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UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS

FILIPE GOMES DE ANDRADE

HISTÓRIA E PATRIMÔNIO INDUSTRIAL – A FLORICULTURA REIJERS EM


SÃO BENEDITO

SOBRAL - CEARÁ
2019
O patrimônio industrial possui um significado que vai para além do seu uso e aspecto
físico, modelo ou marca. Trata-se de testemunhos de técnicas desaparecidas, de processos de
trabalho, de usos e de memórias, objetos que são eles próprios documentos que permitem
compreender os contextos industriais do mundo do trabalho e das suas transformações sociais.
O trabalho nos processos de produção de flores está dando ênfase no desenvolvimento
do Brasil, além de gerar contribuições de capacidade inovativa local. E pesquisas revela que o
Ceará cresceu muito nesse ramo de mercado nos últimos anos, e essas atividades são exploradas
nas regiões da Ibiapaba, Baturité, Cariri e região litoral.
Na cidade de São Benedito, há registros de atividade industrial, desenvolvida na
Floricultura Reijers.
A cidade de São benedito é um dos maiores produtores de rosas do mundo, por isso é
mais conhecida como a Cidade das Flores. Todo esse mérito não é para menos, todos os dias
são colhidas mais de 220 mil rosas, que são exportadas para outros países como Holanda, Itália
e outros. Hoje São benedito conta com quatro floriculturas, as duas maiores são a Reijers e a
Cearosa, além de ter também a Flora Fogaça. O foco desse trabalho sobre patrimônio industrial
é dado a maior dessas floriculturas do município, a Reijers.
Fundado em 1972, o Grupo Reijers iniciou sua produção de flores na cidade de
Holambra, interior de São Paulo. Hoje, o grupo é o maior produtor de rosas de estufa do Brasil
e foi o primeiro a produzi-las em escala comercial.
Em São Benedito, a Floricultura Reijers foi inaugurada no dia 21 de março de 2002 no
Sítio Lagoa. Ao ato inaugural de Reijers estiveram presentes o Governador Tasso Jereissati, o
Sr. Secretário do SEAGRI, Carlos Matos, o deputado estadual Tomaz Brandão, o Prefeito
Municipal Vicente Gonçalves de Paula Filho, demais prefeitos da região da Ibiapaba,
vereadores e empresários do setor de floricultura.
Projetada inicialmente para a exportação para outros países como os Estados Unidos,
Argentina e países da Europa. Acreditasse que o Ceará tem posição estratégica para o negócio.
Assim, o município de São Benedito ajuda o Ceará a ocupar quase o topo do ranking das
exportações da floricultura nacional. Campos de flores coloridas, estufas modernas com
eficientes sistemas de produção e até um tipo de rosa vermelha exclusiva do Ceará.
A floricultura Reijers em São Benedito foi planejada para uma área de 70 hectares que
foi ampliada para 150 hectares gerando 835 empregos na época de sua inauguração. E também
conta com uma instalação no município de Ubajara.
Com o crescimento produtivo da floricultura, a cidade de São benedito também passou
a crescer cada vez mais, tendo o seu foco econômico na produção de flores e na agricultura. E
o clima da serra da Ibiapaba ajuda bastante na produção das rosas, com característica de um
clima frio, com temperatura média de 21 graus.
As divisões dos trabalhos são bastante diversificadas, com destaque para as mulheres
que trabalham na produção florística da Reijers, elas são responsáveis por montar as hastes de
flores, os buquês e os arranjos florais. Essas mulheres tem meta de produzir cerca de seis mil
hastes por dia, chegando a ultrapassar esse número para cerca de oito mil a dez mil hastes de
rosa diariamente.
A Reijers também funciona como ponto turístico do município, sendo muito visitada
por turistas de todo o país, dessa forma, crescendo ainda mais o turismo sustentável, que é o
conceito de visitar como turista e tentar causar um impacto positivo no meio ambiente. Pois,
embora, a produção de flores tem como objetivo se tratar de um segmento ambientalmente
insustentável, por promover a desarborização numa grande área para o cultivo e precisar utilizar
volume demasiado de água, destaca-se como um agronegócio considerado sustentável, visto
que utiliza espaço geográfico cultivável menor que as demais culturas, elevada geração de
empregos por área cultivada e representar, dentro do seu círculo, uma alternativa econômica de
maior expressão. (CAIADO, 2007)
REFERÊNCIAS

FONTENELE, Maria de Araújo; DINIZ, Aldiva Sales. O trabalho das mulheres na


produção de flores em São benedito, Ceará. Revista Homem, Espaço e Tempo. 2018.

CAIADO, Ana Glória Costa. Impactos da floricultura no turismo do Espírito Santo.


SEBRAE. 2007.

MEDEIROS, Rosélia Fernandes Leite. Turismo e sustentabilidade no cultivo de flores em


São Benedito, Ceará. 2017. 87f. Dissertação de Mestrado – Universidade Estadual do Ceará.

FURTADO, Stella. História geral e política de São Benedito. Sobral: Imprensa Oficial do
Município. Casa de Cultura de Sobral edições. 2003.

São Benedito (Ceará). In: Wikipédia: a enciclopédia livre. Disponível em:


<https://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%A3o_Benedito_(Cear%C3%A1) >. Acessado em: 28 de julho
de 2019.

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