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Aula 07

Português p/ TRF 2ª Região (com videoaulas)


Professores: Décio Terror, Equipe Décio Terror

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Curso de Português para TRF 2ªR (todos os cargos)
Teoria e exercícios comentados
Prof. Décio Terror Aula 7

Aula 7: Flexão nominal. Pronomes: emprego, formas de


tratamento.

SUMÁRIO PÁGINA
1. Flexão nominal – substantivo 1
2. Flexão nominal – adjetivo 9
3. Flexão nominal em grau – advérbio 13
4. Pronomes: emprego e formas de tratamento 17
5. Lista das questões apresentadas 47
6. Gabarito 60

Olá, pessoal!

O assunto flexão nominal tem caído pouco nas provas da banca


Fundação Carlos Chagas. Nas pesquisas que tenho feito nas várias provas
(2000 a 2016), não percebi ocorrências destes assuntos de maneira relevante.
Normalmente, quando cai esse assunto, ele é cobrado junto com o tema
Ortografia ou Redação (confronto e reconhecimento de frases corretas e
incorretas). Este é o motivo de eu ter inserido questões mais antigas da FCC.
Mesmo caindo pouco, está previsto no edital e devemos treinar!

Bom, dentre as classes de palavras, o substantivo e o adjetivo são os


nomes que podem oferecer algumas dificuldades na flexão.
Substantivo é a palavra que designa seres. Ele pode se flexionar em gênero
(masculino-feminino) e número (singular-plural).

1. Flexão de gênero:

Substantivos uniformes: são os que apresentam apenas uma forma, para


os gêneros masculino e feminino. Os substantivos uniformes recebem nomes
especiais, que são os seguintes:

I - Comum-de-dois gêneros: os comuns-de-dois são os que têm uma só


forma para ambos os gêneros, com artigos distintos: Eis alguns exemplos:
o / a estudante o / a imigrante o / a acrobata
o / a agente o / a intérprete o / a lojista
o / a patriota o / a mártir o / a viajante
o / a artista o / a aspirante o / a atleta

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II - Sobrecomum: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos


os gêneros: Eis alguns exemplos:
o cônjuge a criança o carrasco
o indivíduo o apóstolo o monstro
a pessoa a testemunha o algoz

III - Epiceno: são os que têm uma só forma e um só artigo para ambos os
gêneros de certos animais, acrescentando as palavras macho e fêmea, para se
distinguir o sexo do animal. Eis alguns exemplos:
a girafa a águia a barata
a cobra o jacaré a onça
o tatu a anta a arara
a borboleta o canguru o caranguejo
Existem alguns substantivos que trazem dificuldades, quanto ao gênero.
Atente para os mais importantes:

São masculinos:
o açúcar o afã o alvará
o anátema o aneurisma o antílope
o apêndice o apetite o algoz
o cataclismo o cônjuge o champanha
o gengibre o herpes o lança-perfume

São femininos:
a abusão a acne a aguarrás
a alface a apendicite a aguardente
a alcunha a aluvião a bacanal
a bólide a couve a couve-flor
a cal a comichão a derme
a dinamite a debênture a elipse
a ênfase a echarpe a enzima

Dependendo da mudança do gênero, a palavra pode sofrer mudança


também de sentido. Como a banca Fundação Carlos Chagas cobra a gramática
no texto, é bom atentarmos às seguintes palavras:
o caixa = o funcionário a caixa = o objeto
o capital = dinheiro a capital = sede de governo
o coma = sono mórbido a coma = cabeleira, juba
o grama = medida de massa a grama = a relva, o capim
o guarda = o soldado a guarda = vigilância, corporação
o guia = aquele que serve de guia, cicerone
a guia = documento, formulário; meio-fio
o moral = estado de espírito a moral = ética, conclusão
o banana = o molenga. a banana = a fruta

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2. Flexão de número - singular e plural


a. Plural dos substantivos simples
O elemento básico da pluralização de nomes é o “s”. Vez ou outra ele
deve se apoiar em outras letras a fim de tornar a sonoridade mais agradável.
Assim, vale a pena verificarmos a regra geral, sem a preocupação
exacerbada de decorar. O macete é ler os vocábulos atentando à regra. Se
houver palavras que causaram estranhamento, grife-as, para depois lê-las
algumas vezes e tornar esses vocábulos mais familiares.
Negritei as palavras que mais caem em provas!!!
1) Substantivos terminados em vogal e semivogal: acrescenta-se S:
lobo = lobos pele = peles céu = céus bacalhau = bacalhaus
joia = joias chapéu = chapéus troféu = troféus degrau = degraus.

2) Substantivos terminados em ão:


Atente principalmente aos vocábulos em negrito:
a) Fazem o plural em ões:
gavião = gaviões formão = formões folião = foliões questão = questões
b) Fazem o plural em ães:
escrivão = escrivães tabelião = tabeliães capelão = capelães
c) Fazem o plural em ãos:
artesão = artesãos; cidadão = cidadãos;
cristão = cristãos; pagão = pagãos
d) todas as paroxítonas terminadas em -ão: bênçãos, sótãos, órgãos.
3) Admitem mais de uma forma para o plural:
Normalmente não é cobrada essa flexão, mas é bom termos a noção.
Portanto, sem decoreba:
aldeão = aldeões, aldeães, aldeãos ancião = anciões, anciães, anciãos
ermitão = ermitões, ermitães, ermitãos pião = piões, piães, piãos
vilão = vilões, vilães, vilãos alcorão = alcorões, alcorães
charlatão = charlatões, charlatães cirurgião = cirurgiões, cirurgiães
faisão = faisões, faisães guardião = guardiões, guardiães
peão = peões, peães anão = anões, anãos
corrimão = corrimões, corrimãos verão = verões, verãos
vulcão = vulcões, vulcãos

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4) Substantivos terminados em L:
Nesta regra procure perceber a regra da pluralização associada à
acentuação gráfica, pois pode vir uma questão fazendo justamente isto:
acentuação gráfica, com base no plural:
a) Terminados em “-al”, “-el”, “-ol” ou “-ul”:
Troca-se o L por IS:
vogal = vogais animal = animais papel = papéis anel = anéis
paiol = paióis paul = pauis álcool = álcoois ou alcoóis
Cuidado:
mal = males cal = cais ou cales aval = avais ou avales
mel = méis ou meles cônsul = cônsules real (moeda antiga) = réis
real (moeda atual)= reais mol = móis, moles e mols
b) Terminados em -il:
I - Palavras oxítonas:
Troca-se a terminação L por S:
cantil = cantis canil = canis barril = barris
I - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas:
Troca-se a terminação IL por EIS:
fóssil = fósseis fácil = fáceis
Cuidado com as palavras abaixo. Elas possuem duas formas de pronúncia.
Com isso, terão plurais e acentuações diferentes:
projetil (oxítona) = projetis projétil (paroxítona) = projéteis
reptil (oxítona) = reptis réptil (paroxítona) = répteis
c) Terminados em M:
Troca-se o M por NS:
item = itens nuvem = nuvens álbum = álbuns
Lembre-se: não existe acento em “item”, somente em “hífen”.
d) Terminados em N:
Soma-se S ou ES:
hífen = hifens ou hífenes
pólen = polens ou pólenes
espécimen = espécimens ou especímenes
abdômen = abdomens ou abdômenes
Essa dupla possibilidade dificilmente cairia na prova da FCC, mas é bom
atentarmos, pois os editais preveem isso.

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e) Terminados em R ou Z:
Acrescenta-se ES:
caráter = caracteres sênior = seniores júnior = juniores
Atente quanto à acentuação: isso é importante.
f) Terminados em X ficam invariáveis.
o tórax = os tórax a fênix = as fênix
g) Terminados em S:
I - Palavras monossílabas ou oxítonas:
Acrescenta-se ES.
ás = ases deus = deuses ananás = ananases
II - Palavras paroxítonas ou proparoxítonas:
Ficam invariáveis.
os lápis. os tênis os atlas
Cuidado: Cais é invariável.
h) Substantivos só usados no plural:
as calças as costas os óculos
os parabéns as férias as olheiras
as hemorroidas as núpcias as trevas
os arredores
i) Substantivos terminados em ZINHO:
Ignora-se a terminação -zinho, coloca-se no plural o substantivo no grau
normal, ignora-se o s do plural, devolve-se o -zinho ao local original e,
finalmente, acrescenta-se o s no final.
Por exemplo pãozinho: ignora-se o -zinho (pão); coloca-se no plural o
substantivo no grau normal (pães); ignora-se o s (pãe); devolve-se o -zinho
(pãezinho); acrescenta-se o s final (pãezinhos).
mulherzinha = mulher - mulheres - mulhere - mulherezinha - mulherezinhas.
alemãozinho = alemão - alemães - alemãe - alemãezinho - alemãezinhos.
barzinho = bar - bares - bare - barezinho - barezinhos.
j) Substantivos terminados em INHO, sem Z:
Acrescenta-se S.
lapisinho = lapisinhos patinho = patinhos chinesinho = chinesinhos
k) Plural com deslocamento da sílaba tônica:
carácter = caracteres espécimen = especímenes
júnior = juniores sênior = seniores

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b. Plural do substantivos compostos


Como dissemos anteriormente, não é normal a Fundação Carlos Chagas
cobrar estas regras, mas, como os editais têm previsto, há forte tendência de
cair uma questão desta que elencarei em seguida. Então, atente quanto às
regras principais. A banca não tem a intenção de fazê-lo decorar todas as
minúcias, mas aquilo que é mais importante.
Para se pluralizar um substantivo composto, os elementos que o formam
devem ser analisados individualmente. Por exemplo, o substantivo composto
“couve-flor” é composto por dois substantivos pluralizáveis, portanto seu
plural será “couves-flores”; já o substantivo composto “beija-flor” é composto
por um verbo, que é invariável, quanto à pluralização nominal, e um
substantivo pluralizável, portanto seu plural será “beija-flores”. Estudemos,
então, os elementos que formam um substantivo composto e sua respectiva
pluralização.
1) Substantivo / Adjetivo / Numeral:
São elementos pluralizáveis, portanto, quando formarem um substantivo
composto, normalmente irão para o plural.
aluno-mestre = alunos-mestres erva-doce = ervas-doces
alto-relevo = altos-relevos gentil-homem = gentis-homens
segunda-feira = segundas-feiras cachorro-quente = cachorros-quentes
salário-mínimo= salários-mínimos laranja-baiana= laranjas-baianas
2) Pronome:
Alguns pronomes admitem plural; outros, não. Por exemplo, os pronomes
possessivos são pluralizáveis (meu - meus; nosso - nossos), mas os pronomes
indefinidos, não (ninguém, tudo). Na formação de um substantivo composto, o
mesmo ocorre.
padre-nosso = padres-nossos Zé-ninguém = Zés-ninguém
3) Verbo / Advérbio / Interjeição:
São elementos invariáveis, portanto, quando formarem um substantivo
composto, continuarão invariáveis.
pica-pau = pica-paus beija-flor = beija-flores
alto-falante = alto-falantes abaixo-assinado = abaixo-assinados
salve-rainha = salve-rainhas ave-maria = ave-marias
Casos especiais
4) Substantivo + Substantivo:
Como vimos anteriormente, ambos irão para o plural, porém, quando o último
elemento estiver indicando tipo ou finalidade do primeiro, somente este irá
para o plural.
banana-maçã = bananas-maçã
navio-escola = navios-escola
salário-desemprego = salários-desemprego

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5) Três ou mais palavras:


I - Se o segundo elemento for uma preposição, só o primeiro irá para o plural.
pé de moleque1 = pés de moleque
pimenta-do-reino = pimentas-do-reino
mula sem cabeça2 = mulas sem cabeça
Cuidado: Se o primeiro elemento for invariável, o substantivo todo ficará
invariável. P. ex. fora da lei3, fora de série4.
II - Se o segundo elemento não for uma preposição, só o último irá para o
plural.
5
bem te vi = bem te vis bem-me-quer = bem-me-queres
6) Verbo + Verbo:
I - Se os verbos forem iguais, alguns gramáticos admitem ambos no plural,
outros, somente o último.
corre-corre = corres-corres ou corre-corres.
pisca-pisca = piscas-piscas ou pisca-piscas
lambe-lambe = lambes-lambes ou lambe-lambes
II - Se os verbos possuírem significação oposta, ficam invariáveis.
o leva e traz6 = os leva e traz o ganha-perde = os ganha-perde
7) Palavras repetidas ou onomatopeia:
Quando o substantivo for formado por palavras repetidas ou for uma
onomatopeia, somente o último irá para o plural.
tico-tico = tico-ticos tique-taque = tique-taques
lero-lero = lero-leros pingue-pongue = pingue-pongues
8) Substantivo composto iniciado por Guarda:
I - Formando uma pessoa, ambos irão para o plural.
guarda-urbano = guardas-urbanos guarda-noturno = guardas-noturnos
guarda-florestal = guardas-florestais guarda-mirim = guardas-mirins
II - Formando um objeto, somente o último irá para o plural.
guarda-pó = guarda-pós guarda-chuva = guarda-chuvas
guarda-roupa = guarda-roupas guarda-sol = guarda-sóis
III - Sendo o segundo elemento invariável ou já surgindo no plural, ficam
invariáveis.
O mesmo acontece com os substantivos iniciados por porta.

1
A expressão “pé de moleque” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
2
A expressão “mula sem cabeça” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
3
A expressão “fora da lei” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
4
A expressão “fora de série” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
5
A expressão “bem te vi” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.
6
A expressão “leva e traz” perdeu o hífen com a Nova Reforma Ortográfica.

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o guarda-costas = os guarda-costas
o guarda-volumes = os guarda-volumes
o porta-joias = os porta-joias
o porta-malas = os porta-malas
Substantivos que admitem mais de um plural
fruta-pão = frutas-pães, fruta-pães, frutas-pão,
guarda-marinha = guardas-marinhas, guarda-marinhas
padre-nosso = padres-nossos, padre-nossos
terra-nova = terras-novas, terra-novas
salvo-conduto = salvos-condutos, salvo-condutos
xeque-mate = xeques-mates, xeque-mates.
chá-mate = chás-mates, chás-mate
Metafonia
Inseri essa regra apenas para você saber o que significa a palavra
metafonia: a banca não vai inserir palavra difícil de pronunciar, apenas pode
pedir para você reconhecer em qual delas há metafonia. Então metafonia é a
mudança de timbre do /o/ fechado para /ó/ aberto, na flexão dos nomes. Veja:
a. Mudam de timbre no plural, de /ô/ para /ó/:
abrolho destroço miolo posto caroço
esforço olho povo corno forno
osso rebordo coro foro (tb. /ó/ no sing.)
ovo reforço corpo fosso poço
rogo corvo imposto porco socorro
despojo jogo porto tijolo

b. Mantêm o timbre fechado /ô/ no plural:


acordo consolo estorno moço adorno
contorno ferrolho molho “condimento” almoço
desgosto globo morro bolo encosto
golfo piolho bolso engodo gosto
rolo cachorro esgoto gozo sogro
coco estofo lobo (animal) sopro colosso
estojo logro
c. Admitem os dois timbres /ó ou ô/ no plural:
estorvo forro toco torno troco

3. Flexão em grau
Os substantivos podem ser modificados a fim de exprimir intensificação,
exagero, atenuação, diminuição ou mesmo deformação de seu significado.
Essas modificações, que constituem as variações de grau do substantivo, são
tradicionalmente consideradas um mecanismo de flexão. Pode-se perceber, no

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entanto, que não se trata de mecanismos de flexão, mas sim de processos de


derivação, pois exige a presença de afixos nos casos sintéticos.
Formação do grau – existem dois processos:
a) sintético: consiste no acréscimo de sufixos aumentativos ou diminutivos à
forma normal do substantivo. É, na verdade, um típico caso de derivação
sufixal:
rato ratão (aumentativo sintético) ratinho (diminutivo sintético)
b) analítico: a forma normal do substantivo é modificada por adjetivos que
indicam aumento ou diminuição de proporções.
rato rato grande (aumento analítico) rato pequeno (diminutivo analítico)
No uso efetivo da língua, as formas sintéticas de indicação de grau são
normalmente empregadas para conferir valores afetivos aos seres nomeados
pelos substantivos. Observe formas como as seguintes:
amigão partidão bandidaço mulheraço
livrinho ladrãozinho rapazola futebolzinho
Em todas elas, o que interessa é transmitir dados como carinho, admiração,
ironia ou desprezo, e não noções ligadas ao tamanho físico dos seres
nomeados.
Adjetivos
Adjetivo é a classe gramatical que modifica um substantivo, atribuindo-lhe
qualidade, estado.
1. Flexões em gênero
Flexão de gênero (masculino/feminino):
O adjetivo concorda em gênero com o substantivo a que se refere:
Um comportamento estranho uma atitude estranha
Um jornalista ativo uma jornalista ativa
Os adjetivos também são classificados em biformes e uniformes.
I - Adjetivos biformes
A formação do feminino desses adjetivos normalmente varia de acordo
com a terminação da forma masculina, de modo semelhante ao que acontece
com os substantivos.
a) Os adjetivos terminados em –o trocam essa terminação por –a:
ativo / ativa branco / branca honesto / honesta

Em alguns casos, além da mudança na terminação, há alteração no timbre da


vogal tônica, que de fechado passa a aberto:
brioso / briosa formoso / formosa grosso / grossa
b) Os adjetivos terminados em –ês ,-or e –u geralmente recebem a
terminação –a: português/portuguesa; sedutor/sedutora; cru/crua.

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Atente para as seguintes palavras, que são invariáveis:


hindu, cortês, pedrês, incolor, multicor, bicolor, tricolor.
O mesmo ocorre com estas formas comparativas:
maior, melhor, menor, pior, superior, inferior, anterior, posterior.
Cuidado com o par mau / má.
c) Os adjetivos terminados em –ão trocam essa terminação por –ã, –ona, e,
mais raramente, por –oa:
são/sã; catalão/catalã; chorão/chorona; comilão/comilona; beirão/beiroa
d) Os adjetivos terminados em –eu trocam essa terminação por –eia (timbre
aberto); os terminados em –éu, por –oa :
plebeu / plebeia; ateu / ateia; ilhéu / ilhoa; tabaréu / tabaroa
Cuidado com os vocábulos judeu/judia e sandeu / sandia.
II - Adjetivos uniformes: São os adjetivos que possuem uma única forma
para o masculino e o feminino:
pássaro frágil ave frágil planejamento agrícola empresa agrícola
ator ruim atriz ruim comportamento exemplar vida exemplar

2. Flexão de número
A formação do plural dos adjetivos simples segue as mesmas regras da
formação do plural dos substantivos simples. Os adjetivos que indicam cores e
são formados pela expressão “cor de + substantivo” são invariáveis em
gênero e número, mesmo quando a expressão “cor de” estiver subentendida.
papel cor de rosa papéis cor de rosa
giz (cor de) laranja gizes (cor de) laranja
carro (cor de) creme carros (cor de) creme
camisa (cor de) cinza camisas (cor de) cinza
Os adjetivos compostos apresentam pelo menos dois radicais em sua
estrutura: ítalo-brasileiro, luso-africano, socioeconômico, político-institucional.

A flexão de número e gênero nos adjetivos compostos


I - Flexão de gênero (masculino/feminino) ou número (singular/plural):
Nos adjetivos compostos formados por dois adjetivos, apenas o último
elemento sofre flexão:
cidadão luso-brasileiro cidadãos luso-brasileiros
cidadã luso-brasileira cidadãs luso-brasileiras
olho verde-claro olhos verde-claros
camisa verde-clara camisas verde-claras

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Aqueles em que o segundo elemento é um substantivo são invariáveis:


tecido amarelo-ouro tecidos amarelo-ouro
camisa amarelo-ouro camisas amarelo-ouro
terno verde-mar ternos verde-mar
camisa verde-mar camisas verde-mar
Observações:
a. azul-marinho, azul-celeste e ultravioleta são sempre invariáveis:
Leve seus ternos azul-marinho e não os azul-celeste.
O sol transmite raios ultravioleta.
b. Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os dois
elementos flexionados.
Aqueles rapazes surdos-mudos têm prioridade de acesso à recepção.
Aquelas moças surdas-mudas têm prioridade de acesso à recepção.
Os indivíduos peles-vermelhas têm princípios diferentes dos da nossa
sociedade.
3. Flexão de grau:
Os adjetivos variam em grau quando se deseja comparar ou intensificar
as características que atribuem. Há, portanto, dois graus de adjetivo: o
comparativo e o superlativo:
1) Comparativo: compara uma qualidade entre dois elementos ou duas
qualidades de um mesmo elemento.
São três os comparativos:
De superioridade:
Para alguns alunos, Português é mais fácil (do) que Química.
De igualdade:
Para alguns alunos, Português é tão fácil quanto Química.
Ele é tão exigente quanto (ou como) seu irmão.
De inferioridade:
Para alguns alunos, Português é menos fácil (do) que Química.
Os adjetivos bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas
(melhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre duas
qualidades de um mesmo elemento, devem-se usar as formas analíticas mais
bom, mais mau, mais grande e mais pequeno.
Essa solução é melhor (do) que a outra.
Minha voz é pior (do) que a sua.
O descaso pela miséria é maior (do) que o senso humanitário.
Ele é mais bom (do) que inteligente.
Todo corrupto é mais mau (do) que esperto.
Meu salário é mais pequeno (do) que justo.
Atente para o fato de que as formas menor e pior são comparativas de
superioridade, pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente.

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2) Superlativo: nesse grau, a característica atribuída pelo adjetivo é


intensificada de forma relativa ou absoluta.
a) No grau superlativo relativo, essa intensificação é feita em relação a
todos os demais seres de um conjunto que a possuem. O superlativo relativo
pode exprimir superioridade ou inferioridade e é sempre expresso de forma
analítica:
I – superlativo relativo de superioridade:
Ele é o mais atento da sala. Ele é o mais exigente de todos os irmãos.
II - superlativo relativo de inferioridade:
Você é o menos crítico do grupo. Você é o menos importante da firma.
Observações:
 Note o uso do artigo definido (o, a, os, as) e da preposição (de),
empregados para especificar o ser (papel fundamental do artigo) dentro de um
grupo (uso da preposição para indicar limitação).
Você é o menos crítico do grupo.
 As formas do superlativo relativo de superioridade dos adjetivos bom,
mau, grande e pequeno são sintéticas: o melhor, o pior, o maior e o menor.
b) No grau superlativo absoluto, intensifica-se a característica atribuída pelo
adjetivo a um determinado ser, transmitindo ideia de excesso. O superlativo
absoluto pode ser analítico ou sintético:
I – O superlativo absoluto analítico é formado normalmente com a
participação de um advérbio:
Você é muito crítico. Ele é demasiadamente exigente.
Somos excessivamente tolerantes.
II – O superlativo absoluto sintético é expresso com a participação
de sufixos. O mais comum deles é –íssimo; nos adjetivos terminados em
vogal, esta desaparece ao ser acrescentado o sufixo do superlativo:
Trata-se de um artista originalíssimo. Ele é exigentíssimo.
Seremos tolerantíssimos.
Vários adjetivos possuem formas irregulares para exprimir o grau
superlativo absoluto sintético. Muitas dessas irregularidades ocorrem porque o
adjetivo, ao receber o sufixo, reassume a forma latina. É o caso dos
terminados em –vel, que assumem a terminação –bilíssimo (volúvel,
volubilíssimo; indelével, indelebilíssimo). Na relação a seguir, você encontrará
muitas formas irregulares do superlativo absoluto sintético. Observe que
algumas são de uso comum (facílimo e dificílimo, por exemplo), enquanto
outras pertencem à linguagem formal (acérrimo e pulquérrimo, por exemplo).

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Adjetivo Superlativo absoluto Adjetivo Superlativo absoluto


sintético sintético
acre acérrimo geral generalíssimo
ágil agílimo grande máximo
agudo acutíssimo humilde humílimo
alto altíssimo, supremo incrível incredibilíssimo
amargo amaríssimo infame infamérrimo
amável amabilíssimo inimigo inimicíssimo
amigo amicíssimo jovem juveníssimo
antigo antiquíssimo livre libérrimo
áspero aspérrimo magnífico magnificentíssimo
atroz atrocíssimo magro macérrimo ou magríssimo
audaz audacíssimo manso mansuetíssimo
benéfico beneficentíssimo mau péssimo
benévolo benevolentíssimo miserável miserabilíssimo
bom boníssimo ou ótimo miúdo minutíssimo
capaz capacíssimo negro Nigérrimo ou negríssimo
célebre celebérrimo nobre nobilíssimo
comum comuníssimo notável notabilíssimo
cruel crudelíssimo pequeno mínimo
difícil dificílimo perspicaz perspicacíssimo
doce dulcíssimo pessoal personalíssimo
eficaz eficacíssimo pobre paupérrimo, pobríssimo
fácil facílimo possível possibilíssimo
feliz felicíssimo pródigo prodigalíssimo
feroz ferocíssimo próspero prospérrimo
fiel fidelíssimo sábio sapientíssimo
frágil fragílimo sagrado sacratíssimo
frio friíssimo ou frigidíssimo soberbo superbíssimo

Advérbio
O advérbio é uma palavra invariável que modifica o verbo, o adjetivo ou
outro advérbio. Sua característica é transmitir circunstâncias às palavras que
ele modifica.
verbo advérbio
O navio chegou ontem.

advérbio adjetivo advérbio advérbio


A atriz é muito linda. O atleta jogou muito bem.

Grau dos advérbios: Normalmente, os advérbios são considerados palavras


invariáveis, por não apresentarem flexão de gênero e número. No entanto,
alguns deles – principalmente os de modo – apresentam variação de grau
semelhante à dos adjetivos.

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Grau Comparativo: Como ocorre com os adjetivos, o grau comparativo pode


ser de igualdade, de superioridade e de inferioridade:
Ele agia tão friamente quanto (ou como) o comparsa.
Ele agia mais friamente (do) que o comparsa.
Ele agia menos friamente (do) que o comparsa.
Para os advérbios bem e mal, as formas de comparativo são sintéticas (melhor
e pior):
Ele agia melhor / pior (do) que o comparsa.
Cuidado: diante de particípios que atuam como adjetivos, são empregadas as
formas analíticas mais bem e mais mal:
Ele é o mais bem informado dos jornalistas. (e não o melhor informado)
Este edifício é o mais mal construído de todos. ( e não o pior construído)

Questão 1: Prefeit. São Paulo 2006 - Agente Fiscal de Rendas (banca FCC)
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:
(A) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se atêem às questões mais
relevantes da temática.
(B) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade
comprometida nos últimos revés, certamente apresentará com mais
tranqüilidade sua contribuição.
(C) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o
professor visitante diz que medeia as sessões.
(D) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões
divergentes, como as que interviram no último debate público.
(E) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre
opiniões contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu.
Comentário: Esta questão trabalha alguma coisa de flexão nominal.
Na alternativa (A), o substantivo composto com palavra repetida
mantém-se corretamente flexionado no plural com apenas a segunda palavra
flexionada; mesmo havendo autores que abonem as duas palavras no plural.
Assim, estão corretas as construções: troca-trocas ou trocas-trocas.
Desconsidere o acento no vocábulo “idéia”, pois veremos que tal acento
foi admitido até dezembro de 2015.
O problema é o verbo “ater”, que se flexiona como o verbo “ter”. Como
este verbo, na terceira pessoa do plural do presente do indicativo, apenas
recebe acento circunflexo (“têm”), basta inserirmos o prefixo “a-” : atêm.
Na alternativa (B), o verbo “reaver” deve se encontrar no futuro do
subjuntivo, por força da conjunção “Quando”. Esse verbo é conjugado como o
verbo “haver”, no pretérito perfeito do indicativo e seus derivados. Por isso,
sua flexão correta no futuro do subjuntivo é “reouver”.
Como estamos atentos à flexão nominal, veja que o plural do
substantivo “revés” é “reveses”.
Desconsidere o trema no vocábulo “tranqüilidade”, pois veremos que o
trema é admitido até dezembro de 2015.

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A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “proporem” encontra-se no


infinitivo pessoal. O verbo “medeia” faz parte do grupo de verbos irregulares,
denominados de grupo do MÁRIO, o qual é formado pelos verbos “mediar”,
“ansiar”, “remediar”, “incendiar” e “odiar”. Assim, a terceira pessoa do
presente do indicativo é “medeia”, “anseia”, “remedeia”, “incendeia” e
“odeia”. Note que a primeira letra de cada verbo forma o nome “MÁRIO”. Isso
facilita decorar.
Na alternativa (D), o verbo “interviram” não existe. A sua forma correta
é “intervieram”.
Na alternativa (E), o substantivo “testemunha” não admite artigo “o”,
mesmo se referindo a pessoas do sexo masculino. Exemplo: Ele é a
testemunha-chave.
O verbo “adviram” não existe, a forma correta é “advieram”.
Gabarito: C

Questão 2: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)


A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e
ararinha-azul é
(A) micos-leão-dourados e ararinhas-azul.
(B) micos-leão-dourado e ararinha-azuis.
(C) mico-leões-dourados e ararinha-azuis.
(D) mico-leão-dourados e ararinhas-azul.
(E) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.
Comentário: Note que em, “micos-leões-dourados”, cada substantivo
formador do composto é pluralizável, por isso eles recebem o “s”. Além disso,
o substantivo composto “ararinhas-azuis” é o correto, por ser formado por
substantivo e adjetivo, todos dois pluralizáveis.
Gabarito: E

Questão 3: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)


Talvez um implante possa resgatar a saúde de anciãos devastados pelo mal
de Alzheimer...
De acordo com a norma culta, a palavra grifada acima pode fazer o plural,
também corretamente, como anciões e anciães. A palavra que sofre a mesma
variação está grifada na frase:
(A) O cinema trata muitas vezes o comportamento do vilão como resultante
de alterações no funcionamento do cérebro.
(B) O aumento da violência nos núcleos urbanos leva os pesquisadores à
busca da razão da agressividade humana.
(C) No futuro as empresas poderão exigir de um cidadão exames que
comprovem sua capacidade para o trabalho.
(D) O caráter ético deve ser o coração das pesquisas destinadas a comprovar
a origem de comportamentos anti-sociais.
(E) Pesquisas que buscam explicar o comportamento de delinqüentes podem
indicar a solução para esse problema.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o substantivo “vilão” possui
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três plurais: vilãos, vilões, vilães.


Na alternativa (B), o substantivo “razão” possui o plural “razões”.
Na alternativa (C), o substantivo “cidadão” possui o plural “cidadãos”.
Na alternativa (D), o substantivo “coração” possui o plural “corações”.
Na alternativa (E), o substantivo “solução” possui o plural “soluções”.
Gabarito: A

Questão 4: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Não obstante a falta de rigor e o propósito de
confundir os adversários, com a habilidade de raciocínio que os notabilizou, os
Sofistas tiveram o indiscutível mérito de introduzir, no estudo da sociedade e
da cultura, o ponto de vista reflexivo-crítico que caracteriza a filosofia.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Na linha 4, se, em lugar de “o ponto de vista”, se tratasse de distintos pontos,
a formulação "os distintos pontos de vista reflexivos-críticos" estaria em
concordância com as normas gramaticais.
Comentário: Esta questão nos cobra a flexão nominal de adjetivo composto.
Quando o adjetivo composto é constituído de dois adjetivos, o primeiro fica
invariável e o segundo se flexiona de acordo com o substantivo a que se
refere. Assim, a construção correta desse segmento seria: "os distintos pontos
de vista reflexivo-críticos".
É certo que a banca indagou apenas quanto à expressão entre aspas,
isto é, ela só cobrou a concordância dentro do trecho entre aspas, mas vale
ressaltar que tal flexão levaria também à concordância do verbo “caracteriza”
ao plural:
"...os distintos pontos de vista reflexivo-críticos que caracterizam a
filosofia "
Gabarito: E

Questão 5: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.
Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-
americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua
própria tradição cultural.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Se o autor fizesse referência a "povos", em vez de à "cultura" latino-
americana, a correção exigiria que ambos os termos do gentílico estivessem
no masculino e no plural.
Comentário: Primeiramente, vamos entender o que a questão quis cobrar.
Na realidade, a questão pediu que retirássemos o substantivo feminino
singular “cultura” (linha 2) e o substituíssemos pelo substantivo plural e
masculino “povos”. Logicamente, os adjetivos que se referem a tal palavra
vão se flexionar.
O vocábulo “gentílico” significa adjetivo que designa povo ou nação.
Assim, temos o gentílico (adjetivo simples) “brasileira” e o gentílico (adjetivo
composto) “latino-americana”. Note que a banca fez referência apenas ao

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gentílico de adjetivo composto “latino-americana”. Assim, estava querendo


testar seus conhecimentos sobre a flexão do adjetivo composto.
Dessa forma, a afirmativa está errada, pois a flexão do adjetivo
composto “latino-americano” no plural é “latino-americanos”. Apenas o
último dos termos, sendo um adjetivo, se flexiona. Confirme:
cultura brasileira (ou latino-americana)
povos brasileiros (ou latino-americanos)
Gabarito: E

Agora, vamos ao segundo assunto!

Pronome: emprego e formas de tratamento


A parte principal dos pronomes foi trabalhada na nossa aula de regência,
em que vimos o uso de “o”, “a”, “lhe” e a colocação desses pronomes. Na
dúvida, releia essa aula. Ela é muito importante. Mas, além desse emprego do
pronome, veremos mais.
Pronomes Pessoais
caso reto caso oblíquo
átono (sem preposição) tônico (com preposição)
eu me mim, comigo
tu te ti, contigo
ele se, o, a, lhe si, consigo, ele/ela
nós nos nós, conosco
vós vos vós, convosco
eles se, os, as, lhes si, consigo, eles/elas

1. Pronomes Pessoais
Os pronomes pessoais são aqueles que indicam uma das três pessoas do
discurso: a que fala, a com quem se fala e a de quem se fala.
a. Pronomes pessoais do caso reto
Pronomes pessoais do caso reto são os que desempenham a função sintática
de sujeito da oração, vocativo e predicativo. São os pronomes eu, tu, ele, ela,
nós, vós eles, elas.

b. Pronomes pessoais do caso oblíquo


São os que desempenham a função sintática de complemento verbal (objeto
direto ou indireto), complemento nominal, agente da passiva, adjunto
adverbial, adjunto adnominal ou sujeito acusativo (sujeito de oração reduzida).

Os pronomes pessoais do caso oblíquo se subdividem em dois tipos: os átonos,


que não são antecedidos por preposição, e os tônicos, precedidos por
preposição.

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b.1. Pronomes pessoais oblíquos átonos:

Os pronomes oblíquos átonos são os seguintes: “me, te, se, o, a, lhe, nos, vos,
os, as, lhes”. Eles podem exercer diversas funções sintáticas nas orações. São
elas:
Objeto Direto (“me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”).
Objeto Indireto (“me, te, se, lhe, nos, vos, lhes”).
Valor de posse (“me, te, lhe, nos, vos, lhes”).
Complemento nominal (“me, te, lhe, nos, vos, lhes”).
Sujeito acusativo: “me, te, se, o, a, nos, vos, os, as”, quando
estiverem em um período composto formado pelos verbos “fazer, mandar, ver,
deixar, sentir ou ouvir”, e um verbo no infinitivo ou no gerúndio.
Deixei-a entrar atrasada. Mandaram-me conversar com o diretor.

Parte Integrante do verbo pronominal: me, te, se, nos, vos. Verbo
pronominal é aquele que não se conjuga sem o pronome. São exemplos de
verbo pronominal “suicidar-se, queixar-se, arrepender-se, lembrar-se,
esquecer-se, recordar-se...”
Queixei-me de Pedro por ter atrapalhado o nosso trabalho.
Arrependam-se, pecadores!

Partícula Expletiva ou de Realce: me, te, se, nos, vos. Ocorre a


partícula de realce com verbo intransitivo, com sujeito claro. Esse pronome
pode ser retirado da frase, sem prejuízo de significado.
João foi-se embora. Maria morria-se de ciúmes da cunhada.
Colocação dos pronomes oblíquos átonos: A colocação pronominal já foi
explorada na aula de Regência. É bom relembrar porque vamos exercitar um
pouco mais em seguida!
b.2. Pronomes pessoais oblíquos tônicos: são precedidos de preposição e
são os seguintes: mim, comigo, ti, contigo, ele, ela, si, consigo, nós,
conosco, vós, convosco, eles, elas.
Abaixo segue a diferença entre os tipos de pronomes pessoais:

Eu, tu / Mim, ti
Eu e tu exercem a função sintática de sujeito (então são pronomes
pessoais do caso reto). Mim e ti exercem a função sintática de complemento
verbal ou nominal, agente da passiva ou adjunto adverbial e sempre são
precedidos de preposição (então são pronomes pessoais do caso oblíquo
tônico). Confira no exemplo a seguir:

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Comprei um livro para eu ler. eu (sujeito):


O sujeito não VTD + OD Suj + VI
admite preposição, pronome pessoal
oração principal or sub adv final
por isso a do caso reto
(reduzida de
preposição “para” infinitivo)
se refere a toda a período composto
oração adverbial
de finalidade, não Comprei um livro para mim. para mim (objeto
só ao sujeito. VTDI + OD OI indireto): pronome
período simples pessoal do caso oblíquo
O objeto indireto e tônico
o adjunto adverbial Nada há entre mim e ti.
são termos OD +VTD adj adv de lugar
entre mim e ti (adjunto
preposicionados, período simples
adverbial de lugar):
por isso há pronome pessoal do caso
preposição oblíquo tônico
antecedendo-os.

Por isso, são construções viciosas as seguintes: “Comprei um livro


para mim ler”, “Comprei um livro para eu” “Nada há entre eu e tu”.
Si, consigo
São pronomes reflexivos ou recíprocos, portanto só poderão ser usados
na voz reflexiva ou na voz reflexiva recíproca. Para se ter certeza desse uso,
procure subentender a palavra “mesmo” ou “próprio”.
Quem só pensa em si, acaba ficando sozinho.
Quem só pensa em si (próprio), acaba ficando sozinho.
Maria trouxe consigo os três irmãos.
Maria trouxe consigo(mesma) os três irmãos.
Assim, é considerada errada a construção de consigo com o valor de com
você: Gostaria de falar consigo. (vício de linguagem)
Troque por: Gostaria de falar com você.
Com nós, com vós / conosco, convosco
Maria esteve conosco. Falarei convosco.
Usa-se com nós ou com vós, quando os pronomes pessoais são
reforçados por palavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou
algum numeral.
Gilberto conversou com nós todos a respeito de seus estudos.
Ele falou que sairia com nós dois.
Dele, do + subst. / De ele, de o + subst.
Quando os pronomes pessoais ele(s), ela(s), ou qualquer substantivo,
funcionarem como sujeito, não devem ser aglutinados com a preposição de.
Ex. É chegada a hora de ele assumir a responsabilidade.
No momento de o orador discursar, faltou-lhe a palavra.

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2. Pronomes demonstrativos
Esse pronome situa os seres no tempo, no espaço e no discurso
(posição dentro do próprio texto). O posicionamento no discurso é dividido em
anafórico e catafórico, os quais trabalham a coesão referencial, por retomar
palavra ou expressão dita anteriormente e referenciar-se a termo posterior,
respectivamente.
Os pronomes demonstrativos são este, esta, isto; esse, essa, isso;
aquele, aquela, aquilo; tal; semelhante; próprio; mesmo; o; a. Os
pronomes isto, isso, aquilo são invariáveis.
a. Uso de este, esta, isto; esse, essa, isso; aquele, aquela, aquilo:
I - Posicionamento referente a lugar e tempo:
Este, esta, isto: são usados para o que está próximo da pessoa que fala
e para o tempo presente.
Este chapéu que estou usando é de couro.
Este ano está sendo cheio de surpresas.
Esse, essa, isso: são usados para o que está próximo da pessoa com
quem se fala, para o tempo passado recente e para o futuro.
Esse chapéu que você está usando é de couro?
Dezembro. Esse mês será marcado pelo meu casamento.
Em novembro de 2007, inauguramos a loja. Até esse mês, nada
sabíamos sobre comércio.
Aquele, aquela, aquilo: são usados para o que está distante da pessoa
que fala e da pessoa com quem se fala e para o tempo passado remoto.
Aquele chapéu que ele está usando é de couro?
Em 1980, eu tinha 15 anos. Naquela época, Campinas ainda era
considerada uma cidade pequena.

II - Posicionamento no discurso (no próprio texto):


Em uma citação oral ou escrita, usa-se “este, esta, isto” para o que
ainda vai ser dito ou escrito (recurso catafórico), e “esse, essa, isso”
(recurso anafórico) para o que já foi dito ou escrito.

A verdade é esta: o Brasil será campeão.

O Brasil será campeão. A verdade é essa.

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Para estabelecer-se a distinção entre dois elementos anteriormente


citados, usa-se “este, esta, isto” em relação ao que foi mencionado por
último e “aquele, aquela, aquilo”, em relação ao que foi nomeado em
primeiro lugar.
(A, B. Este, aquele)

Sabemos que a relação entre o Brasil e os Estados Unidos é de domínio


destes sobre aquele.
Os filmes brasileiros não são tão respeitados quanto as novelas,
mas eu prefiro aqueles a estas.
b. O, a, os, as são pronomes demonstrativos, quando equivalem a isto,
isso, aquilo ou aquele(s), aquela(s).
Não concordo com o que ele falou. (aquilo que ele falou)
Tudo o que aconteceu foi um equívoco. (aquilo que aconteceu)
A que apresentar o melhor texto será aprovada. (aquela que
apresentar)
c. Tal, tais podem ter sentido próximo ao dos pronomes demonstrativos
ou de semelhante, semelhantes:
Os dois estão casados há 50 anos. Tal amor não se encontra facilmente.
Embora tenha sido o mentor do plano, ele nunca admitiu tal fato.
d. Da mesma forma, semelhante, semelhantes são demonstrativos
quando equivalem a tal, tais:
O Brasil ficou em choque com a tragédia na Região Serrana do Rio
de janeiro. Não se veriam semelhantes catástrofes se os projetos
urbanísticos municipais fossem eficazes ou, pelo menos, existissem.
Para o romano, o mundo dos prodígios ficava a Ocidente.
Semelhante tradição vinha de longe, através dos escritores gregos, sobretudo
de Platão” (Aquilino Ribeiro).
e. Mesmo, mesmos, mesma, mesmas; próprio, próprios, própria,
próprias são demonstrativos quando têm o sentido de "idêntico", "em
pessoa":
Não é possível continuar insistindo nos mesmos erros.
Ela própria deve fiscalizar a mercadoria que lhe é entregue.
Os recursos anafóricos e catafóricos não são exclusividades do pronome
demonstrativo, a retomada, por exemplo, já foi vista com outros pronomes
substantivos, como o relativo, o pessoal, e também cabe a substantivos e a
outras classes gramaticais:
Algo me incomoda: a fome no mundo. (recurso catafórico: algo fome)
Há dois detalhes não previstos: comida e água. (recurso catafórico:
detalhes comida, água)

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3. Pronomes Indefinidos

Os pronomes indefinidos referem-se à terceira pessoa do discurso de uma


maneira vaga, imprecisa, genérica. São eles:
Invariáveis Variáveis
alguém, algum, alguns, alguma, algumas, nenhum, nenhuns,
ninguém, tudo, nenhuma, nenhumas, todo, todos, toda, todas, muito, muitos,
nada, algo, cada, muita, muitas, bastante, bastantes, pouco, poucos, pouca,
outrem, , poucas, certo, certos, certa, certas, tanto, tantos, tanta,
alhures, mais, tantas, quanto, quantos, quanta, quantas, um, uns, uma,
menos, demais. umas, qualquer, quaisquer, vário, vária, vários, várias, etc
Acrescentam-se, ainda, as locuções pronominais indefinidas: cada um, cada
qual, quem quer que, todo aquele que, tudo o mais...
Uso de alguns pronomes indefinidos
Todo: deve ser usado com artigo, se significar inteiro e o substantivo à sua
frente o exigir; caso signifique cada ou todos, não terá artigo, mesmo que o
substantivo exija.
Todo dia telefono a ela. (Todos os dias)
Fiquei todo o dia em casa. (O dia inteiro)
Todo ele ficou machucado. (Ele inteiro, mas a palavra ele não admite artigo.)
Todos, todas: devem ser usados com artigo, se o substantivo à sua frente o
exigir.
Todos os colegas o desprezam. Todos vocês merecem respeito.
Algum: tem sentido afirmativo, quando usado antes do substantivo; passa a
ter sentido negativo, quando estiver depois do substantivo.
Amigo algum o ajudou. (Nenhum amigo) Algum amigo o ajudará. (Alguém)
Pode também transmitir valor de pouca quantidade:
“Anastácio procurava um jeito de arranjar algum dinheiro.” (um pouco de),
Certo: será pronome indefinido, quando anteceder substantivo e será adjetivo,
quando estiver posposto a substantivo.
Certas pessoas estão aqui. As pessoas certas estão aqui.
Qualquer: Designa coisa, lugar ou indivíduo indeterminado:
Veio duma cidade qualquer.
Dependendo do contexto, a troca de posição faz mudar o sentido
Qualquer pessoa pode entrar naquela empresa!! (sentido de “toda”)
Ele não é uma pessoa qualquer! (sentido pejorativo)

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4. Pronomes de tratamento
Esses pronomes são empregados no trato com as pessoas, familiarmente ou
respeitosamente. Vejamos um quadro com os principais tratamentos:

Pronome de tratamento Abreviatura Usado para se dirigir a


Vossa Alteza V. A. príncipes e duques
Vossa Eminência V. Emª. cardeais
Vossa Excelência V. Exª. altas autoridades *
Vossa Magnificência V. Magª. reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis, imperadores
Vossa Santidade V. S. papa
Vossa Senhoria V. Sª. tratamento cerimonioso
* Segundo o Manual de Redação da Presidência da República, o pronome de
tratamento Vossa Excelência é empregado para as seguintes autoridades:
 do Poder Executivo: Presidente da República, Vice-Presidente da
República, Ministros de Estado7, Governadores e Vice-Governadores de
Estado e do Distrito Federal, Oficiais-Generais das Forças Armadas,
Embaixadores, Secretários-Executivos de Ministérios e demais ocupantes
de cargos de natureza especial, Secretários de Estado dos Governos
Estaduais, Prefeitos Municipais.
Obs.: algumas gramáticas entendem dão o tratamento a prefeito como Vossa
Senhoria. Então, tome cuidado e, por eliminação das alternativas, resolva a
questão que envolva este cargo.
 do Poder Legislativo: Deputados Federais e Senadores, Ministros do
Tribunal de Contas da União, Deputados Estaduais e Distritais,
Conselheiros dos Tribunais de Contas Estaduais, Presidentes das
Câmaras Legislativas Municipais.
 do Poder Judiciário: Ministros dos Tribunais Superiores, Membros de
Tribunais, Juízes, Auditores da Justiça Militar.
a. Quando esses pronomes de tratamento se encontram na função de
sujeito, o verbo e pronomes adjetivos flexionam-se na terceira pessoa do
singular e os adjetivos podem concordar literalmente (com a palavra feminina
Excelência, Alteza, etc) ou por silepse (concordância com a pessoa do sexo
masculino ou feminino) :
Vossa Excelência está cansado, deputado!
Vossa Senhoria remeteu seu documento ao endereço errado.
b. Quando esses pronomes estão na função de objeto indireto ou
complemento nominal, antecedidos da preposição “a”, não recebem crase, pois
não admitem artigo: Refiro-me a Vossa Senhoria.

7
Nos termos do Decreto no 4.118, de 7 de fevereiro de 2002, art. 28, parágrafo único, são Ministros de Estado, além dos
titulares dos Ministérios: o Chefe da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, o
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, o Advogado-Geral da União e o Chefe da Corregedoria-Geral da União.

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c. Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você,


vocês. O senhor e a senhora são empregados num tratamento formal; você e
vocês, no tratamento familiar e amigável.
Dentre os pronomes de tratamento, somente senhora admite artigo “a”,
por isso, se esse pronome for precedido de preposição “a”, haverá crase:
Refiro-me à senhora Gioconda.
d. Usa-se “Vossa”, quando conversamos com a pessoa, e “Sua”, quando
falamos da pessoa.
Vossa Senhoria deveria preocupar-se com suas responsabilidades e não
com as de Sua Excelência, o Prefeito, que se encontra ausente.
Questão 6: Prefeitura São Luiz 2015 Auditor Controle Interno (banca FCC)
1 Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre
focalizando seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, cuja publicação
em 1933 levanta questões até hoje importantes para o entendimento do
passado brasileiro.
5 Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre
os destinos do país estava, naquele momento, profundamente marcado
pelo tema da mestiçagem. Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual
entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um
problema: ora implicava esterilidade − biológica e cultural −,
10 inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora retardava o
completo domínio da raça branca, dificultando o acesso do Brasil aos
valores da civilização ocidental.
O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que
aprofundava a contribuição pioneira de alguns outros autores como
15 Manuel Quirino, Lima Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar
essa avaliação, ao enfatizar não só o valor específico das influências
indígenas e africanas, como também a dignidade da híbrida e instável
articulação de tradições que teria caracterizado a colonização portuguesa.
Isso só foi possível, segundo o próprio Gilberto, pelo seu vínculo com a
20 antropologia americana e com a orientação relativista de Franz Boas − ele
obteve um título de mestre em Columbia, em 1922 − que lhe teria
permitido separar a noção de raça da de cultura e conferir a esta última
primazia na análise da vida social.
Associam-se corretamente um segmento do texto e o trecho que ele retoma,
precisamente demarcado, em:
(A) (linha 6) naquele momento / do passado brasileiro.
(B) (linha 13) que / impacto.
(C) (linha 16) essa avaliação / o acesso do Brasil aos valores da civilização
ocidental.
(D) (linha 18) que / a híbrida e instável articulação de tradições.
(E) (linha 19) Isso / a colonização portuguesa.
Comentário: A alternativa (A) está errada, porque “naquele” é um pronome
demonstrativo que retoma “1933” (linha 3).
A alternativa (B) está errada, porque “que” é um pronome relativo que
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retoma “obra” (linha 13).


A alternativa (C) está errada. É importante ressaltar que a expressão
“essa avaliação” possui o pronome demonstrativo “essa”, o qual retoma
informação anterior. Essa informação foi caracterizada como uma avaliação,
pois tal elemento anafórico é seguido do substantivo “avaliação”. Assim, tal
expressão retoma a informação de que “a mestiçagem, isto é, o contato
sexual entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um
problema” (linhas 7 a 9).
A alternativa (D) é a correta, pois “que” é um pronome relativo, o qual
retoma a informação mais próxima “a híbrida e instável articulação de
tradições” (linhas 17 e 18).
A alternativa (E) está errada, porque “isso” é um pronome
demonstrativo que retoma a informação de todo o período sintático anterior
(linhas 13 a 18).
Gabarito: D

Questão 7: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


O segmento em que se encontra sublinhado um pronome está em:
(A) A impressão que eu tenho, a esta altura do campeonato − qual altura,
exatamente? − é que todo mundo tem a minha idade.
(B) Deve ser por isso que, sem perceber, parei de contar.
(C) o desejo de crescer é parte fundamental do software com que viemos ao
mundo.
(D) Agora é inegável que você ficou adulto.
(E) me dei conta de que eu não sabia a minha idade.
Comentário: A questão quer que você encontre o pronome relativo “que”,
isto é, um recurso anafórico, pois tal pronome retoma um nome anterior. O
pronome relativo pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
Na alternativa (A), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a
oração subordinada substantiva predicativa “que todo mundo tem a minha
idade”. (A impressão é essa).
Na alternativa (B), a palavra “que” é expletiva, isto é, ela faz parte da
expressão “é que”, expressão que está variada pela locução “deve ser...que”.
É fácil entender a expressão expletiva porque podemos excluí-la sem prejuízo
ao texto: por isso, sem perceber, parei de contar.
A alternativa (C) é a correta, pois o pronome relativo “que” retoma
“software”. Assim, podemos substituir “com que” por “com o qual”. Veja:
o desejo de crescer é parte fundamental do software com o qual viemos ao
mundo.

Na alternativa (D), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a


oração subordinada substantiva subjetiva “que você ficou adulto”. (Agora isso
é inegável).
Na alternativa (E), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a
oração subordinada substantiva completiva nominal “de que eu não sabia a
minha idade”. (me dei conta disso).

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Gabarito: C

Questão 8: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


No contexto, o segmento que restringe o sentido do termo imediatamente
anterior encontra-se em:
(A) A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de
espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito
de carbono.
(B) Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de
células vivas, muito elaborado e adaptado.
(C) Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à
ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a
reconstrução ecológica da floresta.
(D) Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400
milhões de anos e vieram para a terra.
(E) Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus,
constata que a natureza é propelida pela luz solar.
Comentário: A palavra que inicia segmento de valor restritivo é o pronome
relativo, o qual inicia oração subordinada adjetiva restritiva. Como vimos, o
pronome relativo pode ser substituído por “o qual” e suas variações.
Na alternativa (A), há a conjunção comparativa “que”, a qual inicia a
oração subordinada adverbial comparativa “que um simples depósito de
carbono”.
Na alternativa (B), a palavra “que” é pronome relativo, porém é
precedida de vírgula. Assim, a oração “que contém uma miríade de células
vivas, muito elaborado e adaptado” é subordinada adjetiva explicativa.
Na alternativa (C), a palavra “que” é pronome relativo, porém é
precedida de vírgula. Assim, a oração “que abra espaço para a reconstrução
ecológica da floresta” é subordinada adjetiva explicativa.
A alternativa (D) é a correta, pois a palavra “que” é pronome relativo e
não é precedida de vírgula. Assim, a oração “que saíram do oceano há 400
milhões de anos” é subordinada adjetiva restritiva.
Na alternativa (E), há a conjunção integrante “que”, a qual inicia a
oração subordinada substantiva objetiva direta “que a natureza é propelida
pela luz solar”. (Uma lista curta ... constata isso).
Gabarito: D

Questão 9: Metrô-SP 2014 Analista (banca FCC)


Estão plenamente adequados o emprego e a colocação dos pronomes na
frase:
(A) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa
semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as
mesmas.
(B) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo
em viagens rápidas de metrô.

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(C) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as


afugentassem as asas da aeronave.
(D) Uma viagem por dentro de nós − somente realizamo-na quando
dispostos a ficar sós conosco mesmos.
(E) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de
que isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.
Comentário: A alternativa (A) está errada, pois o pronome “-lhes” está
posicionado imediatamente após a vírgula. Assim, devemos posicioná-lo após
o verbo. Note que tal pronome é o objeto indireto do verbo transitivo direto e
indireto “notou” (o autor notou a algumas pessoas certa semelhança).
Deve-se evitar o uso do pronome demonstrativo “mesmas” com valor
substantivo. Tal pronome deve ser usado com valor de reforço reflexivo,
sinônimo de “próprias”. Assim, cabe o pronome pessoal do caso oblíquo tônico
“elas”. Veja a correção:
Ao falar sobre viagens de metrô e avião, notou-lhes o autor certa
semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre elas.
A alternativa (B) está errada, pois o verbo “utilizando” é transitivo direto
e o pronome deve ser “-o”, por estar na função de objeto direto. Veja a
correção:
Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-o mesmo em
viagens rápidas de metrô.
A alternativa (C) é a correta, pois o verbo “vemos” é transitivo direto e
termina com “s”. Assim, exclui-se a letra “s” e se insere a letra “l” antes do
pronome “as”. Os vocábulos “-las” e “-as” estão corretamente empregados
por retomarem o substantivo feminino plural “nuvens”.
Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as
afugentassem as asas da aeronave.
A alternativa (D) está errada, pois o verbo “realizamos” é transitivo
direto e termina com “s”. Assim, deve-se excluir a letra “s” e inserir a letra “l”
(e não “n”) antes do pronome “as” (realizamo-la). Porém, o advérbio
“somente” é palavra atrativa, por isso deve haver próclise.
O pronome demonstrativo “mesmos” impede o uso do pronome
“conosco” e força o uso da expressão “com nós”. Veja a correção:
Uma viagem por dentro de nós − somente a realizamos quando dispostos a
ficar sós com nós mesmos.
A alternativa (E) está errada, pois a palavra negativa “não” é atrativa,
devendo haver próclise. Além disso, o verbo “obrigue” é transitivo direto, por
isso não cabe “-lhe”, mas o objeto direto “-a”. Mesmo o pronome
demonstrativo “isso” não sendo especificamente palavra atrativa, é bom
manter o pronome pessoal oblíquo átono ante do verbo.
A razão por que ela não se dispõe à prática da interiorização é o receio de que
isso a obrigue a enfrentar seus fantasmas.
Gabarito: C
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Questão 10: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Fragmento do texto: Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão
de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa
pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde
quente.
O pronome “eles” substitui a palavra
(A) tufos.
(B) bruços.
(C) quentes.
(D) paralelepípedos.
(E) braços.
Comentário: Entende-se do segmento que o menino tem os braços dobrados
e a testa pousada sobre os braços. Para evitar a repetição do substantivo
“braços”, pode-se substituir o segundo substantivo pelo pronome pessoal do
caso reto “eles”.
Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de paralelepípedos, o
menino espia. Tem os braços dobrados e a testa pousada sobre eles, seu
rosto formando uma tenda de penumbra na tarde quente.
Gabarito: E

Questão 11: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Os publicitários descobriram que é possível fazer o
inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O
inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético. O inconsciente é amoral.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que
na verdade não é tão individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos
o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem
publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em
que se oferece como objeto de satisfação. Ela determina quais serão os
objetos imaginários de satisfação do desejo, e assim faz o inconsciente
trabalhar para o capital. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda
a satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos...
... no produto que lhe é oferecido.
Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:
(A) desejo − capital
(B) consumidor − consumidores em potencial
(C) inconsciente − sujeito do inconsciente
(D) objeto de satisfação − produto
(E) clientes − objetos imaginários
Comentário: Note contexto em que se encontra o primeiro segmento:
O inconsciente é amoral. Ele funciona de acordo com a lógica da realização
(imediata) dos desejos, que na verdade não é tão individual quanto parece.

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Assim, fica fácil perceber que “Ele” retoma “inconsciente”.


Agora, vejamos o contexto em que se encontra o segundo segmento:
Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda a satisfação prometida
no produto que lhe é oferecido.
Assim, entendemos que o produto é oferecido ao sujeito do
inconsciente. Dessa forma, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 12: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos
preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles
investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os
seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Na linha 2, a forma “preocuparam-se” exemplifica a existência de verbo que
aceita um pronome oblíquo átono do mesmo número e pessoa do sujeito, o
chamado verbo pronominal.
Comentário: O verbo “preocuparam” possui o sujeito “os primeiros filósofos
gregos”. O pronome “se” refere-se à terceira pessoa do plural, conforme o
verbo e o sujeito a que ele se refere. Assim, o verbo realmente é chamado de
pronominal.
Gabarito: C

Questão 13: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos
preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles
investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os
seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações. Físicos, como
foram chamados por Aristóteles, esses primeiros filósofos, de Tales a
Anaxímenes, fundaram uma tradição de estudo da Natureza, seguida e
aprofundada, entre outros, por Heráclito, Pitágoras, Demócrito.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 3 e 4, em “que explicasse a sua origem”, a palavra destacada
remete a “todos os seres”, não se admitindo a possibilidade de superposição
de elementos retomados pelo pronome.
Comentário: O pronome possessivo “seu” retoma tanto “todos os seres”,
como a “Natureza”, pois se pode entender que os primeiros filósofos gregos
investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os
seres, que explicasse a origem e as transformações de todos os seres. Deve-
se lembrar que todos os seres são elementos constituintes da Natureza.
Assim, não se pode descartar a possibilidade de retomada do substantivo
“Natureza”. Dessa forma, o erro da questão foi a afirmação categórica de que
não se admite a possibilidade de superposição de elementos retomados pelo
pronome.
Gabarito: E

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Questão 14: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas
de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler;
gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais
gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear
as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de
não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a
impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto
ou mais instrutiva do que esta.
O texto foi escrito originalmente para ser lido em uma palestra, durante uma
feira de editores, em Roma, no ano de 2012. Daí vem o tom de conversa, de
quem aborda os interlocutores diretamente, trazendo-os para o texto. Estes
ouvintes são referidos pelo autor quando utiliza os pronomes
(A) eu e o.
(B) ela e nos.
(C) lhes e vocês.
(D) daqueles e ele.
(E) me e sua.
Comentário: Nota-se a referência aos interlocutores nos seguintes pronomes
“lhes”, “vocês”, “seus” e “suas”. Veja:
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas de um
risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler; gostaria de
tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais
gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear as
páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de não
leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a impossibilidade de ler
lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto ou mais instrutiva do que
esta.
Assim, a alternativa correta é a (C).
Gabarito: C

Questão 15: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético,
como por seu viés pretensioso.
A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com
a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para
outros, revela traços de xenofobia.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar
o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em

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cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por


outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de
impressionar os neófitos.
Atente para o que se afirma abaixo:
I. impressionar os neófitos.
Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado
correto será: "impressioná-los".
II. o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los...
O pronome “los” refere-se a "jargões".
III. o que lhes confere um ar postiço e hermético...
O pronome “lhes” refere-se a "expressões".
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) II.
(D) III.
(E) I e II.
Comentário: A afirmativa I está correta. O verbo “impressionar” é transitivo
direto. Como o termo “os neófitos” é o objeto direto, cabe a substituição pelo
pronome “os”. Já que o verbo termina com a letra “r”, exclui-se tal letra e se
insere “l” antes do pronome “os”.
Assim, devemos eliminar as alternativas (A), (C) e (E).
A afirmativa II está correta, pois “os jargões” é o único termo plural e
masculino, além de se entender do texto que cultivar os jargões pode
camuflar as relações entre patrão e empregado.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato que
os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar o
“espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-
los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por outro,
promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de
impressionar os neófitos.
A afirmativa III está errada, pois se entende que os jargões são alvo
constante da crítica, por abrigarem muitas expressões de outras línguas e isso
confere aos jargões um ar postiço e hermético. Além disso, nota-se que os
jargões possuem viés pretensioso. Assim, os pronomes “lhes” e “seu”
referem-se a “Os jargões”. Veja:
Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético,
como por seu viés pretensioso.
Gabarito: E

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Questão 16: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC)


Ao escolher as palavras, um escritor responsável investiga o sentido das
palavras, busca as palavras num bom dicionário, pondera as eventuais
ambiguidades das palavras, confere às palavras a mesma importância que se
dá a um gesto essencial.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
(A) investiga-as o sentido - busca-as - pondera-lhes as eventuais
ambiguidades - confere-as
(B) investiga-lhes o sentido - busca-lhes - pondera-as eventuais
ambiguidades - confere-lhes
(C) lhes investiga seu sentido - busca-as - lhes pondera as eventuais
ambiguidades - confere-as
(D) as investiga o sentido - busca-lhes - pondera suas eventuais
ambiguidades - lhes confere
(E) investiga seu sentido - busca-as - pondera suas eventuais ambiguidades -
confere-lhes
Comentário: Como já resolvemos questões deste tipo na aula de regência, já
sabemos que devemos trabalhar cada verbo e sua transitividade e vamos
eliminando os pronomes errados.
Note que na expressão “o sentido das palavras”, o termo sublinhado
transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome “lhes” ou o pronome
possessivo “seu”. Dessa forma, já eliminamos as alternativas (A) e (D).
O verbo “busca” é transitivo direto e “as palavras” é o objeto direto.
Assim, não cabe o pronome “lhes” e devemos eliminar a alternativa (B).
Na expressão “ambiguidades das palavras”, o termo sublinhado
transmite valor de posse. Assim, cabe o pronome “lhes” ou o pronome
possessivo “suas”.
O verbo “confere” é transitivo direto e indireto, o termo “às palavras” é
o objeto indireto e pode ser substituído por “lhes”, e “a mesma importância” é
o objeto direto. Assim, eliminamos a alternativa (C), sobrando a (E) como a
correta.
Gabarito: E

Questão 17: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Mesmo assim, muitos duvidam que essa falência seja
real. Essas pessoas costumam achar que aconteceu algum acidente e que
agora o dever é restaurar a ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do
certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança.
Rotulam quem fala e pensa de outra maneira de "profeta da catástrofe", cuja
sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o bem e o mal por toda a
eternidade.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Em aconteceu algum acidente (linha 2), o pronome tem valor idêntico ao que
tem na frase "Com essa dedicação, tem obtido algum elogio da crítica
especializada".

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Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome indefinido “algum”


(linha 2) generalizou a palavra “acidente”, tendo o mesmo valor de “qualquer”
(aconteceu um acidente qualquer).
Já o pronome “algum” na frase inventada na questão (esta frase não foi
retirada do texto) tem valor de “um pouco”, “pouca quantidade”. Veja:
“...tem obtido pouco elogio da crítica especializada...”
Gabarito: E

Questão 18: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: O cerne da questão é que os "profetas da catástrofe",
os pessimistas históricos do final do século XIX e começo do século XX, de
Burckhardt a Splengler, foram ultrapassados pela concretude de catástrofes
de dimensões e horrores jamais previstos. No entanto, alguns
desdobramentos poderiam ser e foram previstos. Embora pouco se tenham
feito ouvir no século XIX, essas previsões se encontram no século XVIII, e
foram negligenciadas porque nada poderia justificá-las.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Em alguns desdobramentos (linhas 4 e 5), o pronome foi usado para indicar,
de modo indeterminado, indivíduos da espécie referida pelo substantivo.
Comentário: A afirmativa está correta, pois o pronome indefinido “alguns” é
empregado para generalizar o substantivo “desdobramentos”. Note que a
classe gramatical substantivo é empregada para denominar seres de mesma
espécie. Isso ratifica que a afirmação está correta.
Gabarito: C

Questão 19: SEPLAG-MG 2012 Professor (banca FCC)


Considere o que está sendo afirmado com base em cada um dos segmentos
abaixo. Está correto o que consta em:
(A) Por que chamamos de zebra a uma pessoa estúpida, que não tem as
qualidades da zebra? Esta sabe muito bem defender-se dos perigos pela
vista, pelo olfato e pela velocidade, sem esquecer a graça mimética de
suas listas, úteis para a dissimulação entre folhas.
O emprego do pronome demonstrativo Esta, em substituição à palavra
zebra, garante a continuidade lógica e coerente do desenvolvimento.
(B) Gosto muito de La Fontaine, não nego; a graça de seus versos vende as
fábulas, que são entretanto uma injúria revoltante à natureza dos
animais, acusados de todos os defeitos humanos.
O emprego do pronome possessivo seus com o substantivo versos, no
plural, cria ambiguidade no contexto, marcada ainda pela forma verbal
vende, no singular.
(C) O moralista procura corrigir falhas características de nossa espécie,
atribuindo-as a bichos que, não sabendo ler, escrever ou falar as línguas
literárias, não têm como defender-se, repelindo falsas imputações.
O pronome relativo que tem por referente, no contexto, o substantivo
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moralista.
(D) O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ouriço e toda a multidão de seres
supostamente irracionais, mas acusados de todos os vícios da razão
humana, teriam muito que retrucar, se lhes fosse concedida a palavra
num sistema verdadeiramente representativo, ainda por ser inventado.
No lugar do pronome pessoal oblíquo lhes poderia ter sido empregada a
forma os, porque substitui a expressão todos os vícios da razão
humana.
Comentário: A alternativa (A) é a correta, pois o pronome demonstrativo
“Esta” retoma o último de dois elementos expressos anteriormente (“pessoa
estúpida” e “zebra”). Assim, evitou-se repetir o substantivo “zebra”
desnecessariamente, dando continuidade a texto.
A alternativa (B) está errada, pois não há ambiguidade no fragmento.
Entendemos que é a graça dos versos de La Fontaine que vende as fábulas.
Veja que o pronome possessivo “seus” só pode remeter a “La Fontaine”:
“Gosto muito de La Fontaine, não nego; a graça de seus versos vende as
fábulas.”
A alternativa (C) está errada, pois o pronome relativo “que” retoma o
substantivo plural “bichos”. Veja:
“...bichos que (...) não têm como defender-se, repelindo falsas imputações.”
A alternativa (D) está errada, pois o pronome “lhes” retoma a expressão
“O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ouriço e toda a multidão de seres
supostamente irracionais”. Além disso, tal pronome não pode ser substituído
por “os”, por cumprir a função sintática de objeto indireto. Veja:
(...se lhes fosse concedida a palavra...)
OI + loc verbal trans indireta + sujeito

(...se a palavra fosse concedida a eles...)


sujeito + loc verbal trans indireta + OI

Gabarito: A

Questão 20: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Acredito que os interessados se mostram aptos à
função para a qual estão se candidatando quando agem com ponderação
diante de cada desafio, ou seja, reflete-se sobre o caso proposto e procura-se
avaliar de forma imparcial os possíveis aspectos divergentes que nele estejam
em jogo. Esse bom-senso lhes permitirá antecipar consequências futuras.
Quando expressam sua opinião, que o faça com decoro e cuidado, para
garantir sua real intenção.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
O emprego de Esse é equivocado, pois o pronome não pode retomar palavra
(bom-senso) que não tenha sido mencionada explicitamente antes.
Comentário: A afirmativa está errada, pois o pronome demonstrativo “Esse”

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retoma a ideia de bom-senso, implícita nas expressões “agem com


ponderação diante de cada desafio”, “reflete-se sobre o caso proposto” e
“procura-se avaliar de forma imparcial os possíveis aspectos divergentes”.
Entende-se pelo contexto que essas são ações de “bom-senso”. Assim, o
pronome demonstrativo pode, sim, retomar expressão subentendida, isto é,
aquela que resume a informação anterior.
Gabarito: E

Questão 21: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o
Segundo Reinado, da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado
Novo, deste para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para
uma nova fase de democratização. Passamos do regime servil para o trabalho
livre − ou quase.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Se da Monarquia fosse substituído por desta, forma que se tem em outros
trechos da sequência, o paralelismo no que se refere à forma de governo não
seria prejudicado.
Comentário: Veja que o substantivo “Monarquia” resume o “Primeiro” e
“Segundo Reinado”. Assim, o pronome demonstrativo que substitui a palavra
“Monarquia” pode retomar as duas expressões: “desses”. Veja:
“Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo Reinado,
desses para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste para a
democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase de
democratização.”
Mas a questão enfatizou a continuação do paralelismo, isto é, todos os
pronomes demonstrativos retomando o último dos vocábulos anteriores.
Entendendo-se que a expressão “Segundo Reinado” é o limite final da
“Monarquia”, o ideal é realmente o uso do pronome demonstrativo “deste”, e
não “desta” como pedia a questão.
Veja:

“Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o Segundo Reinado,


deste para a República Velha, desta para o Estado Novo, deste para a
democracia, desta para a ditadura militar, e desta para uma nova fase de
democratização.”
Assim, percebemos que realmente se preservou o paralelismo com o
pronome deste (e não “desta”) porque cada pronome demonstrativo retoma
a última palavra do termo anterior.
Gabarito: E

Questão 22: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e
moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É

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também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente


que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que
ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a
trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na
receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de
qualquer personagem.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que
cada um deles se refere.
Comentário: Note que o pronome demonstrativo “Esta” faz menção ao que
ainda será dito: a história ainda será contada. Dessa forma, há o recurso
catafórico.
O pronome pessoal oblíquo átono “a” retoma o substantivo feminino e
singular “história”. Assim, há o recurso anafórico.
Dessa forma, somente o pronome “Esta” se antecipou ao elemento a
que se refere, e não os dois pronomes, conforme afirmou a questão.
Gabarito: E

Questão 23: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.
Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-
americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua
própria tradição cultural.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
A palavra Só está empregada com o mesmo valor do notado na frase "É ela só
que arranja as flores nas cerimônias", isto é, como reforço demonstrativo do
pronome, equivalendo a "mesmo", "próprio".
Comentário: A afirmativa está errada, pois, no fragmento do texto, o
vocábulo “só” é um advérbio e significa “somente”, “apenas”.
Veja:
Somente uma coisa não mudou...
Apenas uma coisa não mudou...
Já, no trecho "É ela só que arranja as flores nas cerimônias", o vocábulo
“só” é um adjetivo e tem como emprego reforçar o valor demonstrativo (ela
mesma, ela própria).
Veja:
"É ela sozinha que arranja as flores nas cerimônias"
"É ela mesma que arranja as flores nas cerimônias"
"É ela própria que arranja as flores nas cerimônias"
Assim, há valores diferentes.
Gabarito: E

Questão 24: TRT 16 R - 2009 – Analista (banca FCC)


A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que

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lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em


tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso
conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência,
por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas
se impõem.
(Diógenes Moreyra, inédito)
Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte
construção:
(A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis
a nos oferecer.
(B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem
honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso
profundo reconhecimento.
(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa
disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma
semana.
(D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.
(E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.
Comentário: Devemos nos lembrar de que os verbos ou pronomes que se
referem a pronomes de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa.
Além disso, para preservar a impessoalidade, deve-se evitar expressões de
cunho subjetivo, como “meu caro senhor”, “grande é a consideração”, as
quais se encontram na alternativa (D).
Assim, a alternativa correta é a (B). Veja as frases abaixo já corrigidas:
(A): Se preferir, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente terá a nos
oferecer.
(C): Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à sua disposição
o relatório que nos incumbiu de providenciar há cerca de uma semana.
(D): Diga a Sua Senhoria que estamos à espera de suas providências, das
quais não nos cabe tratar com seu adjunto.
(E): Esperamos que Vossa Senhoria seja capaz de atender aos nossos
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a sua atenção.
Gabarito: B

Questão 25: TRF 1R 2001 Analista (banca FCC)


A única frase corretamente construída é:
(A) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código.
(B) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código.
(C) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as
alterações.
(D) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por

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favor.
(E) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação
do código.
Comentário: Pelo mesmo princípio apontado na questão anterior, veja que os
verbos e pronomes que se referem aos pronomes de tratamento devem se
flexionar em terceira pessoa. Assim:
Na alternativa (A), o verbo deve ser trocado para aprecie.
Na alternativa (B), o verbo deve ser trocado para termine.
Na alternativa (C), o verbo “passares” deve ser flexionado na terceira
pessoa do singular (passar), pois a locução verbal “poderá ver” está sendo
empregada em terceira pessoa e os dois estão se referenciando ao mesmo
termo.
Na alternativa (D), o verbo “Conserva” está empregado na segunda
pessoa do singular do imperativo afirmativo, combinando com o pronome
“contigo”. A locução verbal posterior está no imperativo negativo, mas na
terceira pessoa do singular. Por isso, o correto é transpô-la para a segunda
pessoa do singular do imperativo negativo: não vás perdê-lo.
A alternativa (E) está correta, pois o verbo e o pronome estão
corretamente empregados na terceira pessoa do singular.
Gabarito: E

Questão 26: TRT 12R 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.
Comentário: Na alternativa (A), o pronome correto seria “V. Sa.” (Vossa
Senhoria). Além disso, a expressão “cumprimentar-vos” deve ser corrigida
para “cumprimentá-lo”.
Na alternativa (B), o verbo “encetaram” é transitivo direto e tem como
sujeito elíptico “V. Exa”, por isso deve ser flexionado na terceira pessoa do
singular (encetou). O pronome relativo “que” está na função de objeto direto
e retoma “os trabalhos”. A expressão “vós mesmos o fizestes” deve ser
corrigida para “Vossa Excelência mesma o fez”. Perceba que o pronome

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demonstrativo pode também ser flexionado no gênero masculino (mesmo),


quando houver algum referente do sexo masculino.
Na alternativa (C), o verbo e pronomes devem ser flexionados na
terceira pessoa. Corrigindo, teremos “deve estar”, “lhe”, “sua”.
Na alternativa (D), o verbo “abandoneis” e o pronome “vosso” devem se
flexionar na terceira pessoa (abandone e seu).
A alternativa (E) está correta, pois os verbos e pronomes estão
corretamente flexionados na terceira pessoa do singular.
Gabarito: E

Questão 27: TRT 12R 2010 Analista (banca FCC)


A frase em que se apresenta adequado e uniforme o tratamento pessoal e
verbal é:
(A) Vimos, por este intermédio, solicitar a Vossa Senhoria que vos digneis a
acolher e enviar ao Juiz da 4ª Vara os autos do processo em tela.
(B) Viemos, por este intermédio, solicitar que Vossa Excelência se digneis a
acolher o parecer do processo em tela e enviá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
(C) Vimos, por este instrumento, solicitar-vos que acolhais o parecer que
dispomos sobre o processo, e encaminhá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
(D) Vêm aqui, por este recurso, solicitar-vos os interessados que Vossa
Excelência remetais o parecer do processo em tela ao Juiz da 4ª Vara.
(E) Vimos, por este dispositivo, solicitar que Vossa Senhoria acolha e
encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os autos do referido processo.
Comentário: Ao comentarmos a alternativa (E), que é a correta, já se vê por
que as demais estão erradas. O verbo “vimos” está corretamente empregado
no presente do indicativo, o pronome “Vossa Senhoria” é o tratamento
cerimonioso dirigido a qualquer cidadão ou a ocupante de cargo que não seja
de altas autoridades, por isso está correto. Os verbos “acolha” e “encaminhe”
estão corretamente empregados na terceira pessoa do singular do presente do
subjuntivo.
Gabarito: E

Questão 28: TRT 2R 2008 técnico (banca FCC)


Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida
ao Prefeito da cidade:
Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por
nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de
solucionar tais problemas.
A ...... dispor, atentos às providências,
Os moradores

As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:

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(A) V.Sa. - mandeis - vosso (B) V.Exa. - mande - seu


(C) V.Exa. - mandeis - seu (D) V.Sa. - mande - vosso
(E) V.Exa. - mande - vosso
Comentário: O verbo que concorda com o pronome de tratamento deve se
flexionar em terceira pessoa. Por isso, devem-se excluir as alternativas (A) e
(C), pois os verbos estão flexionados na segunda pessoa do plural. Da mesma
forma, os pronomes que se referem ao pronome de tratamento também
devem se flexionar em terceira pessoa. Assim, excluem-se as alternativas (D)
e (E). Dessa forma, a alternativa correta é a (B).
Gabarito: B

Questão 29: TRT 23ªR 2007 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: O desejo de mostrar-se em sintonia com o novo ainda
funciona como uma necessidade de demonstrar algum tipo de poder. "Após
seis séculos, a moda continua servindo de recurso para ostentar riqueza. É a
maneira que o ser humano encontrou de manifestar, por meio das roupas e
acessórios, que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza",
afirma a historiadora Kathia Castilho, professora de Moda.
... que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza...
O pronome grifado acima substitui corretamente, no contexto,
(A) o novo. (B) o desejo. (C) o ser humano.
(D) algum tipo de poder. (E) recurso para ostentar riqueza.
Comentário: O pronome pessoal oblíquo átono retomou, de acordo com o
contexto, o termo “o ser humano”. Note que é o único termo masculino e
singular, exatamente o mesmo gênero e número do pronome “o”.
Gabarito: C

Questão 30: TRT 24ªR 2006 Técnico (banca FCC)


Para responder às duas próximas questões, considere o fragmento, transcrito
abaixo, como parte de um convite enviado a uma Autoridade.
Enviamos ...... o convite para a cerimônia de inauguração do nosso
Espaço Cultural, no próximo sábado.
Esperamos contar com a ...... presença nesse evento, tão importante
para nossa cidade.
A ......., Senhor Leonardo Pataca
Se o convite estiver sendo enviado ao Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, as lacunas estarão corretamente preenchidas por
(A) a V. Exa. - sua - Sua Excelência (B) a V. Exa. - vossa - Sua Excelência
(C) a V. Exa. - sua - Vossa Excelência (D) a vós - sua - Sua Senhoria
(E) a vós - vossa - Vossa Senhoria
Comentário: O pronome de tratamento correto para o “Presidente do
Tribunal Superior do Trabalho” é Vossa Excelência, por ser alta autoridade.
Este pronome pode ser abreviado para V. Exa., o que faz com que sejam
eliminadas as alternativas (D) e (E). O pronome possessivo que se refere a

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este pronome deve permanecer na terceira pessoa, o que faz eliminar a


alternativa (B). Quando se dirige diretamente à autoridade, utiliza-se “Vossa”,
mas no endereçamento a ela, utiliza-se “Sua”; por isso, a terceira coluna deve
ser preenchida com o pronome “Sua Excelência”
Gabarito: A

Questão 31: TRF 4ªR 2001 Analista (banca FCC)


Curitiba, 12 de novembro de 2000.
Senhor Deputado:
Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a
aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa
Assembleia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido
projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação.
Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração.
Associações de Pais e Mestres de Curitiba
É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se
(A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado.
(B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes".
(C) a forma verbal "vimos" por "viemos".
(D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio.
(E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou".
Comentário: A forma de tratamento “V. Exa” é aplicada a um deputado; a
forma verbal "apresentaste" deve ser flexionada na terceira pessoa do
singular: apresentou; a forma verbal "vimos" está corretamente empregada
no presente do indicativo; não há necessidade da substituição de "protestos"
por "votos".
Gabarito: E

Questão 32: DPE SP 2010 Superior (banca FCC)


A frase inteiramente correta é:
(A) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão
nobre, para a cerimônia de apresentação das credenciais.
(B) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar
a ordem em que se apresentarão os conferencistas.
(C) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo
repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços.
(D) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as
dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no
relatório que lhe entregamos.
(E) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos
a programação do evento.
Comentário: A alternativa (A) está correta, pois a locução verbal da voz
passiva “está sendo aguardado” concorda com o sujeito “Vossa Excelência”
em número singular e no gênero masculino, pois se sabe que a autoridade é

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do sexo masculino.
Na alternativa (B), os verbos e pronomes que se referem ao pronome de
tratamento “Vossa Senhoria” devem se flexionar em terceira pessoa do
singular (Vossa Senhoria bem sabe, Senhor Diretor, que deverá determinar a
ordem em que se apresentarão os conferencistas.)
Na alternativa (C), o cargo de prefeito não deve ser tratado com
vocativo “Excelentíssimo Senhor”, apenas os chefes de poder federal têm
direito a esse vocativo. Além disso, o pronome possessivo adequado é “suas”
(Senhor Prefeito, suas determinações estão sendo repassadas a seus
funcionários, encarregados da execução dos serviços.)
Na alternativa (D), o tratamento adequado a governador é “Vossa
Excelência”. (Dirigimo-nos a Vossa Excelência, Senhor Governador, para
expor as dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no
relatório que lhe entregamos.)
Na alternativa (E), o verbo e o pronome referentes ao pronome de
tratamento devem se flexionar em terceira pessoa (Se Vossa Senhoria
quiser, estaremos ao seu dispor para realizarmos a programação do
evento.).
Gabarito: A

Questão 33: TRT 6ªR 2006 Técnico (banca FCC)


Considere o trecho de uma correspondência em que um jornalista se dirige a
um escritor de renome, para solicitar uma entrevista:

Desejo entrevistar ...... e, portanto, solicito que me...... duas horas em


dia a ser agendado previamente.
Agradecendo- ...... antecipadamente,

João das Tintas


Jornalista
As lacunas encontram-se corretamente preenchidas, respectivamente, por
(A) V. Exa. - reserveis - vos (B) S. Exa. - reserve - vos
(C) S. Sa. - reserveis - lhe (D) V. Sa. - reserveis - vos
(E) V. Sa. - reserve - lhe
Comentário: O tratamento Vossa Senhoria (V. Sa.) é o adequado tendo em
vista que é cerimonioso e direcionado a um cidadão, que não está investido de
cargos de alta autoridade.
Vimos que verbo e pronome que façam referência a este pronome de
tratamento devem se flexionar na terceira pessoa; por isso só cabe a
alternativa (E).
Gabarito: E

Questão 34: TRT 18ªR 2008 Analista (banca FCC)


É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu
não o decepcionarei.
A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos
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sublinhados, respectivamente, por:


(A) tu possas - confies - te
(B) Vossa Excelência podeis - confiei - vos
(C) tu possas - confia - te
(D) vós possais - confiem - vos
(E) Sua Senhoria podeis - confiai - vos
Comentário: A concordância do verbo e do pronome em relação ao pronome
de tratamento é a terceira pessoa, em relação ao “tu” é a segunda pessoa do
singular e em relação “vós” é a segunda pessoa do plural. Por isso, veja as
possibilidades para cada um:
(A) É importante que tu possas contar com minha amizade; confia nela, que
eu não te decepcionarei.
(B) É importante que Vossa Excelência possa contar com minha amizade;
confie nela, que eu não o decepcionarei.
A alternativa (C) é a correta.
(D) É importante que vós possais contar com minha amizade; confiai nela,
que eu não vos decepcionarei.
(E) É importante que Sua Senhoria contar com minha amizade; confie nela,
que eu não o decepcionarei.
Observe novamente a formação do imperativo afirmativo, na aula de
verbos.
Gabarito: C

Questão 35: TRT 24ªR 2011 Analista (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto na frase:
(A) A Vossa Excelência, como Membro deste Tribunal, será encaminhado o
processo em que devereis anexar vosso Parecer.
(B) Esperamos que V. Sa, aceiteis o convite que ora lhe fazemos, e que nos
honrará com vossa presença nesse evento.
(C) V. Excia., Senhor Conselheiro deste Tribunal, deverá emitir a orientação a
ser seguida por sua equipe de auxiliares.
(D) Solicitamos a vós todos, nobres senhores Deputados, que vos unis a nós
em defesa dos direitos estabelecidos pela Constituição.
(E) É para vós, Vossa Senhoria, que dirigimos nossa solicitação, no sentido
de nossa equipe ser recebida em vosso escritório.
Comentário: Os verbos e pronomes que se referem ao pronome de
tratamento devem se flexionar na terceira pessoa do singular.
A alternativa (C), quanto ao emprego do pronome de tratamento, está
correta; apesar de a abreviatura “V. Excia” não ser a prevista no Manual de
Redação da Presidência da República, nem nas gramáticas tradicionais. A
abreviatura prevista é “V. Exa.”. Mas como aquela abreviatura é admitida em
algumas gramáticas e a questão se referiu ao emprego do pronome, esta
alternativa ainda pode ser considerada a correta.
Assim, estão corrigidas em negrito as demais alternativas. Veja:
(A) A Vossa Excelência, como Membro deste Tribunal, será encaminhado o
processo em que deverá anexar seu Parecer.

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(B) Esperamos que V. Sa., aceite o convite que ora lhe fazemos, e que nos
honrará com sua presença nesse evento.
(C) V. Exa., Senhor Conselheiro deste Tribunal, deverá emitir a orientação a
ser seguida por sua equipe de auxiliares.
(D) Solicitamos a Vossas Excelências, nobres senhores Deputados, que se
unam a nós em defesa dos direitos estabelecidos pela Constituição.
(E) É para Vossa Senhoria que dirigimos nossa solicitação, no sentido de
nossa equipe ser recebida em seu escritório.
Gabarito: C

Questão 36: TRT MG - 2009 – Técnico (banca FCC)


Observando-se as formas verbais e as de tratamento, deve-se considerar
INCORRETA a seguinte frase:
(A) Queremos encarecer-lhe a importância de sua opinião sobre a forma
definitiva que a LRF deverá adotar.
(B) Solicitamos que Vossa Senhoria vos manifesteis sobre o texto da LRF,
que logo entrará em votação.
(C) Peça a Sua Senhoria que divulgue até amanhã seu parecer sobre o texto
da LRF.
(D) Meu caro deputado, vimos pedir-te que te pronuncies sem demora sobre
a redação da LRF.
(E) Lê com atenção a LRF, por favor, e dize-nos se estás de acordo com
todos os seus dispositivos.
Comentário: Questão tranquila, não é?
A alternativa (B) é a errada e bastava você ter se lembrado de que
verbo e pronome que se referem ao pronome de tratamento devem se
flexionar na terceira pessoa. Veja:
Solicitamos que Vossa Senhoria se manifeste sobre o texto da LRF, que logo
entrará em votação.
As demais alternativas possuem as formas verbais devidamente
flexionadas de acordo com os pronomes de tratamento.
A alternativa (A) está correta, porque o verbo “encarecer” está sendo
empregado como transitivo direto e indireto. O objeto direto é “a importância
de sua opinião” e o objeto indireto é “lhe”.
A alternativa (C) está correta, pois o verbo “divulgue” e o pronome
“seu” estão flexionados na terceira pessoa do singular, por fazerem referência
ao pronome de tratamento “Sua Senhoria”. Note que se está falando da
autoridade. Assim, usa-se o pronome “Sua Senhoria”, e não “Vossa
Senhoria”.
A alternativa (D) está correta, pois não foi expresso pronome de
tratamento, o vocativo “Meu caro deputado” induziu à utilização do pronome
oblíquo átono “te”. Assim, percebemos que os verbos e pronomes que se
referem a este mesmo termo devem se flexionar na segunda pessoa do
singular.

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O pronome “te” é o objeto indireto do verbo transitivo direto e indireto


“pedir” (pedir algo a alguém). Assim, a oração “que te pronuncies sem
demora sobre a redação da LRF” é subordinada substantiva objetiva direta.
Dentro dessa oração, o verbo “pronuncies” está flexionado na segunda
pessoa do singular, juntamente com o pronome reflexivo “te” (eu me
pronuncio, tu te pronuncias, ele se pronuncia, nós nos pronunciamos, vós vos
pronunciais, eles se pronunciam).
Você poderia ter pensado o seguinte, mas a questão pediu pronome de
tratamento e nesta alternativa não tem. Ela não deveria estar errada?
Não, pois no pedido da questão, foi inserida também a observação das
formas verbais e, nesta alternativa, há flexão correta de verbo.
Você também poderia ter ficado na dúvida, porque o “te” ficou repetido
e bem próximo um do outro. Isso não seria um problema numa
correspondência oficial? Sim, poderia ser, mas a questão pediu
especificamente as formas verbais e as de tratamento. Assim, não podemos
ver isso como desvio desta alternativa.
Para finalizar, se você achou que o verbo “vimos” está errado, pensando
que o correto seria “viemos”; seu pensamento está errado, pois o verbo
“vimos” está flexionado no presente do indicativo, de acordo com o contexto.
Veja: eu venho, tu vens, ele vem, nós vimos, vós vindes, eles vêm.
A alternativa (E) está correta, pois também não há formas de
tratamento, mas os verbos estão corretamente flexionados e se referem à
segunda pessoa do singular.
O verbo “Lê” e “Dize” estão flexionados na segunda pessoa do singular
do imperativo afirmativo; solicitando algo ao interlocutor (com quem se fala).
Além disso, o verbo “estás” também se refere ao mesmo interlocutor, o qual
deve afirmar se ele está de acordo com os dispositivos da LRF.
Note o uso do pronome possessivo “seu”. Ele está correto. Ele não está
se referindo ao interlocutor (com quem se fala). Ele está se referindo aos
dispositivos da LRF (seus dispositivos: os da LRF). Por isso, está flexionado na
terceira pessoa do plural.
Lê com atenção a LRF, por favor, e dize-nos se estás de acordo com
todos os seus dispositivos.
Gabarito: B

Questão 37: MPU 2007 Analista (banca FCC)


A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto é:
(A) Vossa Senhoria, senhor Ministro, poderíeis me receber amanhã em
audiência, para que lhe entregue pessoalmente meu projeto?
(B) Ele é ambidestro, sabe até desenhar com ambas mãos, mas jamais quiz
colocar sua habilidade em evidência.
(C) Queria sair com nós três, não sei bem por quê; talvez haja assuntos

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sobre os quais ela queira nos colocar a par.


(D) Essas pinturas são consideradas as maiores obras de-artes do período,
mas nada tem haver com a temática que você quer estudar.
(E) Ela vivia dizendo “Eu mesmo desenho meu futuro”, mas essa era uma
forma dela ocultar sua relação mau resolvida com os pais.
Comentário: Esta questão combinou ortografia, pronome, flexão nominal etc.
Vejamos a correção.
A alternativa (A) está errada, porque o pronome de tratamento
adequado para Ministro é Vossa Excelência, e o verbo deve se flexionar na
terceira pessoa do singular.
Vossa Excelência, senhor Ministro, poderia me receber amanhã em
audiência, para que lhe entregue pessoalmente meu projeto?
A alternativa (B) está errada, pois o numeral “ambos” exige artigo
posposto (ambas as mãos) e o verbo querer, no pretérito perfeito do
indicativo, é grafado com “s” (quis).
Ele é ambidestro, sabe até desenhar com ambas as mãos, mas jamais quis
colocar sua habilidade em evidência.
A alternativa (C) está correta, pois o pronome oblíquo tônico “nós” pode
ser antecipado pela preposição “com”, quando for seguido de numerais, como
“três”, “ambos”; pronome “todos” etc. (com nós três, com nós ambos, com
nós todos). A expressão “por quê” está corretamente grafada (separada e com
acento) porque é a última do enunciado.
Queria sair com nós três, não sei bem por quê; talvez haja assuntos sobre os
quais ela queira nos colocar a par.
A alternativa (D) está errada, pois a expressão “obras-de-artes”, à
época da prova tinha dois hifens, mas na questão há apenas um. Com a
reforma ortográfica, esse vocábulo perdeu os hifens. A expressão “nada tem
haver com” está escrita errada, pois não há verbo “haver”, mas o verbo “ver”
antecipado da preposição “a” (nada tem a ver).
Essas pinturas são consideradas as maiores obras-de-artes do período, mas
nada tem a ver com a temática que você quer estudar.
A alternativa (E) está errada, pois “mesmo” deve se flexionar no
feminino (“mesma”), por se referir ao pronome “Ela”. O pronome “dela” deve
perder a contração, por ser o sujeito do verbo “ocultar” (era uma forma de
ela ocultar). O adjetivo “resolvida” deve ser modificado pelo advérbio “mal” (e
não “mau”). Note que ele é o oposto de “bem”
Ela vivia dizendo “Eu mesma desenho meu futuro”, mas essa era uma forma
de ela ocultar sua relação mal resolvida com os pais.
Gabarito: C

Questão 38: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC)


Uma carta de protesto contra a declaração infeliz de um secretário de Estado
pode iniciar-se corretamente com a seguinte frase:

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(A) Vimos à presença de Vossa Excelência para que se digne a retificar sua
infeliz declaração acerca dos episódios de Guantánamo.
(B) Viemos a presença de Vossa Senhoria para solicitar que ratifiqueis vossa
infeliz declaração sobre o ocorrido em Guantánamo.
(C) Vimos solicitar a Sua Magnificência que vos digneis a retificar seu
pronunciamento sobre o ocorrido em Guantánamo.
(D) Viemos empenhar a Sua Excelência nossos protestos por vossa
declaração acerca das ocorrências em Guantánamo.
(E) Vimos apresentar-vos, ilustríssimo secretário, nossos protestos pelo
pronunciamento que concedestes acerca dos fatos de Guantánamo.
Comentário: Como sabemos que verbo e pronome que se referem a um
pronome de tratamento devem se flexionar na terceira pessoa, percebemos
que a alternativa correta é a (A).
Além disso, note que o verbo “Vimos” está corretamente flexionado na
primeira pessoa do plural do presente do indicativo.
Ademais, “secretário de Estado” tem tratamento de “Vossa Excelência”.
Veja:
“Vimos à presença de Vossa Excelência para que se digne a retificar sua infeliz
declaração acerca dos episódios de Guantánamo.”
Gabarito: A

Grande abraço!!!
Professor Terror

Questão 1: Prefeit. São Paulo 2006 - Agente Fiscal de Rendas (banca FCC)
A frase que respeita o padrão culto no que se refere à flexão é:
(A) Em troca-trocas acalorados de idéias, poucos se atêem às questões mais
relevantes da temática.
(B) Quando aquele grupo de pesquisadores reaver a credibilidade
comprometida nos últimos revés, certamente apresentará com mais
tranqüilidade sua contribuição.
(C) No caso de proporem um diálogo sem pseudodilemas teóricos, o
professor visitante diz que medeia as sessões.
(D) Chegam a constituir-se como clãs os grupos que defendem opiniões
divergentes, como as que interviram no último debate público.
(E) Ele era o mais importante testemunha do acalorado embate entre
opiniões contrárias, de que adviram os textos de difusão que produziu.

Questão 2: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)


A forma correta de plural dos substantivos compostos mico-leão-dourado e
ararinha-azul é

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(A) micos-leão-dourados e ararinhas-azul.


(B) micos-leão-dourado e ararinha-azuis.
(C) mico-leões-dourados e ararinha-azuis.
(D) mico-leão-dourados e ararinhas-azul.
(E) micos-leões-dourados e ararinhas-azuis.

Questão 3: TRT 24 R 2006 Técnico (banca FCC)


Talvez um implante possa resgatar a saúde de anciãos devastados pelo mal
de Alzheimer...
De acordo com a norma culta, a palavra grifada acima pode fazer o plural,
também corretamente, como anciões e anciães. A palavra que sofre a mesma
variação está grifada na frase:
(A) O cinema trata muitas vezes o comportamento do vilão como resultante
de alterações no funcionamento do cérebro.
(B) O aumento da violência nos núcleos urbanos leva os pesquisadores à
busca da razão da agressividade humana.
(C) No futuro as empresas poderão exigir de um cidadão exames que
comprovem sua capacidade para o trabalho.
(D) O caráter ético deve ser o coração das pesquisas destinadas a comprovar
a origem de comportamentos anti-sociais.
(E) Pesquisas que buscam explicar o comportamento de delinqüentes podem
indicar a solução para esse problema.

Questão 4: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Não obstante a falta de rigor e o propósito de
confundir os adversários, com a habilidade de raciocínio que os notabilizou, os
Sofistas tiveram o indiscutível mérito de introduzir, no estudo da sociedade e
da cultura, o ponto de vista reflexivo-crítico que caracteriza a filosofia.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Na linha 4, se, em lugar de “o ponto de vista”, se tratasse de distintos pontos,
a formulação "os distintos pontos de vista reflexivos-críticos" estaria em
concordância com as normas gramaticais.

Questão 5: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.
Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-
americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua
própria tradição cultural.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Se o autor fizesse referência a "povos", em vez de à "cultura" latino-
americana, a correção exigiria que ambos os termos do gentílico estivessem
no masculino e no plural.

Questão 6: Prefeitura São Luiz 2015 Auditor Controle Interno (banca FCC)
1 Pretende-se discutir aqui alguns aspectos da obra de Gilberto Freyre
focalizando seu livro de estreia, Casa-grande & senzala, cuja publicação
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em 1933 levanta questões até hoje importantes para o entendimento do


passado brasileiro.
5 Cabe observar, antes de prosseguir, que o debate intelectual sobre
os destinos do país estava, naquele momento, profundamente marcado
pelo tema da mestiçagem. Mas a mestiçagem, isto é, o contato sexual
entre grupos étnicos distintos, costumava ser apresentada como um
problema: ora implicava esterilidade − biológica e cultural −,
10 inviabilizando assim o desenvolvimento nacional, ora retardava o
completo domínio da raça branca, dificultando o acesso do Brasil aos
valores da civilização ocidental.
O enorme impacto produzido pelo surgimento da obra, que
aprofundava a contribuição pioneira de alguns outros autores como
15 Manuel Quirino, Lima Barreto e Manoel Bomfim, concorreu para alterar
essa avaliação, ao enfatizar não só o valor específico das influências
indígenas e africanas, como também a dignidade da híbrida e instável
articulação de tradições que teria caracterizado a colonização portuguesa.
Isso só foi possível, segundo o próprio Gilberto, pelo seu vínculo com a
20 antropologia americana e com a orientação relativista de Franz Boas − ele
obteve um título de mestre em Columbia, em 1922 − que lhe teria
permitido separar a noção de raça da de cultura e conferir a esta última
primazia na análise da vida social.
Associam-se corretamente um segmento do texto e o trecho que ele retoma,
precisamente demarcado, em:
(A) (linha 6) naquele momento / do passado brasileiro.
(B) (linha 13) que / impacto.
(C) (linha 16) essa avaliação / o acesso do Brasil aos valores da civilização
ocidental.
(D) (linha 18) que / a híbrida e instável articulação de tradições.
(E) (linha 19) Isso / a colonização portuguesa.

Questão 7: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


O segmento em que se encontra sublinhado um pronome está em:
(A) A impressão que eu tenho, a esta altura do campeonato − qual altura,
exatamente? − é que todo mundo tem a minha idade.
(B) Deve ser por isso que, sem perceber, parei de contar.
(C) o desejo de crescer é parte fundamental do software com que viemos ao
mundo.
(D) Agora é inegável que você ficou adulto.
(E) me dei conta de que eu não sabia a minha idade.

Questão 8: ManausPrev 2015 Analista Previdenciário (banca FCC)


No contexto, o segmento que restringe o sentido do termo imediatamente
anterior encontra-se em:
(A) A mítica floresta amazônica vai muito além de um museu geográfico de
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espécies ameaçadas e representa muito mais do que um simples depósito


de carbono.
(B) Funciona assim como um mar suspenso, que contém uma miríade de
células vivas, muito elaborado e adaptado.
(C) Com os recursos tecnológicos disponíveis, podemos agregar inteligência à
ocupação, otimizando um novo uso do solo, que abra espaço para a
reconstrução ecológica da floresta.
(D) Uma colônia extravagante de organismos que saíram do oceano há 400
milhões de anos e vieram para a terra.
(E) Uma lista curta desses princípios, arrolados pela escritora Janine Benyus,
constata que a natureza é propelida pela luz solar.

Questão 9: Metrô-SP 2014 Analista (banca FCC)


Estão plenamente adequados o emprego e a colocação dos pronomes na
frase:
(A) Ao falar sobre viagens de metrô e avião, lhes notou o autor certa
semelhança, o que o permitiu estabelecer algumas analogias entre as
mesmas.
(B) Ninguém sabe por que ele se vale tanto do celular, utilizando-lhe mesmo
em viagens rápidas de metrô.
(C) Olhando as nuvens pela janela do avião, vemo-las passar como se as
afugentassem as asas da aeronave.
(D) Uma viagem por dentro de nós − somente realizamo-na quando
dispostos a ficar sós conosco mesmos.
(E) A razão por que ela não dispõe-se à prática da interiorização é o receio de
que isso obrigue-lhe a enfrentar seus fantasmas.

Questão 10: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Fragmento do texto: Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão
de paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa
pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra na tarde
quente.
O pronome “eles” substitui a palavra
(A) tufos.
(B) bruços.
(C) quentes.
(D) paralelepípedos.
(E) braços.

Questão 11: CMSP 2014 Técnico Administrativo (banca FCC)


Fragmento do texto: Os publicitários descobriram que é possível fazer o
inconsciente do consumidor trabalhar a favor do lucro de seus clientes. O
inconsciente, como se sabe, não é ético ou antiético. O inconsciente é amoral.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos, que
na verdade não é tão individual quanto parece. O desejo é social. Desejamos
o que os outros desejam, ou o que nos convidam a desejar. Uma imagem

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publicitária eficaz deve apelar ao desejo inconsciente, ao mesmo tempo em


que se oferece como objeto de satisfação. Ela determina quais serão os
objetos imaginários de satisfação do desejo, e assim faz o inconsciente
trabalhar para o capital. Só que o sujeito do inconsciente nunca encontra toda
a satisfação prometida no produto que lhe é oferecido.
Ele funciona de acordo com a lógica da realização (imediata) dos desejos...
... no produto que lhe é oferecido.
Os elementos grifados acima referem-se, respectivamente, a:
(A) desejo − capital
(B) consumidor − consumidores em potencial
(C) inconsciente − sujeito do inconsciente
(D) objeto de satisfação − produto
(E) clientes − objetos imaginários

Questão 12: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos
preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles
investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os
seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Na linha 2, a forma “preocuparam-se” exemplifica a existência de verbo que
aceita um pronome oblíquo átono do mesmo número e pessoa do sujeito, o
chamado verbo pronominal.

Questão 13: ALEPE 2014 Analista Legislativo (banca FCC)


Fragmento do texto: No século VI a.C., os primeiros filósofos gregos
preocuparam-se em conhecer os elementos constitutivos das coisas. Eles
investigaram a Natureza, à busca de um princípio estável, comum a todos os
seres, que explicasse a sua origem e as suas transformações. Físicos, como
foram chamados por Aristóteles, esses primeiros filósofos, de Tales a
Anaxímenes, fundaram uma tradição de estudo da Natureza, seguida e
aprofundada, entre outros, por Heráclito, Pitágoras, Demócrito.
Julgue a afirmativa abaixo com C (CERTO) ou E (ERRADO)
Nas linhas 3 e 4, em “que explicasse a sua origem”, a palavra destacada
remete a “todos os seres”, não se admitindo a possibilidade de superposição
de elementos retomados pelo pronome.

Questão 14: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Sobre a dificuldade de ler
Gostaria de lhes falar não da leitura e dos riscos que ela comporta, mas
de um risco ainda maior, ou seja, da dificuldade ou da impossibilidade de ler;
gostaria de tentar lhes falar não da leitura, mas da ilegibilidade.
Cada um de vocês terá feito a experiência daqueles momentos nos quais
gostaríamos de ler, mas não conseguimos, nos quais nos obstinamos a folhear
as páginas de um livro, mas ele nos cai literalmente das mãos.
Gostaria de lhes sugerir que prestassem atenção aos seus momentos de

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não leitura, quando o livro do mundo cai das suas mãos, porque a
impossibilidade de ler lhes diz respeito tanto quanto a leitura e é, talvez, tanto
ou mais instrutiva do que esta.
O texto foi escrito originalmente para ser lido em uma palestra, durante uma
feira de editores, em Roma, no ano de 2012. Daí vem o tom de conversa, de
quem aborda os interlocutores diretamente, trazendo-os para o texto. Estes
ouvintes são referidos pelo autor quando utiliza os pronomes
(A) eu e o.
(B) ela e nos.
(C) lhes e vocês.
(D) daqueles e ele.
(E) me e sua.

Questão 15: SABESP 2014 Técnico em Gestão (banca FCC)


Os jargões são alvo constante da crítica não só por abrigarem muitas
expressões de outras línguas, o que lhes confere um ar postiço e hermético,
como por seu viés pretensioso.
A crítica a esse tipo de linguagem tem fundamento na preocupação com
a “pureza” do idioma e com a perda de identidade cultural, opinião que, para
outros, revela traços de xenofobia.
Essa é uma discussão que não deve chegar ao fim tão cedo, mas é fato
que os jargões têm claras funções simbólicas: por um lado, visam a incentivar
o “espírito de corpo”, o que deve justificar o empenho das empresas em
cultivá-los (até para camuflar as relações entre patrão e empregado), e, por
outro, promovem a inclusão de uns e a exclusão de outros, além, é claro, de
impressionar os neófitos.
Atente para o que se afirma abaixo:
I. impressionar os neófitos.
Substituindo-se o segmento grifado acima por um pronome, o resultado
correto será: "impressioná-los".
II. o que deve justificar o empenho das empresas em cultivá-los...
O pronome “los” refere-se a "jargões".
III. o que lhes confere um ar postiço e hermético...
O pronome “lhes” refere-se a "expressões".
Está correto o que se afirma APENAS em
(A) II e III.
(B) I e III.
(C) II.
(D) III.
(E) I e II.

Questão 16: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC)


Ao escolher as palavras, um escritor responsável investiga o sentido das

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palavras, busca as palavras num bom dicionário, pondera as eventuais


ambiguidades das palavras, confere às palavras a mesma importância que se
dá a um gesto essencial.
Evitam-se as viciosas repetições da frase acima substituindo-se os elementos
sublinhados, na ordem dada, por:
(A) investiga-as o sentido - busca-as - pondera-lhes as eventuais
ambiguidades - confere-as
(B) investiga-lhes o sentido - busca-lhes - pondera-as eventuais
ambiguidades - confere-lhes
(C) lhes investiga seu sentido - busca-as - lhes pondera as eventuais
ambiguidades - confere-as
(D) as investiga o sentido - busca-lhes - pondera suas eventuais
ambiguidades - lhes confere
(E) investiga seu sentido - busca-as - pondera suas eventuais ambiguidades -
confere-lhes

Questão 17: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Mesmo assim, muitos duvidam que essa falência seja
real. Essas pessoas costumam achar que aconteceu algum acidente e que
agora o dever é restaurar a ordem antiga, apelar ao antigo conhecimento do
certo e do errado, mobilizar os velhos instintos de ordem e segurança.
Rotulam quem fala e pensa de outra maneira de "profeta da catástrofe", cuja
sombra ameaça toldar o sol que se levanta sobre o bem e o mal por toda a
eternidade.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Em aconteceu algum acidente (linha 2), o pronome tem valor idêntico ao que
tem na frase "Com essa dedicação, tem obtido algum elogio da crítica
especializada".

Questão 18: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: O cerne da questão é que os "profetas da catástrofe",
os pessimistas históricos do final do século XIX e começo do século XX, de
Burckhardt a Splengler, foram ultrapassados pela concretude de catástrofes
de dimensões e horrores jamais previstos. No entanto, alguns
desdobramentos poderiam ser e foram previstos. Embora pouco se tenham
feito ouvir no século XIX, essas previsões se encontram no século XVIII, e
foram negligenciadas porque nada poderia justificá-las.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Em alguns desdobramentos (linhas 4 e 5), o pronome foi usado para indicar,
de modo indeterminado, indivíduos da espécie referida pelo substantivo.

Questão 19: SEPLAG-MG 2012 Professor (banca FCC)


Considere o que está sendo afirmado com base em cada um dos segmentos
abaixo. Está correto o que consta em:
(A) Por que chamamos de zebra a uma pessoa estúpida, que não tem as
qualidades da zebra? Esta sabe muito bem defender-se dos perigos pela
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vista, pelo olfato e pela velocidade, sem esquecer a graça mimética de


suas listas, úteis para a dissimulação entre folhas.
O emprego do pronome demonstrativo Esta, em substituição à palavra
zebra, garante a continuidade lógica e coerente do desenvolvimento.
(B) Gosto muito de La Fontaine, não nego; a graça de seus versos vende as
fábulas, que são entretanto uma injúria revoltante à natureza dos
animais, acusados de todos os defeitos humanos.
O emprego do pronome possessivo seus com o substantivo versos, no
plural, cria ambiguidade no contexto, marcada ainda pela forma verbal
vende, no singular.
(C) O moralista procura corrigir falhas características de nossa espécie,
atribuindo-as a bichos que, não sabendo ler, escrever ou falar as línguas
literárias, não têm como defender-se, repelindo falsas imputações.
O pronome relativo que tem por referente, no contexto, o substantivo
moralista.
(D) O peru, o burro, a toupeira, a cobra, o ouriço e toda a multidão de seres
supostamente irracionais, mas acusados de todos os vícios da razão
humana, teriam muito que retrucar, se lhes fosse concedida a palavra
num sistema verdadeiramente representativo, ainda por ser inventado.
No lugar do pronome pessoal oblíquo lhes poderia ter sido empregada a
forma os, porque substitui a expressão todos os vícios da razão
humana.

Questão 20: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Acredito que os interessados se mostram aptos à
função para a qual estão se candidatando quando agem com ponderação
diante de cada desafio, ou seja, reflete-se sobre o caso proposto e procura-se
avaliar de forma imparcial os possíveis aspectos divergentes que nele estejam
em jogo. Esse bom-senso lhes permitirá antecipar consequências futuras.
Quando expressam sua opinião, que o faça com decoro e cuidado, para
garantir sua real intenção.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
O emprego de Esse é equivocado, pois o pronome não pode retomar palavra
(bom-senso) que não tenha sido mencionada explicitamente antes.

Questão 21: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Nesses 171 anos, o Brasil passou do Primeiro para o
Segundo Reinado, da Monarquia para a República Velha, desta para o Estado
Novo, deste para a democracia, desta para a ditadura militar, e desta para
uma nova fase de democratização. Passamos do regime servil para o trabalho
livre − ou quase.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Se da Monarquia fosse substituído por desta, forma que se tem em outros
trechos da sequência, o paralelismo no que se refere à forma de governo não

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seria prejudicado.

Questão 22: TRT 4ª R 2011 Analista Judiciário (banca FCC)


Fragmento do texto: Esta é uma história da Bossa Nova e dos rapazes e
moças que a fizeram, quando eles tinham entre quinze e trinta anos. É
também um livro que se pretende o mais factual e objetivo possível. Evidente
que, tendo sido escrito por alguém que vem ouvindo Bossa Nova desde que
ela ganhou este nome (e que nunca se conformou quando o Brasil começou a
trocá-la por exotismos), uma certa dose de paixão acabou se intrometendo na
receita − sem interferir, espero, pró ou contra, na descrição da trajetória de
qualquer personagem.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
Esta (linha 1) e a (linha 2) são pronomes que se antecipam ao elemento a que
cada um deles se refere.

Questão 23: ISS-SP 2012 Auditor-Fiscal Tributário Municipal (banca FCC)


Fragmento do texto: Só uma coisa não mudou: o nacionalismo cultural.
Continuamos repetindo, ritualmente, que a cultura brasileira (ou latino-
americana) deve desfazer-se dos modelos importados e voltar-se para sua
própria tradição cultural.
Julgue a afirmativa com (C) para CERTO e (E) para ERRADO
A palavra Só está empregada com o mesmo valor do notado na frase "É ela só
que arranja as flores nas cerimônias", isto é, como reforço demonstrativo do
pronome, equivalendo a "mesmo", "próprio".

Questão 24: TRT 16 R - 2009 – Analista (banca FCC)


A correspondência oficial não dispensa nem os protocolos de rigor que
lhe são próprios, nem a máxima objetividade no tratamento do assunto em
tela. Não cabendo o coloquialismo do tratamento na pessoa você, é preciso
conhecer o emprego mais cerimonioso de Vossa Senhoria e Vossa Excelência,
por exemplo, para os casos em que essas ou outras formas mais respeitosas
se impõem.
(Diógenes Moreyra, inédito)
Quanto ao emprego das formas de tratamento, está correta a seguinte
construção:
(A) Se preferires, adiaremos o simpósio para que não nos privemos de sua
coordenação, Excelência, bem como das sugestões que certamente tereis
a nos oferecer.
(B) Sempre contaremos com os préstimos com que Vossa Senhoria nos tem
honrado, razão pela qual, antecipadamente, deixamos-lhe aqui nosso
profundo reconhecimento.
(C) Vimos comunicar a Vossa Excelência que já se encontra à vossa
disposição o relatório que nos incumbiste de providenciar há cerca de uma
semana.
(D) Diga a Vossa Senhoria que estamos à espera de suas providências, das
quais não nos cabe tratar com seu adjunto – grande, embora, seja a
consideração, meu caro senhor, que lhe dispensamos.

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(E) Esperamos que Vossa Senhoria sejais capaz de atender aos nossos
reclamos, ao nosso ver justos e precisados de toda a vossa atenção.

Questão 25: TRF 1R 2001 Analista (banca FCC)


A única frase corretamente construída é:
(A) Espero que Vossa Excelência aprecieis o novo código.
(B) Se o senhor preferir, aguardarei que termines a leitura integral do código.
(C) Se passares os olhos pela nova redação, poderá ver que são pequenas as
alterações.
(D) Conserva contigo esse exemplar do novo código; não vá perdê-lo, por
favor.
(E) Se Vossa Senhoria não fizer objeção, levo-lhe ainda hoje a nova redação
do código.

Questão 26: TRT 12R 2010 Técnico (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto em:
(A) Senhor João das Neves, respeitável representante da Sociedade Amigos e
Amigos, queremos cumprimentar-vos pela gestão que V. Exa. tão bem
tem conduzido neste último ano.
(B) Estamos à disposição de V. Exa. para dar continuidade aos trabalhos que
vós encetaram neste setor, e esperamos fazê-lo tão bem quanto vós
mesmos o fizestes.
(C) É notório que V. Sa. deveis estar sabendo dos progressos conseguidos por
estas pessoas, e por isso vimos solicitar-vos vossa atenção para uma
situação surgida recentemente.
(D) Pedimos encarecidamente a Vossa Senhoria que não abandoneis a
organização de nossos programas culturais, em nome daqueles que
dependem de vosso conhecimento nessa área.
(E) A Vossa Excelência, nossa prestigiada Embaixadora, dirigimos os votos de
que possa cumprir com êxito sua missão diplomática em região tão
conturbada por conflitos entre nações vizinhas.

Questão 27: TRT 12R 2010 Analista (banca FCC)


A frase em que se apresenta adequado e uniforme o tratamento pessoal e
verbal é:
(A) Vimos, por este intermédio, solicitar a Vossa Senhoria que vos digneis a
acolher e enviar ao Juiz da 4ª Vara os autos do processo em tela.
(B) Viemos, por este intermédio, solicitar que Vossa Excelência se digneis a
acolher o parecer do processo em tela e enviá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
(C) Vimos, por este instrumento, solicitar-vos que acolhais o parecer que
dispomos sobre o processo, e encaminhá-lo ao Juiz da 4ª Vara.
(D) Vêm aqui, por este recurso, solicitar-vos os interessados que Vossa
Excelência remetais o parecer do processo em tela ao Juiz da 4ª Vara.
(E) Vimos, por este dispositivo, solicitar que Vossa Senhoria acolha e
encaminhe ao Juiz da 4ª Vara os autos do referido processo.

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Questão 28: TRT 2R 2008 técnico (banca FCC)


Considere o final de uma reivindicação dos moradores de um bairro, dirigida
ao Prefeito da cidade:
Esperamos que ......, Senhor Prefeito, ...... verificar as condições por
nós apontadas, e que sejam tomadas as medidas necessárias no sentido de
solucionar tais problemas.
A ...... dispor, atentos às providências,
Os moradores

As lacunas estarão corretamente preenchidas, respectivamente, por:


(A) V.Sa. - mandeis - vosso (B) V.Exa. - mande - seu
(C) V.Exa. - mandeis - seu (D) V.Sa. - mande - vosso
(E) V.Exa. - mande - vosso

Questão 29: TRT 23ªR 2007 Técnico (banca FCC)


Fragmento do texto: O desejo de mostrar-se em sintonia com o novo ainda
funciona como uma necessidade de demonstrar algum tipo de poder. "Após
seis séculos, a moda continua servindo de recurso para ostentar riqueza. É a
maneira que o ser humano encontrou de manifestar, por meio das roupas e
acessórios, que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza",
afirma a historiadora Kathia Castilho, professora de Moda.
... que pertence a uma classe social que o diferencia e individualiza...
O pronome grifado acima substitui corretamente, no contexto,
(A) o novo. (B) o desejo. (C) o ser humano.
(D) algum tipo de poder. (E) recurso para ostentar riqueza.

Questão 30: TRT 24ªR 2006 Técnico (banca FCC)


Para responder às duas próximas questões, considere o fragmento, transcrito
abaixo, como parte de um convite enviado a uma Autoridade.
Enviamos ...... o convite para a cerimônia de inauguração do nosso
Espaço Cultural, no próximo sábado.
Esperamos contar com a ...... presença nesse evento, tão importante
para nossa cidade.
A ......., Senhor Leonardo Pataca
Se o convite estiver sendo enviado ao Presidente do Tribunal Superior do
Trabalho, as lacunas estarão corretamente preenchidas por
(A) a V. Exa. - sua - Sua Excelência (B) a V. Exa. - vossa - Sua Excelência
(C) a V. Exa. - sua - Vossa Excelência (D) a vós - sua - Sua Senhoria
(E) a vós - vossa - Vossa Senhoria

Questão 31: TRF 4ªR 2001 Analista (banca FCC)


Curitiba, 12 de novembro de 2000.

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Senhor Deputado:
Vimos comunicar-lhe que é do inteiro interesse desta comunidade a
aprovação do projeto que em tão boa hora V. Exa apresentaste à nossa
Assembleia Legislativa. Seguem-se dez mil assinaturas em apoio ao referido
projeto, com nossas esperanças de que ele obtenha imediata aprovação.
Aceite os protestos de nossa elevada estima e consideração.
Associações de Pais e Mestres de Curitiba
É preciso corrigir a carta acima, substituindo-se
(A) a forma de tratamento: V. Exa não se aplica a um deputado.
(B) a forma verbal "apresentaste" por "apresentastes".
(C) a forma verbal "vimos" por "viemos".
(D) "protestos" por "votos", já que se trata de uma manifestação de apoio.
(E) a forma verbal "apresentaste" por "apresentou".

Questão 32: DPE SP 2010 Superior (banca FCC)


A frase inteiramente correta é:
(A) Vossa Excelência, Senhor Embaixador, está sendo aguardado no salão
nobre, para a cerimônia de apresentação das credenciais.
(B) Vossa Senhoria bem sabeis, Senhor Diretor, que vós devereis determinar
a ordem em que se apresentarão os conferencistas.
(C) Excelentíssimo Senhor Prefeito, vossas determinações estão sendo
repassadas a seus funcionários, encarregados da execução dos serviços.
(D) Dirigimo-nos a Vossa Senhoria, Senhor Governador, para expor as
dificuldades que impedem a resolução dos problemas apontados no
relatório que lhe entregamos.
(E) Se Vossa Senhoria quiserdes, estaremos ao vosso dispor para realizarmos
a programação do evento.

Questão 33: TRT 6ªR 2006 Técnico (banca FCC)


Considere o trecho de uma correspondência em que um jornalista se dirige a
um escritor de renome, para solicitar uma entrevista:

Desejo entrevistar ...... e, portanto, solicito que me...... duas horas em


dia a ser agendado previamente.
Agradecendo- ...... antecipadamente,

João das Tintas


Jornalista
As lacunas encontram-se corretamente preenchidas, respectivamente, por
(A) V. Exa. - reserveis - vos (B) S. Exa. - reserve - vos
(C) S. Sa. - reserveis - lhe (D) V. Sa. - reserveis - vos
(E) V. Sa. - reserve - lhe

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Questão 34: TRT 18ªR 2008 Analista (banca FCC)


É importante que você possa contar com minha amizade; confie nela, que eu
não o decepcionarei.
A frase acima permanecerá correta no caso de substituirmos os elementos
sublinhados, respectivamente, por:
(A) tu possas - confies - te
(B) Vossa Excelência podeis - confiei - vos
(C) tu possas - confia - te
(D) vós possais - confiem - vos
(E) Sua Senhoria podeis - confiai - vos

Questão 35: TRT 24ªR 2011 Analista (banca FCC)


O emprego dos pronomes de tratamento está inteiramente correto na frase:
(A) A Vossa Excelência, como Membro deste Tribunal, será encaminhado o
processo em que devereis anexar vosso Parecer.
(B) Esperamos que V. Sa, aceiteis o convite que ora lhe fazemos, e que nos
honrará com vossa presença nesse evento.
(C) V. Excia., Senhor Conselheiro deste Tribunal, deverá emitir a orientação a
ser seguida por sua equipe de auxiliares.
(D) Solicitamos a vós todos, nobres senhores Deputados, que vos unis a nós
em defesa dos direitos estabelecidos pela Constituição.
(E) É para vós, Vossa Senhoria, que dirigimos nossa solicitação, no sentido
de nossa equipe ser recebida em vosso escritório.

Questão 36: TRT MG - 2009 – Técnico (banca FCC)


Observando-se as formas verbais e as de tratamento, deve-se considerar
INCORRETA a seguinte frase:
(A) Queremos encarecer-lhe a importância de sua opinião sobre a forma
definitiva que a LRF deverá adotar.
(B) Solicitamos que Vossa Senhoria vos manifesteis sobre o texto da LRF,
que logo entrará em votação.
(C) Peça a Sua Senhoria que divulgue até amanhã seu parecer sobre o texto
da LRF.
(D) Meu caro deputado, vimos pedir-te que te pronuncies sem demora sobre
a redação da LRF.
(E) Lê com atenção a LRF, por favor, e dize-nos se estás de acordo com
todos os seus dispositivos.

Questão 37: MPU 2007 Analista (banca FCC)


A frase que está totalmente de acordo com o padrão culto é:
(A) Vossa Senhoria, senhor Ministro, poderíeis me receber amanhã em
audiência, para que lhe entregue pessoalmente meu projeto?
(B) Ele é ambidestro, sabe até desenhar com ambas mãos, mas jamais quiz
colocar sua habilidade em evidência.
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(C) Queria sair com nós três, não sei bem por quê; talvez haja assuntos
sobre os quais ela queira nos colocar a par.
(D) Essas pinturas são consideradas as maiores obras de-artes do período,
mas nada tem haver com a temática que você quer estudar.
(E) Ela vivia dizendo “Eu mesmo desenho meu futuro”, mas essa era uma
forma dela ocultar sua relação mau resolvida com os pais.

Questão 38: TJ PE 2012 Of Justiça (banca FCC)


Uma carta de protesto contra a declaração infeliz de um secretário de Estado
pode iniciar-se corretamente com a seguinte frase:
(A) Vimos à presença de Vossa Excelência para que se digne a retificar sua
infeliz declaração acerca dos episódios de Guantánamo.
(B) Viemos a presença de Vossa Senhoria para solicitar que ratifiqueis vossa
infeliz declaração sobre o ocorrido em Guantánamo.
(C) Vimos solicitar a Sua Magnificência que vos digneis a retificar seu
pronunciamento sobre o ocorrido em Guantánamo.
(D) Viemos empenhar a Sua Excelência nossos protestos por vossa
declaração acerca das ocorrências em Guantánamo.
(E) Vimos apresentar-vos, ilustríssimo secretário, nossos protestos pelo
pronunciamento que concedestes acerca dos fatos de Guantánamo.

1. C 2. E 3. A 4. E 5. E 6. D 7. C 8. D 9. C 10. E
11. C 12. C 13. E 14. C 15. E 16. E 17. E 18. C 19. A 20. E
21. E 22. E 23. E 24. B 25. E 26. E 27. E 28. B 29. C 30. A
31. E 32. A 33. E 34. C 35. C 36. B 37. C 38. A

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