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Direito Processual do Trabalho

Aula 00 - Aula Demonstrativa


Prof(a). Elisa Pinheiro

AULA 01

Direito Processo do Trabalho


Professora Elisa Pinheiro

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Sumário

1. Formas de solução de conflitos. Fontes. Organização e Competência


da Justiça do Trabalho........................................................................03

2. Artigos mais cobrados.....................................................................46

3. Lista de Exercícios...........................................................................58

4. Gabarito..........................................................................................77

5. Questões Comentadas.....................................................................78

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FORMAS DE SOLUÇÃO DE CONFLITOS. FONTES.


ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

FORMAS DE SOLUÇÃO DOS CONFLITOS TRABALHISTAS.

Entre as formas de solução de conflitos temos:

a) Autotutela – o ofendido utiliza-se de suas próprias forças para impor sua

vontade. Em regra não é mais permitida esta forma de solução de conflitos.

Todavia, o nosso ordenamento jurídico aceita a greve (exemplo de autotutela).

b) Autocomposição – aqui os envolvidos no conflito entram em acordo. Não há a

decisão de um terceiro envolvido. Exemplo: submissão do litígio trabalhista à

Comissão de Conciliação Prévia (CCP).

c) Heterocomposição – nesta situação o litígio é resolvido por uma terceira pessoa.

Esta forma de solução de conflitos ocorrerá por meio da arbitragem ou da

Jurisdição.

A arbitragem (Lei 9.307/96) é um meio de solução de conflitos alternativo e

facultativo, onde terceira pessoa (escolhida pelas partes) resolve de forma obrigatória

o conflito.

Ademais, sua aplicação nos conflitos coletivos trabalhista tem previsão

constitucional: art. 114, § 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger

árbitros.

No âmbito individual trabalhista, a Lei 13.467/2017 passou a prever a

possibilidade da utilização do instituto da arbitragem: art. 507-A, CLT: Nos contratos

individuais de trabalho cuja remuneração seja superior a duas vezes o limite máximo

estabelecido para os benefícios do Regime Geral de Previdência Social, poderá ser pactuada

cláusula compromissória de arbitragem, desde que por iniciativa do empregado ou

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mediante a sua concordância expressa, nos termos previstos na Lei no 9.307, de 23 de

setembro de 1996.

Sobre a mediação e a conciliação, a Resolução nº 174/2006 do Conselho

Superior da Justiça do Trabalho nos apresenta os seguintes conceitos (art. 1º):

a) “Conciliação” é o meio alternativo de resolução de disputas em que as partes

confiam a uma terceira pessoa – magistrado ou servidor público por este

sempre supervisionado –, a função de aproximá-las, empoderá-las e orientá-las

na construção de um acordo quando a lide já está instaurada, com a criação ou

proposta de opções para composição do litígio;

b) “Mediação” é o meio alternativo de resolução de disputas em que as partes

confiam a uma terceira pessoa – magistrado ou servidor público por este

sempre supervisionado –, a função de aproximá-las, empoderá-las e orientá-las

na construção de um acordo quando a lide já está instaurada, sem a criação ou

proposta de opções para composição do litígio;

FONTES.

A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) é a principal fonte utilizada para

regulamentar as lides que permeiam do Direito Processual do Trabalho. Todavia,

temos casos em que o Texto Celetista não versa sobre determinados temas. Nesta

situação, o ordenamento jurídico pátrio se utiliza, para tanto, de outras fontes. Assim,

de acordo com a CLT:

Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual comum será fonte subsidiária do

direito processual do trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as

normas deste Título.

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Portanto, conforme percebemos do dispositivo supramencionado, para que o

Direito processual comum seja aplicado à seara Processual Trabalhista se faz

necessário a presença de dois requisitos: omissão e compatibilidade.

Ressalta-se que existe uma ordem de preferência quando da utilização das

fontes do Direito Processual do Trabalho, sendo que a ordem de aplicação é diferente

quando o processo referir-se à fase de conhecimento ou de execução. Vejamos:

a) Fase de conhecimento:

1. CLT e legislação esparsa.

2. Código de Processo Civil (CPC).

b) Fase de execução:

1. CLT e legislação esparsa.

2. Lei de Execuções Fiscais:

Art. 889 - Aos trâmites e incidentes do processo da execução são aplicáveis,

naquilo em que não contravierem ao presente Título, os preceitos que regem o

processo dos executivos fiscais para a cobrança judicial da dívida ativa da

Fazenda Pública Federal.

3. Código de Processo Civil (CPC).

ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

1. Aspectos Introdutórios.

Inicialmente há de se esclarecer que a Justiça do Trabalho surgiu em decorrência

do surgimento do Direito do Trabalho e a exacerbada quantidades de conflitos

envolvendo relações trabalhistas.

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Destaca-se que no início quem apreciava as lides trabalhistas eram os Juízes de

Direito.

Em 1932, foram criadas as Juntas de Conciliação e Julgamento e as Comissões

Mistas de Conciliação, que era órgãos administrativos vinculados ao Poder Executivo.

Com o advento da Constituição Federal de 1946 a Justiça do Trabalho passou a

integrar o Poder Judiciário.

Ressalta-se que a Justiça Trabalho sempre contou com a representação paritária

em todos os seus órgãos. Ou seja, ela era composta de juízes classistas leigos, que

eram chamados de “vogais” e recrutados nos Sindicatos, atuando ao lado de um juiz

com formação jurídica.

Essa representação classista era composta por um representante dos

empregados e outro dos empregadores.

Entretanto, em decorrência do crescimento dos conflitos de trabalho, e à

medida que a Justiça do Trabalho tornava-se mais técnica, a representação classista

acabou ficando desprestigiada (uma vez que já não conheciam tanto a realidade das

categorias profissional e econômica e porque, as decisões da Justiça do Trabalho

dependiam mais do conhecimento técnico do juiz formado em Direito do que dos

conhecimentos práticos dos juízes classistas).

Assim, com o advento da Emenda Constitucional nº 24/99, foi extinta a

representação classista na Justiça do Trabalho, transformando as antigas Juntas de

Conciliação e Julgamento em Varas do Trabalho.

Por fim, cabe ressaltar que a Justiça do Trabalho faz parte do Poder Judiciário da

União e o art. 111 da CRFB/88 elenca quais são os órgãos da Justiça do Trabalho.

Vejamos:

Art. 111 da CRFB/88. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

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III - Juízes do Trabalho.

Neste sentido, a Justiça do Trabalho é dividida em três graus de jurisdição:

a) Tribunal Superior do Trabalho – TST (último grau de jurisdição);

b) Tribunal Regional do Trabalho – TRT (2º grau de jurisdição); e

c) Juízes do Trabalho (1º grau de jurisdição).

2. Dos Juízes do Trabalho.

2.1. Conceitos e generalidades.

Em decorrência da extinção das Juntas de Conciliação e Julgamento através da

EC nº 24/99, a jurisdição trabalhista passou a ser exercida pelo juiz singular (chamado

de juiz do trabalho). Vejamos o que diz a CF/88:

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz singular.

O juiz do trabalho exerce suas funções nas Varas do Trabalho, seja como juiz

titular, seja como juiz substituto.

O Juiz do Trabalho substituto é aquele que auxilia o Juiz Titular das Varas do

Trabalho. Entretanto, tanto o titular quanto o juiz substituto, possuem as mesmas

prerrogativas e deveres do Juiz Titular.

Ademais, conforme nos informa o art. 113, CF:

Art. 113, CF/88. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição,

competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do Trabalho.

TOME NOTA!

“O Juiz do Trabalho ingressará na carreira como Juiz do Trabalho Substituto, após

aprovação em concurso de provas e títulos, sendo designado pelo Presidente do TRT

para auxiliar ou substituir nas Varas do Trabalho. Após dois anos de exercício, o Juiz do

Trabalho Substituto torna-se vitalício. Alternativamente, por antiguidade ou

merecimento, o Juiz será promovido a Juiz Titular de Vara do Trabalho e,

posteriormente, pelo mesmo critério, a Juiz de Tribunal Regional do Trabalho. Além

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disso, pode chegar ao posto de Ministro do Tribunal Superior do Trabalho desde que

preencha os requisitos constitucionais.”, (Mauro Schiavi. Coleção Preparatória para

Concursos Jurídicos – Processo do Trabalho. 2ª Edição. Editora Saraiva).

Destaca-se, que nas comarcas em que não existir o juiz do trabalho, a

competência para apreciar as lidas que envolvam relações de trabalho será do Juiz de

Direito. Nesse sentido:

Art. 112, CF/88. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não

abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o

respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Entretanto, instalada a Vara do Trabalho, cessa a competência do juiz de direito

em matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças por ele proferidas

(Súmula 10 do STJ).

2.2. Ingresso.

No que tange o ingresso na carreira (cujo cargo inicial será o de juiz substituto),

é necessário preencher os seguintes requisitos (art. 93, I, CF/88)

a) Ter prestado concurso público de provas e títulos, com a participação da Ordem

dos Advogados do Brasil em todas as fases;

b) Ser bacharel em direito;

c) Ter no mínimo, 3 anos de atividade jurídica; e

d) Obedecer, nas nomeações, à ordem de classificação.

2.3. Garantias.

Os juízes gozam das seguintes garantias (art. 95, CF/88):

a) Vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de

exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do

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tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial

transitada em julgado;

b) Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93,

VIII;

c) Irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º,

150, II, 153, III, e 153, § 2º, I.

2.4. Vedações.

Aos juízes é vedado (art. 95, parágrafo único, CF/88):

a) Exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de

magistério;

b) Receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;

c) Dedicar-se à atividade político-partidária.

d) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas

físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei;

e) Exercer a advocacia no juízo ou tribunal do qual se afastou, antes de decorridos

três anos do afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração.

2.5. Impedimento e suspeição.

2.5.1. Conceito e generalidades.

Em conformidade com a lei, o juiz poderá ser afastado da demanda nos casos

de:

a) Impedimento, conforme art. 144 do CPC; e

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b) Suspeição, conforme art. 145 do CPC.

TOME NOTA!

1. A imparcialidade é pressuposto para que a relação jurídica processual se

instaure validamente

2. O impedimento e suspeição podem implicar mudança de Juiz, mas não de

Juízo.

2.5.2. Diferenças entre impedimentos e suspeição.

Impedimento Suspeição
São de cunho objetivo e impedem que a É um pressuposto processual de validade.
jurisdição contenciosa ou voluntária
sejam exercidas.
Podem ser alegados no processo a Caso não seja arguida no momento
qualquer tempo, inclusive, após o trânsito oportuno, será consumida pelo manto da
em julgado da sentença, e por tal motivo, coisa julgada.
emanam reflexos na coisa julgada.
Há presunção absoluta de parcialidade Há presunção relativa de parcialidade do
do juiz. juiz, logo, admite-se prova em contrário.

2.5.3. Hipóteses de impedimento e suspeição.

As hipóteses de impedimento e suspeição previstas nos artigos 144 e 145 do

CPC aplicam-se subsidiariamente ao Processo do Trabalho. Vejamos:

Impedimento – art. 144, NCPC. Suspeição – art. 145, NCPC.


Em que interveio como mandatário da parte, Amigo íntimo ou inimigo de qualquer das
oficiou como perito, funcionou como membro partes ou de seus advogados.
do Ministério Público ou prestou depoimento
como testemunha.
De que conheceu em outro grau de Receber presentes de pessoas que tiverem
jurisdição, tendo proferido decisão. interesse na causa antes ou depois de
iniciado o processo, que aconselhar alguma

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das partes acerca do objeto da causa ou que


subministrar meios para atender às despesas
do litígio.
Quando nele estiver postulando, como Quando qualquer das partes for sua credora
defensor público, advogado ou membro do ou devedora, de seu cônjuge ou companheiro
Ministério Público, seu cônjuge ou ou de parentes destes, em linha reta até o
companheiro, ou qualquer parente, terceiro grau, inclusive.
consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive (§§ 1o e
3o do art. 144).
Quando for parte no processo ele próprio, Quando for interessado no julgamento do
seu cônjuge ou companheiro, ou parente, processo em favor de qualquer das partes.
consanguíneo ou afim, em linha reta ou
colateral, até o terceiro grau, inclusive.
Quando for sócio ou membro de direção ou Quando se declarar suspeito por motivo de
de administração de pessoa jurídica parte no foro íntimo, sem necessidade de declarar
processo. suas razões.
Quando for herdeiro presuntivo, donatário ou
empregador de qualquer das partes.
Em que figure como parte instituição de
ensino com a qual tenha relação de emprego
ou decorrente de contrato de prestação de
serviços.
Em que figure como parte cliente do
escritório de advocacia de seu cônjuge,
companheiro ou parente, consanguíneo ou
afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro
grau, inclusive, mesmo que patrocinado por
advogado de outro escritório.
Quando promover ação contra a parte ou seu
advogado.

TOME NOTA!

Quando 2 ou mais juízes forem parentes, consanguíneos ou afins, em linha reta

ou colateral, até o terceiro grau, inclusive, o primeiro que conhecer do processo

impede que o outro nele atue, caso em que o segundo se escusará, remetendo os

autos ao seu substituto legal (art. 147, CPC).

Se o recusante houver praticado algum ato pelo qual haja consentido na pessoa

do juiz, não mais poderá alegar exceção de suspeição, salvo sobrevindo novo motivo. A

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suspeição não será também admitida, se do processo constar que o recusante deixou

de alegá-la anteriormente, quando já a conhecia, ou que, depois de conhecida, aceitou

o juiz recusado ou, finalmente, se procurou de propósito o motivo de que ela se

originou (art. 801, parágrafo único, CLT).

3. Dos Tribunais Regionais do Trabalho.

Os Tribunais Regionais do Trabalho são compostos de no mínimo 7 juízes,

recrutados (quando possível) na respectiva região e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo (art. 107, CF):

a) 1/5 dentre advogados com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de 10 anos de efetivo

exercício;

b) Os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e

merecimento, alternadamente.

Destaca-se, que os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça

itinerante, com a realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional,

nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos

e comunitários.

Ainda, os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar

descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno

acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

Cabe esclarecer que compete privativamente (art. 96, CF) aos tribunais:

a) Eleger seus órgãos diretivos e elaborar seus regimentos internos, com

observância das normas de processo e das garantias processuais das partes,

dispondo sobre a competência e o funcionamento dos respectivos órgãos

jurisdicionais e administrativos;

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b) Organizar suas secretarias e serviços auxiliares e os dos juízos que lhes forem

vinculados, velando pelo exercício da atividade correicional respectiva;

c) Prover, na forma prevista nesta Constituição, os cargos de juiz de carreira da

respectiva jurisdição;

d) Propor a criação de novas varas judiciárias;

e) Prover, por concurso público de provas, ou de provas e títulos, obedecido o

disposto no art. 169, parágrafo único, os cargos necessários à administração da

Justiça, exceto os de confiança assim definidos em lei;

f) Conceder licença, férias e outros afastamentos a seus membros e aos juízes e

servidores que lhes forem imediatamente vinculados.

Pessoal, o território nacional está dividido em 24 regiões para efeito da

Jurisdição dos Tribunais Regionais. Inclusive, temos 24 regiões e 24 Tribunais Regionais

do Trabalho.

Todavia, dois destes TRTs se encontram situados no Estado de São Paulo, que

abrange a capital de São Paulo, região metropolitana e Baixada Santista. Também

temos o TRT da 15ª Região, que abrange a cidade de Campinas e cidades do interior de

São Paulo.

Não há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes Estados: Tocantins, Amapá,

Acre e Roraima.

Vejamos abaixo a tabela com a distribuição de cada região:

Região Localização Jurisdição


1ª Região Rio de Janeiro - RJ Rio de Janeiro
2ª Região São Paulo - SP Grande São Paulo
3ª Região Belo Horizonte - MG Minas Gerais
4ª Região Porto Alegre - RS Rio Grande do Sul
5ª Região Salvador - BA Bahia
6ª Região Recife - PE Pernambuco
7ª Região Fortaleza - CE Ceará

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8ª Região Belém - PA Pará e Amapá


9ª Região Curitiba - PR Paraná
10ª Região Brasília - DF Distrito Federal e Tocantins
11ª Região Manaus - AM Amazonas e Roraima
12ª Região Florianópolis - SC Santa Catarina
13ª Região João Pessoa - PB Paraíba
14ª Região Porto Velho - RO Acre e Rondônia
15ª Região Campinas - SP Municípios do estado de São Paulo não
englobados pela 2ª Região
16ª Região São Luís - MA Maranhão
17ª Região Vitória - ES Espírito Santo
18ª Região Goiânia - GO Goiás
19ª Região Maceió - AL Alagoas
20ª Região Aracaju - SE Sergipe
21ª Região Natal - RN Rio Grande do Norte
22ª Região Teresina - PI Piauí
23ª Região Cuiabá - MT Mato Grosso
24ª Região Campo Grande - MS Mato Grosso do Sul

4. Do Tribunal Superior do Trabalho.

O Tribunal Superior do Trabalho (TST) é o órgão de cúpula da Justiça do

Trabalho, tem sede em Brasília e jurisdição em todo o território nacional.

O TST se compõe de 27 Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35

e menos de 65 anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação pela

maioria absoluta do Senado Federal, sendo (art. 111-A, CF):

a) 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo

exercício;

b) Os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

Cuidado para não confundir as peculiaridades dos TRTs com o TST. Vejamos:

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TST – art. 111-A, CF. TRT – art. 115, CF.


Compões de 27 Ministros. Composto de no mínimo, 7 juízes.
Ministros, escolhidos dentre brasileiros Juízes recrutados, quando possível, na
com mais de 35 anos e menos de 65 anos respectiva região, dentre brasileiros com
e reputação ilibada mais de 30 e menos de 65 anos
Ministros nomeados pelo Presidente da Juízes nomeados pelo Presidente da
República . República .
Aprovação pela maioria absoluta do
Senado Federal.
1/5 dentre advogados com mais de 10 1/5 dentre advogados com mais de 10
anos de efetiva atividade profissional e anos de efetiva atividade profissional e
membros do Ministério Público do membros do Ministério Público do
Trabalho com mais de 10 anos de efetivo Trabalho com mais de 10 anos de efetivo
exercício. exercício.
Os demais dentre juízes dos Tribunais
Regionais do Trabalho, oriundos da Os demais, mediante promoção de juízes
magistratura da carreira, indicados pelo do trabalho por antigüidade e
próprio Tribunal Superior. merecimento, alternadamente.

TOME NOTA!

Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar, originariamente, a

reclamação para a preservação de sua competência e garantia da autoridade de suas

decisões.

Junto ao Tribunal Superior do Trabalho funcionarão:

a) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho:

- Tem por função regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na

carreira.

b) O Conselho Superior da Justiça do Trabalho:

- Tem por função a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e

patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão

central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

5. Serviços auxiliares da Justiça do Trabalho.

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5.1. Noções Introdutórias.

Os órgão e serviços auxiliares integram a estrutura administrativa da Justiça do

Trabalho e exercem diversos atos e funções de apoio.

Essas atividades de apoio (auxiliares) são exercidas por servidores públicos que

integram o quadro administrativo do Poder Judiciário Trabalhista.

Assim, são serviços auxiliares da Justiça do Trabalho:

a) Secretarias;

b) Distribuidores; e

c) Oficiais de Justiça.

5.2. Secretarias.

Cada Vara do Trabalho terá uma secretaria, sob a direção de funcionário que o

Presidente designar, para exercer a função de secretário (ou Diretor de Secretaria) e

que receberá, além dos vencimentos correspondentes ao seu padrão, a gratificação de

função fixada em lei (art. 710, CLT).

Além do Diretor de Secretaria, a Vara também é composta por diversos outros

servidores organizados de maneira hierárquica para a realização das atividades de

apoio jurisdicional.

Compete às secretarias das Varas (art. 711, CLT):

a) O recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos

processos e outros papéis que lhe forem encaminhados;

b) A manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais papéis;

c) O registro das decisões;

d) A informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos

respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;

e) A abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

f) A contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;

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g) O fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do arquivamento

da secretaria;

h) A realização das penhoras e demais diligências processuais; e

i) O desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo Presidente

da Junta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Por sua vez, compete especificamente aos Diretores de Secretarias (art. 712,

CLT):

a) Superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do serviço;

b) Cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das autoridades

superiores;

c) Submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis que

devam ser por ele despachados e assinados;

d) Abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja

deliberação será submetida;

e) Tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios individuais;

f) Promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de

execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas

autoridades superiores;

g) Secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;

h) Subscrever as certidões e os termos processuais;

i) Dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de que

devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações; e

j) Executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da Junta.

Por fim, os serventuários que sem motivo justificado, não realizarem os atos,

dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus vencimentos, em tantos dias

quantos os do excesso.

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5.3. Distribuidores.

Nas localidades em que existir mais de uma Vara do Trabalho haverá um

distribuidor (art. 713, CLT). A distribuição das ações é necessária para que seja definida

a competência de juízo (preservando-se o princípio do juiz natural).

Assim, compete ao distribuidor (art. 714, CLT):

a) A distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta,

dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;

b) O fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito

distribuído;

c) A manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um organizado

pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem

alfabética;

d) O fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por certidão,

de informações sobre os feitos distribuídos;

e) A baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos

Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à

parte, cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão

mencionados em certidões.

Por fim, os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal

Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na

mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados (art. 715, CLT).

5.4. Oficiais de Justiça.

O Oficial de Justiça é aquele servidor, que, por exemplo, cumpre o mandado de

citação do executado, a penhora e avaliação de bens, a condução de testemunha que

não atende à intimação para comparecer à audiência, entre outros atos.

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Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da Justiça

do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das Juntas

de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes forem

cometidos pelos respectivos Presidentes.

Ainda, nas localidades onde houver mais de uma Vara, a atribuição para o

cumprimento do ato deprecado ao Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será

transferida a outro Oficial, sempre que, após o decurso de 9 (nove) dias, sem razões

que o justifiquem, não tiver sido cumprido o ato, sujeitando-se o serventuário às

penalidades da lei.

Por fim, cumpre destacar que na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou

Oficial de Justiça Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a

qualquer serventuário.

ANOTE AÍ!

Na Justiça do Trabalho o Oficial de Justiça acumula também a função de

avaliador. Por tal motivo é nominado de Oficial de Justiça Avaliador.

COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO.

1. Conceitos.

A jurisdição não se divide (é una). Exatamente por isso, todos os magistrados

possuem jurisdição dentro do território brasileiro. Entretanto, por uma questão

organizacional, o exercício da jurisdição é fracionado (chamado de competência).

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Assim, a competência “é a medida, o limite, o fracionamento da jurisdição; é a

divisão dos trabalhos perante os órgãos encarregados do exercício da função

jurisdicional, cujo objetivo é a composição da lide e a pacificação social.1”.

TOME NOTA!

Juntas de Conciliação e Julgamento = Varas do Trabalho.

2. Critérios definidores da competência.

São critérios definidores da competência:

a) Competência em razão da matéria;

b) Competência em razão da pessoa;

c) Competência em razão da função ou funcional;

d) Competência em razão do lugar ou territorial; e

e) Competência em razão do valor da causa.

ATENÇÃO!

Na seara processual laboral, o valor da causa não é critério para delimitar a

competência. Serve apenas para definir o rito processual que será seguido (se

sumário, sumaríssimo ou ordinário).

2.1. Competência em razão da matéria e competência em razão da pessoa.

2.1.1. Conceitos e generalidades.

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A competência em razão da matéria ou ratione materiae baseia-se na natureza

da relação jurídica controvertida. Assim, temos que ter por base a causa de pedir (fatos

e fundamentos jurídicos), assim como pelos pedidos.

A competência em razão da pessoa ou ratione personae leva em conta a

qualidades das partes envolvidas na relação jurídica

O art. 114, CF e art. 652 da CLT nos apresenta o rol de matérias que são de

competência da Justiça do Trabalho.

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios;

II as ações que envolvam exercício do direito de greve;

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores;

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição;

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o

disposto no art. 102, I, o;

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação

de trabalho;

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores

pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho;

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VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a , e II, e

seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir;

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei.

Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:

a) conciliar e julgar:

I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de empregado;

II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por motivo de

rescisão do contrato individual de trabalho;

III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o empreiteiro seja

operário ou artífice;

IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;

V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão

Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;

b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;

c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;

d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua competência;

f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de competência

da Justiça do Trabalho.

ATENÇÃO!

1. Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por

profissional liberal contra cliente (Súmula 363, STJ).

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2. A Justiça do Trabalho não tem competência para julgar ações de natureza

penal. Neste sentido o art. 109, VI da CF nos informa: Aos juízes federais compete

processar e julgar: os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos

determinados por lei, contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira;

3. A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar as ações de

indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho

propostas por empregado contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam

sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da Emenda

Constitucional nº 45/04 (Súmula Vinculante 22 do STF).

4. Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do

Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e

material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de

trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou

sucessores do trabalhador falecido (Súmula 392, TST).

5. A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da

greve (Súmula 189, TST).

Por fim, a Justiça do Trabalho também será competente para:

a) Apreciar reclamação de empregado que tenha por objeto direito fundado em

quadro de carreira (Súmula 19, TST).

b) Processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores

relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS) - (Súmula

300, TST).

c) Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre

empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento

das guias do seguro-desemprego (Súmula 389, item I, TST).

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d) Julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento de normas

trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores (Súmula

736, STF).

e) Processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do

direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada (Súmula Vinculante nº

23, STF).

2.1.2. Entes de Direito Público Externo.

O artigo 114, I da CF nos informa que “Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo ...”.

Entretanto, cabe esclarecer que os entes de direito público externo, no caso,

são:

a) Estados Estrangeiros:

- Os Estados Estrangeiros praticam:

i. Atos de gestão.

- São atos de cunho privado, situação em que os estados estrangeiros são

equiparados ao particular.

- Nessa situação não há imunidade absoluta de jurisdição e esses entes

poderão ser processados (na fase de conhecimento) pela Justiça do

Trabalho (quando os atos tiverem natureza trabalhista).

- Todavia, possuem imunidade de execução. Logo, não poderão, por

exemplo, caso condenados, ter os bens penhorados. Exceção fica por

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conta das situações em que o Estado estrangeiro renuncia à

intangibilidade dos seus bens; ou quando o ente externo possuir bens no

território brasileiro e que não estejam vinculados com as suas finalidades

essenciais.

ii. Atos de império.

- São os atos praticados pelos Estados Estrangeiros quando do exercício

de suas prerrogativas soberanas.

- Nesse caso, possui imunidade a imunidade é absoluta.

b) Organismos Internacionais.

- A imunidade de jurisdição é absoluta.

- OJ-SDI1-416, TST: As organizações ou organismos internacionais gozam de

imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional

incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do

Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente,

prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de

imunidade jurisdicional.

2.1.3. Administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do

Distrito Federal e dos Municípios.

O artigo 114, I da CF nos informa que “Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar as ações oriundas (...) da administração pública direta e indireta da União, dos

Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

Nesse ponto, temos que saber que:

a) União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas.

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- A Justiça do Trabalho será ou não competente para julgar as ações oriundas de

seus empregados a depender do tipo de relação de trabalho. Logo se:

1. Relação estatutária:

- A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar as

lides oriundas das relações estatutárias.

- Competência da Justiça Comum. Portanto, compete à Justiça Comum

Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando

direitos relativos ao vínculo estatutário. Por sua vez, a Justiça Federal é

competente para julgar os servidores públicos federais estatutários.

- Súmula 137 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar

ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo

estatutário.

- Súmula 218 do STJ: Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação

de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no

exercício de cargo em comissão.

2. Relação de caráter jurídico-administrativa (temporária):

- A competência para julgar as ações relativas aos servidores temporários

é da Justiça Comum.

3. Relação empregatícia (regime de celetista):

- A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as ações

decorrentes dos empregados públicos.

b) Empresas Públicas e Sociedades de Economia mista:

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- Submetem-se ao regime próprio de empresas privadas e por isso Justiça do

Trabalho é competente para julgar as ações decorrentes de seus empregados.

Vejamos o Quadro a seguir para melhor visualização da competência:

Competência da Justiça Comum Competência da Justiça do Trabalho


Servidor estatutário Servidor público celetista
Servidor temporário Empresas públicas e sociedades de
economia mista

2.2. Competência em razão da função ou funcional.

“É aquela que tem por parâmetro a natureza das funções exercidas pelo

magistrado no processo, bem como das respectivas exigências especiais dessas

funções. A competência funcional da Justiça do Trabalho é disciplinada pela CLT e

pelos Regimentos Internos dos Tribunais Regionais do Trabalho e do Tribunal Superior

do Trabalho. Também chamada de interna2”.

2.3. Competência em razão do lugar ou territorial.

A competência em razão do lugar utiliza-se dos critérios geográficos (da

localização) de cada Órgão do Poder Judiciário. Neste sentido, a CLT nos informa (art.

651, caput e §§):

a) A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é determinada pela

localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar serviços ao

empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no estrangeiro.

b) Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a competência será

da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o

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empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da

localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

c) A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida neste

artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,

desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional

dispondo em contrário.

d) Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do

lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar

reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos

respectivos serviços.

Diante de tais premissas, percebemos que:

a) A regra definidora da competência territorial é o local da prestação dos serviços.

Mesmo que a contratação tenha ocorrido em outro local ou no estrangeiro.

b) Exceções:

i. Se o empregado for agente ou viajante comercial:

- Neste caso a competência será da Vara do Trabalho do local que:

a. A empresa tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja

subordinado e, na falta

b. Será competente da Vara do Trabalho do local em que o empregado

tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

ii. Se o empregado trabalha em agência ou filial no estrangeiro:

- Nesses casos, apesar do empregado ter prestado serviços no estrangeiro,

ele poderá ajuizar a sua ação em território brasileiro.

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- A competência será das Varas do Trabalho se:

a. O empregado for brasileiro; e

b. Não haja convenção internacional dispondo em contrário.

iii. Empregador que promova realização de atividades fora do lugar do contrato

de trabalho:

a. Nesses casos é assegurado ao empregado apresentar reclamação:

1) Na Vara do Trabalho da celebração do contrato; ou

2) Na Vara do Trabalho da prestação dos respectivos serviços

3. Classificação da competência.

a) Competência originária e derivada;

b) Competência exclusiva e concorrente;

c) Competência absoluta e relativa

3.1. Competência originária e derivada.

A competência originária diz respeito ao juiz que irá analisar o processo em

primeiro lugar.

Em regra pertence às Varas do Trabalho. Contudo, temos algumas ações (como

a ação rescisória e o dissídio coletivo, por exemplo) que se iniciam ou no TRT ou no TST

(que é uma competência excepcional).

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Por sua vez, a competência derivada ou hierárquica ou recursal diz respeito a

qual órgão irá rever a decisão proferida pelo órgão de competência originária.

3.2. Competência exclusiva e concorrente.

A competência exclusiva é aquela em que o Reclamante não tem a opção de

indicar um determinado órgão jurisdicional para submeter o seu processo.

Diferentemente, na competência concorrente o Reclamante poderá escolher

entre dois ou mais juízos.

3.3. Competência absoluta e relativa.

A competência absoluta tem natureza cogente. Logo, as partes não possuem a

faculdade de aplicá-la ou não.

Ademais, a competência absoluta:

a) Pode ser alegada em qualquer tempo e grau de jurisdição;

b) Deve ser declarada de ofício.

Atenção para a Orientação Jurisprudencial nº 62 da SDI-1, C. TST: É necessário o

prequestionamento como pressuposto de admissibilidade em recurso de natureza

extraordinária, ainda que se trate de incompetência absoluta.

c) Gera nulidade absoluta do processo.

d) Alegada em preliminar de contestação, via petição, ou oralmente quando da

audiência.

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e) Após o reconhecimento da incompetência absoluta, o processo será enviado

para o juízo competente.

f) Salvo decisão judicial em sentido contrário, conservar-se-ão os efeitos de

decisão proferida pelo juízo incompetente até que outra seja proferida, se for o

caso, pelo juízo competente.

Por sua vez, na competência relativa:

a) Apesar de a lei definir qual o juízo competente, as partes poderão modificá-la.

Inclusive;

b) Não pode ser conhecida de ofício.

- OJ-SDI2-149, TST: Não cabe declaração de ofício de incompetência territorial no

caso do uso, pelo trabalhador, da faculdade prevista no art. 651, § 3º, da CLT. Nessa

hipótese, resolve-se o conflito pelo reconhecimento da competência do juízo do local

onde a ação foi proposta.

c) O Ministério Público poderá alegá-la nas causas em que atuar.

d) Gera nulidade relativa do processo.

e) Alegada via exceção de incompetência.

f) Pode ser alegada em 5 dias a contar da notificação e antes da audiência.

Exemplo: Goku prestou serviços na cidade de Belo Horizonte/MG para a

empresa Vegeta Artes Gráficas LTDA. Foi demitido sem receber suas verbas

rescisórias. Posteriormente Goku voltou a residir em sua cidade (Sete Lagoas/MG). E

nesta propôs Reclamação Trabalhista em face de sua ex-empregadora. Em que pese o

juízo competente para julgar a ação ser uma das Varas do Trabalho da cidade de Belo

Horizonte, se Vegeta Artes Gráficas LTDA não apresentar exceção de incompetência

relativa, prorroga-se a competência (ou seja, o juiz da Vara do Trabalho da cidade de

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Sete Lagoas passará a ser competente para julgar o feito). Todavia, se for alegada a

incompetência relativa, o juiz incompetente (Vara do Trabalho de Sete Lagoas/MG),

encaminhará os autos ao juízo competente (Vara do Trabalho de Belo Horizonte/MG).

Competência Absoluta Competência Relativa


As partes não poderão modificá-la. As partes poderão modificá-la
Pode ser alegada em qualquer tempo e Pode ser alegada em 5 dias a contar da
grau de jurisdição. notificação e antes da audiência.
Deve ser declarada de ofício (vide OJ-SDI1- Não pode ser conhecida de ofício.
62, TST).
Gera nulidade absoluta do processo. Gera nulidade relativa.
Alegada em preliminar de contestação, Alegada via exceção de incompetência.
via petição, ou oralmente quando da
audiência.
Após o reconhecimento da incompetência Se não alegada, prorroga-se a
absoluta, o processo será enviado para o competência.
juízo competente.
Salvo decisão judicial em sentido Salvo decisão judicial em sentido
contrário, conservar-se-ão os efeitos de contrário, conservar-se-ão os efeitos de
decisão proferida pelo juízo incompetente decisão proferida pelo juízo incompetente
até que outra seja proferida, se for o caso, até que outra seja proferida, se for o caso,
pelo juízo competente. pelo juízo competente.
Espécies de competência absoluta: em Espécies de competência relativa: em
razão da matéria; em razão da pessoa; e razão do lugar.
em razão da função.

4. Critérios modificadores da competência.

A competência poderá ser modificada nas seguintes situações:

a) Prorrogação da competência;

b) Foro de eleição; e

c) Conexão e continência.

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4.1. Prorrogação da competência.

Ocorre nos casos em que a incompetência relativa não é alegada (em exceção

de incompetência) pelo Reclamado.

4.2. Foro de eleição.

As partes elegem um local para resolver futuros problemas judiciais. Entretanto,

sem prejuízo de outros, não se aplicam ao Processo do Trabalho, em razão de

inexistência de omissão ou por incompatibilidade a eleição de foro (art. 2º, I, Instrução

Normativa nº 30 do TST).

4.3. Conexão e continência.

A competência relativa poderá modificar-se pela conexão ou pela continência

(art. 54, CPC).

Reputam-se conexas 2 ou mais ações quando lhes for comum o pedido ou a

causa de pedir(art. 55, CPC). Também são conexas:

a) A execução de título extrajudicial e à ação de conhecimento relativa ao mesmo

ato jurídico;

b) As execuções fundadas no mesmo título executivo.

ATENÇÃO!

Serão reunidos para julgamento conjunto os processos que possam gerar risco

de prolação de decisões conflitantes ou contraditórias caso decididos separadamente,

mesmo sem conexão entre eles.

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O registro ou a distribuição da petição inicial torna prevento o juízo (art. 59,

CPC).

Por outro lado, dá-se a continência entre 2 ou mais ações quando houver

identidade quanto às partes e à causa de pedir, mas o pedido de uma, por ser mais

amplo, abrange o das demais (art. 56, CPC).

Quando houver continência e a ação continente tiver sido proposta

anteriormente, no processo relativo à ação contida será proferida sentença sem

resolução de mérito, caso contrário, as ações serão necessariamente reunidas (art. 57,

CPC).

TOME NOTA!

É vedado à parte interessada suscitar conflitos de jurisdição quando já houver

oposto na causa exceção de incompetência (art. 806, CLT).

No ato de suscitar o conflito deverá a parte interessada produzir a prova de

existência dele (art. 807, CLT).

5. Conflito de competência.

Temos o conflito de competência (art. 804, CLT):

a) Quando ambas as autoridades (juízes) se considerarem competentes;

b) Quando ambas as autoridades (juízes) se considerarem incompetentes.

Os conflitos de jurisdição podem ser suscitados (art. 805, CLT):

a) Pelos Juízes e Tribunais do Trabalho;

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b) Pelo procurador-geral e pelos procuradores regionais da Justiça do Trabalho;

c) Pela parte interessada, ou o seu representante.

Ademais, os conflitos de jurisdição serão resolvidos (art. 808, CLT e artigos 105, I

e art. 102, I, o, ambos da CRFB/88):

a) Pelos Tribunais Regionais do Trabalho (TRT) quando envolver:

- Vara do Trabalho versus Vara do Trabalho ou Juiz de Direito investido de

jurisdição trabalhista (e desde que vinculados ao mesmo TRT).

b) Pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) quando envolver:

- TRT versus TRT.

- TRT versus Vara do Trabalho vinculada a outro TRT.

- Vara do Trabalho versus Vara do Trabalho ou Juiz de Direito investido de

jurisdição trabalhista (e desde que vinculados a TRTs distintos).

c) Tribunal Superior de Justiça (STJ) quando envolver:

- TRT/Vara do Trabalho versus Juiz de Direito/Tribunal de Justiça - TJ/Juiz

Federal/Tribunal Regional Federal - TRF.

d) Supremo Tribunal Federal (STF) quando envolver:

- TST versus TJ/TRF/Juiz de Direito/Juiz Federal.

TOME NOTA!

Não se configura conflito de competência entre Tribunal Regional do Trabalho e

Vara do Trabalho a ele vinculada (Súmula 420, TST).

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO – MPT.

1. Aspectos introdutórios.

O Ministério Público (MP) no Processo é o órgão incumbido de tutelar o interesse

público. Sendo que este compreende os interesses sociais e individuais indisponíveis

(art. 127, CF).

O MP é instituição permanente, essencial à função jurisdicional do Estado,

incumbindo-lhe a defesa da ordem jurídica, do regime democrático e dos interesses

sociais e individuais indisponíveis, sendo uma instituição autônoma e permanente.

2. Princípios institucionais do MP.

São princípios institucionais do Ministério Público:

a) Unidade;

b) Indivisibilidade e

c) Independência funcional.

De acordo com o princípio da unidade, todos os membros do MP fazem parte

de um só órgão, embora o MP seja subdividido em Ministério Público Federal, MP do

Trabalho, MP do DF e MP dos Estados.

Cumpre esclarecer, que esta subdivisão se dá em decorrência da forma

federativa que é adotado pelo Brasil e também em decorrência da distribuição da

competência em razão da matéria e das pessoas.

Por sua vez, de acordo com o princípio da indivisibilidade, os membros do MP

“podem ser indiferentemente substituídos por outro em suas funções, sem que com

isso haja alguma alteração subjetiva nos processo em que oficiam (quem está na

relação processual é o Ministério Público, não a pessoa física de um promotor ou

curador)” (Antônio Carlos de Araújo Cintra e Ada Pellegrini e Cândido Rangel

Dinamarco).

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O princípio da independência funcional diz respeito ao fato de que no

exercício de suas funções, o membro do MP tem plena liberdade, agindo de acordo

com sua convicção jurídica.

3. Composição.

O Ministério Público abrange (art. 128, CF):

a) O Ministério Público da União, que compreende:

i. O Ministério Público Federal;

ii. O Ministério Público do Trabalho;

iii. O Ministério Público Militar; e

iv. O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios;

b) Os Ministérios Públicos dos Estados.

4. Garantias.

Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos

respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o

estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros as

seguintes garantias:

a) Vitaliciedade, após dois anos de exercício, não podendo perder o cargo senão

por sentença judicial transitada em julgado;

b) Inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, mediante decisão do

órgão colegiado competente do Ministério Público, pelo voto da maioria

absoluta de seus membros, assegurada ampla defesa;

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c) Irredutibilidade de subsídio, fixado na forma do art. 39, § 4º, e ressalvado o

disposto nos arts. 37, X e XI, 150, II, 153, III, 153, § 2º, I.

5. Vedações.

Leis complementares da União e dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos

respectivos Procuradores-Gerais, estabelecerão a organização, as atribuições e o

estatuto de cada Ministério Público, observadas, relativamente a seus membros as

seguintes vedações:

a) Receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percentagens ou

custas processuais;

b) Exercer a advocacia;

c) Participar de sociedade comercial, na forma da lei;

d) Exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo

uma de magistério;

e) Exercer atividade político-partidária;

f) Receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas

físicas, entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei.

6. Funções institucionais do Ministério Público.

São órgãos do Ministério Público do Trabalho (art. 85, LC 75/1993):

I — o Procurador-Geral do Trabalho;

II — o Colégio de Procuradores do Trabalho;

III — o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho;

IV — a Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho;

V — a Corregedoria do Ministério Público do Trabalho;

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VI — os Subprocuradores-Gerais do Trabalho;

VII — os Procuradores Regionais do Trabalho; e

VIII — os Procuradores do Trabalho.

A carreira do Ministério Público do Trabalho é composta pelos seguintes cargos:

a) Subprocurador-Geral do Trabalho;

b) Procurador Regional do Trabalho; e

c) Procurador do Trabalho.

O cargo inicial da carreira é o de Procurador do Trabalho e o do último nível o de

Subprocurador-Geral do Trabalho.

7. Competência do MPT.

Art. 83. Compete ao Ministério Público do Trabalho o exercício das seguintes atribuições

junto aos órgãos da Justiça do Trabalho:

I - promover as ações que lhe sejam atribuídas pela Constituição Federal e pelas leis

trabalhistas;

II - manifestar-se em qualquer fase do processo trabalhista, acolhendo solicitação do juiz

ou por sua iniciativa, quando entender existente interesse público que justifique a

intervenção;

III - promover a ação civil pública no âmbito da Justiça do Trabalho, para defesa de

interesses coletivos, quando desrespeitados os direitos sociais constitucionalmente

garantidos;

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IV - propor as ações cabíveis para declaração de nulidade de cláusula de contrato, acordo

coletivo ou convenção coletiva que viole as liberdades individuais ou coletivas ou os direitos

individuais indisponíveis dos trabalhadores;

V - propor as ações necessárias à defesa dos direitos e interesses dos menores, incapazes e

índios, decorrentes das relações de trabalho;

VI - recorrer das decisões da Justiça do Trabalho, quando entender necessário, tanto nos

processos em que for parte, como naqueles em que oficiar como fiscal da lei, bem como

pedir revisão dos Enunciados da Súmula de Jurisprudência do Tribunal Superior do

Trabalho;

VII - funcionar nas sessões dos Tribunais Trabalhistas, manifestando-se verbalmente sobre

a matéria em debate, sempre que entender necessário, sendo-lhe assegurado o direito de

vista dos processos em julgamento, podendo solicitar as requisições e diligências que julgar

convenientes;

VIII - instaurar instância em caso de greve, quando a defesa da ordem jurídica ou o

interesse público assim o exigir;

IX - promover ou participar da instrução e conciliação em dissídios decorrentes da

paralisação de serviços de qualquer natureza, oficiando obrigatoriamente nos processos,

manifestando sua concordância ou discordância, em eventuais acordos firmados antes da

homologação, resguardado o direito de recorrer em caso de violação à lei e à Constituição

Federal;

X - promover mandado de injunção, quando a competência for da Justiça do Trabalho;

XI - atuar como árbitro, se assim for solicitado pelas partes, nos dissídios de competência

da Justiça do Trabalho;

XII - requerer as diligências que julgar convenientes para o correto andamento dos

processos e para a melhor solução das lides trabalhistas;

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XIII - intervir obrigatoriamente em todos os feitos nos segundo e terceiro graus de jurisdição

da Justiça do Trabalho, quando a parte for pessoa jurídica de Direito Público, Estado

estrangeiro ou organismo internacional.

Art. 84. Incumbe ao Ministério Público do Trabalho, no âmbito das suas atribuições,

exercer as funções institucionais previstas nos Capítulos I, II, III e IV do Título I,

especialmente:

I - integrar os órgãos colegiados previstos no § 1º do art. 6º, que lhes sejam pertinentes;

II - instaurar inquérito civil e outros procedimentos administrativos, sempre que cabíveis,

para assegurar a observância dos direitos sociais dos trabalhadores;

III - requisitar à autoridade administrativa federal competente, dos órgãos de proteção ao

trabalho, a instauração de procedimentos administrativos, podendo acompanhá-los e

produzir provas;

IV - ser cientificado pessoalmente das decisões proferidas pela Justiça do Trabalho, nas

causas em que o órgão tenha intervido ou emitido parecer escrito;

V - exercer outras atribuições que lhe forem conferidas por lei, desde que compatíveis com

sua finalidade.

8. Do Procurador-Geral do Trabalho.

Art. 87. O Procurador-Geral do Trabalho é o Chefe do Ministério Público do Trabalho.

Art. 88. O Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador-Geral da

República, dentre integrantes da instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e

de cinco anos na carreira, integrante de lista tríplice escolhida mediante voto

plurinominal, facultativo e secreto, pelo Colégio de Procuradores para um mandato de

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dois anos, permitida uma recondução, observado o mesmo processo. Caso não haja

número suficiente de candidatos com mais de cinco anos na carreira, poderá concorrer

à lista tríplice quem contar mais de dois anos na carreira.

Art. 89. O Procurador-Geral do Trabalho designará, dentre os Subprocuradores-Gerais

do Trabalho, o Vice-Procurador-Geral do Trabalho, que o substituirá em seus

impedimentos. Em caso de vacância, exercerá o cargo o Vice-Presidente do Conselho

Superior, até o seu provimento definitivo.

Art. 90. Compete ao Procurador-Geral do Trabalho exercer as funções atribuídas ao

Ministério Público do Trabalho junto ao Plenário do Tribunal Superior do Trabalho,

propondo as ações cabíveis e manifestando-se nos processos de sua competência.

Art. 91. São atribuições do Procurador-Geral do Trabalho:

I - representar o Ministério Público do Trabalho;

II - integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de Procuradores do Trabalho, o

Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho e a Comissão de Concurso;

III - nomear o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho, segundo lista tríplice

formada pelo Conselho Superior;

IV - designar um dos membros e o Coordenador da Câmara de Coordenação e Revisão

do Ministério Público do Trabalho;

V - designar, observados os critérios da lei e os estabelecidos pelo Conselho Superior, os

ofícios em que exercerão suas funções os membros do Ministério Público do Trabalho;

VI - designar o Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho dentre os Procuradores

Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional;

VII - decidir, em grau de recurso, os conflitos de atribuição entre os órgãos do Ministério

Público do Trabalho;

VIII - determinar a abertura de correição, sindicância ou inquérito administrativo;

IX - determinar a instauração de inquérito ou processo administrativo contra servidores

dos serviços auxiliares;

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X - decidir processo disciplinar contra membro da carreira ou servidor dos serviços

auxiliares, aplicando as sanções que sejam de sua competência;

XI - decidir, atendendo a necessidade do serviço, sobre:

a) remoção a pedido ou por permuta;

b) alteração parcial da lista bienal de designações;

XII - autorizar o afastamento de membros do Ministério Público do Trabalho, ouvido o

Conselho Superior, nos casos previstos em lei;

XIII - dar posse aos membros do Ministério Público do Trabalho;

XIV - designar membro do Ministério Público do Trabalho para:

a) funcionar nos órgãos em que a participação da Instituição seja legalmente prevista,

ouvido o Conselho Superior;

b) integrar comissões técnicas ou científicas, relacionadas às funções da Instituição,

ouvido o Conselho Superior;

c) assegurar a continuidade dos serviços, em caso de vacância, afastamento temporário,

ausência, impedimento ou suspeição do titular, na inexistência ou falta do substituto

designado;

XV - homologar, ouvido o Conselho Superior, o resultado do concurso para ingresso na

carreira;

XVI - fazer publicar aviso de existência de vaga, na lotação e na relação bienal de

designações;

XVII - propor ao Procurador-Geral da República, ouvido o Conselho Superior, a criação e

extinção de cargos da carreira e dos ofícios em que devam ser exercidas suas funções;

XVIII - elaborar a proposta orçamentária do Ministério Público do Trabalho,

submetendo-a, para aprovação, ao Conselho Superior;

XIX - encaminhar ao Procurador-Geral da República a proposta orçamentária do

Ministério Público do Trabalho, após sua aprovação pelo Conselho Superior;

XX - organizar a prestação de contas do exercício anterior, encaminhando-a ao

Procurador-Geral da República;

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XXI - praticar atos de gestão administrativa, financeira e de pessoal;

XXII - elaborar o relatório de atividades do Ministério Público do Trabalho;

XXIII - coordenar as atividades do Ministério Público do Trabalho;

XXIV - exercer outras atribuições previstas em lei.

9. Colégio de Procuradores do Trabalho.

Art. 93. O Colégio de Procuradores do Trabalho, presidido pelo Procurador-Geral do

Trabalho, é integrado por todos os membros da carreira em atividade no Ministério Público

do Trabalho.

Art. 94. São atribuições do Colégio de Procuradores do Trabalho:

I - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista tríplice para a escolha

do Procurador-Geral do Trabalho;

II - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para a

composição do Tribunal Superior do Trabalho, sendo elegíveis os membros do Ministério

Público do Trabalho com mais de dez anos na carreira, tendo mais de trinta e cinco e

menos de sessenta e cinco anos de idade;

III - elaborar, mediante voto plurinominal, facultativo e secreto, a lista sêxtupla para os

Tribunais Regionais do Trabalho, dentre os Procuradores com mais de dez anos de carreira;

IV - eleger, dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho e mediante voto plurinominal,

facultativo e secreto, quatro membros do Conselho Superior do Ministério Público do

Trabalho.

10.Da Corregedoria do MPT.

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Art. 104. A Corregedoria do Ministério Público do Trabalho, dirigida pelo Corregedor-Geral,

é o órgão fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministério

Público.

Art. 105. O Corregedor-Geral será nomeado pelo Procurador-Geral do Trabalho dentre os

Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integrantes de lista tríplice elaborada pelo Conselho

Superior, para mandato de dois anos, renovável uma vez.

§ 1º Não poderão integrar a lista tríplice os membros do Conselho Superior.

§ 2º Serão suplentes do Corregedor-Geral os demais integrantes da lista tríplice, na ordem

em que os designar o Procurador-Geral.

§ 3º O Corregedor-Geral poderá ser destituído, por iniciativa do Procurador-Geral, antes do

término do mandato, pelo voto de dois terços dos membros do Conselho Superior.

Art. 106. Incumbe ao Corregedor-Geral do Ministério Público:

I - participar, sem direito a voto, das reuniões do Conselho Superior;

II - realizar, de ofício ou por determinação do Procurador-Geral ou do Conselho Superior,

correições e sindicâncias, apresentando os respectivos relatórios;

III - instaurar inquérito contra integrante da carreira e propor ao Conselho Superior a

instauração do processo administrativo conseqüente;

IV - acompanhar o estágio probatório dos membros do Ministério Público do Trabalho;

V - propor ao Conselho Superior a exoneração de membro do Ministério Público do

Trabalho que não cumprir as condições do estágio probatório.

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Artigos Mais Cobrados

Constituição Federal.

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juizes do Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº

24, de 1999)

§§ 1º a 3º (Revogados pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete

Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de

sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo

Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,

sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 92, de 2016)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de

efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior. (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior do

Trabalho. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do Trabalho: (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do

Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o

ingresso e promoção na carreira; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma

da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do

Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas decisões

terão efeito vinculante. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e julgar,

originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e garantia da

autoridade de suas decisões. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 92, de

2016)

Art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas

não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso para o

respectivo Tribunal Regional do T rabalho. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 113. A lei disporá sobre a constituição, investidura, jurisdição,

competência, garantias e condições de exercício dos órgãos da Justiça do

Trabalho. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: (Redação

dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito

público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do

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Distrito Federal e dos Municípios; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de

2004)

II as ações que envolvam exercício do direito de greve; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

III as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

IV os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; (Incluído pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

V os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista,

ressalvado o disposto no art. 102, I, o; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45,

de 2004)

VI as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da

relação de trabalho; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VII as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos

empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

VIII a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a ,

e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; (Incluído

pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da

lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 1º Frustrada a negociação coletiva, as partes poderão eleger árbitros.

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§ 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à

arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de

natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as

disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas

anteriormente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

§ 3º Em caso de greve em atividade essencial, com possibilidade de lesão do

interesse público, o Ministério Público do Trabalho poderá ajuizar dissídio coletivo,

competindo à Justiça do Trabalho decidir o conflito. (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo,

sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo

Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos, sendo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de

efetivo exercício, observado o disposto no art. 94; (Redação dada pela Emenda

Constitucional nº 45, de 2004)

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e

merecimento, alternadamente. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45,

de 2004)

§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a

realização de audiências e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites

territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e

comunitários. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

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§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar

descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno

acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo. (Incluído pela

Emenda Constitucional nº 45, de 2004)

Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz

singular. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 24, de 1999)

CLT.

Art. 643 - Os dissídios, oriundos das relações entre empregados e

empregadores bem como de trabalhadores avulsos e seus tomadores de serviços, em

atividades reguladas na legislação social, serão dirimidos pela Justiça do Trabalho, de

acordo com o presente Título e na forma estabelecida pelo processo judiciário do

trabalho. (Redação dada pela Lei nº 7.494, de 17.6.1986)

§ 1º - As questões concernentes à Previdência Social serão decididas pelos

órgãos e autoridades previstos no Capítulo V deste Título e na legislação sobre seguro

social. (Vide Lei nº 3.807, de 1960)

§ 2º - As questões referentes a acidentes do trabalho continuam sujeitas a

justiça ordinária, na forma do Decreto n. 24.637, de 10 de julho de 1934, e legislação

subseqüente.

§ 3o A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as

ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor

de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho. (Incluído pela

Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

Art. 645 - O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém

dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado.

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Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é

determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado, prestar

serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

estrangeiro. (Vide Constituição Federal de 1988)

§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a

competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a

esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Junta da

localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais

próxima. (Redação dada pela Lei nº 9.851, de 27.10.1999) (Vide

Constituição Federal de 1988)

§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento, estabelecida

neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou filial no estrangeiro,

desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção internacional dispondo

em contrário. (Vide Constituição Federal de 1988)

§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de atividades

fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar

reclamação no foro da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos

serviços.

Art. 652 - Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento: (Vide

Constituição Federal de 1988)

a) conciliar e julgar:

I - os dissídios em que se pretenda o reconhecimento da estabilidade de

empregado;

II - os dissídios concernentes a remuneração, férias e indenizações por

motivo de rescisão do contrato individual de trabalho;

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III - os dissídios resultantes de contratos de empreitadas em que o

empreiteiro seja operário ou artífice;

IV - os demais dissídios concernentes ao contrato individual de trabalho;

V - as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o

Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho;

(Incluído pela Medida Provisória nº 2.164-41, de 2001)

b) processar e julgar os inquéritos para apuração de falta grave;

c) julgar os embargos opostos às suas próprias decisões;

d) impor multas e demais penalidades relativas aos atos de sua

competência; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 6.353, de 20.3.1944)

f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em matéria de

competência da Justiça do Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)

Parágrafo único - Terão preferência para julgamento os dissídios sobre

pagamento de salário e aqueles que derivarem da falência do empregador, podendo o

Presidente da Junta, a pedido do interessado, constituir processo em separado,

sempre que a reclamação também versar sobre outros assuntos. (Vide

Constituição Federal de 1988)

Art. 668 - Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Juntas de

Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de administração da

Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de organização

judiciária local. (Vide Constituição Federal de 1988)

Art. 711 - Compete à secretaria das Juntas:

a) o recebimento, a autuação, o andamento, a guarda e a conservação dos

processos e outros papéis que lhe forem encaminhados;

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b) a manutenção do protocolo de entrada e saída dos processos e demais

papéis;

c) o registro das decisões;

d) a informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento

dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará;

e) a abertura de vista dos processos às partes, na própria secretaria;

f) a contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos;

g) o fornecimento de certidões sobre o que constar dos livros ou do

arquivamento da secretaria;

h) a realização das penhoras e demais diligências processuais;

i) o desempenho dos demais trabalhos que lhe forem cometidos pelo

Presidente da Junta, para melhor execução dos serviços que lhe estão afetos.

Art. 712 - Compete especialmente aos secretários das Juntas de Conciliação

e Julgamento: (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

a) superintender os trabalhos da secretaria, velando pela boa ordem do

serviço; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

b) cumprir e fazer cumprir as ordens emanadas do Presidente e das

autoridades superiores; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de

19.1.1946)

c) submeter a despacho e assinatura do Presidente o expediente e os papéis

que devam ser por ele despachados e assinados; (Redação dada pelo

Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

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d) abrir a correspondência oficial dirigida à Junta e ao seu Presidente, a cuja

deliberação será submetida; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de

19.1.1946)

e) tomar por termo as reclamações verbais nos casos de dissídios

individuais; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

f) promover o rápido andamento dos processos, especialmente na fase de

execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades

superiores; (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

g) secretariar as audiências da Junta, lavrando as respectivas atas;

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

h) subscrever as certidões e os termos processuais; (Redação

dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

i) dar aos litigantes ciência das reclamações e demais atos processuais de

que devam ter conhecimento, assinando as respectivas notificações;

(Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

j) executar os demais trabalhos que lhe forem atribuídos pelo Presidente da

Junta. (Redação dada pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

Parágrafo único - Os serventuários que, sem motivo justificado, não

realizarem os atos, dentro dos prazos fixados, serão descontados em seus

vencimentos, em tantos dias quantos os do excesso. (Parágrafo

incluído pelo Decreto-lei nº 8.737, de 19.1.1946)

Art. 714 - Compete ao distribuidor:

a) a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada

Junta, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados pelos interessados;

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b) o fornecimento, aos interessados, do recibo correspondente a cada feito

distribuído;

c) a manutenção de 2 (dois) fichários dos feitos distribuídos, sendo um

organizado pelos nomes dos reclamantes e o outro dos reclamados, ambos por ordem

alfabética;

d) o fornecimento a qualquer pessoa que o solicite, verbalmente ou por

certidão, de informações sobre os feitos distribuídos;

e) a baixa na distribuição dos feitos, quando isto lhe for determinado pelos

Presidentes das Juntas, formando, com as fichas correspondentes, fichários à parte,

cujos dados poderão ser consultados pelos interessados, mas não serão mencionados

em certidões.

Art. 715 - Os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal

Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na

mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

Art. 721 - Incumbe aos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores da

Justiça do Trabalho a realização dos atos decorrentes da execução dos julgados das

Juntas de Conciliação e Julgamento e dos Tribunais Regionais do Trabalho, que lhes

forem cometidos pelos respectivos Presidentes. (Redação dada pela

Lei nº 5.442, de 24.5.1968)

§ 1º Para efeito de distribuição dos referidos atos, cada Oficial de Justiça ou

Oficial de Justiça Avaliador funcionará perante uma Junta de Conciliação e Julgamento,

salvo quando da existência, nos Tribunais Regionais do Trabalho, de órgão específico,

destinado à distribuição de mandados judiciais. (Redação dada pela Lei

nº 5.442, de 24.5.1968)

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§ 2º Nas localidades onde houver mais de uma Junta, respeitado o disposto

no parágrafo anterior, a atribuição para o cumprimento do ato deprecado ao Oficial de

Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador será transferida a outro Oficial, sempre que, após

o decurso de 9 (nove) dias, sem razões que o justifiquem, não tiver sido cumprido o

ato, sujeitando-se o serventuário às penalidades da lei. (Redação dada

pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968)

§ 3º No caso de avaliação, terá o Oficial de Justiça Avaliador, para

cumprimento da ato, o prazo previsto no art. 888. (Redação dada pela

Lei nº 5.442, de 24.5.1968)

§ 4º É facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho

cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos

atos de execução das decisões dêsses Tribunais. (Redação dada pela Lei

nº 5.442, de 24.5.1968)

§ 5º Na falta ou impedimento do Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça

Avaliador, o Presidente da Junta poderá atribuir a realização do ato a qualquer

serventuário. (Redação dada pela Lei nº 5.442, de 24.5.1968)

Súmula Vinculante do STF.

Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente para

processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais

decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra empregador,

inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau

quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

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Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para

processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de

greve pelos trabalhadores da iniciativa privada

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Lista de Exercícios

QUESTÃO 01 – 2017 – FCC - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA.

À luz do disposto na Constituição da República e do quanto já decidido pelo Supremo

Tribunal Federal, considere:

I. João, por residir em cidade não abrangida pela jurisdição de nenhuma Vara do

Trabalho, ingressou com reclamação trabalhista perante a Vara Cível local, à qual a lei

havia atribuído a jurisdição trabalhista. Proferida a sentença, João não se contentou

com o conteúdo dessa. Assim, pretendendo impugná-la, deverá apresentar recurso

dirigido ao Tribunal Regional Federal, competente para rever as decisões dos juízes

que integram a sua estrutura.

II. Tendo sido prejudicada por decisão de natureza precária proferida por Tribunal

Regional do Trabalho em ação que deveria ter sido proposta perante o Tribunal

Superior do Trabalho − TST, a União poderá buscar desconstituir a decisão em questão

mediante a apresentação de reclamação perante o TST.

III. José, que mantém vínculo empregatício com entidade autárquica integrante da

Administração indireta de determinado Estado, regido pelo regime celetista, entende

que as verbas a que faz jus não estão sendo corretamente pagas. Desejando propor

ação com a finalidade de questionar o comportamento da autarquia, deverá fazê-lo

perante a Justiça do Trabalho.

IV. No curso de uma greve, os empregados de empresa do setor automobilístico que

aderiram ao movimento paredista deflagrado, no intuito de pressionar seu

empregador pelo atendimento de suas reivindicações, invadem e ocupam as

instalações da linha de montagem dessa empresa, paralisando completamente suas

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atividades produtivas. Objetivando retomar sua produção, assim como a posse de

suas instalações, a empresa deverá ajuizar ação possessória perante a Justiça Comum.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e IV.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) II e IV.

QUESTÃO 02 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA.

O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade

administrativa contra certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção

à saúde e à segurança do trabalhador. A empresa pretende propor ação para

impugnar o ato administrativo que lhe impôs a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse

caso, a ação deverá ser proposta perante o

a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento

perante o juizado especial estadual.

b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o

ajuizamento perante o juizado especial estadual.

c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.

d) órgão da justiça do trabalho competente.

e) órgão da justiça federal competente.

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QUESTÃO 03 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA.

A respeito da competência das Varas do Trabalho, segundo a legislação

I. A ação de consignação em pagamento que o empregador promover em face do

empregado deve ser proposta no foro do domicílio deste, desde que esta situação

esteja prevista no seu contrato de trabalho, caso contrário, a competência será da Vara

onde se deu a contratação do trabalhador.

II. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da

Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o

empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em

que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

III. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da

Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o

empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em

que o empregado tenha sido contratado ou a localidade mais próxima.

IV. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar

do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro

da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

V. Mesmo em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora

do lugar do contrato de trabalho, a competência continuará sendo exclusiva da Vara

da localidade da prestação dos respectivos serviços, eis que se trata de regra mais

benéfica ao empregado.

Está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.

b) II e IV.

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c) II e III.

d) I, III e V.

e) I e V.

QUESTÃO 04 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA –

ADAPTADA.

Conforme jurisprudência sumulada vinculante do Supremo Tribunal Federal, a Justiça

do Trabalho é competente para processar e julgar

a) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, desde que o acidente

tenha ocorrido após a promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04.

b) ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos

trabalhadores da iniciativa privada, desde que seja proposta em face do sindicato dos

trabalhadores da categoria em greve.

c) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, com exceção daquelas

já ajuizadas perante a Justiça Comum e que ainda não possuíam sentença de mérito

em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04.

d) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, inclusive aquelas que

ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da

Emenda Constitucional n° 45/04.

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QUESTÃO 05 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA.

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material

da Justiça do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça

do Trabalho para processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de

trabalho.

d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos

órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do

Instituto Nacional do Seguro Social.

QUESTÃO 06 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi

contratado na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu

Informática S/A, para trabalhar como programador, na filial da empresa no Município

de Campo Grande. No contrato de trabalho as partes convencionaram como foro de

eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado

por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para Manaus. Não

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concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar reclamação

trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência

territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de

a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.

b) Brasília, por ser o local da contratação.

c) Manaus, local de seu domicílio.

d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.

e) São Paulo, foro de eleição contratual.

QUESTÃO 07 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL – ADAPTADA.

A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram

regras sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a

compõem. Em observância a tais normas,

a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa

para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do

trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.

b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade,

interpretou ser da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas

entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem

estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos

dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de

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notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

recrutados exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

QUESTÃO 08 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado

brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na

Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o

empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar o seu empregador em razão de

créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa situação, conforme regra prevista na

Consolidação das Leis do Trabalho,

a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação

trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.

b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o

competente para conhecer da reclamação trabalhista.

c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do

empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da

demissão.

d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no

País em que o empregado foi contratado.

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e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da

reclamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em

contrário.

QUESTÃO 09 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - TÉCNICO JUDICIÁRIO –

ADMINISTRATIVA.

Conforme normas relativas à jurisdição e competência das Varas do Trabalho e dos

Tribunais Regionais do Trabalho:

a) A EC 45/2004 previu a obrigatoriedade da criação de apenas um Tribunal Regional

do Trabalho em cada Estado membro da Federação, bem como no Distrito Federal.

b) Os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de juízes nomeados pelo

Presidente do Tribunal Superior do Trabalho e serão compostos, no mínimo, de oito

juízes recrutados, necessariamente, dentro da própria região.

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso dos jurisdicionados

à justiça em todas as fases do processo.

d) Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será, necessariamente, exercida por um juiz

singular titular e outro substituto, além de um membro do Ministério Público do

Trabalho que atuará junto à Vara.

e) As ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão

Gestor de Mão de Obra − OGMO decorrentes da relação de trabalho são de

competência originária dos Tribunais Regionais do Trabalho.

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QUESTÃO 10 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - TÉCNICO JUDICIÁRIO –

ADMINISTRATIVA.

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por

danos morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral.

Conforme previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá

ser proposta na Vara do Trabalho do local

a) da sua contratação.

b) do seu domicílio.

c) da matriz do Banco empregador.

d) da prestação dos serviços.

e) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

QUESTÃO 11 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL

Considere a seguinte situação hipotética: o Tribunal Regional do Trabalho da X Região

está composto, até o momento, por 6 juízes. Não há mais possibilidade de recrutar

juízes na respectiva Região. Neste caso,

a) deverá ser recrutado pelo menos mais três juízes em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes.

b) deverá ser recrutado pelo menos mais um juiz em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes.

c) não será necessário recrutar mais juízes uma vez que a composição mínima já foi

atingida.

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d) deverá ser recrutado pelo menos mais cinco juízes em região diversa, uma vez que

os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, onze juízes.

e) deverá ser recrutado pelo menos mais dois juízes em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, oito juízes.

QUESTÃO 12 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Dentre os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho descritos na Consolidação das Leis

do Trabalho há o órgão denominado distribuidor nas localidades em que exista mais

de uma Vara do Trabalho. A designação dos distribuidores se dará pelo

a) Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre os funcionários do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao

mesmo Presidente.

b) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas do

Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Juiz mais

antigo de cada comarca.

c) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas do

Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e

diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

d) Juiz Titular mais antigo do Fórum, dentre os funcionários das Varas do Trabalho

existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados a este Juiz.

e) Juiz Diretor do Fórum dentre os funcionários das Varas do Trabalho existentes na

mesma localidade, e diretamente subordinados ao Presidente do Tribunal Regional do

Trabalho.

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QUESTÃO 13 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA:

JUDICIÁRIA.

A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estrutura da

Justiça do Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento,

a) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,

que comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos próprios

Regionais, alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização

de audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da

respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

c) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito

Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem

instituídas, atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais próxima.

d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão julgados

e processados na Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos de natureza

constitucional.

e) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, que

serão recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal

Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos.

QUESTÃO 14 – 2016 – FCC - TRT - 14ª REGIÃO (RO E AC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO -

ÁREA ADMINISTRATIVA.

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A Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre a organização dos

Poderes do Estado, com capítulo próprio sobre o Poder Judiciário. De acordo com tais

normas, são órgãos da Justiça do Trabalho:

a) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conciliação

e Julgamento.

b) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho.

c) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho

atuando em Varas do Trabalho.

e) Supremo Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Regional

Federal e Varas do Trabalho.

QUESTÃO 15 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Conforme previsão constitucional, a Justiça do Trabalho é um órgão do Poder

Judiciário. A respeito da sua organização, da jurisdição e da competência,

a) a maior corte é o Tribunal Superior do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição

nacional, composto por trinta e três ministros, sendo 2/3 dentre desembargadores dos

Tribunais Regionais e 1/3 dentre advogados e Ministério Público do Trabalho.

b) cada estado membro deverá ter, pelo menos, um Tribunal Regional do Trabalho,

composto de, no mínimo, 08 desembargadores da própria região que formarão 3/5 da

corte, além de 1/5 da advocacia e 1/5 do Ministério Público do Trabalho.

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c) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar de forma descentralizada,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar pleno acesso do jurisdicionado à

justiça em todas as fases do processo.

d) nas Varas do Trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular togado,

auxiliado por dois representantes dos sindicatos das categorias profissional e

econômica, coma participação de um membro do Ministério Público do Trabalho.

e) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho é o órgão máximo do sistema, mas não

funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer apenas a

supervisão administrativa da Justiça do Trabalho, com decisões de caráter consultivo e

não vinculante.

QUESTÃO 16 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Conforme normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho sobre os serviços

auxiliares da Justiça do Trabalho, incluindo os distribuidores e os oficiais de justiça, é

INCORRETO afirmar que

a) não compete à Secretaria das Varas a contagem das custas devidas pelas partes, nos

respectivos processos, mas sim ao órgão distribuidor.

b) compete especialmente aos chefes de secretaria das Varas promover o rápido

andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realização

dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores.

c) compete ao distribuidor a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e

sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados

pelos interessados.

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d) os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os

funcionários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao

mesmo Presidente diretamente subordinados.

e) é facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer

Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das

decisões desses Tribunais.

QUESTÃO 17 – 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu Título VIII, apresenta uma série de

normas que disciplina a organização, funcionamento e competência da Justiça do

Trabalho e dos seus serviços auxiliares. Em consonância com tais dispositivos, é

INCORRETO afirmar:

a) Os distribuidores são designados pelo Juiz Diretor do Foro, dentre os funcionários

das Varas do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, ficando diretamente

subordinados ao Corregedor ou Vice Administrativo do Tribunal.

b) A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre

trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de

Obra − OGMO, decorrentes da relação de trabalho.

c) O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo

eximir-se, salvo motivo justificado.

d) Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juízos

de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que

lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

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e) Compete à Secretaria da Vara a informação, às partes interessadas e seus

procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará, e

a abertura de vista dos processos às partes na própria Secretaria.

QUESTÃO 18 – 2015 – FCC - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Quanto à organização da Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho compor-

se-á de

a) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e

cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto dentre

advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do

Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, sendo os

demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de

carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

b) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo um terço

dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,

sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da

magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

c) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com

mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 75 (setenta e cinco) anos, nomeados pelo

Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da

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Câmara dos Deputados, sendo um terço dentre advogados com mais de cinco anos de

efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais

de cinco anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelos Tribunais

Regionais.

d) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e

cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,

sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de

efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho

oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

e) 20 (vinte) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de 30 (trinta) e

menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

pela maioria simples do Senado Federal, sendo metade dentre advogados com mais

de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do

Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, e a outra metade dentre juízes

dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados

pelos Tribunais Regionais.

QUESTÃO 19 – 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Sobre organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme ditames

insculpidos na Constituição Federal do Brasil é correto afirmar:

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a) Os Juizados Especiais Acidentários Trabalhistas, as Varas do Trabalho, os Tribunais

Regionais do Trabalho, os Tribunais Arbitrais Coletivos do Trabalho e o Tribunal

Superior do Trabalho são órgãos da Justiça do Trabalho.

b) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de dezessete Ministros, togados e

vitalícios, dos quais treze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,

dois dentre advogados e dois dentre membros do Ministério Público do Trabalho.

c) O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal Superior do

Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo

graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

d) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, não

funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho por se tratar de órgão

administrativo e consultivo, sem funções jurisdicionais, cabendo-lhe apenas

regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

e) A competência da Justiça do Trabalho não abrange nenhum dos entes ou

organismos de direito público externo, ainda que se trate de relação de emprego, visto

que em razão da pessoa litigante a competência será da Justiça Federal Comum.

QUESTÃO 20 – 2015 – FCC - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho,

a) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por

sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal

Regional do Trabalho.

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b) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por

sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal

de Justiça.

d) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em cada

Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais Regionais do

Trabalho.

e) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários

interpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as ações

envolvendo relação de trabalho.

QUESTÃO 21 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA ESPECIALIDADE OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de

Janeiro. Há alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo

efetuados pelos trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou

um Advogado para ajuizar ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o

operador portuário, demanda esta que deverá ser proposta perante a

a) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem

vínculo de emprego com o órgão de mão de obra.

b) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.

c) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de

vínculo de emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.

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d) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e,

portanto, de ordem nacional.

e) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de

relação de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

QUESTÃO 22 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma instituição

permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre a organização do órgão

na área trabalhista,

a) será exercida por membros do Ministério Público Federal e na sua falta pelo

Ministério Público Federal, ante a falta de previsão de órgão específico na área

trabalhista.

b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador Geral da Justiça, sendo

eleito e sabatinado pelo Congresso Nacional.

c) o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será designado dentre os

Procuradores Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional.

d) o Colégio de Procuradores do Trabalho será presidido pelo Corregedor-Geral do

Ministério Público do Trabalho, composto pelos Procuradores Regionais do Trabalho.

e) o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho será eleito de forma direta

por voto dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho e dos Procuradores Regionais do

Trabalho.

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Gabarito

1 2 3 4 5

D D B D E

6 7 8 9 10

D A E C D

11 12 13 14 15

B C B D C

16 17 18 19 20

A A A C A
21 22 *** *** ***
B C *** *** ***

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Questões Comentadas.

QUESTÃO 01 – 2017 – FCC - TRT - 21ª REGIÃO (RN) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA.

À luz do disposto na Constituição da República e do quanto já decidido pelo Supremo

Tribunal Federal, considere:

I. João, por residir em cidade não abrangida pela jurisdição de nenhuma Vara do

Trabalho, ingressou com reclamação trabalhista perante a Vara Cível local, à qual a lei

havia atribuído a jurisdição trabalhista. Proferida a sentença, João não se contentou

com o conteúdo dessa. Assim, pretendendo impugná-la, deverá apresentar recurso

dirigido ao Tribunal Regional Federal, competente para rever as decisões dos juízes

que integram a sua estrutura.

Item errado, pois conforme art. 112 da CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho,

podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito,

com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

II. Tendo sido prejudicada por decisão de natureza precária proferida por Tribunal

Regional do Trabalho em ação que deveria ter sido proposta perante o Tribunal

Superior do Trabalho − TST, a União poderá buscar desconstituir a decisão em questão

mediante a apresentação de reclamação perante o TST.

Item certo, pois conforme art. 111-A, § 3º da CF: Compete ao Tribunal Superior do Trabalho

processar e julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de sua competência e

garantia da autoridade de suas decisões.

III. José, que mantém vínculo empregatício com entidade autárquica integrante da

Administração indireta de determinado Estado, regido pelo regime celetista, entende

que as verbas a que faz jus não estão sendo corretamente pagas. Desejando propor

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ação com a finalidade de questionar o comportamento da autarquia, deverá fazê-lo

perante a Justiça do Trabalho.

Item certo, pois conforme art. 114, I da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito

Federal e dos Municípios.

IV. No curso de uma greve, os empregados de empresa do setor automobilístico que

aderiram ao movimento paredista deflagrado, no intuito de pressionar seu

empregador pelo atendimento de suas reivindicações, invadem e ocupam as

instalações da linha de montagem dessa empresa, paralisando completamente suas

atividades produtivas. Objetivando retomar sua produção, assim como a posse de

suas instalações, a empresa deverá ajuizar ação possessória perante a Justiça Comum.

Item errado, pois conforme Súmula Vinculante 23 do STF: A Justiça do Trabalho é

competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício

do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

Está correto o que consta APENAS em

a) I e IV.

b) I e II.

c) I e III.

d) II e III.

e) II e IV.

Reposta: D.

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QUESTÃO 02 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINISTRATIVA.

O órgão federal de fiscalização das relações de trabalho impôs penalidade

administrativa contra certa empresa, por violação a determinadas normas de proteção

à saúde e à segurança do trabalhador. A empresa pretende propor ação para

impugnar o ato administrativo que lhe impôs a multa, por entendê-lo ilegal. Nesse

caso, a ação deverá ser proposta perante o

a) juiz estadual competente, sendo vedado pela Constituição Federal o ajuizamento

perante o juizado especial estadual.

b) juiz estadual competente, não sendo vedado pela Constituição Federal o

ajuizamento perante o juizado especial estadual.

c) Tribunal de Justiça competente originariamente para o feito.

d) órgão da justiça do trabalho competente.

e) órgão da justiça federal competente.

Item D certo, pois conforme art. 114, VII da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos

órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

Ademais, o próprio STF nos informa através de sua Súmula nº 736 que “Compete à justiça

do trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento

de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores”.

Reposta: D.

QUESTÃO 03 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA.

A respeito da competência das Varas do Trabalho, segundo a legislação

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I. A ação de consignação em pagamento que o empregador promover em face do

empregado deve ser proposta no foro do domicílio deste, desde que esta situação

esteja prevista no seu contrato de trabalho, caso contrário, a competência será da Vara

onde se deu a contratação do trabalhador.

Item errado, pois conforme art. 651 da CLT. A competência das Juntas de Conciliação e

Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou

reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro

local ou no estrangeiro.

II. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da

Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o

empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em

que o empregado tenha domicílio ou a localidade mais próxima.

Item certo, pois conforme art. 651, § 1º da CLT. Quando for parte de dissídio agente ou

viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa

tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será

competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade

mais próxima.

III. Quando for parte no dissídio agente ou viajante comercial, a competência será da

Vara do Trabalho da localidade em que a empresa tenha agência ou filial e a esta o

empregado esteja subordinado e, na falta, será competente a Vara da localização em

que o empregado tenha sido contratado ou a localidade mais próxima.

Item errado, pois conforme art. 651, § 1º da CLT. Quando for parte de dissídio agente ou

viajante comercial, a competência será da Junta da localidade em que a empresa

tenha agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta, será

competente a Junta da localização em que o empregado tenha domicílio ou a localidade

mais próxima.

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IV. Em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora do lugar

do contrato de trabalho, é assegurado ao empregado apresentar reclamação no foro

da celebração do contrato ou no da prestação dos respectivos serviços.

Item certo, pois conforme art. 651, § 3º da CLT. Em se tratando de empregador que

promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao

empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no

da prestação dos respectivos serviços.

V. Mesmo em se tratando de empregador que promova realização de atividades fora

do lugar do contrato de trabalho, a competência continuará sendo exclusiva da Vara

da localidade da prestação dos respectivos serviços, eis que se trata de regra mais

benéfica ao empregado.

Item errado, pois conforme art. 651, § 3º da CLT. Em se tratando de empregador que

promova realização de atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao

empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato ou no

da prestação dos respectivos serviços.

Está correto o que consta APENAS em

a) I, II e IV.

b) II e IV.

c) II e III.

d) I, III e V.

e) I e V.

Reposta: B.

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QUESTÃO 04 – 2017 – FCC – TST - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁRIA –

ADAPTADA.

Conforme jurisprudência sumulada vinculante do Supremo Tribunal Federal, a Justiça

do Trabalho é competente para processar e julgar

a) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, desde que o acidente

tenha ocorrido após a promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04.

Item errado, pois conforme Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é

competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e

patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado contra

empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em

primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

b) ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos

trabalhadores da iniciativa privada, desde que seja proposta em face do sindicato dos

trabalhadores da categoria em greve.

Item errado, pois conforme Súmula Vinculante 23 do STF. A Justiça do Trabalho é

competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício

do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada.

Assim, a súmula 23 do STF não apresenta como requisito que seja proposta em face do

sindicato dos trabalhadores da categoria em greve

c) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, com exceção daquelas

já ajuizadas perante a Justiça Comum e que ainda não possuíam sentença de mérito

em primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional n° 45/04.

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Item errado, pois conforme Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é

competente para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e

patrimoniais decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado

contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em

primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

d) as ações de indenização por danos morais e patrimoniais decorrentes de acidente

de trabalho propostas por empregado em face do empregador, inclusive aquelas que

ainda não possuíam sentença de mérito em primeiro grau quando da promulgação da

Emenda Constitucional n° 45/04.

Item certo, pois conforme Súmula Vinculante 22 do STF. A Justiça do Trabalho é competente

para processar e julgar as ações de indenização por danos morais e patrimoniais

decorrentes de acidente de trabalho propostas por empregado

contra empregador, inclusive aquelas que ainda não possuíam sentença de mérito em

primeiro grau quando da promulgação da Emenda Constitucional nº 45/04.

Reposta: D.

QUESTÃO 05 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - TÉCNICO JUDICIÁRIO - ÁREA

ADMINISTRATIVA.

A Constituição Federal de 1988 dispõe expressamente sobre a competência material

da Justiça do Trabalho e, entre essas disposições, NÃO prevê a competência da Justiça

do Trabalho para processar e julgar

a) as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

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Item certo, pois conforme art. 114, III da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e

trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores.

b) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

Item certo, pois conforme art. 114, IV da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data , quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

c) as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de

trabalho.

Item certo, pois conforme art. 114, VI da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de

trabalho.

d) as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos

órgãos de fiscalização das relações de trabalho.

Item certo, pois conforme art. 114, VII da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos

órgãos de fiscalização das relações de trabalho

e) os crimes contra a organização do trabalho e as causas acidentárias em face do

Instituto Nacional do Seguro Social.

Item errado, pois conforme art. 109, VI da CF: Aos juízes federais compete processar e

julgar: os crimes contra a organização do trabalho e, nos casos determinados por lei,

contra o sistema financeiro e a ordem econômico-financeira.

Reposta: E.

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QUESTÃO 06 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Asclépio, residente e domiciliado em Manaus, participou de processo seletivo e foi

contratado na cidade de Brasília, onde se localiza a sede da empresa Orfheu

Informática S/A, para trabalhar como programador, na filial da empresa no Município

de Campo Grande. No contrato de trabalho as partes convencionaram como foro de

eleição a comarca de São Paulo. Após dois anos de contrato, Asclépio foi dispensado

por justa causa sem receber nenhuma verba rescisória, retornando para Manaus. Não

concordando com o motivo da sua rescisão, o trabalhador resolveu ajuizar reclamação

trabalhista em face da sua ex-empregadora. Conforme a regra de competência

territorial prevista na lei trabalhista a ação deverá ser proposta na Vara do Trabalho de

a) Brasília, por ser a sede da empresa reclamada.

b) Brasília, por ser o local da contratação.

c) Manaus, local de seu domicílio.

d) Campo Grande, local da prestação dos serviços.

e) São Paulo, foro de eleição contratual.

Item D certo, pois conforme art. 651 da CLT. A competência das Juntas de Conciliação e

Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,

prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

estrangeiro.

Reposta: D.

QUESTÃO 07 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL – ADAPTADA.

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A Constituição Federal do Brasil e a Consolidação das Leis do Trabalho instituíram

regras sobre organização e competência da Justiça do Trabalho e dos órgãos que a

compõem. Em observância a tais normas,

a) é competência da Justiça do Trabalho a apreciação de ação proposta por empresa

para anulação de penalidade imposta em auto de infração lavrado por auditor fiscal do

trabalho, por inobservância da cota de contratação de pessoas com deficiência.

Item certo, pois conforme art. 114, VII, CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:

as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos

de fiscalização das relações de trabalho.

b) o Supremo Tribunal Federal, em sede de ação direta de inconstitucionalidade,

interpretou ser da competência da Justiça do Trabalho a apreciação de demandas

entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem

estatutária ou de caráter jurídico-administrativo.

Item errado, pois a Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar as

lides oriundas das relações estatutárias. Assim, compete à Justiça Comum Estadual

processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao

vínculo estatutário. Por sua vez, a Justiça Federal é competente para julgar os servidores

públicos federais estatutários.

c) o Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de dezessete Ministros, escolhidos

dentre brasileiros com mais de trinta anos e menos de sessenta e cinco anos, de

notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria simples do Senado Federal.

Item errado, pois conforme art. 111-A da CF. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á

de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e

menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados

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pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,

sendo: (...)

d) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes,

recrutados exclusivamente na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos.

Item errado, pois conforme art. 115 da CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se

de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados

pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos, sendo: (...)

Reposta: A.

QUESTÃO 08 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

A empresa Olimpos Construções S/A, com sede em Brasília, contratou empregado

brasileiro através de sua sucursal em São Paulo, para gerenciar as obras existentes na

Turquia, lugar onde prestou serviços durante dois anos. Rescindido o contrato o

empregado retorna ao Brasil, pretendendo acionar o seu empregador em razão de

créditos trabalhistas que entende devidos. Nessa situação, conforme regra prevista na

Consolidação das Leis do Trabalho,

a) é incompetente a autoridade judiciária brasileira, para conhecer da reclamação

trabalhista, que deveria ser ajuizada na Turquia, local da prestação dos serviços.

b) se houver foro de eleição expressamente previsto no contrato, será este o

competente para conhecer da reclamação trabalhista.

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c) será competente para conhecer da ação trabalhista o foro de opção contratual do

empregado, podendo ser o da contratação, da prestação de serviços ou o da

demissão.

d) a autoridade judiciária brasileira é incompetente, devendo a ação ser proposta no

País em que o empregado foi contratado.

e) a autoridade judiciária trabalhista brasileira é competente para conhecer da

reclamação trabalhista, salvo se houver Convenção Internacional dispondo em

contrário.

Item E certo, pois conforme art. 651, § 2º da CLT: A competência das Juntas de Conciliação e

Julgamento, estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em agência ou

filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro e não haja convenção

internacional dispondo em contrário.

Reposta: E.

QUESTÃO 09 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - TÉCNICO JUDICIÁRIO –

ADMINISTRATIVA.

Conforme normas relativas à jurisdição e competência das Varas do Trabalho e dos

Tribunais Regionais do Trabalho:

a) A EC 45/2004 previu a obrigatoriedade da criação de apenas um Tribunal Regional

do Trabalho em cada Estado membro da Federação, bem como no Distrito Federal.

Item errado, pois conforme explicado: o território nacional está dividido em 24 regiões para

efeito da Jurisdição dos Tribunais Regionais. Inclusive, temos 24 regiões e 24 Tribunais

Regionais do Trabalho.

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Todavia, dois destes TRTs se encontram situados no Estado de São Paulo, que abrange a

capital de São Paulo, região metropolitana e Baixada Santista. Também temos o TRT da 15ª

Região, que abrange a cidade de Campinas e cidades do interior de São Paulo.

Ademais, não há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes Estados: Tocantins, Amapá,

Acre e Roraima.

Por fim, o art. 115, § 1º da CF nos informa que “os Tribunais Regionais do Trabalho

instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de

atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de

equipamentos públicos e comunitários”.

b) Os Tribunais Regionais do Trabalho serão compostos de juízes nomeados pelo

Presidente do Tribunal Superior do Trabalho e serão compostos, no mínimo, de oito

juízes recrutados, necessariamente, dentro da própria região.

Item errado, pois conforme art. 115 da CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se

de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados

pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos (...).

c) Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar descentralizadamente,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso dos jurisdicionados

à justiça em todas as fases do processo.

Item certo, pois conforme art. 115, § 2º da CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão

funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o

pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

d) Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será, necessariamente, exercida por um juiz

singular titular e outro substituto, além de um membro do Ministério Público do

Trabalho que atuará junto à Vara.

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Item errado, pois conforme art. 116 da CLT. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será

exercida por um juiz singular.

e) As ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão

Gestor de Mão de Obra − OGMO decorrentes da relação de trabalho são de

competência originária dos Tribunais Regionais do Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 643, § 3º da CLT: A Justiça do Trabalho é competente, ainda,

para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários

ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

Portanto, é competente originariamente as Varas do Trabalho (e não os TRTs).

Reposta: C.

QUESTÃO 10 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - TÉCNICO JUDICIÁRIO –

ADMINISTRATIVA.

Péricles pretende ingressar com reclamação trabalhista para receber indenização por

danos morais em face do Banco Horizonte S/A em razão da alegação de assédio moral.

Conforme previsão legal contida na Consolidação das Leis do Trabalho, a ação deverá

ser proposta na Vara do Trabalho do local

a) da sua contratação.

b) do seu domicílio.

c) da matriz do Banco empregador.

d) da prestação dos serviços.

e) escolhido pelas partes na celebração do contrato.

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Item D certo, pois conforme art. 651 da CF. A competência das Juntas de Conciliação e

Julgamento é determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou reclamado,

prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido contratado noutro local ou no

estrangeiro

Reposta: D.

QUESTÃO 11 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL

Considere a seguinte situação hipotética: o Tribunal Regional do Trabalho da X Região

está composto, até o momento, por 6 juízes. Não há mais possibilidade de recrutar

juízes na respectiva Região. Neste caso,

a) deverá ser recrutado pelo menos mais três juízes em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes.

b) deverá ser recrutado pelo menos mais um juiz em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes.

c) não será necessário recrutar mais juízes uma vez que a composição mínima já foi

atingida.

d) deverá ser recrutado pelo menos mais cinco juízes em região diversa, uma vez que

os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, onze juízes.

e) deverá ser recrutado pelo menos mais dois juízes em região diversa, uma vez que os

Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, oito juízes.

Item B certo, pois conforme art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de,

no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados

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pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos, sendo: (...)

Resposta: B.

QUESTÃO 12 – 2017 – FCC - TRT - 24ª REGIÃO (MS) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Dentre os serviços auxiliares da Justiça do Trabalho descritos na Consolidação das Leis

do Trabalho há o órgão denominado distribuidor nas localidades em que exista mais

de uma Vara do Trabalho. A designação dos distribuidores se dará pelo

a) Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, dentre os funcionários do Tribunal

Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao

mesmo Presidente.

b) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas do

Trabalho, existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados ao Juiz mais

antigo de cada comarca.

c) Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, dentre os funcionários das Varas do

Trabalho e do Tribunal Regional do Trabalho, existentes na mesma localidade, e

diretamente subordinados ao mesmo Presidente.

d) Juiz Titular mais antigo do Fórum, dentre os funcionários das Varas do Trabalho

existentes na mesma localidade, e diretamente subordinados a este Juiz.

e) Juiz Diretor do Fórum dentre os funcionários das Varas do Trabalho existentes na

mesma localidade, e diretamente subordinados ao Presidente do Tribunal Regional do

Trabalho.

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Item C certo, pois conforme art. 715 da CLT: Os distribuidores são designados pelo

Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal

Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente

subordinados.

Resposta: C.

QUESTÃO 13 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA:

JUDICIÁRIA.

A Constituição Federal expressamente prevê regras que organizam a estrutura da

Justiça do Trabalho, e tratam da sua competência. Conforme tal regramento,

a) os juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da magistratura da carreira,

que comporão o Tribunal Superior do Trabalho serão indicados pelos próprios

Regionais, alternativamente, e escolhidos pelo Congresso Nacional.

Item errado, pois conforme art. 111-A da CF. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á

de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e

menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados

pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,

sendo:

Ademais, conforme art. 111-A, II da CF: os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do

Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal superior.

b) os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante, com a realização

de audiência e demais funções de atividade jurisdicional, nos limites territoriais da

respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

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Item certo, pois conforme art. 115, § 1º da CF: Os Tribunais Regionais do Trabalho

instalarão a justiça itinerante, com a realização de audiências e demais funções de

atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de

equipamentos públicos e comunitários.

c) haverá pelo menos um Tribunal Regional do Trabalho em cada Estado e no Distrito

Federal, e a lei instituirá as Varas do Trabalho, podendo, nas comarcas onde não forem

instituídas, atribuir sua jurisdição a Vara do Trabalho mais próxima.

Item errado, pois conforme art. 112 da CF. A lei criará varas da Justiça do Trabalho,

podendo, nas comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito,

com recurso para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

Ademais, conforme art. 120 da CF. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de

cada Estado e no Distrito Federal.

d) os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à jurisdição da Justiça do Trabalho serão julgados

e processados na Justiça Federal, por se tratar de remédios jurídicos de natureza

constitucional.

Item errado, pois conforme art. 114, IV da CF: Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar: os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato

questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição.

e) os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, nove juízes, que

serão recrutados na respectiva região, e nomeados pelo Presidente do Tribunal

Superior do Trabalho dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos.

Item errado, pois conforme art. 115 do CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se

de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados

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pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e

cinco anos, sendo:

Resposta: B.

QUESTÃO 14 – 2016 – FCC - TRT - 14ª REGIÃO (RO E AC) - TÉCNICO JUDICIÁRIO -

ÁREA ADMINISTRATIVA.

A Constituição da República Federativa do Brasil dispõe sobre a organização dos

Poderes do Estado, com capítulo próprio sobre o Poder Judiciário. De acordo com tais

normas, são órgãos da Justiça do Trabalho:

a) Superior Tribunal de Justiça, Tribunais Regionais do Trabalho e Juntas de Conciliação

e Julgamento.

b) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais de Justiça e Varas do Trabalho.

c) Supremo Tribunal Federal, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho.

d) Tribunal Superior do Trabalho, Tribunais Regionais do Trabalho e Juízes do Trabalho

atuando em Varas do Trabalho.

e) Supremo Tribunal do Trabalho, Superior Tribunal de Justiça, Tribunal Regional

Federal e Varas do Trabalho.

Item D certo, pois conforme art. 111 da CF. Vejamos:

Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:

I - o Tribunal Superior do Trabalho;

II - os Tribunais Regionais do Trabalho;

III - Juízes do Trabalho.

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Resposta: D.

QUESTÃO 15 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Conforme previsão constitucional, a Justiça do Trabalho é um órgão do Poder

Judiciário. A respeito da sua organização, da jurisdição e da competência,

a) a maior corte é o Tribunal Superior do Trabalho, com sede em Brasília e jurisdição

nacional, composto por trinta e três ministros, sendo 2/3 dentre desembargadores dos

Tribunais Regionais e 1/3 dentre advogados e Ministério Público do Trabalho.

Item errado, pois destoa dos preceitos contidos no art. 111-A da CF. Vejamos:

Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete Ministros,

escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e

cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo Presidente

da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos

de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

b) cada estado membro deverá ter, pelo menos, um Tribunal Regional do Trabalho,

composto de, no mínimo, 08 desembargadores da própria região que formarão 3/5 da

corte, além de 1/5 da advocacia e 1/5 do Ministério Público do Trabalho.

Item errado, pois destoa dos preceitos contidos no art. 115 da CF. Vejamos:

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Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes,

recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente da

República dentre brasileiros com mais de trinta e menos de sessenta e cinco anos,

sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos

de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade e

merecimento, alternadamente.

c) os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar de forma descentralizada,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar pleno acesso do jurisdicionado à

justiça em todas as fases do processo.

Item certo, pois conforme art. 115, § 2º da CF. Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão

funcionar descentralizadamente, constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o

pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.

d) nas Varas do Trabalho a jurisdição será exercida por um juiz singular togado,

auxiliado por dois representantes dos sindicatos das categorias profissional e

econômica, coma participação de um membro do Ministério Público do Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 116 da CF. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será

exercida por um juiz singular.

e) o Conselho Superior da Justiça do Trabalho é o órgão máximo do sistema, mas não

funciona junto ao Tribunal Superior do Trabalho, cabendo-lhe exercer apenas a

supervisão administrativa da Justiça do Trabalho, com decisões de caráter consultivo e

não vinculante.

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Item errado, pois conforme art. 111-A, § 2º, II da CF: Funcionarão junto ao Tribunal

Superior do Trabalho: o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe exercer, na

forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária, financeira e patrimonial da

Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema, cujas

decisões terão efeito vinculante.

Resposta: C.

QUESTÃO 16 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Conforme normas contidas na Consolidação das Leis do Trabalho sobre os serviços

auxiliares da Justiça do Trabalho, incluindo os distribuidores e os oficiais de justiça, é

INCORRETO afirmar que

a) não compete à Secretaria das Varas a contagem das custas devidas pelas partes, nos

respectivos processos, mas sim ao órgão distribuidor.

Item errado, pois conforme art. 711, ‘f’ da CLT: Compete à secretaria das Juntas: a

contagem das custas devidas pelas partes, nos respectivos processos.

b) compete especialmente aos chefes de secretaria das Varas promover o rápido

andamento dos processos, especialmente na fase de execução, e a pronta realização

dos atos e diligências deprecadas pelas autoridades superiores.

Item certo, pois conforme art. 712, ‘f’ da CLT: Compete especialmente aos secretários das

Juntas de Conciliação e Julgamento: promover o rápido andamento dos processos,

especialmente na fase de execução, e a pronta realização dos atos e diligências deprecadas

pelas autoridades superiores.

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c) compete ao distribuidor a distribuição, pela ordem rigorosa de entrada, e

sucessivamente a cada Vara, dos feitos que, para esse fim, lhe forem apresentados

pelos interessados.

Item certo, pois conforme art. 714, ‘a’ da CLT: Compete ao distribuidor: a distribuição, pela

ordem rigorosa de entrada, e sucessivamente a cada Junta, dos feitos que, para esse fim,

lhe forem apresentados pelos interessados.

d) os distribuidores são designados pelo Presidente do Tribunal Regional, dentre os

funcionários das Varas e do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, e ao

mesmo Presidente diretamente subordinados.

Item certo, pois conforme art. 715 da CLT: Os distribuidores são designados pelo Presidente

do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal Regional, existentes na

mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente subordinados.

e) é facultado aos Presidentes dos Tribunais Regionais do Trabalho cometer a qualquer

Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a realização dos atos de execução das

decisões desses Tribunais.

Item certo, pois conforme art. 721, § 4º da CLT: É facultado aos Presidentes dos Tribunais

Regionais do Trabalho cometer a qualquer Oficial de Justiça ou Oficial de Justiça Avaliador a

realização dos atos de execução das decisões desses Tribunais.

Resposta: A.

QUESTÃO 17 – 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

A Consolidação das Leis do Trabalho, em seu Título VIII, apresenta uma série de

normas que disciplina a organização, funcionamento e competência da Justiça do

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Trabalho e dos seus serviços auxiliares. Em consonância com tais dispositivos, é

INCORRETO afirmar:

a) Os distribuidores são designados pelo Juiz Diretor do Foro, dentre os funcionários

das Varas do Tribunal Regional, existentes na mesma localidade, ficando diretamente

subordinados ao Corregedor ou Vice Administrativo do Tribunal.

Item errado, pois conforme art. 715 da CLT: Os distribuidores são designados

pelo Presidente do Tribunal Regional dentre os funcionários das Juntas e do Tribunal

Regional, existentes na mesma localidade, e ao mesmo Presidente diretamente

subordinados.

b) A Justiça do Trabalho é competente, ainda, para processar e julgar as ações entre

trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de Mão de

Obra − OGMO, decorrentes da relação de trabalho.

Item certo, pois conforme art. 643, § 3º da CLT: A Justiça do Trabalho é competente, ainda,

para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários

ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

c) O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e obrigatório, ninguém dele podendo

eximir-se, salvo motivo justificado.

Item certo, pois conforme art. 645 da CLT: O serviço da Justiça do Trabalho é relevante e

obrigatório, ninguém dele podendo eximir-se, salvo motivo justificado.

d) Nas localidades não compreendidas na jurisdição das Varas do Trabalho, os Juízos

de Direito são os órgãos de administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que

lhes for determinada pela lei de organização judiciária local.

Item certo, pois conforme art. 668 da CLT: Nas localidades não compreendidas na

jurisdição das Juntas de Conciliação e Julgamento, os Juízos de Direito são os órgãos de

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administração da Justiça do Trabalho, com a jurisdição que lhes for determinada pela lei de

organização judiciária local.

e) Compete à Secretaria da Vara a informação, às partes interessadas e seus

procuradores, do andamento dos respectivos processos, cuja consulta lhes facilitará, e

a abertura de vista dos processos às partes na própria Secretaria.

Item certo, pois conforme art. 711, ‘d’ e ‘e’ da CLT: Compete à secretaria das Juntas: a

informação, às partes interessadas e seus procuradores, do andamento dos respectivos

processos, cuja consulta lhes facilitará; a abertura de vista dos processos às partes, na

própria secretaria.

Resposta: A.

QUESTÃO 18 – 2015 – FCC - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Quanto à organização da Justiça do Trabalho, o Tribunal Superior do Trabalho compor-

se-á de

a) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e

cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo um quinto dentre

advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do

Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, sendo os

demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de

carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

b) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados

com mais de 30 (trinta) e menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da

República após aprovação pela maioria simples do Senado Federal, sendo um terço

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dentre advogados com mais de quinze anos de efetiva atividade profissional e

membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício,

sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da

magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

c) 27 (vinte e sete) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos ou naturalizados com

mais de 35 (trinta e cinco) e menos de 75 (setenta e cinco) anos, nomeados pelo

Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da

Câmara dos Deputados, sendo um terço dentre advogados com mais de cinco anos de

efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais

de cinco anos de efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais

Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados pelos Tribunais

Regionais.

d) 25 (vinte e cinco) Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de 35 (trinta e

cinco) e menos de 65 (sessenta e cinco) anos, nomeados pelo Presidente da República

após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal e da Câmara dos Deputados,

sendo um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de

efetivo exercício, sendo os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho

oriundos da magistratura de carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

e) 20 (vinte) Ministros, escolhidos dentre brasileiros natos com mais de 30 (trinta) e

menos de 60 (sessenta) anos, nomeados pelo Presidente da República após aprovação

pela maioria simples do Senado Federal, sendo metade dentre advogados com mais

de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do Ministério Público do

Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício, e a outra metade dentre juízes

dos Tribunais Regionais do Trabalho oriundos da magistratura de carreira, indicados

pelos Tribunais Regionais.

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Item A certo, pois conforme art. 111-A da CLT: O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á

de vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e

menos de sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados

pelo Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,

sendo:

Resposta: A.

QUESTÃO 19 – 2015 – FCC - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Sobre organização e competência da Justiça do Trabalho, conforme ditames

insculpidos na Constituição Federal do Brasil é correto afirmar:

a) Os Juizados Especiais Acidentários Trabalhistas, as Varas do Trabalho, os Tribunais

Regionais do Trabalho, os Tribunais Arbitrais Coletivos do Trabalho e o Tribunal

Superior do Trabalho são órgãos da Justiça do Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 111 da CF: São da Justiça do Trabalho: o Tribunal Superior

do Trabalho; os Tribunais Regionais do Trabalho; e Juízes do Trabalho.

b) O Tribunal Superior do Trabalho será composto de dezessete Ministros, togados e

vitalícios, dos quais treze escolhidos dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho,

dois dentre advogados e dois dentre membros do Ministério Público do Trabalho.

Item errado. Vejamos:

Art. 111-A da CF: O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de vinte e sete

Ministros, escolhidos dentre brasileiros com mais de trinta e cinco anos e menos de

sessenta e cinco anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada, nomeados pelo

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Presidente da República após aprovação pela maioria absoluta do Senado Federal,

sendo:

I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade

profissional e membros do Ministério Público do Trabalho com mais de dez anos

de efetivo exercício, observado o disposto no art. 94;

II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do Trabalho, oriundos da

magistratura da carreira, indicados pelo próprio Tribunal Superior.

c) O Conselho Superior da Justiça do Trabalho funcionará junto ao Tribunal Superior do

Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,

orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo

graus, como órgão central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

Item certo, pois conforme art. 111-A, § 2º, II da CF: o Conselho Superior da Justiça do

Trabalho, cabendo-lhe exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa, orçamentária,

financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho de primeiro e segundo graus, como órgão

central do sistema, cujas decisões terão efeito vinculante.

d) A Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho, não

funcionará junto ao Tribunal Superior do Trabalho por se tratar de órgão

administrativo e consultivo, sem funções jurisdicionais, cabendo-lhe apenas

regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na carreira.

Item errado, pois conforme art. 111-A, § 2º, I da CF: Funcionarão junto ao Tribunal Superior

do Trabalho: a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do

Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras funções, regulamentar os cursos oficiais para o

ingresso e promoção na carreira.

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e) A competência da Justiça do Trabalho não abrange nenhum dos entes ou

organismos de direito público externo, ainda que se trate de relação de emprego, visto

que em razão da pessoa litigante a competência será da Justiça Federal Comum.

Item errado. Vejamos:

O artigo 114, I da CF nos informa que “Compete à Justiça do Trabalho processar e

julgar as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público

externo ...”.

Entretanto, cabe esclarecer que os entes de direito público externo, no caso, são:

c) Estados Estrangeiros:

- Os Estados Estrangeiros praticam:

iii. Atos de gestão.

- São atos de cunho privado, situação em que os estados estrangeiros são

equiparados ao particular.

- Nessa situação não há imunidade absoluta de jurisdição e esses entes

poderão ser processados (na fase de conhecimento) pela Justiça do Trabalho

(quando os atos tiverem natureza trabalhista).

- Todavia, possuem imunidade de execução. Logo, não poderão, por exemplo,

caso condenados, ter os bens penhorados. Exceção fica por conta das

situações em que o Estado estrangeiro renuncia à intangibilidade dos seus

bens; ou quando o ente externo possuir bens no território brasileiro e que

não estejam vinculados com as suas finalidades essenciais.

iv. Atos de império.

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- São os atos praticados pelos Estados Estrangeiros quando do exercício de

suas prerrogativas soberanas.

- Nesse caso, possui imunidade a imunidade é absoluta.

d) Organismos Internacionais.

- A imunidade de jurisdição é absoluta.

- OJ-SDI1-416, TST: As organizações ou organismos internacionais gozam de

imunidade absoluta de jurisdição quando amparados por norma internacional

incorporada ao ordenamento jurídico brasileiro, não se lhes aplicando a regra do

Direito Consuetudinário relativa à natureza dos atos praticados. Excepcionalmente,

prevalecerá a jurisdição brasileira na hipótese de renúncia expressa à cláusula de

imunidade jurisdicional.

Por sua vez, O artigo 114, I da CF nos informa que “Compete à Justiça do Trabalho

processar e julgar as ações oriundas (...) da administração pública direta e indireta da

União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios”.

Nesse ponto, temos que saber que:

c) União, Estados, Municípios, Autarquias e Fundações Públicas.

- A Justiça do Trabalho será ou não competente para julgar as ações oriundas de

seus empregados a depender do tipo de relação de trabalho. Logo se:

4. Relação estatutária:

- A Justiça do Trabalho não tem competência para processar e julgar as lides

oriundas das relações estatutárias.

- Competência da Justiça Comum. Portanto, compete à Justiça Comum

Estadual processar e julgar ação de servidor público municipal, pleiteando

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direitos relativos ao vínculo estatutário. Por sua vez, a Justiça Federal é

competente para julgar os servidores públicos federais estatutários.

- Súmula 137 do STJ: Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar

ação de servidor público municipal, pleiteando direitos relativos ao vínculo

estatutário.

- Súmula 218 do STJ: Compete à Justiça dos Estados processar e julgar ação

de servidor estadual decorrente de direitos e vantagens estatutárias no

exercício de cargo em comissão.

5. Relação de caráter jurídico-administrativa (temporária):

- A competência para julgar as ações relativas aos servidores temporários é da

Justiça Comum.

6. Relação empregatícia (regime de celetista):

- A Justiça do Trabalho tem competência para processar e julgar as ações

decorrentes dos empregados públicos.

d) Empresas Públicas e Sociedades de Economia mista:

- Submetem-se ao regime próprio de empresas privadas e por isso Justiça do

Trabalho é competente para julgar as ações decorrentes de seus empregados.

Vejamos o Quadro a seguir para melhor visualização da competência:

Resposta: C.

QUESTÃO 20 – 2015 – FCC - TRT - 3ª REGIÃO (MG) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA.

Em relação às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho,

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a) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por

sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal

Regional do Trabalho.

Item certo, pois conforme art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas

comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso

para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

b) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, não podendo, nas comarcas não abrangidas

por sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo

Tribunal Regional do Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas

comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso

para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

c) a lei criará Varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas comarcas não abrangidas por

sua jurisdição, atribuí-la aos Juízes de Direito, com Recurso para o respectivo Tribunal

de Justiça.

Item errado, pois conforme art. 112. A lei criará varas da Justiça do Trabalho, podendo, nas

comarcas não abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos juízes de direito, com recurso

para o respectivo Tribunal Regional do Trabalho.

d) há, atualmente, no Brasil, 22 Tribunais Regionais do Trabalho, sendo um em cada

Estado, exceto no Estado de São Paulo que possui dois Tribunais Regionais do

Trabalho.

Item errado, pois o território nacional está dividido em 24 regiões para efeito da Jurisdição

dos Tribunais Regionais. Inclusive, temos 24 regiões e 24 Tribunais Regionais do Trabalho.

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Todavia, dois destes TRTs se encontram situados no Estado de São Paulo, que abrange a

capital de São Paulo, região metropolitana e Baixada Santista. Também temos o TRT da 15ª

Região, que abrange a cidade de Campinas e cidades do interior de São Paulo.

Não há Tribunal Regional do Trabalho nos seguintes Estados: Tocantins, Amapá, Acre

e Roraima.

e) compete aos Tribunais Regionais do Trabalho, julgar os recursos ordinários

interpostos em face das decisões das Varas e também, originariamente, as ações

envolvendo relação de trabalho.

Item errado, pois a competência para julgar as ações envolvendo relações de trabalho é

originariamente das Varas do Trabalho.

Resposta: A.

QUESTÃO 21 – 2016 – FCC - TRT - 20ª REGIÃO (SE) - ANALISTA JUDICIÁRIO - ÁREA

JUDICIÁRIA ESPECIALIDADE OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

Zeus é estivador inscrito e atuando como trabalhador avulso no Porto do Rio de

Janeiro. Há alguns meses ele não tem concordado com os repasses que estão sendo

efetuados pelos trabalhos realizados, entendendo ser credor de diferenças. Consultou

um Advogado para ajuizar ação em face do Órgão Gestor de Mão de Obra e o

operador portuário, demanda esta que deverá ser proposta perante a

a) Justiça Comum Estadual, porque o trabalhador avulso é considerado autônomo sem

vínculo de emprego com o órgão de mão de obra.

b) Justiça do Trabalho, ainda que o pedido seja somente de diferenças de repasses.

c) Justiça do Trabalho, desde que formule pedido principal de reconhecimento de

vínculo de emprego e, acessoriamente de diferenças de repasses.

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d) Justiça Federal, porque a matéria portuária é de segurança do Estado Federativo e,

portanto, de ordem nacional.

e) Justiça Comum Estadual ou Justiça do Trabalho, visto que se tratando de matéria de

relação de trabalho em sentido amplo, cabe ao trabalhador a opção.

Item certo, pois conforme art. 643, § 3º da CLT: A Justiça do Trabalho é competente, ainda,

para processar e julgar as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários

ou o Órgão Gestor de Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

Nesse mesmo sentido o art. 652, V da CLT: Compete às Juntas de Conciliação e Julgamento:

as ações entre trabalhadores portuários e os operadores portuários ou o Órgão Gestor de

Mão-de-Obra - OGMO decorrentes da relação de trabalho.

Resposta: B.

QUESTÃO 22 – 2016 – FCC - TRT - 23ª REGIÃO (MT) - ANALISTA JUDICIÁRIO - OFICIAL

DE JUSTIÇA AVALIADOR FEDERAL.

A Constituição Federal do Brasil prevê que o Ministério Público é uma instituição

permanente, essencial à função jurisdicional do Estado. Sobre a organização do órgão

na área trabalhista,

a) será exercida por membros do Ministério Público Federal e na sua falta pelo

Ministério Público Federal, ante a falta de previsão de órgão específico na área

trabalhista.

Item errado, pois conforme art. 83 da LCT 75/1993. Compete ao Ministério Público do

Trabalho o exercício das seguintes atribuições junto aos órgãos da Justiça do Trabalho: (...)

b) o chefe do Ministério Público do Trabalho é o Procurador Geral da Justiça, sendo

eleito e sabatinado pelo Congresso Nacional.

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Item errado, pois conforme at. 87 da LC 75/1993: O Procurador-Geral do Trabalho é o

Chefe do Ministério Público do Trabalho.

c) o chefe da Procuradoria Regional do Trabalho será designado dentre os

Procuradores Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional.

Item certo, pois conforme art. 91, VI da LC 75/1993: São atribuições do Procurador-Geral do

Trabalho: designar o Chefe da Procuradoria Regional do Trabalho dentre os Procuradores

Regionais do Trabalho lotados na respectiva Procuradoria Regional.

d) o Colégio de Procuradores do Trabalho será presidido pelo Corregedor-Geral do

Ministério Público do Trabalho, composto pelos Procuradores Regionais do Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 91, II da LC75/1993: São atribuições do Procurador-Geral

do Trabalho: integrar, como membro nato, e presidir o Colégio de Procuradores do

Trabalho, o Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho e a Comissão de

Concurso.

e) o Corregedor-Geral do Ministério Público do Trabalho será eleito de forma direta

por voto dos Subprocuradores-Gerais do Trabalho e dos Procuradores Regionais do

Trabalho.

Item errado, pois conforme art. 105 da LC 75/1993: O Corregedor-Geral será nomeado pelo

Procurador-Geral do Trabalho dentre os Subprocuradores-Gerais do Trabalho, integrantes

de lista tríplice elaborada pelo Conselho Superior, para mandato de dois anos, renovável

uma vez.

Resposta: C.

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