico
O primeiro semestre de 2019 foi caracterizado por um cenário internacional menos desafiador
para as economias emergentes que aquele observado ao longo de 2018. Com a intensificação
da contenda comercial entre EUA e China e o aumento das tendências protecionistas no
intercâmbio mundial, a desaceleração do comércio internacional se intensificou, contribuindo
para a redução no ritmo de crescimento mundial. Esse menor dinamismo econômico global
acompanhado da ausência de tendências inflacionárias nas principais economias do planeta
implica na manutenção das taxas de juros internacionais em patamares baixos e, assim, a
continuidade do panorama de liquidez global elevada. A política monetária norte-americana,
que ao longo de 2018 foi progressivamente mais restritiva, reverteu neste primeiro semestre
suas perspectivas de evolução. De fato, além da taxa básica de juros nos EUA manter-se
inalterada e em níveis relativamente baixos ao longo do período, as projeções dos investidores
envolvem hoje expectativas de uma política monetária mais acomodativa, com dois cortes no
patamar de juros até o final do ano.
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força de trabalho brasileira está subutilizada. Além disso, houve piora da qualidade dos postos
de trabalho gerados, com ganho de participação da informalidade.
No cenário fiscal, o resultado primário do setor público consolidado acumula o valor positivo de
R$ 7 bilhões até maio. Por outro lado, o baixo dinamismo da economia vem reduzindo a folga
para o cumprimento da meta para 2019, gerando a necessidade de contingenciamento no
orçamento. A relação dívida bruta/PIB ficou em 78,7% do PIB em maio, ligeiramente abaixo do
índice de abril (79,0%), maior valor da série histórica. Fora os dados de curto prazo, a agenda
de reformas continua em destaque. A reforma da previdência segue avançando nas etapas
legislativas, enquanto o Plano de Auxílio aos Estados finalmente foi apresentado. Como
assinalado acima, o encaminhamento dessas questões será fundamental para sustentar o
crescimento nos próximos anos.
Por fim, as contas externas continuam com bom desempenho. O saldo comercial vem se
reduzindo mas, por conta do baixo dinamismo da atividade, essa diminuição tem sido lenta e
gradual, mantendo-se o resultado em patamar confortavelmente positivo (US$ 26,0 bilhões no
primeiro semestre de 2019 ante US$ 30 bilhões observados no primeiro semestre de 2018). Já
os investimentos diretos no país (IDP), da ordem de US$ 96,6 bilhões líquidos no acumulado
de 12 meses encerrados em maio de 2019 (máxima da série histórica) serão mais do que
suficientes para o financiamento do déficit em transações correntes, projetado em junho de
2019 pelo Banco Central em US$ 19,3 bilhões. Para o segundo semestre de 2019, espera-se
uma discreta aceleração do ritmo de crescimento da economia.
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4. Desempenho Econômico-Financeiro
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4.2. Resultado
A BNDESPAR registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 647 milhões no 2T19, ante um lucro
líquido ajustado de R$ 3.266 milhões registrado no mesmo trimestre de 2018, impactado,
principalmente, pela piora no resultado com operações financeiras.
(R$ milhões)
2T18 2T19
3.128
2.801
837
509 591
413 327
220 246 151
- 0 - 69 1 30
(R$ milhões)
12.611
1S18 1S19
8.062
5.995
5.116
4.549
4.122
Importante destacar que as alterações introduzidas com a adoção do novo normativo contábil
referentes ao reconhecimento do resultado com alienações de participações societárias
atingiram apenas as alienações de participações societárias mensuradas a valor justo
(participações em sociedades não coligadas e cotas de fundos de investimentos). O resultado
com alienações dos investimentos em sociedades coligadas continua sendo reconhecido na
demonstração de resultado.
No 2T19, a alienação mais relevante foi a venda total da participação na empresa Linx, que
gerou um ganho bruto de R$ 235 milhões.
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No 1S19 não houve necessidade de constituição ou reversão de provisão para perdas por
impairment para coligadas. Em decorrência da adoção do CPC 48, a partir de 1º de janeiro de
2018, não há mais reconhecimento de impairment para as participações acionárias em não
coligadas.
A receita com dividendos e juros sobre capital próprio no 2T19 teve como destaque os
dividendos recebidos da CEG, Petrobras e Eletrobras no montante de R$ 88 milhões,
R$ 109 milhões e R$ 141 milhões, respectivamente, representando 66% do total recebido no
período. No acumulado, obteve-se um montante de R$ 520 milhões no 1S19, 19,5% superior
ao resultado alcançado no 1S18.
O ganho de R$ 151 milhões com derivativos de renda variável no 2T19 foi decorrente
basicamente, dos efeitos oriundos dos derivativos embutidos em debêntures, que geraram uma
perda de R$ 160 milhões no 2T18. No 1S19 houve uma queda de 129% no resultado com
derivativos de renda variável em relação ao 1S18, devido, principalmente a uma baixa do saldo
de um derivativo isolado por ocasião da realização de exercício de opção de venda, ocorrida no
1T19. A receita de venda associada a este exercício se encontra na rubrica de alienação de
instrumentos financeiros.
O resultado com ações bonificadas e outros no semestre foi impactado, positivamente, pelo
valor de R$ 622 milhões, referente à diferença entre o custo das ações de Fibria e o valor de
mercado da Suzano, quando da troca de ações ocorrida no processo de incorporação da
Fibria.
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4.2.2. Resultado com Operações Financeiras
(R$ milhões)
2T18 2T19
2.101
1.281
859
(39) (35)
(557) (755)
(1.347)
Receitas de Operações Financeiras Despesas de Operações Financeiras
Provisão para Risco de Crédito Resultado de Operações Financeiras
(R$ milhões)
1S18 1S19
1.134
590 628
(711) (571)
Receitas de Operações Financeiras Despesas de Operações Financeiras
Provisão para Risco de Crédito Resultado de Operações Financeiras
O resultado com operações financeiras no 1S19 foi negativo em R$ 711 milhões, uma queda
de 162,7% em relação ao 1S18. No 2T19, esse resultado também foi negativo em R$ 1.347
milhões, uma redução de 164,1% em relação ao 2T18. Essas quedas são explicadas
principalmente pelo provisionamento de 100% de alguns ativos em virtude da Recuperação
Judicial, gerando um ajuste a valor de justo negativo sobre debêntures e um aumento da
despesa com provisão para redução ao valor recuperável sobre outros créditos. Por outro lado,
as operações compromissadas originaram um resultado positivo de R$ 927 milhões no
semestre, atenuando a perda no período.
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4.2.3. Outras Despesas, líquidas
Abaixo destacamos as principais variações ocorridas nos trimestres e semestres em outras
despesas, líquidas:
Queda de R$ 58 milhões (58,0%) da despesa com provisões trabalhistas e cíveis na
comparação entre 1S19 e 1S18, influenciada por um aumento dessa despesa no 1S18
ocorrida em função de atualização do valor da condenação de um processo civil contra
a BNDESPAR com chance de perda provável;
Crescimento de R$ 17 milhões (18,9%) da despesa com pessoal no 2T19 em
relação ao 2T18, devido ao aumento do percentual de rateio da BNDESPAR, de 21%
em 2018 para 23% em 2019, nas despesas de pessoal do Sistema BNDES (aumento
de R$ 28 milhões da despesa com pessoal no 1S19 em relação ao 1S18) . O
percentual de rateio atribuído às empresas do Sistema BNDES é calculado com base
no produto de intermediação financeira do exercício anterior e aplicável a todo
exercício corrente; e,
As despesas com tributos, referentes basicamente a PIS e COFINS, passaram de
um resultado positivo de R$ 34 milhões em 2T18 para um resultado negativo de R$ 49
milhões em 2T19. As despesas tributárias registradas no 1S19 acompanham a maior
receita financeira registrada no semestre.
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não coligadas foi de R$ 2.923 milhões e dos ajustes a valor justo positivo dessas participações
foi de R$ 2.032 milhões, líquido de tributos.
4.3.1. Disponibilidades
A redução de R$ 4.266 milhões (13,5%) no 2T19 foi decorrente, principalmente, do pagamento
de dividendos complementares e, do vencimento no 2T19 de debêntures emitidas.
4.3.2. Debêntures
A queda de R$ 1.338 milhões (19,9%) da carteira de debêntures foi influenciada basicamente,
pelo ajuste negativo no valor justo.
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4.3.4. Gerenciamento da Carteira de Investimentos
O gerenciamento da carteira de investimentos da BNDESPAR enfatiza a diversificação e o giro
de ativos. Em 30 de junho de 2019, tal carteira compreendia títulos de emissão de 113
empresas (incluindo ações em 84) e de 41 fundos, com valores concentrados principalmente
nos setores de petróleo e gás, mineração, energia elétrica, alimentos e bebidas, papel e
celulose e bens de capital, conforme demonstrado na tabela abaixo:
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4.3.5. Outras Obrigações
O decréscimo de R$ 2.782 milhões (20,8%) no 2T19 deveu-se, sobretudo, ao pagamento dos
dividendos obrigatórios referentes ao lucro de 2018 no 1T19, no montante de R$ 1,4 bilhão, e à
redução de R$ 995 milhões nos tributos diferidos, decorrente sobretudo da desvalorização da
carteira de ações no trimestre.
5. Controles Internos
A estrutura de gerenciamento de risco, controle interno e compliance do BNDES, comum a
todos os riscos, é composta por: Conselho de Administração (CA); Comitê de Riscos (CR);
Comitê de Auditoria (COAUD); Diretoria; Diretor de Riscos; Área de Integridade, Controladoria
e Gestão de Riscos (AICR); e Departamento de Validação (DEVAL), além de colegiados
especializados em cada um dos principais tipos de riscos a que o Sistema BNDES está
exposto.
Nesse sentido, a primeira camada é constituída pelos gestores dos processos que são
responsáveis por gerir riscos e manter controles adequados. A Área de Integridade,
Controladoria e Gestão de Riscos (AICR) atua como segunda camada, sendo responsável por
desenvolver metodologias para gestão de riscos, controles e compliance, apoiando os gestores
quanto à sua aplicação, monitorando o ambiente e a gestão desses temas, e reportando-se à
estrutura de governança. A segunda camada também é composta por outras Áreas que
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executam ações de monitoramento, gestão de riscos, controles e compliance vinculadas às
suas próprias atribuições.
A terceira camada é formada pela Auditoria Interna (AT), que tem a função de avaliar a
efetividade do processo de gestão de risco, controle interno e compliance, de maneira
independente, reportando-se ao COAUD e ao CA. Dessa forma, seus apontamentos também
podem contribuir para o aprimoramento dos controles internos e para a mitigação de riscos nos
processos.
7. Agradecimentos
Agradecemos aos nossos colaboradores a dedicação e o talento, que nos permitem alcançar
resultados consistentes; aos nossos clientes, que nos motivam na incessante busca do
desenvolvimento de nossos serviços; e ao mercado, pelo apoio e confiança indispensáveis.
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