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Professor Autor
Amanda Amorim Costa e Silva
Design Instrucional
Deyvid Souza Nascimento
Renata Marques de Otero
Terezinha Mônica Sinício Beltrão
Diagramação
Klébia Carvalho
Coordenação
Annara Perboire
Coordenação Executiva
George Bento Catunda
Coordenação Geral
Paulo Fernando de Vasconcelos Dutra
Dezembro, 2017
Catalogação na fonte
Bibliotecário Hugo Carlos Cavalcanti, CRB4-2129
S586e
Silva, Amanda Amorim Costa e.
Educação a Distância: Curso Técnico em Multimeios
Didáticos: Educação a distância / Amanda Amorim Costa e
Silva. – Recife: Secretaria Executiva de Educação Profissional
de Pernambuco, 2017.
45 p.: il.
CDU – 37.018.43
Sumário
Introdução .............................................................................................................................................. 4
2.2.2 Regras gerais para a escrita de atividades a serem enviadas diretamente ao professor ..................... 27
Referências ........................................................................................................................................... 44
Desde a popularização da internet, a oferta de cursos a distância tem aumentado ano após ano,
particularmente na Educação Profissional e no Ensino Superior, tanto no Brasil como no resto do
mundo. De fato, cada vez mais a EaD é percebida como uma forma democrática e flexível de
oferecer acesso à educação a um público muito diversificado e que, por variadas razões, não pode
se deslocar para as instituições formais de ensino.
Se você já concluiu os módulos anteriores desse curso, sabe por experiência o que é um curso a
distância, mas será que você conhece as origens desse modo de fazer educação? Sabe como ele se
desenvolveu ao longo do tempo? Conhece as características que tornam a EaD diferente da
educação presencial?
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Competência 01
Durante essa semana, vamos explorar conteúdos muito importantes para o seu processo de
formação. Vamos conhecer o que é a educação a distância (EaD), quais as suas principais
caraterísticas, como ela se desenvolveu ao longo do tempo no Brasil e no mundo. O que surgiu de
novo? O que ficou para trás? Você vai perceber que, em nosso século, cada vez mais se consolidam
novos caminhos para a aprendizagem, fortemente apoiados em tecnologias digitais.
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Competência 01
Naquele contexto, todo o material instrucional era enviado por correspondência aos estudantes
que deveriam postar de volta os exames respondidos e, então, aguardar as respostas dos
professores. Todo o relacionamento entre o estudante e a instituição/professor como pedidos de
informações, pagamentos e reclamações era realizado por correspondência. Vale destacar, ainda,
que esse tipo de ensino favoreceu a educação das mulheres que, em sua maioria, não tinham
acesso às escolas formais. A norte-americana Anna Eliot Ticknor fundou, em 1873, a Society to
Encourage Studies at Home, uma das primeiras escolas a distância dos Estados Unidos com o
objetivo de ajudar mulheres a estudarem em casa com materiais enviados por correspondência.
A segunda geração de educação a distância teve início nas primeiras décadas do século XX. Por
aquele período, as principais tecnologias educacionais utilizadas na EaD ainda eram os materiais
impressos enviados por correios e ferrovias, mas mudanças importantes passaram a acontecer nos
“bastidores” dos cursos a distância, pois começaram a surgir métodos para o desenvolvimento de
cursos e, como veremos, aumentou o número de profissionais a trabalhar na produção de um curso
em parceria com os professores.
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Competência 01
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Competência 01
O surgimento dessa quarta geração da EaD se deu em um contexto social e econômico no qual a
informação passou a ser considerada o mais importante bem que um profissional pode possuir. A
informação sempre foi um recurso importante no mundo do trabalho, afinal, para se produzir
qualquer mercadoria ou se oferecer qualquer serviço necessário ter informação. Mas, o que
defendem alguns autores, é que nos dias atuais a informação não é utilizada apenas para se criar
produtos, mas para se criar novas informações e novas tecnologias de informação e comunicação.
Hoje, existe todo um mercado que vive pura e simplesmente da informação. Daí o termo
“sociedade informacional” para se referirem à sociedade em que vivemos hoje.
Abaixo, você encontra um quadro que sintetiza as características de cada geração de EaD.
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Competência 01
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Competência 01
É importante destacarmos que, ao longo do tempo, as gerações de EaD foram convivendo umas
com as outras, ou seja, as gerações anteriores não desapareceram. Ainda hoje há cursos que
utilizam os correios, materiais impressos e a televisão. Também é importante informarmos que nem
todos os autores que escrevem sobre a EaD concordam com a classificação da educação a distância
em quatro gerações. Alguns vão defender um número maior ou menor de gerações, ou vão
classificar as diferentes formas de se fazer EaD ao longo do tempo de outras maneiras, sem falar em
gerações. Nesse material, adotamos as quatro gerações descritas por Lopes e Farias (2013), mas
você pode conhecer outros olhares sobre o tema em outras fontes.
É importante percebermos que as transições entre os diferentes períodos acima citados não são
muito exatas, pois uma das características da educação a distância brasileira é justamente a
fragmentação das iniciativas e sua descontinuidade, ou seja, há uma diversidade de projetos e
programas com diferentes propostas educativas para a EaD ao longo do tempo (muitos deles
capitaneados por governos), com períodos de duração muito curtos. Então, torna-se difícil
identificar “pontos de virada” na EaD brasileira que possam ser considerados divisores de águas
entre os três períodos.
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Competência 01
De toda forma, podemos considerar que o período inicial começa na primeira década do século XX
com a chegada das escolas internacionais no ano de 1904. Na verdade, já em fins do século XIX
circulavam anúncios em jornais nos quais professores particulares ofereciam cursos de datilografia
a distância, mas foi a chegada das escolas internacionais que costumava ser considerada por alguns
estudiosos como o marco definidor da origem da EaD no Brasil. Essas escolas eram filiais de
instituições educacionais norte-americanas que ofereciam ensino por correspondência,
particularmente cursos de formação profissional em Eletrônica e Engenharia. Até os anos 1980,
alguns desses cursos ainda eram muito comuns no Brasil como os da International School e da
Oxford School.
Em 1923, foi criada a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro pelo intelectual brasileiro Edgard Roquette-
Pinto. A rádio era coordenada por membros da Academia Brasileira de Ciências e sua programação
era fundamentalmente educativa. A atividade da Rádio Sociedade do Rio de Janeiro marcou a
transição entre o período inicial da EaD no Brasil e o período intermediário. Com essa transição,
nossa EaD deixou de ser uma iniciativa apenas de professores particulares e de escolas
internacionais e passou a ser também capitaneada por grupos consistentes de educadores e
instituições nacionais que tinham o claro objetivo de utilizar a radiodifusão como forma de ampliar
o acesso à educação em nosso país.
A rádio foi muito exitosa em seu objetivo de oferecer educação à população em geral, chegando
mesmo a receber visitas de cientistas ilustres em passagem pelo Brasil como Albert Einstein e Marie
Curie. Por muitos anos funcionou em uma escola superior mantida pelo governo e, em 1936,
passando por dificuldades financeiras, a rádio (que não tinha fins lucrativos) foi doada ao então
Ministério da Educação e Saúde.
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Competência 01
A Unar transmitia aulas temáticas sobre assuntos de interesse público e cursos de formação
profissional com a presença de professores nos estúdios das rádios, a partir dos quais orientavam os
estudantes a distância sobre a execução das lições. Ainda no período intermediário da EaD no
Brasil, podemos citar o surgimento do Movimento Educacional de Base (MEB), em 1956, uma
iniciativa da igreja católica que utilizava a radiodifusão (entre outros recursos) e tinha como
objetivo alfabetizar jovens e adultos das populações de baixa renda. O MEB deixou de existir em
1964.
Durante as décadas de 1960 e 1970, o uso do rádio na EaD brasileira permaneceu forte, mas
surgiram também as TVs educativas, como a TV Cultura (1967). Em meio às inovações tecnológicas
daqueles anos, muitas foram as iniciativas em EaD no Brasil, quase todas ligadas aos governos. Não
há como citar todas essas experiências, pois muitas tiveram vidas curtas, contudo, vale destacar o
Projeto Logos do Ministério da Educação – MEC que capacitou cerca de 35 mil professores em
quase todo o Brasil entre 1977 e 1991. É digna de nota, também, a criação do Telecurso 2º Grau
(1978) e do Telecurso 1º Grau (1981) pela Fundação Roberto Marinho. Desde que foram criados, os
telecursos são veiculados pela televisão e seu público-alvo são jovens e adultos que não concluíram
a Educação Básica na idade prevista. Atualmente, os programas chamam-se apenas Telecurso®.
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Competência 01
Também é marca desse terceiro período o início da oferta de cursos superiores a distância no Brasil.
O primeiro desses cursos foi a Licenciatura Plena em Educação Básica oferecida pela Universidade
Federal do Mato Grosso (UFMT), a partir de 1995, baseada fundamentalmente em material
impresso, com o objetivo de formar professores que já lecionavam nos anos iniciais do Ensino
Fundamental (antigas 1ª a 4ª séries), mas não tinham formação em nível superior.
Abaixo, você encontra um quadro que sintetiza as características de cada período da EaD no Brasil.
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Competência 01
É criada a
Universidade Aberta
do Brasil (UAB)
(2006).
Quadro 2 – Principais fatos em cada período da educação a distância no Brasil
Fonte: o autor
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Competência 01
Nos tópicos anteriores, você viu que a EaD está em permanente processo de transição, pois as
tecnologias de informação e comunicação nas quais ela se baseia se transformam de maneira mais
acentuada e rápida do que as tecnologias comumente empregadas na educação presencial (livros
impressos, cadernos e lousa).
Por conta das mudanças nas tecnologias que dão suporte à EaD (e que permitem que ela seja
possível), ela não é um processo educacional muito bem definido pelos seus pesquisadores. Na
disciplina de Design Instrucional, aprendemos a diferenciar de maneira básica as modalidades de
educação presencial e a distância. Nas próximas linhas tentaremos ir um pouco além para
conhecermos de forma mais detalhada quais as características da EaD.
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Competência 01
Essa separação espaçotemporal reduz as barreiras para o acesso à educação, pois não há exigência
de se cumprir horários rígidos nem de se frequentar estabelecimentos de ensino. Logo, a
modalidade EaD é considerada uma modalidade educacional mais aberta, ou seja, que pode ser
oferecida a parcelas mais amplas da população. Adicionalmente, a flexibilização de tempo e espaço
tende a respeitar mais os diferentes ritmos de aprendizagem, permitindo que os estudantes
avancem de acordo com seus ritmos e necessidades.
Também é possível considerar que a EaD é mais econômica para a instituição que a oferece e para
os estudantes. A instituição economiza os custos referentes à aquisição e manutenção de espaços
físicos, enquanto que o estudante não precisa ter gastos de locomoção, hospedagem e alimentação
para realizar um curso oferecido por uma instituição distante.
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Competência 01
Autoaprendizagem
Por isso mesmo a EaD é uma modalidade educacional mais indicada para jovens e adultos, e o
planejamento de cursos nessa modalidade precisa levar em consideração a Andragogia, ou seja, os
princípios mais adequados à educação de adultos.
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Competência 01
Você sabia que existem diferentes definições sobre educação a distância? Apesar disso, existem
dois pontos em comum entre as várias definições que são:
Apesar desses dois pontos de convergência, as definições sobre EaD variam em outros aspectos.
Vejamos algumas das definições atualmente aceitas:
Perceba que Aretio enfatiza, logo de início, a tecnologia comunicacional que precisa ser empregada
na EaD, por isso ele se refere à modalidade como um sistema tecnológico de comunicação
bidirecional. Para esse autor, esse sistema tecnológico tem dois papéis: 1) substituir a interação
pessoal típica da sala de aula (que deixa de existir no contexto da EaD), e 2) cumprir as funções
pedagógicas daquela interação (promover a aprendizagem). Aqui, ressalta-se a importância dos
materiais e procedimentos didáticos que são empregados, em conjunto, no processo pedagógico a
distância. E, somando-se a isso, uma organização tutorial que visa apoiar e favorecer a
aprendizagem autônoma dos estudantes.
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Competência 01
Dohmem traz uma definição mais sucinta. Para o autor, o primeiro aspecto a ser ressaltado é o
caráter de autoestudo presente no processo pedagógico em EaD, pautado no material de estudo
oferecido pelo curso, cabendo aos professores acompanhar e supervisionar o sucesso do
estudante pelos meios de comunicação empregados. Meios estes capazes de vencer longas
distâncias.
Peters ressalta diversos aspectos da EaD em sua definição. A princípio, ele ressalta que o processo
pedagógico em EaD trabalha conhecimentos, competências e atitudes, ou seja, ele faz questão de
destacar que é possível formar pessoas a distância em vários aspectos, pois diversos tipos de
aprendizagem podem acontecer a distância. Por outro lado, ao utilizar o termo transmitir
conhecimentos, o autor pode dar a entender que cabe ao estudante apenas receber o que lhe é
transmitido, sugerindo uma atitude passiva por parte de quem aprende.
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Competência 01
dispersos. Para o autor, todas essas exigências tornam a EaD um processo educacional de caráter
industrial, em contraposição ao trabalho mais artesanal que caracteriza a educação presencial na
qual um professor sozinho escolhe os materiais, ministra suas aulas e faz o acompanhamento
pedagógico dos estudantes.
Existem muitas outras definições de EaD, e nenhuma delas está certa ou errada. São visões mais ou
menos diferentes sobre um mesmo fenômeno. Alguns autores tentam entender a educação a
distância contrastando-a com a educação presencial, outros procuram analisar a EaD em si, sem
compará-la com outros modos de fazer educação. Ambos são pontos de vista legítimos, com
possibilidades e limitações.
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Competência 02
Nesse capítulo, vamos conhecer algumas dessas regras e quais as boas práticas comunicacionais
que contribuem para o desenvolvimento saudável da comunidade de aprendizagem que constitui a
turma de um curso a distância. Adicionalmente, conheceremos quais os tipos de vínculos mais
comuns que podem ser estabelecidos entre os seus membros, vínculos que podem ir da interação
simples à cooperação, passando pela colaboração.
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Competência 02
Ademais, dedicar tempo ao desenvolvimento de relações dentro do grupo logo no início do curso
ajuda a criar o sentimento de pertencimento à comunidade e o espírito de colaboração entre os
participantes, deixando-os mais à vontade uns com os outros. Esses fatores só tendem a favorecer o
sucesso do grupo ao longo da jornada de aprendizagem que se inicia.
Por isso, é sempre recomendado que se comece um curso ou disciplina com uma atividade de
interação social, normalmente realizada em um fórum. Na maioria dos cursos, essa atividade é
criada com o nome “Fórum de Apresentações” ou “Fórum de Boas-Vindas” e oferece um espaço
para as apresentações pessoais e os primeiros diálogos. Contudo, deve-se ter em mente que no
ambiente online, esse tipo de interação nem sempre acontece espontaneamente. Se na sala de aula
presencial os estudantes acabam aproximando-se naturalmente ao longo das semanas, no
ambiente virtual raramente essa aproximação acontece sem um “empurrãozinho”.
Logo, os estudantes devem ser convidados a participar da atividade de socialização e, para vencer a
barreira da timidez, alguns estudantes podem necessitar de uma estrutura para fazer sua
apresentação pessoal. Assim, o convite para a participação no fórum pode vir acompanhado de
algumas orientações como:
“Informe seu nome, a cidade em que mora, se você exerce alguma profissão e expresse suas
expectativas em relação a essa disciplina”.
Outras variações dessa atividade podem solicitar informações mais pessoais como “Aponte três
caraterísticas de sua personalidade que você considera que podem ajudá-lo ao longo do curso”, ou
“Mencione três habilidades que você ainda não desenvolveu completamente, mas pretende
desenvolvê-las participando desse curso”. Se os estudantes sabem o tipo de informação que se
espera que ofereçam nas apresentações, é mais provável que se sintam confortáveis em iniciar a
atividade.
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Competência 02
Como já foi dito, toda convivência é regida por normas. Isso quer dizer que existem coisas que
podem ser feitas dentro de um ambiente de convivência e coisas que devem ser evitadas, ou que
são, de fato, proibidas. Nem sempre essas normas de convivência estão escritas em algum lugar. Ao
entrar num restaurante, num shopping ou ir à praça, você não precisa pedir para conhecer as
normas de convivência desses ambientes. Isso quer dizer que certas normas são tácitas, ou seja, nós
as conhecemos sem que elas precisem ser apresentadas em um manual. São normas que
aprendemos ao longo da vida, observando como as pessoas se comportam, percebendo as coisas
que elas evitam fazer em certos lugares, sem falar que eventualmente levamos um ou outro
beliscão na infância ao fazermos o que não é permitido em certas ocasiões.
Certamente, todos nós já cometemos gafes online, seja por e-mail, nas redes sociais, em chats. Eu e
você já fizemos algo que não devíamos e acabamos passando por alguma situação embaraçosa,
afinal, estamos todos aprendendo a lidar com essa dimensão virtual do cotidiano. Dimensão que vai
se transformando junto com as tecnologias digitais. Por isso, é importante que ao adentrarmos em
uma turma de estudantes na EaD, conheçamos as normas que regem a convivência e o trabalho
naquele contexto.
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Competência 02
Apesar das plataformas serem virtuais, existem pessoas de verdade do outro lado da tela e é
preciso que tenhamos o mínimo de etiqueta, ou bons modos, ao lidarmos com elas. Daí vem o
termo netiqueta, os bons modos a serem adotados no convívio social via internet. O mínimo de
netiqueta ajuda a evitar muitos problemas, tão comuns na comunicação online que envolve pessoas
com diferentes hábitos culturais e com diferentes usos da linguagem.
Embora cada curso ou instituição tenha a liberdade de definir as normas de convívio e trabalho de
sua preferência, existe certo consenso em torno de algumas regras básicas que podem variar um
pouco na forma como são apresentadas de um curso para outro, mas que, no fundo, são resumidas
nas normas que oferecemos a seguir.
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Competência 02
ouvir seu tom de voz enquanto escreve. Vê-se apenas o texto, o que pode gerar desentendimentos.
Por isso, é necessário ter cuidado especial com as palavras.
Existem formas de expor argumentos em fóruns que são mais eficientes do que outras para
desencadear e manter debates sadios. Algumas introduções que podem ajudar a apresentar ideias
de forma amigável são:
Use expressões que deixem claro que você apresenta um ponto de vista, não o único ponto de vista
possível. Isso sinaliza para os outros participantes que há abertura de sua parte para a troca de
informações.
Para dar um feedback positivo (que mantém a discussão saudável), é importante saber expressar
discordâncias com gentileza, de maneira a não ofender as pessoas com as quais se está debatendo.
É impossível afastar completamente a possibilidade de alguém se sentir ofendido, mas o uso
cuidadoso das palavras pode diminuir esse risco. Vejamos alguns exemplos de formas bastante
adequadas de apresentar discordâncias em um fórum:
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Competência 02
“Embora eu entenda seu ponto de vista, não concordo totalmente com ele porque...”
“É verdade que..., mas você já considerou o fato de que...?”
O grande segredo para dar um feedback positivo num contexto de discordância é expressar a
divergência de opiniões mostrando respeito pelo ponto de vista do outro. Isso mantém o debate em
alto nível.
Solucionando conflitos
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Competência 02
obra junto à ideia apresentada, particularmente se frases e parágrafos escritos por terceiros
2.2.2 Regras gerais para a escrita de atividades a serem enviadas diretamente ao professor
• A escrita utilizada nas atividades a serem enviadas aos professores ou tutores (redações,
relatórios, resumos etc.) devem seguir as regras tradicionais da escrita (ortografia e
gramática), ou seja, sem emoticons, gírias e abreviações utilizadas em chats e redes sociais
(vc, tbm, flw, vlw etc.).
• É importante preocupar-se com a clareza do texto, de maneira que ele possa ser
compreendido sem dificuldades. Não é fácil transformar ideias em palavras com exatidão,
por isso é essencial organizar bem as ideias antes de escrevê-las ou alguém terminará com
um monte de palavras que, juntas, não fazem muito sentido. Antes de enviar uma atividade
em forma de texto ao professor, deve-se fazer um rascunho com antecedência, revisá-lo,
verificar se o texto está claro e fazer as modificações necessárias até considerá-lo adequado.
• Ao utilizar material de terceiros em redações, relatórios etc., deve-se informar o nome do
autor e da obra junto à ideia apresentada, particularmente se frases e parágrafos escritos
27
Competência 02
por terceiros forem reproduzidos palavra por palavra. (No próximo tópico – O Problema do
Plágio - veremos mais detalhes sobre esse tipo norma).
De toda forma, às vezes o plágio não resulta de má-fé. Alguns alunos realmente não sabem como
indicar a autoria da informação que estão usando, por isso é fundamental que entre as normas de
trabalho de um curso exista a orientação de que toda informação de terceiros deve ser
referenciada, ou seja, é importante indicar a fonte da informação (autor e obra). No capítulo
anterior desse Caderno de Estudos, tivemos o cuidado de apontar o autor e a obra de cada uma das
definições de EaD que estudamos. Vamos rever um exemplo:
Em geral, escrever o nome do autor, da obra e (quando possível) indicar o ano da publicação junto
ao trecho reproduzido é suficiente para o estudante cumprir a norma de indicar a autoria de
terceiros ao realizar atividades em um curso que não seja de nível superior. Já em cursos de
28
Competência 02
Quaisquer que sejam as normas para a citação de autores e obras, elas devem estar escritas em um
documento que também faz parte da documentação básica oferecida pela instituição no início do
curso através do ambiente virtual. Isso evita que os estudantes incorram em plágio
inadvertidamente.
Para conhecer em detalhes como fazer citações de acordo com as normas da ABNT,
acesse o link:
http://www.desc.eng.uerj.br/como_fazer_citacoes
29
Competência 02
Você deve perceber que a EaD contemporânea, essa que acontece em ambientes virtuais,
diferencia-se fortemente de outros modelos, não apenas porque utiliza tecnologias digitais, não se
trata apenas disso. A EaD baseada em comunidades virtuais apoiadas em plataformas digitais se
diferencia também pelo tipo de envolvimento social que ela proporciona aos seus membros. Note
que na educação a distância baseada em materiais impressos ou mesmo em CD-ROM, a principal
relação que existe é aquela que o estudante estabelece com os materiais, pois a relação com o
professor só se dá por meio de cartas ou telefone, ou seja, é uma relação muito distante, muito
diferente daquela que é oportunizada por um ambiente virtual.
Considerando o que foi escrito acima, podemos fazer a diferenciação entre interação, colaboração
e cooperação:
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Competência 02
você avança na leitura. Esse tipo de interação está na base da EaD apoiada em materiais
impressos, em radiodifusão, tele ensino, fitas de áudio e vídeo, CD e DVD-ROM.
• A colaboração acontece quando alguém lhe dá uma ajuda. Por exemplo, quando um
formador ou um colega responde a uma dúvida sua, oferece uma orientação, uma dica. Isso
pode acontecer por carta, telefone, no ambiente virtual ou em um polo presencial.
• A cooperação, por sua vez, acontece quando duas ou mais pessoas trabalham de forma
conjunta, articulada, coordenada para solucionar um problema. Há um compromisso entre
as partes, um vínculo que vai além de uma oferta esporádica de informações. Esse tipo de
vínculo, na EaD, era praticamente impossível antes dos ambientes virtuais de aprendizagem
que proporcionam a cooperação a distância com o apoio de inúmeros recursos como fóruns,
chats, wikis (ferramenta para escrita conjunta de textos), repositórios de arquivos online etc.
De toda forma, é preciso reconhecer que, mesmo nos dias de hoje, com tantos cursos apoiados por
plataformas virtuais (que oportunizam a criação de comunidades de aprendizagens), a interação e a
colaboração ainda estão muito mais presentes do que a cooperação. Isso acontece porque a
cooperação é um vínculo que demora muito mais tempo para ser construído, ele requer um alto
nível de confiança, intimidade e interesses comuns.
Quer dizer que a aprendizagem online não está extraindo todo o potencial pedagógico viabilizado
pelas novas tecnologias de informação e comunicação? Talvez não esteja.
Grande parte das aprendizagens que construímos em nossas trajetórias escolar, acadêmica e
profissional está apoiada essencialmente em interação e colaboração. Quantas vezes você se
lembra de ter participado de uma atividade de aprendizagem que foi além da colaboração e
envolveu cooperação de fato?
31
Competência 02
32
Competência 03
Na EaD baseada em Ambientes Virtuais de Aprendizagem – AVA, é importante que uma parte do
tempo previsto para o curso seja dedicado ao processo de ambientação dos estudantes,
especialmente nos primeiros dias de atividade. Muitos estudantes são novatos na EaD, outros
podem ter tido experiências com um ambiente diferente e precisarão ganhar intimidade com a
nova plataforma.
No Brasil, o AVA mais utilizado é o Moodle, o mesmo ambiente adotado para esse curso. Durante
essa semana, vamos compreender as características gerais dessa plataforma e como funcionam as
principais ferramentas que ela disponibiliza para o desenvolvimento do processo pedagógico.
Adicionalmente, discutiremos os desafios trazidos pela EaD para o processo de avaliação da
aprendizagem online, particularmente para o processo de escolha das ferramentas mais adequadas
para se avaliar tipos específicos de aprendizagens.
Moodle é uma sigla para Modular Object Oriented Distance Learning Environment. Em português:
Ambiente de Aprendizagem a Distância Orientado por
Objetos Modulares. Um pouco complicado de entender?
Bom, em poucas palavras, o Moodle é uma plataforma
que permite aos professores e tutores gerenciar
processos de ensino/aprendizagem a distância. Para
isso, o ambiente oferece recursos que facultam a
33
Competência 03
O Moodle foi criado em 2002 pelo cientista da computação australiano Martin Dougiamas
como um AVA de código aberto, ou seja, qualquer programador pode contribuir para o
desenvolvimento de seu código, incluindo novas funcionalidades e aperfeiçoando as
existentes. Atualmente, o AVA já está na versão 3.2 e seu desenvolvimento constante é
realizado por uma comunidade de desenvolvedores e educadores de diversas
nacionalidades espalhados por várias regiões do globo. O ambiente já foi traduzido para
mais de 100 línguas e é utilizado em mais de 230 países. No Brasil, são mais de 4.300
plataformas instaladas registradas junto ao grupo oficial internacional do Moodle, sem
contar as plataformas não registradas, uma vez que o registro não é obrigatório.
Para saber mais sobre a plataforma Moodle, consulta a página da comunidade brasileira:
https://moodle.org/course/view.php?id=35
34
Competência 03
Nos próximos tópicos, descreveremos os principais recursos disponíveis no ambiente para que sua
compreensão em relação a essas ferramentas possa ir além do simples uso e possa abarcar a lógica
subjacente a cada uma delas, ou seja, porque elas existem e para quais tipos de atividades são mais
indicadas.
Ferramenta Rótulo
Essa ferramenta permite ao professor escrever, editar e disponibilizar textos curtos de sua autoria
no AVA. Em geral, esses textos curtos são utilizados como lembretes ou preparação para alguma
atividade.
Ferramenta Link
Permite a criação de links para arquivos produzidos em diversos softwares (Microsoft Word,
Microsoft PowerPoint, Microsoft Excel, textos em formato PDF etc.). O link gerado por essa
ferramenta surge acompanhado de um ícone que é selecionado pela própria plataforma de acordo
com o formato de arquivo escolhido (DOC, PPT, PDF, XLS etc.), assim o estudante sabe, pelo ícone,
qual o tipo de arquivo que está no destino link. Uma vez que esse link é disponibilizado, o estudante
pode clicar sobre ele e escolher em que pasta de seu computador deseja salvar o arquivo a ser
baixado.
A ferramenta link também permite a criação de links para páginas externas ao ambiente cuja
temática seja considerada pelo professor como relevante para o estudo em questão. Percebe-se
que a função da ferramenta link é essencialmente a entrega de materiais.
Ferramenta Livro
Essa ferramenta organiza um determinado conteúdo em “páginas” virtuais com capítulos e itens,
semelhantes a livros. O principal uso dessa ferramenta é a criação e disponibilização de materiais de
estudo em formato textual. Em contraste com a ferramenta anteriormente descrita, a ferramenta
livro não disponibiliza um arquivo para download, mas para leitura no próprio ambiente,
35
Competência 03
representando uma forma mais integrada de oferta de material de estudo, na medida em que o
estudante não precisa deixar o ambiente para abrir um arquivo externo.
Ferramenta Chat
Um chat ou sala de bate-papo é uma ferramenta para comunicação síncrona, ou seja, em tempo
real. Seu uso requer que todos os participantes da sessão de chat estejam “logados” ou conectados
na plataforma no mesmo dia e horário para que possam interagir. Uma sessão de chat pode ser
criada pelo professor ou pelos estudantes e pode ser agendada na ferramenta calendário do
Moodle para que todos sejam informados sobre a sessão com antecedência e recebam lembretes.
Em geral, tais sessões são utilizadas para que os estudantes tirem dúvidas entre si ou com a ajuda
do professor. Eventualmente, o chat também costuma ser utilizado para a realização de entrevistas
com especialistas na área de formação do curso.
Ferramenta Fórum
Um fórum é um espaço criado pelo professor no ambiente virtual para a realização de atividades de
comunicação assíncrona (em tempo atrasado), ou seja, cada membro da comunidade de
aprendizagem pode deixar uma mensagem no fórum quando preferir, desde que respeite o prazo
para a finalização da atividade.
Em geral, a ferramenta fórum é utilizada para se criar e mediar discussões. Dadas as possibilidades
que são abertas por essa ferramenta para a troca de ideias e para a comparação entre pontos de
vista, o fórum é percebido como um recurso que enriquece o estudo de conteúdos que comportam
diferentes tipos de análises e interpretações.
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Competência 03
Podem ser criados diversos fóruns em um mesmo curso ou disciplina, com diferentes formatos de
discussões, diferentes objetivos e diferentes datas para encerramento das atividades. Pode-se,
inclusive, permitir que fóruns permaneçam ativos durante toda a duração de um curso ou disciplina.
Outra funcionalidade da ferramenta fórum é permitir que assinantes de uma discussão recebam por
e-mail cada nova postagem no fórum ou apenas um resumo das postagens realizadas a cada dia.
Ferramenta Tarefa
Permite que o professor solicite a realização de uma atividade e possa recebê-la via plataforma ou
de modo off line (como uma prova presencial). Utilizando essa ferramenta, o professor indica qual
atividade desse ser feita (por exemplo: uma redação ou um relatório), explica quais as
características da atividade (número de linhas ou páginas, critérios de avaliação etc.) e informa o
modo de envio da atividade que pode ser: Texto online (o estudante digita ou “cola” seu texto em
um formulário no ambiente e clica no botão enviar), Envio de arquivo único (o estudante faz upload
de sua tarefa para a plataforma em um arquivo no formato doc, pdf, ppt, excel etc.) ou off line.
Em geral, a opção off line é utilizada quando a atividade a ser realizada é uma prova presencial ou
uma apresentação de trabalho em formato de seminário.
Ferramenta Questionário
Permite a criação de questões em diversos formatos como múltipla escolha, associação, verdadeiro
ou falso, frases para completar etc. A ferramenta ainda permite que o professor estabeleça: a) uma
data limite para resolução da atividade; b) se o estudante terá apenas uma chance para respondê-la
ou poderá realizar várias tentativas de resposta; c) se será possível revisar as respostas antes de
concluir a atividade.
É possível, também, oferecer feedback imediato ao estudante, ou seja, caso suas respostas estejam
corretas ou incorretas, a ferramenta o informa assim que a atividade é concluída e explica o porquê
37
Competência 03
de as respostas estarem corretas ou incorretas com base no feedback escrito pelo próprio professor
para cada uma das possibilidades de respostas.
Ferramenta Diário
Como o nome sugere, essa ferramenta permite que cada estudante registre suas experiências
(dificuldades, aprendizagens bem-sucedidas, dúvidas etc.) em um diário dentro da plataforma que
pode ser visualizado apenas pelo professor e pelo próprio estudante.
Além de ser uma boa ferramenta para que os estudantes exercitem a reflexão sobre os próprios
processos de aprendizagem, o diário é um recurso que permite ao professor acompanhar melhor o
desenvolvimento individual de cada aluno por dar acesso a informações que nem sempre são
expostas através de outras ferramentas.
Ferramenta Glossário
É possível criar verbetes coletivamente no glossário para a explicação de termos pouco conhecidos,
mas importantes para ao estudo do conteúdo. Pode-se criar um único glossário ou vários, e os
verbetes podem ser consultados ao se acessar o glossário propriamente dito ou através de links que
façam a ligação entre palavras existentes nos textos disponibilizados no ambiente e seus
respectivos verbetes no(s) glossário(s).
Ferramenta Wiki
Permite a criação coletiva de textos a respeito dos tópicos em estudo. Em geral, a ferramenta é
utilizada para que os estudantes produzam artigos, resumos, relatórios etc., que podem conter
imagens, tabelas, gráficos, links para páginas e/ou documentos externos ao ambiente, links para
outras partes do próprio texto, e até recursos de áudio e vídeo podem ser incorporados ao texto
produzido coletivamente na ferramenta wiki. Por conta de todas essas características, discute-se se
a ferramenta wiki permite a criação de textos ou de hipertextos.
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Competência 03
Para quem não conhece a ferramenta, o site da Wikipédia é um exemplo do tipo de documento que
pode ser criado a partir dela.
Ferramenta Lição
Com essa ferramenta, o professor disponibiliza um texto na plataforma seguido de uma questão
com várias alternativas de respostas. A depender das respostas escolhidas, o estudante prossegue
na lição (vai para outra página com novo texto e novas questões) ou retorna para uma página
anterior.
A lógica presente no documento criado com a ferramenta lição assemelha-se à lógica do conhecido
jogo trilha, no qual o jogador avança ou retrocede algumas casas pelo caminho dependendo dos
números que saem nos dados. Contudo, o avançar ou retroceder nas páginas da lição vai depender
das respostas dadas pelo estudante às questões propostas e não à sorte nos dados.
É possível estabelecer vários percursos dentro de uma mesma lição, e o desenho de cada percurso
dependerá das respostas que estão sendo dadas pelos estudantes às questões oferecidas.
Diferentes percursos permitem que um mesmo assunto seja explorado segundo diversos pontos de
vista, mas também é permitido, ao professor, estabelecer um único percurso possível.
Assim como é possível adicionar dados à base, também é possível realizar pesquisas nessa base
para encontrar dados que já foram catalogados. Dessa forma, a ferramenta base de dados é um
verdadeiro sistema de buscas alimentado pelos dados oferecidos pelos próprios estudantes sobre
os assuntos em estudo.
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3.3 Ferramentas como recursos para avaliação da aprendizagem online
Apesar das conveniências citadas, a EaD também traz seus desafios, e um deles é o processo de
avaliação da aprendizagem online. Algumas das questões que sempre surgem na literatura sobre
avaliação em educação a distância são:
Embora as questões acima sejam legítimas, interessa-nos nesse tópico abordar outro tipo de
questão: Como eu avalio se o meu estudante está, de fato, conseguindo aprender online?
Na disciplina de Design Instrucional você estudou que durante a etapa de planejamento instrucional
todo o curso é planejado, incluindo:
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Competência 03
Trocando em miúdos, planejamos o que vamos ensinar, como vamos ensinar e como vamos avaliar
se as aprendizagens estão acontecendo. É durante o planejamento que decidimos quais
ferramentas do ambiente virtual serão utilizadas como instrumentos de avaliação da aprendizagem
e como esse uso se dará.
Tanto na disciplina de Design Instrucional quanto em outras (como as disciplinas sobre Dispositivos
Móveis, Redes Sociais, Sistemas e Aplicativos etc.) você aprendeu a planejar o uso didático de várias
ferramentas digitais, quer dizer, aprendeu a promover aprendizagens com esses recursos. Nesse
tópico, vamos focar em como planejar a avaliação dessas aprendizagens utilizando as ferramentas
do Moodle.
Nos tópicos anteriores desse terceiro capítulo, tivemos uma visão geral sobre o AVA Moodle e
sobre as ferramentas que ele disponibiliza. Para lidarmos com nossa questão-problema (Como eu
avalio se o meu estudante está aprendendo online?), vale a pena conhecermos, agora, um pouco do
que tem sido discutido sobre o uso de ferramentas virtuais para avaliação da aprendizagem.
Ainda recorrendo à disciplina de Design Instrucional, vimos que um bom curso (presencial ou a
distância) deve ser planejado e desenvolvido tendo em mente os objetivos de
ensino/aprendizagem, ou seja, cada material de estudo, bem como cada atividade devem atender
aos objetivos do curso. Nenhum material ou procedimento existe apenas por existir, nem é
escolhido aleatoriamente. O mesmo pode ser dito das práticas avaliativas. Qualquer instrumento de
avaliação da aprendizagem tem, como razão de ser, a finalidade de identificar se o objetivo de
aprendizagem x foi (ou está sendo) atingido.
Tendo isso em mente, vamos dar uma olhada, agora, nos tipos de aprendizagens que geralmente
fazem parte desses objetivos, seja na EaD ou na educação presencial:
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Competência 03
Mas como avaliar se cada tipo de aprendizagem está sendo bem-sucedida na educação a distância?
Bom, cada categoria de aprendizagem pode ser avaliada de maneira mais fidedigna através de uma
ferramenta ou de outra, não existe a ferramenta “pau para toda obra”, ou seja, que possa avaliar
todos os tipos de aprendizagens. Assim, em face dos objetivos de aprendizagem estabelecidos e
das particularidades da área de conhecimento de um curso, serão selecionados os instrumentos de
avaliação mais adequados.
Se você observar bem a classificação de aprendizagens acima, verá que ela está organizada de
maneira que as primeiras aprendizagens descritas são mais simples e as últimas mais complexas, ou
seja, cada nível de aprendizagem é mais sofisticado que o anterior, assim, reter informação
(decorar) é a aprendizagem mais superficial, enquanto que a capacidade de avaliar (fazer juízo de
valor) é o tipo de aprendizagem mais elaborada.
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Competência 03
Mas como saber em quais categorias de aprendizagem se encaixam os objetivos do meu curso?
Bom, a própria hierarquização dos diferentes tipos de aprendizagens ajuda-nos, até certo ponto, a
trabalhar com elas. É muito mais provável, por exemplo, que nas etapas iniciais de um curso nós
estejamos trabalhando com categorias de aprendizagem mais simples como a retenção e a
compreensão, enquanto que em etapas mais adiantadas estejamos trabalhando com aplicação,
análise, criação e avaliação.
De toda forma, nenhum professor é obrigado a trabalhar sempre com todas as categorias de
aprendizagens. Em cursos totalmente teóricos, por exemplo, é perfeitamente possível que um
professor queira trabalhar apenas com retenção e compreensão, mesmo em etapas adiantadas.
Como já foi dito, a grande meta do curso, a natureza dos conteúdos e até o estilo de trabalho do
professor determinarão quais os tipos de aprendizagens requeridas e, em consequência, quais as
ferramentas mais adequadas a serem empregadas no processo de avaliação. O grande desafio
consiste em alinhar o tipo de avaliação (escrita de uma redação, discussão em grupo, escolher
alternativas etc.) à categoria de aprendizagem que se deseja avaliar (retenção, compreensão
etc.).
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Referências
BENNET, S.; MARSH, D; KILLEN, C. Handbook of Online Learning. Cornwall: Continuum, 2007.
GUAREZI, R. C. M.; MATOS, M. M. Educação a Distância sem Segredos. Curitiba: Ibpex, 2009.
PALLOF, R. M.; PRATT, K. Assessing the Online Learner: resources and strategies for faculty. San
Francisco: Wiley, 2009.
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Minicurrículo do Professor
Amanda Amorim Costa e Silva é pedagoga formada pela Universidade Federal de Pernambuco – UFPE,
mestra em Educação Matemática e Tecnológica pela mesma instituição. Profissionalmente, tem
atuado como designer instrucional em diversos projetos da UFPE, da Escola de Administração
Tributária da Secretaria Estadual de Receita da Paraíba e de instituições privadas.
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