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Novembro – 2002
Volume 1 – N°1
ISSN 1677-812X
CGC 00.038.166/0001-05
Publicação semestral do Banco Central do Brasil (Bacen), em conformidade com o Voto BCB 396/2002, de 25.9.2002.
Os textos e os correspondentes quadros estatísticos e gráficos são de responsabilidade dos seguintes componentes:
É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Relatório de Estabilidade Financeira, Volume 1, nº 1.
Convenções Estatísticas
... dados desconhecidos.
- dados nulos ou indicação de que a rubrica assinalada é inexistente.
0 ou 0,0 menor que a metade do último algarismo, à direita, assinalado.
* dados preliminares.
O hífen (-) entre anos (1970-75) indica o total de anos, inclusive o primeiro e o último.
A barra (/) utilizada entre anos (1970/75) indica a média anual dos anos assinalados, inclusive o primeiro e o último, ou ainda, se especificado
no texto, ano-safra, ou ano-convênio.
Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos.
Não são citadas as fontes dos quadros e gráficos de autoria exclusiva do Banco Central do Brasil.
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Índice
Apresentação .............................................................................................................. 7
Sumário Executivo ................................................................................................... 9
3
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
4
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Apêndice .................................................................................................................175
5
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Apresentação
7
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
8
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Sumário executivo
9
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Fluxo líquido de capital para países em desenvolvimento Quanto às projeções do movimento internacional
US$ bilhões
de capitais para países em desenvolvimento, as
Discriminação 2000 2001 2002* 2003*
mesmas foram substancialmente refeitas para
Fluxo líquido de capital total 26,7 46,4 66,0 71,9
América Latina 45,1 43,9 26,1 41,1 refletirem a deterioração do ambiente econômico
Capital oficial total 10,7 38,0 37,4 34,0 mundial. De acordo com as duas últimas edições
América Latina -3,5 21,1 15,8 14,6
do World Economic Outlook (WEO), do FMI,
Capital privado total 16,1 8,3 28,6 37,9
América Latina 48,6 22,8 10,3 26,5 de abril e setembro de 2002, os fluxos de capitais
Investimento direto líquido 129,9 147,3 115,5 121,8 totais líquidos para esses países devem ser
América Latina 64,7 66,9 40,4 45,6
Investimento de portfólio líquido -17,9 -51,2 -12,8 -9,4
menores que os esperados, tanto neste ano quanto
América Latina 4,7 -2,2 1,0 7,6 no próximo. Para 2002, a projeção foi revista de
Outros capitais privados -96,0 -87,5 -74,1 -74,5
US$83,9 bilhões para US$66 bilhões e, para o
América Latina -20,8 -41,9 -31,1 -26,7
ano seguinte, de US$85,2 bilhões para US$71,9
Fonte: FMI (World Economic Outlook - September 2002)
bilhões. No caso da América Latina e Caribe, as
* Projeção.
cifras revistas passaram de US$49,5 bilhões para
US$26,1 bilhões e de US$47,6 bilhões para US$41,1 bilhões em
2002 e 2003, respectivamente.
1/ BIS Consolidated Banking Statistics for the Second Quarter of 2002, divulgado em 23 de outubro.
Ver: http://www.bis.org/statistics/index.htm.
13
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
14
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
15
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Bolsas de valores - EUA Dow Jones, Standard and Poor’s (S&P) 500 e
4.1.2002=100
110 National Association of Securities Dealers
Automated Quotations (Nasdaq) apresentaram
100
perdas entre 26% e 43% no ano, até o final de
90
setembro, com o Dow Jones fechando o mês
80 abaixo de 8 mil pontos e o Nasdaq, a 1.172
70
pontos. Em relação aos maiores valores da série
histórica, observados no início de 2000, a redução
60
da valorização das empresas abertas, medida
50 pelos principais índices, atingiu 35,2% se
8.1 1.3 23.4 19.6 7.8 30.9
2002
Dow Jones S&P 500 Nasdaq
considerado o índice Dow Jones, 46,6% para o
Fonte: Bloomberg S&P 500 e 76,8% para o Nasdaq.
17
Nos mercados acionários europeus e japonês, o
16
comportamento dos índices de ações tem sido
15
similar ao dos Estados Unidos. A bolsa de Londres,
índice Financial Times Securities Exchange Index
14
(FTSE 100), registrou redução de 30,1% neste ano
13
enquanto o índice Deutscher Aktienindex (DAX),
12
11,31
da bolsa de Frankfurt, declinou 47,9%. O índice
11
Jan Mai Set Jan Mai Set Jan Mai Set Jan Mai Set Nikkei, de Tóquio, também apresentou evolução
1999 2000 2001 2002
Fonte: Bloomberg
desfavorável, registrando perda de 13,7% no ano,
16
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Bolsas de valores - Europa e Japão até fim de setembro. Esses três indicadores
4.1.2002 = 100
120 acionários, considerados os maiores valores
110 atingidos a partir do início de 1999 e a posição
100
ao final de setembro de 2002, revelaram retrações
de 46,3%, 65,7% e 55%, respectivamente.
90
80
No mercado cambial, especialmente a partir de
70
março, observou-se declínio do dólar. Em meados
60 de julho o dólar atingiu seu nível mais depreciado
50 do ano, 1,0117 dólar/euro e 115,81 ienes/dólar,
7.1 14.2 24.3 1.5 8.6 16.7 23.8 30.9
FTSE 100 DAX Nikkey 225
reduções de 13,7% e de 12%, na ordem, em relação
Fonte: Bloomberg ao começo do ano. Não obstante a moeda dos
Estados Unidos tenha, em seguida, se recuperado
ligeiramente, permanecia, ao final de setembro, assinalando depreciação
acumulada de 10,9% em relação ao euro e de 7,5% frente ao iene.
0,90
Estados Unidos como benchmark de risco no
mundo, a permanência do dólar como moeda
130
0,85
internacional para operações financeiras e
0,80 140
comerciais e, adicionalmente, o discreto
4.1
2000
16.6 30.11 16.5
2001
30.10 15.4
2002
27.9 dinamismo, em termos de crescimento econômico,
Euro Iene
das economias dos principais países que poderiam
Fonte: Bloomberg
1/ Escala invertida. concorrer com os Estados Unidos em termos de
atração de investimentos.
17
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Número de bancos com "problemas" - EUA Nos Estados Unidos, embora o valor de mercado
500 dos bancos tenha apresentado contração acentuada,
reflexo do envolvimento em fraudes contábeis ou
400
de exposição a empresas em concordata, e os
negócios bancários também tenham sido atingidos
300
pela recessão, o setor bancário vem registrando
200 lucros trimestrais crescentes desde o terceiro
trimestre de 2001, de acordo com o Federal Deposit
100
Insurance Corporation (FDIC). No segundo
0
trimestre deste ano, o lucro líquido dos bancos
Dez
1993
Dez
1995
Dez
1997
Dez
1999
Jun
2000
Dez Jun
2001
Dez Jun
2002
comerciais atingiu US$23,4 bilhões, valor mais
Fonte: FDIC, FDIC Quarterly Banking Profile, First Quarter 2002 elevado da série histórica trimestral. Não obstante,
o número e o volume de ativos dos bancos com
problemas vêm aumentando. O número de bancos comerciais
classificados como problemáticos, 115 em junho, é o maior desde o
final de 1996 e os ativos dessas instituições, valores
Ativos de bancos com "problemas" - EUA estáveis desde dezembro de 2001, atingem US$36
US$ bilhões
250 bilhões, os mais elevados desde 1994. Em relação
à dimensão do setor bancário comercial dos Estados
200
Unidos garantido pelo FDIC, o número dos bancos
150
problemáticos equivale a 1,4% e seus ativos, a 0,5%.
18
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
500
Jan Fev Abr Mai Jul Ago Out Nov Jan Mar Abr Jun Jul Set A estratégia do Tesouro Nacional para a dívida
2001 2002
Fonte: Bloomberg
mobiliária interna no período concentrou-se na
emissão de títulos prefixados (LTN), favorecida
pelo reduzido diferencial entre a taxa Selic e a
Índice Bovespa taxa de juros longa. A curva de juros apresentou
Pontos mesmo inclinação negativa em alguns períodos,
19.000
para o que contribuiu a expectativa de que a meta
para a taxa Selic seria reduzida de forma mais
17.000
agressiva, devido à percepção de ausência de
15.000 pressões de demanda agregada e à sinalização
pelo Banco Central de que a política monetária
13.000
mirava prazos mais longos para o cumprimento
11.000 da meta de inflação. Com efeito, a participação
dos títulos prefixados na dívida pública mobiliária
9.000
Mar Mai Jul Set Nov Jan Abr Jun Ago Set federal passou de 7,8%, em dezembro de 2001,
2001 2002
Fonte: Bovespa
para 9,8% em abril de 2002.
22
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
2002 Jan 48 7,6 334 52,6 51 8,1 186 29,4 15 2,4 635
Fev 47 7,5 333 52,7 54 8,6 181 28,7
O aumento da percepção de risco de crédito do
16 2,5 632
Mar 57 9,1 320 51,2 54 8,6 180 28,7 15 2,4 626 setor público e a tensão do mercado financeiro
Abr 62 9,8 317 50,1 56 8,9 183 28,8 15 2,4 633
se refletiram, ainda, na desvalorização e na alta
Mai 61 9,5 313 48,9 57 8,9 194 30,3 15 2,3 639
Jun 56 8,6 308 47,1 58 8,9 217 33,2 15 2,3 654
volatilidade dos títulos públicos em geral. Os
Jul 52 7,7 300 44,5 61 9,0 250 37,0 13 1,9 674 deságios nos preços das LFT apresentaram
Ago 48 7,7 283 45,4 61 9,9 218 35,0 13 2,0 623
tendência crescente, atingindo o pico de 2,75%
Set 43 6,5 272 41,3 63 9,6 268 40,7 13 1,9 659
em agosto de 2002. Neste ambiente de queda do
preço dos títulos públicos, a recomendação da
CVM e do Banco Central aos fundos de investimento para que
cumprissem a obrigatoriedade da marcação a mercado,
regulamentada em 1996, provocou amplo processo de recomposição
de portfólios dos investidores domésticos, com a migração dos
fundos de investimento para depósitos de poupança, depósitos a
prazo e mesmo para depósitos à vista.
23
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Preço de mercado das LFT - Deságios Para estabilizar este quadro, o Banco Central
Taxa
(% a.a.)
realizou número inédito de leilões de compra e
3,0 de troca de títulos públicos, visando reduzir o
2,5 prazo médio das LFT em poder do mercado e
2,0 reverter o processo de elevação dos deságios no
1,5 preço desses títulos. Efetuaram-se trocas de LFT
1,0 de prazo longo por LFT com vencimentos em
0,5 2002 e 2003, além de diversos leilões de compra.
0,0 Objetivando neutralizar o impacto monetário do
Jan Fev Abr Mai Jul Set
2002 programa de compra de títulos, o Banco Central
16.10.2002 18.6.2003 16.6.2004
15.6.2005 14.6.2006
aumentou, em agosto, em 3 p.p. as alíquotas de
Fonte: Andima
recolhimento compulsório sobre depósitos à vista
e depósitos a prazo, e em 5 p.p., as referentes a
depósitos em poupança. Note-se que, em junho,
o Banco Central já havia elevado, em 5 p.p., as
Cupom cambial alíquotas de recolhimentos compulsórios sobre
Taxa % a.a.
depósito a prazo e poupança.
65
55
O Banco Central realizou, ainda, operações de
45
troca de NBCE e NTN-D por swap cambial e
35
LFT, que, sem alterar a exposição a risco das
25
carteiras dos fundos de investimento,
15
possibilitaram a liberação de volume
5
4 anos 5 anos 6 anos
significativo de margens de garantia na BM&F
1 ano 2 anos 3 anos
-5 pela simples compensação das posições ativas
2 250 498 746 994 1.242
24
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
1/
Swap cambial - Balcão A dívida indexada à taxa de câmbio, embora tenha
Estoque
US$ bilhões apresentado crescimento em função da
85 depreciação cambial, diminui quando esse efeito
80
é isolado. Assim, o estoque medido em dólares
contraiu de US$77 bilhões, no início do ano, para
75
US$68,8 bilhões, em setembro. O resgate líquido
70 de títulos cambiais somou R$28,5 bilhões no
65
acumulado do ano, praticamente igualando a
colocação líquida dos mesmos títulos em 2001.
60
Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Jun Jul Ago Set
É interessante destacar o comportamento oposto
2001 2002
da demanda por papéis cambiais em 2002 vis-à-vis
Fonte: BM&F e Cetip
1/ Inclui contratos registrados na BM&F e na Cetip. o ano anterior. A demanda por hedge cambial do
setor não-financeiro, representada pelos contratos
em aberto de swap cambial na Cetip, apresentou
queda de US$13,7 bilhões em 2002, até o final de setembro,
comparativamente a aumento de US$15 bilhões, em 2001.
25
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
1.3 Conclusão
O cenário atual e as perspectivas para a evolução do mercado
financeiro internacional apresentaram significativa deterioração ao
longo de 2002. O ambiente desfavorável diz respeito, especialmente,
aos ingressos líquidos de capitais privados nos países emergentes,
principalmente os localizados na América Latina, e ao acesso a
financiamento por devedores abaixo do grau de investimento. Dentre
os fatores responsáveis por essas novas condições nos mercados
financeiros podem ser enumerados a recuperação mais vagarosa que
o esperado da economia mundial, especialmente nos Estados Unidos
após sua recessão de 2001; as fraudes corporativas em larga escala
envolvendo grandes empresas multinacionais; as menores
perspectivas de lucratividade empresarial; a redução na confiança
dos empresários e, principalmente, dos consumidores; e o
crescimento acentuado da aversão ao risco por parte de investidores.
Esse conjunto de fatores implicou relativa redução nas condições
de liquidez do mercado internacional.
26
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Maiores bancos
% Sob a ótica do controle acionário, do total dos
Discriminação 2000 2001 2002
ativos do sistema bancário, que atingiram R$1.124
Dez Jun Dez Jun
bilhões no período, 41,5% eram detidos pelos
10 maiores 70,1 69,4 69,4 71,2
20 maiores 84,9 84,2 83,7 85,3
bancos públicos, 32,6%, pelos bancos privados
50 maiores 94,1 94,0 93,9 94,5 nacionais, e 25,9%, pelos bancos estrangeiros. No
primeiro semestre de 2002, os ativos dos bancos
públicos cresceram 6,5%, dos privados nacionais
29
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
$WLYRWRWDO
4,9% e dos estrangeiros 6,3%. As participações
Bancos por controle acionário
% desses segmentos permaneceram em proporções
50
semelhantes às observadas em 2001, mantendo-se
45 a predominância dos bancos públicos sobre os
40
demais.
35
As principais aplicações do SFN, em junho de
30
2002, eram representadas por operações de
25 crédito, 30,7%, títulos e valores mobiliários,
20
30,3%, disponibilidades e aplicações
Dez
2000
Jun
2001
Dez Jun
2002
interfinanceiras de liquidez, 9,8%, ativo
Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos privados estrangeiros permanente, 6,4% e demais aplicações, 22,8%.
Assinale-se que a expansão de 5,9% registrada
nos ativos do SFN, no semestre, esteve associada,
3ULQFLSDLVDSOLFDo}HV6)1
30,7%
em três categorias, de acordo com a intenção de
utilização. Assim, a carteira do SFN, no mês de
junho de 2002, compunha-se de 38,2% de títulos
Disponibilidades + aplicações interfinanceiras de liquidez
Títulos e valores mobiliários
30
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
2SHUDo}HVGHFUpGLWR6)1
R$ bilhões
As operações de crédito apresentaram taxa de
%
expansão de 5,8% no primeiro semestre do ano,
360 9
totalizando R$351,6 bilhões. A contração da taxa,
350 7
no semestre, esteve associada, em parte, à
340 5
elevação das taxas de juros, à conjuntura externa
330 3
desfavorável e à maior seletividade na concessão,
320 1 motivada, em parte, pelo crescimento da
310 -1 inadimplência no período.
300 -3
290 -5
As operações de crédito do SFN compreenderam,
Dez
2000
Jun
2001
Dez Jun
2002
principalmente, empréstimos e títulos
Operações de crédito Taxa de crescimento descontados, e financiamentos, responsáveis por
2SHUDo}HVGHFUpGLWR6)1FRPSRVLomR
39,3% e 37,2%, respectivamente, do total das
Junho de 2002 operações realizadas.
7,5%
15,9% O sistema bancário era responsável por R$332,6
bilhões, ou 94,6% das operações de crédito do
SFN, em junho de 2002. Desse total, os bancos
públicos detinham 37,4%, os bancos privados
nacionais, 36,9%, e os bancos estrangeiros,
25,7%. A redução de 46,2% para 37,4%, da
37,2% 39,3%
35
Passivos
30
25
Os passivos do SFN expandiram-se em 5,9% no
20 primeiro semestre de 2002, totalizando R$1.036
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002 bilhões ao final de junho. Desse total, R$410
bilhões eram representados por depósitos, R$123
Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos privados estrangeiros
31
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
3ULQFLSDLVFDSWDo}HV6)1
passivos e resultados de exercícios futuros. Os
Junho de 2002
passivos representaram 90,3% das origens de
recursos do SFN.
39,6%
30,9%
440 12
Os dez bancos com maior volume de depósitos
concentravam 77,2% do total, em junho de 2002,
400 9
assinalando tendência de menor concentração no
360 6
período compreendido de dezembro de 2000 a
junho de 2002. Essa evolução mostrou-se
320 3
semelhante quando considerados os totais
relativos aos vinte e aos cinqüenta maiores
280 0
bancos.
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002
32
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
'HSyVLWRVWRWDLVPDLRUHVEDQFRV
%
formadas, basicamente, por obrigações diversas,
Discriminação 2000 2001 2002 55,3%, e carteira de câmbio, 17,3%.
Dez Jun Dez Jun
3DWULP{QLROtTXLGR6)1
%
No período de dezembro de 2000 a junho de
R$ bilhões
115 12 2002, o PL cresceu 24,7%, devido à incorporação
de lucros e aumentos de capital, além de ajustes
108 9
de exercícios anteriores na rubrica de lucros ou
prejuízos acumulados, ocorridos no último
100 6
semestre, necessários ao atendimento aos novos
critérios contábeis para a avaliação dos títulos e
93 3
valores mobiliários. No primeiro semestre de
2002, o PL do SFN cresceu 6,6%.
85 0
Dez
2000
Jun
2001
Dez Jun
2002
O sistema bancário detinha 93,5% dos recursos
Patrimônio líquido Taxa de crescimento próprios do SFN, distribuídos entre bancos
privados nacionais, com 39,5%, bancos
3DWULP{QLROtTXLGR
estrangeiros, com 30,5%, e bancos públicos, com
Bancos por controle acionário
%
30%. Assinale-se que as participações dos bancos
43
privados nacionais e dos bancos públicos têm
declinado, registrando-se, no período de
39
dezembro de 2000 a junho de 2002, contrações
35
de 0,9 p.p. e de 3,2 p.p., respectivamente, nos
segmentos. Em sentido inverso, a participação
31
relativa dos bancos privados estrangeiros cresceu
27
4,1 p.p., no período.
23
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002
Bancos públicos Bancos privados nacionais Bancos privados estrangeiros
33
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
/XFUROtTXLGR6)1
R$ bilhões % 2.2 Resultados
12 300
8 180
2.2.1 Composição e evolução
4 60 O lucro líquido do SFN3 totalizou R$10,1 bilhões
no primeiro semestre de 2002, crescimento de
88,4% em relação ao registrado no período
0 -60
-4 -180
anterior, sendo constituído, basicamente, pelos
resultados de intermediação financeira, de
-8 -300 receitas de serviços e de participações societárias.
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002
5HVXOWDGRGDLQWHUPHGLDomRILQDQFHLUD
seria reduzido para R$6,2 bilhões.
Taxa de crescimento
R$ bilhões %
30 38 O resultado líquido do SFN apresentou-se
crescente a partir de dezembro de 2001, quando
27 30
foi revertido o prejuízo verificado em junho,
24 22
apurado pelos bancos estrangeiros e pelos bancos
públicos, concentrado em poucas instituições e
21 14
decorrente, fundamentalmente, de ajustes
18 6
patrimoniais relativos à participação em
programas de privatizações das instituições
15
Dez Jun Dez Jun
-2
públicas estaduais e de saneamento das
2000 2001 2002
instituições públicas federais.
Resultado intermediação financeira Taxa de crescimento
34
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
5HVXOWDGRGDLQWHUPHGLDomRILQDQFHLUD
Das receitas associadas à intermediação
Composição
R$ bilhões financeira, que totalizaram R$112,6 bilhões, a
120
90
parcela mais representativa, 54,4%, originou-se
60 de operações de crédito e arrendamento mercantil
30 que, apesar de menos relevantes na estrutura dos
0
ativos, produziram retorno anual médio de 59,6%
no semestre. As operações com títulos e valores
-30
-60
-90
mobiliários, cujos retornos anuais acompanharam
Dez
2000
Jun
2001
Dez Jun
2002
a taxa de juros do Selic, contribuíram com 37,2%
Outras despesas de intermediação financeira
Outras receitas de intermediação financeira
das receitas de intermediação financeira.
Empréstimos e repasses
Títulos e valores mobiliários
Banco públicos Bancos privados nacionais Bancos privados estrangeiros mostravam comportamento com leve tendência
de declínio.
10
bancos públicos, 32,5% e nos bancos privados
5
nacionais, 27,8%. Quando comparado com o
0 segundo semestre de 2001, o resultado da
-5 intermediação financeira nos bancos privados
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002 nacionais declinou 30,6%, enquanto o relativo
Resultado de intermediação financeira
Receitas de prestação de serviços
aos bancos públicos e estrangeiros expandiu-se
Resultado de participações
Outras receitas operacionais
em 59,8% e 26,7%, respectivamente.
Resultado não operacional
35
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
'HVSHVDVDGPLQLVWUDWLYDVHUHFHLWDV
As receitas de prestação de serviços do SFN vêm
GHSUHVWDomRGHVHUYLoRV
R$ bilhões apresentando tendência de crescimento. Nesse
35
sentido, no primeiro semestre de 2002,
30
expandiram-se em 5,4%, ante o patamar
assinalado no período anterior, e em 23%,
25
10
43,1% das despesas administrativas, no primeiro
5
semestre de 2002, enquanto no segundo semestre
0
Dez Jun Dez Jun
de 2000 correspondiam a 35,5%. As despesas
2000 2001 2002
administrativas do SFN diminuíram 5% no
Despesas administrativas
Receitas de prestação de serviços primeiro semestre de 2002, situando-se próximas
ao nível do segundo semestre de 2000. Do total
&XVWRRSHUDFLRQDO6)1 dessas despesas, 50,7% referiram-se à expansão,
%
100 0
modernização e manutenção do parque
tecnológico, e 49,3% a despesas com pessoal.
75 -4
No semestre, o número de empregados expandiu-
se em 0,1% e o número de agências, em 0,7%.
50 -8
O custo operacional do SFN, obtido pela divisão
da soma de despesas de pessoal e despesas
25 -12
administrativas pela soma do resultado bruto da
intermediação financeira e da receita de prestação
0 -16
Dez Jun Dez Jun de serviços, vem apresentando tendência
2000 2001 2002
Custo operacional Taxa de crescimento declinante. Nesse sentido, no segundo semestre
de 2001, o total de despesas administrativas e de
pessoal equivaleram a 83,1% do resultado da
intermediação financeira e receitas de prestação de serviços,
comparativamente a 96%, no semestre antecedente. Adicionalmente,
em junho de 2002, o índice de custo operacional totalizou 72,9%,
reflexo do crescimento do resultado da intermediação financeira e
das receitas de serviços e da diminuição das despesas administrativas.
36
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
7D[DGHUHWRUQR
Sistema bancário
proporção entre o lucro líquido e o patrimônio
% líquido alcançou 9,1%, comparativamente a 5,1%
Discriminação 2000 2001 2002
no segundo semestre de 2001.
Dez Jun Dez Jun
Bancos
Públicos
Entre os bancos públicos, os índices alcançaram
Retorno sobre o 0,5% e 7,6%, respectivamente, ante -0,3% e
Patrimônio líquido 5,5 -12,0 -3,6 7,6
-3,6%, em dezembro de 2001. Esse desempenho
Ativo 0,4 -0,9 -0,3 0,5
esteve associado à reversão do resultado negativo
Privados nacionais
Retorno sobre o
de R$1,1 bilhão para lucro líquido de R$2,4
Patrimônio líquido 9,4 10,5 10,2 8,2 bilhões e à expansão de 6,5% dos ativos,
Ativo 1,1 1,2 1,2 0,9
observadas no período, enquanto o patrimônio
Privados estrangeiros líquido do segmento manteve-se estável.
Retorno sobre o
Patrimônio líquido -6,0 -20,4 7,9 12,8
Ativo -0,6 -1,9 0,8 1,4 No que se refere aos bancos privados nacionais,
Sistema bancário apresentaram redução dos índices no primeiro
Retorno sobre o semestre de 2002, em relação ao período anterior,
Patrimônio líquido 4,1 -4,7 5,1 9,1
Ativo 0,4 -0,4 0,5 0,9
determinada pelo crescimento, em média, de 4,9%
dos ativos e de 3,8% do patrimônio líquido e pela
contração de 17% do lucro líquido. Dessa forma,
5HWRUQRVREUHR3/PDLRUHVEDQFRV em junho de 2002, o retorno sobre o ativo situou-
%
se em 0,9% e o retorno sobre o PL em 8,2%,
Discriminação 2000 2001 2002
Dez Jun Dez Jun comparativamente a 1,2% e 10,2%, em dezembro
10 maiores 2,7 -11,7 8,9 10,0
de 2001, respectivamente.
20 maiores 3,4 -8,5 5,4 9,8
50 maiores 3,8 -6,1 5,3 9,7
Quanto aos bancos estrangeiros, apresentaram
aumento dos índices compatível com os
crescimentos registrados no lucro líquido, 83,3%,
5HWRUQRVREUHR$WLYRPDLRUHVEDQFRV
37
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Evolução
R$ milhões
Discriminação 2002 Variação nominal, dentre seus componentes, verificou-se
Mar Jun trimestral
nos ativos ponderados pelo risco que se elevaram
Valor % Valor % %
em R$4,2 bilhões, ou 6,1%, conseqüência,
PR 120 221 100,0 125 180 100,0 4,1
Nível I 103 510 86,1 106 027 84,7 2,4
principalmente, do aumento de operações de
Nível II 16 711 13,9 19 153 15,3 14,6 crédito e créditos tributários. Cabe destacar,
PLE 79 346 100,0 86 560 100,0 9,1 ainda, a elevação de R$1,6 bilhão, ou 60,4% da
Ativos 69 587 87,7 73 836 85,3 6,1 exigência de juros prefixados e a elevação de
Juros-pré 2 698 3,4 4 328 5,0 60,4
Câmbio 4 681 5,9 5 886 6,8 25,7
25,7% no componente de exigência de risco
6ZDS 2 380 3,0 2 510 2,9 5,5 cambial, acompanhando a evolução da cotação
1/ O PLE representa o valor mínimo exigido para o PR. do dólar no período.
38
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
39
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Concentração do PR e do PLE5
35H3/(FRQFHQWUDomR
Junho de 2002
%
35QRVVHJPHQWRVFRPSRVLomR
Sistema bancário
Junho de 2002
R$ milhões
O Índice de Basiléia relativo ao sistema bancário,
Discriminação Qtde PR IB
Total Nível I Nível II detentor de 97,6% do total do PLE do SFN,
Total do SFN 1 807 125 180 106 027 19 153 16,1 atingiu 15,6% no segundo trimestre de 2002,
Bancário 149 120 109 101 070 19 039 15,6 indicando redução de 4,6%, se comparado ao do
Público 17 41 070 30 384 10 685 16,7
trimestre anterior. Esse decréscimo refletiu
Federal 9 37 986 27 341 10 645 16,5
Estadual 8 3 084 3 044 40 19,3 reduções de 3,8% no setor público e de 4,9% no
Privado 132 79 039 70 686 8 353 15,2 setor privado.
Nacional 79 45 696 39 910 5 786 15,1
Estrangeiro 53 33 343 30 775 2 567 15,2
1/ Índice de Basiléia.
40
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
3/(QRVVHJPHQWRVFRPSRVLomR
Junho de 2002
Registre-se que a contração mostrou-se mais
R$ milhões acentuada no segmento de bancos privados com
Discriminação Total Ativos Juros- Câmbio 6ZDS controle nacional, da ordem de 6,6%, com o
pré
Índice de Basiléia passando de 16,1%, em março
Total do SFN 86 560 73 836 4 328 5 886 2 510
Bancário 84 465 71 955 4 222 5 823 2 465
de 2002, para 15,1%, em junho de 2002, mas
Público 27 129 25 788 891 208 241 mantendo-se confortavelmente acima do limite
Federal 25 371 24 330 748 57 236
mínimo legal.
Estadual 1 757 1 458 142 151 5
Privado 57 336 46 167 3 331 5 615 2 223
Nacional 33 179 27 083 1 012 4 383 701 Em junho de 2002, dentre as instituições bancárias
Estrangeiro 24 157 19 084 2 319 1 232 1 522
em funcionamento, apenas três estavam
desenquadradas no Índice de Basiléia e
representavam cerca de 0,5% do PLE do SFN.
Cooperativas de crédito
Sistema não-bancário
41
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Evolução
45
A redução do índice nos últimos dezoito meses
refletiu as elevações de 45,7% do PR Ajustado,
40
Jun Set Dez Mar Jun Set Dez Mar Jun para R$124,2 bilhões, e de 7,8% do Ativo
2000 2001 2002
Permanente. O PR Ajustado aumentou tanto no
Capital de Nível I, principalmente por
incorporação de resultados, quanto no Capital de Nível II,
essencialmente pelo registro de dívidas subordinadas.
42
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
35$MXVWDGRH$WLYR3HUPDQHQWH
da inclusão no Capital de Nível II dos recursos
SFN
R$ bilhões dos fundos constitucionais administrados. Tais
135
variações ocorreram devido à edição da Medida
115
Provisória que estabeleceu o Proef, citada
anteriormente.
95
Sistema bancário
35$MXVWDGRH$WLYR3HUPDQHQWH A análise do Índice de Imobilização recaiu,
Sistema bancário
basicamente, sobre o sistema bancário, tendo em
Discriminação Quantidade Patrimônio Ativo Índice vista que, em junho de 2002, seu Ativo
Permanente representava 98,9% do total do SFN.
de Referência Permanente de
instituições Ajustado imobilização
43
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Cooperativas de crédito
Sistema não-bancário
44
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Conceitos e Metodologias
Conceitos
a) Cosif: Plano Contábil das Instituições do SFN;
b) conglomerado bancário: conjunto de instituições financeiras que consolidam seus
demonstrativos financeiros, utilizando para tanto os documentos 4040 e 4046 do Cosif.
O conglomerado deve possuir pelo menos uma instituição do tipo: banco comercial, banco
múltiplo com carteira comercial ou banco de desenvolvimento;
c) instituições bancárias independentes: instituições financeiras do tipo banco comercial,
banco múltiplo, banco de desenvolvimento e caixa econômica que não fazem parte de
conglomerado, remetendo, nesse caso, os documentos 4010 e 4016 do Cosif;
d) consolidado do SFN: corresponde à agregação de todos os documentos considerados.
Não deve ser confundido ou comparado com outras estatísticas publicadas pelo Banco
Central do Brasil, as quais consideram as informações de cada instituição nos diversos
segmentos do SFN;
e) tipo de controle: identifica a origem do controle de capital dos conglomerados bancários
ou das instituições bancárias independentes. Subdivide-se na seguinte segmentação:
1. público federal;
2. público estadual;
3. privado nacional, incluindo-se aqui os de participação estrangeira;
4. privado com controle estrangeiro.
f) sistema bancário: compreende os conglomerados bancários e as instituições bancárias
independentes;
g) Patrimônio de Referência (PR): definido para fins de apuração dos limites operacionais
como o somatório do Patrimônio Líquido e as contas patrimoniais assim discriminadas:
1. nível I - resultado aritmético dos saldos das rubricas contábeis: Patrimônio Líquido;
Contas de Resultado Credoras; Contas de Resultado Devedoras; excluídas as Reservas
de Reavaliação, as Reservas para Contingências e as Reservas Especiais de Lucros
Relativas a Dividendos Obrigatórios não Distribuídos, deduzidos os valores referentes
a Ações Preferenciais não Cumulativas e a Ações Preferenciais Resgatáveis;
2. nível II - resultado aritmético dos saldos das rubricas contábeis: Reservas de
Reavaliação; Reservas para Contingências; Reservas Especiais de Lucros Relativas a
Dividendos Obrigatórios não Distribuídos; Ações Preferenciais não Cumulativas; Ações
Preferenciais Resgatáveis; Dívidas Subordinadas Elegíveis a Capital e Instrumentos
Híbridos de Capital e Dívida, estando limitado, entre outros, ao montante do Nível I.
h) PR Ajustado: definido como sendo o PR utilizado para fins de cálculo do Índice de
Imobilização;
45
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Metodologia
a) as análises são desenvolvidas com base em dados contábeis remetidos mensalmente pelas
próprias instituições ao Banco Central do Brasil. Se o demonstrativo financeiro da
instituição não estava disponível na data-base, utilizou-se o último existente;
b) os Índices de Basiléia e de Imobilização têm por base os dados contábeis de conglomerados
ou instituições financeiras; são considerados os demonstrativos de conglomerados
financeiros, quando estes são optantes por apuração consolidada; para os conglomerados
não-optantes, os índices são calculados para cada instituição como se fossem
independentes;
c) O PLE é calculado utilizando-se os dados registrados pelas instituições financeiras em
contas patrimoniais e de compensação referentes a requerimentos de capital para Ativos
Ponderados pelo Risco, Risco de Crédito de Swap, Taxa de Câmbio e Taxa de Juro. De
maneira simplificada, a fórmula do PLE é descrita:
PLE = F · (Ativos Ponderados pelo Risco) + Risco de Crédito de Swap + Taxa de Câmbio
+ Taxa de Juro.
Fator F = fator aplicável aos ativos ponderados pelo risco, estipulado em 0,20 para
cooperativas de crédito; 0,13 para bancos cooperativos; e 0,11 para as demais
instituições financeiras.
d) ativos ponderados pelo risco = total das rubricas do Ativo Circulante e do Realizável a
Longo Prazo multiplicado pelos fatores de risco correspondentes + Ativo Permanente
multiplicado pelo fator de risco correspondente + Coobrigações e Riscos em Garantias
Prestadas multiplicados pelos fatores de risco correspondentes;
Q 1
L =1
F = fator aplicável ao risco de crédito das operações de swap, igual a 0,20 (vinte
centésimos);
n1 = número de operações de swap inscritas na conta 3.0.6.10.60-4 do Cosif;
46
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
f) Requerimento de Capital para Risco de Taxa de câmbio = ) ’’⋅ max{ (∑ $SUF − N ⋅ 35);0 },
Q
L =1
onde:
F = fator aplicável às operações com ouro e com ativos e passivos referenciados em
variação cambial, incluídas as realizadas nos mercados de derivativos, igual a 0,50
(cinqüenta centésimos). Em outubro de 2002 o fator F foi alterado para 1, conforme
a Circular 3.156, de 11 de outubro de 2002;
n2 = número de posições líquidas em cada moeda e em ouro;
Q 2
∑ $SUF = somatório dos valores absolutos das posições líquidas em cada moeda e em ouro;
L =1
L
Q 2
Q 2
k = 0 para ∑ $SUF
L =1
L / PR maior que 0,05 (cinco centésimos);
Q 3
35 ⋅ 100
h) Índice de Basiléia = ;
{ $SU + [ 1
⋅ ( -XURV + &kPELR + 6ZDS ) ]}
)
i) os valores apresentados nos textos e nas tabelas estão arredondados, contudo suas
variações percentuais refletem os números originais, considerando todas as casas decimais;
j) o Limite de Imobilização indica o percentual de comprometimento do PR Ajustado em
relação ao Ativo Permanente. O limite máximo permitido é de 60%. Conforme Resolução
2.669, de 25.11.1999, o limite máximo será reduzido para 50% a partir de dezembro de
2002;
47
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
* Como a Provisão para Perdas em Títulos Patrimoniais refere-se a todas as rubricas de títulos patrimoniais, bem como de ágios,
determinou-se que só será considerada nos cálculos do PR Ajustado e do Ativo Permanente - Imobilizado quando seu valor absoluto
ultrapassar a soma das rubricas Títulos Patrimoniais - Outros e Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais. Nesses casos, o valor
da provisão a ser considerado fica limitado ao montante que ultrapassar o somatório do saldo de Títulos Patrimoniais - Outros com
o saldo de Ágios na Aquisição de Títulos Patrimoniais.
48
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
2.4 Riscos
2.4.1 Operações de crédito
2SHUDo}HVGHFUpGLWR
R$ bilhões
O sistema bancário, segregado por controle
400 acionário em bancos públicos, bancos privados
350
nacionais e bancos estrangeiros, detinha, ao final
do semestre 94,6% das operações de crédito do
300
250
200
SFN, com o sistema não-bancário, formado pelas
150
empresas de arrendamento mercantil, sociedades
100 de crédito, financiamento e investimento, entre
50 outras, respondendo pelos demais 5,4%.
0
Dez Jun Dez Jun
2000 2001
Total do SFN
2002 As operações de crédito no SFN cresceram 5,8%
no primeiro semestre de 2002, totalizando
Bancos públicos
Bancos privados nacionais
Bancos privados estrangeiros
Sistema não-bancário R$351,6 bilhões, registrando-se a evolução mais
acentuada, 9,4%, no segmento de bancos públicos.
2SHUDo}HVGHFUpGLWRDJrQFLDVQRH[WHULRU
Junho de 2002
Nos bancos privados nacionais, o crescimento
R$ milhões alcançou 6,6% e nos bancos privados estrangeiros,
Discriminação Carteira Operações %
1,4%. Adicionalmente, o sistema não-bancário
ativa concedidas
no país por agência apresentou decréscimo de 0,7%. A participação
no exterior das operações de crédito por segmento, no
Total do SFN 351 635 25 426 7,2 sistema bancário, atingiu 37,4% nos bancos
Bancário 332 578 25 426 7,6
públicos, 36,9% nos bancos privados nacionais e
Público 124 315 7 813 6,3
Privado 208 263 17 613 8,5 25,7% nos bancos privados estrangeiros.
Nacional 122 776 11 956 9,7
Estrangeiro 85 487 5 658 6,6
As operações de crédito concedidas por agências
Não-bancário 19 057 - -
no exterior totalizaram R$25,4 bilhões em junho
de 2002, representando 7,2% do total das
operações de crédito no SFN. Comparativamente
3DUWLFLSDomRQRFUpGLWRWRWDOGR6)1
a dezembro de 2001, ocorreu aumento de 1,5 p.p.
Maiores conglomerados/instituições
%
na representatividade dessas operações, resultado
Discriminação 2001 2002 associado, fundamentalmente, à depreciação do
Dez Jun
real no período.
10 maiores 69,4 70,3
20 maiores 85,5 85,3
50 maiores 96,6 95,7
O valor total das operações de crédito dos dez
maiores conglomerados e instituições financeiras
atingiu R$247,1 bilhões em junho de 2002. Desse
total, os bancos públicos respondiam por 43,4%,
49
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
2SHUDo}HVGHFUpGLWR
50
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
&RREULJDo}HVHFUpGLWRVEDL[DGRVFRPRSUHMXt]RV
R$ milhões
bilhões dos créditos baixados como prejuízo,
Discriminação Coobrigações Créditos baixados ocorrido no primeiro semestre de 2002, e o dos
como prejuízo
bancos privados estrangeiros, por 69,7% do
2001 2002 2001 2002
Dez Jun Dez Jun crescimento de R$5,4 bilhões das coobrigações
Sistema bancário 33 819 39 209 66 845 69 573
no SFN.
Público 2 482 2 925 37 217 37 417
Privado 31 337 36 284 29 629 32 155
A participação dos créditos baixados como
Nacional 16 231 17 422 17 315 18 759
Estrangeiro 15 106 18 862 12 313 13 396 prejuízo na carteira de crédito decresceu de
Sistema não-bancário 7 5 4 101 4 463
21,3%, em dezembro de 2001, para 21,1%, em
Total do SFN 33 826 39 214 70 947 74 036
junho de 2002, e a relativa às coobrigações
cresceu de 10,2% para 11,2%, considerada a
Participação 10,2 11,2 21,3 21,1
mesma base de comparação.
1/ De coobrigações e créditos baixados sobre o total da carteira do SFN.
0DLRUHVGHYHGRUHV
Maiores devedores do SFN
R$ bilhões
Devedores 2001 2002
Dez Jun
Na definição dos cem maiores devedores levou-
Carteira
Dívida Média
Carteira
Dívida
Média
se em conta apenas os valores que representavam
100 maiores 73,4 74,4 1,5 82,4 83,5 1,5 risco para o SFN, desconsiderando perdas já
1º - 10º maior 19,3 19,3 0,4 21,6 21,9 1,5 ocorridas e valores provisionados. Esse
11º - 20º maior 12,1 12,3 1,9 12,9 12,9 0,4
21º - 50º maior 21,6 22,3 3,0 24,0 24,7 2,9
agrupamento, constituído exclusivamente por
51º - 100º maior 20,4 20,5 0,7 24,0 24,1 0,7 pessoas jurídicas, respondia, em junho de 2002,
Todos 400,6 515,5 6,3 403,2 485,3 5,6 por 20,4% da carteira ativa líquida, acrescida de
coobrigações.
1/ Carteira ativa líquida + coobrigações.
2/ Responsabilidade total.
3/ Provisão média %. Comparativamente a dezembro de 2001, a relação
dos cem maiores elaborada em junho de 2002
revelou crescimento de R$73,4 bilhões para R$82,4 bilhões, com a
manutenção da provisão média ponderada em 1,5%.
51
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
0DLRUHVGHYHGRUHVVHWRUHVHFRQ{PLFRV
52
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
&ODVVLILFDomRGRVFUpGLWRV6)1
%
no nível D representaram 4,9% e 4,3% do total,
Nível de risco 2001 2002 nas mesmas bases de comparação.
Dez Jun
53
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
0DWUL]GHPLJUDomRGHFODVVLILFDomR
Em percentual
5LVFR 7RWDO R$ milhões
-XQ Carteira
ativa
$$ $ % & ' ( ) * + 3UHMXt]R 5HGXo}HV Dez/2001
'H] $$
6,3 2,7 1,0 0,4 0,1 0,1 0,1 0,1 0,2 27,2 96 750
$ 5,0
6,8 3,1 1,2 0,5 0,3 0,3 0,2 - 26,9 87 358
% 3,2 10,2
6,0 3,2 1,0 0,4 0,4 0,6 - 19,6 52 682
& 1,9 8,5 9,6
5,5 1,7 1,8 0,9 3,5 0,2 19,3 23 870
' 1,5 4,4 4,6 10,7
2,9 2,4 2,8 7,0 0,6 13,8 11 475
( 1,9 6,8 3,6 5,0 7,0
3,9 3,3 21,5 1,3 13,2 3 603
) 0,6 3,1 2,9 5,7 4,2 3,5
3,4 25,4 1,7 9,9 4 198
* 1,2 2,2 2,0 3,1 2,1 1,2 1,6
32,6 6,3 9,3 2 528
+ 2,9 1,6 1,3 1,8 1,5 0,8 0,9 2,3
39,1 11,1 9 126
7RWDO
R$ Carteira 66 955 63 225 40 943 19 938 10 685 3 278 3 211 2 477 8 184 4 177 68 515 291 588
milhões ativa
Jun/2002
Esse total contempla somente as operações de crédito identificadas, cujos devedores apresentam responsabilidade total superior a R$5 mil. A diferença entre os
valores relativos ao total da carteira ativa nessa tabela e na tabela Movimentações nas classificações - SFN decorre de arredondamentos.
54
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
0RYLPHQWDo}HVQDVFODVVLILFDo}HV6)1
De dezembro de 2001 a junho de 2002
R$ milhões
Nível Mantidos Movimentados para níveis Reduções Total
no
nível Acima Abaixo Prejuízo
55
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Inadimplência e provisionamento
Inadimplência
,QDGLPSOrQFLDRSHUDo}HVGHFUpGLWR
No primeiro semestre de 2002, a inadimplência
%
considerando-se, neste conceito, vencidas
16
15 integralmente as operações de crédito que
apresentam parcelas vencidas há mais de quinze
14
13
12
dias expandiu-se 5,3%, totalizando R$28,1
11
10 bilhões. Em virtude do aumento de 5,8%,
registrado nas operações de créditos do SFN no
9
8
7
período, a taxa de inadimplência permaneceu
6
5 estável em 7,9%. No segmento de bancos privados
Dez Jun Dez Jun
2000 2001 2002 nacionais, a inadimplência alcançou R$9,6 bilhões,
Total SFN Bancos públicos
representando crescimento de 9,4% no período.
Bancos privados nacionais Bancos privados estrangeiros
Sistema não-bancário
Bancário
inadimplência relativa ao segmento dos bancos
Público 4,6 8,5 4,3 8,3
Privado públicos declinou de 15,4% para 8,5%, no período.
Nacional 3,5 7,5 3,9 7,7
Provisão
56
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
3URYLVmRRSHUDo}HVGHFUpGLWR
%
intensidade no segmento de bancos privados
11 nacionais, no qual a taxa de expansão alcançou
10 14,1%. Em relação ao total das operações de
9 crédito, a provisão constituída decresceu de
8 7,4% para 7,3%, no semestre.
7
6
Saliente-se que a elevação acentuada da taxa de
provisão observada nos bancos públicos, de
5
4
Dez Jun Dez Jun junho a dezembro de 2001, deveu-se, também,
2000 2001 2002
Total SFN
ao processo de ajustes a que foram submetidos.
Bancos públicos
Bancos privados nacionais
Bancos privados estrangeiros
Sistema não-bancário
Provisão constituída/provisão
mínima
3URYLVmRFRQVWLWXtGDSURYLVmRPtQLPD
57
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
58
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
&RWDomRGRGyODU
exposição líquida em dólar declinou 10% até o
R$/US$
3,60 final do semestre. Adicionalmente, a redução
3,40
atingiu 36% em julho, com a exposição líquida
alcançando US$4,5 bilhões ao final de julho.
3,20
3,00
450
180
A exposição líquida do SFN nas demais moedas
sempre foi inexpressiva e, desde abril de 2002,
170 apresenta-se praticamente nula. Seu volume, em
31.7.2002, representou apenas 1,7% do volume
160
3.7 14.8 26.9 9.11 24.12 6.2 22.3 7.5 19.6 31.7
da exposição líquida em ouro e dólar.
2001 2002
US$ comprado US$ vendido
59
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
([SRVLomROtTXLGDGRVVHJPHQWRV
US$ bilhões
Exposição líquida em ouro e dólar
6 dos segmentos
5
4
No final de julho de 2002, a exposição líquida do
3
SFN concentrava-se nos segmentos de bancos
2
privados nacionais e bancos privados
1
estrangeiros, responsáveis, respectivamente, por
0
71,4% e 42,2% do total. O segmento de bancos
-1
públicos, que vinha aumentando sua posição
-2
3.7 14.8 26.9 9.11 24.12 6.2 22.3 7.5 19.6 31.7 vendida desde novembro de 2001, manteve esse
2001 2002
Público Privado nacional comportamento durante todo o semestre
Privado estrangeiro Não-bancário
seguinte, o que inverteu sua exposição líquida a
partir de março de 2002, de comprada para
6HJPHQWRSULYDGRHVWUDQJHLUR vendida. Dessa forma, o segmento teve
US$ bilhões
5 participação negativa de 13,7% no volume total
de exposição líquida do SFN ao final de julho de
4
2002. O sistema não-bancário praticamente não
3
apresentou exposição líquida ao longo do período
2 observado.
1
A redução da exposição líquida do SFN,
0 verificada a partir de maio de 2002, concentrou-
-1
se principalmente no segmento de bancos
3.7
2001
14.8 26.9 9.11 24.12 6.2
2002
22.3 7.5 19.6 31.7
privados estrangeiros. Nesse sentido, o segmento
Exposição líquida
PLA vendido
Exposição cambial
registrou contração de 31% no bimestre maio-
junho e de 47% em julho, atingindo US$1,9
bilhão de exposição líquida no final de julho.
6HJPHQWRSULYDGRQDFLRQDO
US$ bilhões
5
Para fins de exigência de capital, a exposição no
4 segmento de bancos estrangeiros é bastante
reduzida ao considerar a parcela de investimentos
3
estrangeiros como posição vendida (PLA
2 vendido). Esse resultado evidencia que as
1
instituições desse segmento procuram ajustar suas
posições compradas a essa parcela de patrimônio,
0
visando minimizar a exigência de capital para
-1 risco de taxa de câmbio.
3.7 14.8 26.9 9.11 24.12 6.2 22.3 7.5 19.6 31.7
2001 2002
Exposição líquida Exposição cambial
PLA vendido
60
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
GRVVHJPHQWRV
A evolução das posições compradas e vendidas
US$ bilhões
dos segmentos mostrou comportamento uniforme
120
no primeiro semestre de 2002. Em julho, o
100
segmento de bancos privados nacionais foi o
80 principal responsável pela retração média de 10%
60 das posições comprada e vendida do SFN no mês.
40
Por sua vez, a volatilidade observada nessas
posições esteve associada, fundamentalmente, ao
20
comportamento registrado no segmento de
0
3.7 14.8 26.9 9.11 24.12 6.2 22.3 7.5 19.6 31.7
bancos privados estrangeiros em todo o período.
2001 2002
Público Privado nacional Privado estrangeiro
Posição comprada Posição vendida
2.5 Conclusão
A redução do nível da atividade da economia brasileira, reflexo da
deterioração da conjuntura externa e, mais recentemente, da
ansiedade decorrente da proximidade das eleições, condicionou a
evolução das operações realizadas no âmbito do SFN. Não obstante,
o sistema bancário, em processo de adaptação às novas exigências
do Banco Central do Brasil, vem demonstrando solidez e
rentabilidade adequadas.
61
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
62
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
3 Sistema de pagamento
3.1 Introdução
Sistemas de pagamento e de liquidação eficientes e seguros têm
fundamental importância para a manutenção da estabilidade financeira,
na medida em que se constituem nos principais canais de transmissão
de eventuais choques sistêmicos. Essa é a razão pela qual o
gerenciamento dos riscos no âmbito desses sistemas tem ocupado a
agenda de discussão dos bancos centrais e dos principais organismos
financeiros internacionais, principalmente a partir do início dos anos 90.
63
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Esse fato, por si só, possibilita redução dos riscos de liquidação nas
operações interbancárias, com a conseqüente redução do risco
sistêmico, isto é, o risco de que a quebra de um banco provoque a
quebra em cadeia de outros bancos, no chamado “efeito dominó”.
64
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65
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66
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70
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
77
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
9/ Essa simulação é utilizada para verificar se a liquidação multilateral da fila resultaria em saldo a
descoberto na conta Reservas Bancárias.
78
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
79
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
3.5 Conclusão
Com as medidas adotadas pelo Banco Central, o Sistema de
Pagamentos Brasileiro passou a observar as melhores práticas aceitas
internacionalmente como, por exemplo, os Princípios Fundamentais
para Sistemas Sistemicamente Importantes do BIS e as
Recomendações para Sistemas de Liquidação de Títulos da Iosco/
CPSS. Entre outros aspectos positivos, a adoção de um sistema de
pagamentos moderno e com maior controle do risco sistêmico retira do
setor público riscos tipicamente privados, fortalece o sistema financeiro
e contribui para a redução do risco do País, além de proporcionar
ganhos de eficiência para todos os setores da economia brasileira.
80
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
4 Cenários de estresse
81
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Cenários de estresse
Quantidade de instituições financeiras e conglomerados
4.1 Universo analisado
Discriminação Câmbio ou juros-pré Crédito
1/ 2/ 1/ 2/
Foram selecionadas para aplicação dos cenários
A B A B
de estresse 137 instituições bancárias, exceto
Bancário
Público 12 5 17 0
cooperativas, que possuíam informações em
Privado 95 25 112 8 pelo menos um dos fatores analisados,
Nacional 48 22 68 2
representando 97,5% do PLE do SFN. Dessas,
Estrangeiro 47 3 44 6
107 instituições apresentam informações para
Total 107 30 129 8
o risco de mercado (juros e/ou câmbio) e 129
1/ Número de instituições incluídas no teste de estresse.
para risco de crédito.
2/ Número de instituições não incluídas no teste de estresse.
82
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
rt é o retorno do ativo, para o período t, definido como rt = ln(Pt /P t - 1), onde Pt é o preço do
ativo em t;
λ é o fator de decaimento, tal que 0 < λ < 1.
Quanto ao fator de decaimento, Riskmetrics sugere λ = 0,94 para dados diários. Porém,
existem métodos para a escolha do λ ótimo, tais como a máxima verossimilhança e o princípio
dos mínimos quadrados. O valor de λ próximo de um reproduz o fato estilizado de a
volatilidade ser altamente persistente.
1/ Deve-se observar também que para se utilizar a raiz do tempo para converter de um horizonte de cálculo do VaR para outro, admite-
se que os preços são log-normalmente distribuídos e seguem um processo de Markov.
2/ Riskmetrics também apresenta a equação na qual admite que a média dos retornos é diferente de zero.
83
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
h(i,j),t denota a covariância condicional entre os ativos i e j na data t, a qual possui o mesmo
princípio de cálculo da variância condicional, e é obtida pela fórmula:
84
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Nesse box é resumido o trabalho de Boudoukh et al., publicado na Resenha BM&F 122/
1998, utilizado para se calcular o valor em risco nos cenários de estresse de taxa de juros e
câmbio. Essa abordagem, conceituada modelo híbrido, consiste em reconhecer os trade-offs
existentes nos diferentes métodos empregados para cálculo de valor em risco e combinar essas
metodologias de modo a otimizar esse trade-off, buscando manter as respectivas vantagens.
Ao fazer esta combinação duas propriedades indesejáveis dos métodos tradicionais são
deixadas de lado. De um lado, a abordagem do alisamento exponencial assume normalidade
multivariada, o que causa problemas em função das caudas pesadas que se encontram na
maioria dos ativos financeiros. A abordagem de simulação histórica evita hipóteses sobre a
distribuição mas assume pesos constantes para as observações da amostra. Esta última hipótese
é bastante irrealista uma vez que a informação contida nos retornos sobre a distribuição
atual diminui com o tempo.
Desta forma, a abordagem híbrida consiste em aplicar pesos decrescentes a retornos passados
e encontrar o percentual apropriado dessa distribuição empírica ponderada no tempo. Boudoukh
et al. testaram o modelo híbrido para a taxa de câmbio de marco alemão por dólar norte-
americano, preço spot do petróleo do tipo brent, índice Standard & Poors 500 e um índice
genérico de Brady Bonds (J.P. Morgan Brady Bond Index) e concluíram que os resultados
empíricos mostram que o modelo híbrido é superior aos outros dois, principalmente, no caso
de dados com caudas pesadas como os das séries de preços do petróleo e de Brady Bonds.
85
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
1,0
Para esses dois modelos, utilizou-se o nível de
0,8
confiança de 99,6% (o que equivale a um erro a
cada ano), e um período de manutenção de
0,6
posições de dez dias úteis. Quanto à técnica de
0,4
alisamento exponencial, que visa dar pesos
0,2
maiores às observações mais recentes, foram
0,0
utilizados diversos fatores de decaimento entre
-0,2
0,90 e 1,0 (que basicamente gera pesos iguais para
-0,4 todos os dias da série), observando que, para os
Jan Mai Ago Dez Abr Ago Dez Mar Jul Nov Mar Jun
1999 2000 2001 2002 cenários de redução de taxas, entretanto, foram
Cenários de estresse
Variações efetivamente ocorridas utilizados apenas decaimentos entre 0,94 e 0,90.
Em cada data em que o cálculo é realizado,
utiliza-se uma série de dados que compreende o primeiro dia útil de
janeiro de 1999 até o dia útil imediatamente anterior à data de cálculo,
e o decaimento exponencial escolhido é aquele que gera o maior
resultado. Os resultados obtidos por essa metodologia para o caso
das taxas de juros de prazo igual a doze meses são indicados no
gráfico.
86
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Bancos
Públicos
4.4.1 Cenários de estresse de
Quantidade de IF 3 14 - 17 alta
Índice de Basiléia (%) 8,1 19,1 0,0 13,0
Privados nacionais
Quantidade de IF 11 57 2 70 Aumento do risco de crédito
Índice de Basiléia (%) 10,5 13,3 39,6 12,5
Privados estrangeiros
Quantidade de IF 10 34 6 50
O aumento do risco de crédito reduziria o Índice
Índice de Basiléia (%) 9,3 14,8 23,3 13,4 de Basiléia para 12,9%, em função do acréscimo
Total do PLE, que passaria a totalizar R$84,5 bilhões,
Quantidade de IF 24 105 8 137
Índice de Basiléia (%) 9,1 15,1 25,7 12,9
e da contração do PR, para R$99,3 bilhões. O
maior impacto foi verificado no segmento das
1/ Números de Instituições não incluídas no teste de estresse. instituições públicas, cujo Índice de Basiléia que
87
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
88
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
4.5 Conclusão
Considerando as premissas estabelecidas, o sistema bancário, na
maioria dos cenários, manteria o nível de capitalização mínimo
exigido pela regulamentação em vigor, exceto em relação ao cenário
de aumento da taxa de juros, câmbio e do risco de crédito. Nesse
cenário, o sistema bancário apresentaria PR inferior ao PLE em
apenas 1%. As instituições desenquadradas, nos diferentes cenários,
não necessitariam de aporte de capital superior a 14,2% do PLE do
grupo selecionado. Dessa forma, o sistema bancário, na data,
encontrava-se com nível de capitalização suficiente para suportar as
variações nos riscos de crédito e/ou de mercado desenhadas nos
cenários.
89
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
5.1 Introdução
Após a implementação do Plano Real, a regulamentação prudencial
no Brasil experimentou grandes aperfeiçoamentos, motivados pela
reestruturação e consolidação da indústria bancária, pela necessidade
de introdução e desenvolvimento de instrumentos para quantificação
e monitoramento de riscos e pela busca de adequação a padrões
adotados internacionalmente.
91
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
92
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93
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
13/O valor das operações informadas à Central de Risco foi estabelecido inicialmente em R$50 mil,
sendo paulatinamente reduzido até o valor atual.
94
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95
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96
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99
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100
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101
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6 Estudos selecionados
109
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110
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
GUSTAVO S. ARAÚJO2
JOÃO MAURÍCIO S. MOREIRA2
RICARDO S. MAIA CLEMENTE2
1 Introdução
1/ Agradecemos aos colegas Alan Cosme R. da Silva e Flávio M. L. Traiano pela preciosa colaboração
na etapa inicial deste trabalho. Esta é uma versão preliminar do trabalho desenvolvido pelo Depep–
RJ. Quaisquer críticas e sugestões são bem-vindas e podem ser direcionadas para
gustavo.araujo@bcb.gov.br, joao.mauricio@bcb.gov.br, ou ricardo.maia@bcb.gov.br.
2/ Departamento de Pesquisa, Banco Central do Brasil.
3/ Modelos desenvolvidos pelas próprias instituições financeiras.
111
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
2 Metodologia
2.1 Dados
112
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
8/ Na verdade, por razões metodológicas que serão explicitadas mais adiante, a Telebrás comporá as
carteiras até 29.9.1999, embora a Telemar já fosse negociada há um ano. Vale observar que o
Recibo de Carteira Selecionada de Ações Telebrás foi negociado com relativa liquidez até meados
do ano 2000.
9/ De acordo com CERETTA, P.S. e COSTA JR, N.C.A. (2000), a maior parte dos benefícios advindos
da diversificação seria obtida já com 12 ações. A partir de 18 ações, os benefícios adicionais são
praticamente irrelevantes.
113
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Carteira Composição
Carteira I (+)ARCZ6, (+)BBDC4, (+)CMIG4, (+)CSNA3, (+)ELET6, (+)INEP4, (+)ITAU4, (+)PETR4,
(+)RCTB41/TNLP4, (+)VALE5
Carteira II (-)ARCZ6, (+)BBDC4, (+)CMIG4, (-)CSNA3, (+)ELET6, (-)INEP4, (+)ITAU4, (-)PETR4,
(+)RCTB41/TNLP4, (+)VALE5
Obs.: O sinal de (+) ou (-) indica que a posição do ativo na carteira em questão é, respectivamente, comprada ou vendida.
Em ambas as carteiras o período considerado é de 19.10.1995 a 31.7.2002. A Telebrás comporá ambas as carteiras até
29.9.1999, a partir de quando será substituída pela Telemar. Os ativos acima identificados pelos respectivos códigos na
Bovespa referem-se às empresas: Aracruz, Bradesco, Cemig, CSN, Eletrobrás, Inepar, Itaú, Petrobrás, Telebrás/Telemar e
Vale do Rio Doce.
M 60
ECt = máx ∑ VaRt− k +1 ,VaRt
60 k =1 ,
114
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
VaRt1d = Vc ,t × zα % × σ t ,
11/Vale observar que o uso desta fórmula impõe uma questão. O valor do VaR foi calculado com base
na série de retornos logarítmicos, por melhor se aproximarem estes da distribuição normal que os
retornos efetivos. Contudo, este valor será usado como estimativa de um quantil da distribuição
empírica de retornos efetivos. A alternativa seria trabalhar apenas com a série de retornos efetivos.
Optamos por manter os cálculos com base nos retornos logarítmicos.
115
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
n n
σ t2 = σ m2 ,t ∑ ∑ wi, t β i, t w j, t β j ,t + ∑i =1 wi2σ ε2i
N
i =1 j =1
116
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
117
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
(
i , t = Vi ,t −10 × exp zα % × hi , t −10 × 10
VaR10 d
)
O VaR da carteira é calculado pela expressão:
n n
VaRt10d = ∑∑ VaR 10 d
i, t × VaR10
j , t × ρ ij ,t
d
i =1 j =1
21/Neste trabalho, como a composição das carteiras não muda ao longo do tempo, tal aspecto se
verifica automaticamente.
118
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
22/Supervisory Framework for the Use of “Backtesting” in Conjunction with the Internal Models
Approach to Market Risk Capital Requirements (1996).
23/Observe-se que, embora o VaR calculado para compor a exigência de capital seja baseado em um
período de dez dias, a aferição do modelo interno utilizado se dá com base no VaR diário.
24/Entende-se por falha a ocorrência de uma perda que exceda à estimativa de VaR para o dia em
questão. Neste trabalho, este conceito também será usado para uma perda acumulada de dez dias
que ultrapasse a respectiva exigência de capital.
119
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Obs.: A hipótese nula corresponde a admitir que a proporção de falhas verdadeira do modelo é igual ao nível de
segurança pré-especificado para o VaR (1%). Se a proporção empírica estiver contida no intervalo especificado, H0 não
poderá ser rejeitada a um nível de significância de 5% para o teste.
3 Resultados
25/Pois a cada dia se calcula um retorno de dez dias, acumulando-se os últimos dez retornos diários.
26/KUPIEC, P. (1995).
120
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
27/Por exemplo, em 27.10.1997 o Ibovespa caiu 14,98%, enquanto as ações de Bradesco, Eletrobrás
e Petrobrás caíram 13,15%, 17,36% e 18,68%, respectivamente.
28/Por exemplo, em 12.8.1998 as ações de Eletrobrás e CSN caíram 10,20% e 14,35%,
respectivamente. E em 27.8.1998 as ações de Cemig, Eletrobrás e Petrobrás caíram 10,93%, 13,64%
e 13,10%, respectivamente.
29/Para cada risco, ou seja, 24% e 30% no total, respectivamente.
30/15% foi o primeiro percentual arredondado para o qual não ocorreram falhas da EC.
121
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Carteira I Carteira II
Obs. A coluna "p-valor" se refere ao teste de Kupiec com nível de significância de 5%, aplicado apenas ao VaR de 1%.
Logo, p-valores iguais ou maiores que 0,05 indicam que o método de projeção do VaR passou no teste, ou seja, que a
hipótese nula de que a verdadeira proporção de falhas é igual ao nível pré-especificado para o VaR (1%) não pode ser
rejeitada ao nível de significância de 5% do teste. A proporção de falhas é calculada para a amostra completa de 1.675
dias.
122
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Obs.: A diferença entre a EC e a respectiva perda é calculada como percentual do montante de R$20.000,00 da carteira II.
123
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
124
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
4 Conclusão
125
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
126
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Cabe lembrar que boa parte das falhas exibidas pelo VaR
de um dia, em todos os métodos, ocorreu em momentos de graves
crises internacionais. Como todos os métodos se ressentiram desses
eventos, há que se ter um maior cuidado em sua avaliação. Mesmo o
Comitê de Basiléia prevê a possibilidade de que modelos internos
que não atendam ao desempenho mínimo previsto (menos de quatro
falhas do VaR diário em 250 dias úteis) não venham a ser
automaticamente penalizados. Ao contrário, compete à autoridade
reguladora avaliar as circunstâncias em que o fraco desempenho
ocorreu, buscando detectar se o modelo realmente apresenta
inconsistências ou falhas de concepção.
127
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
Referências bibliográficas
128
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Anexos
129
Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
-2
-4
-6
-8
19.10 5.6 14.1 26.8 3.4 16.11 1.7 10.2 19.9 4.5 12.12 29.7
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Retorno 1 dia VaR Diagonal Completo
10
-10
-20
-30
-40
19.10 5.6 14.1 26.8 3.4 16.11 1.7 10.2 19.9 4.5 12.12 29.7
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
20
10
-10
-20
-30
-40
19.10 5.6 14.1 26.8 3.4 16.11 1.7 10.2 19.9 4.5 12.12 29.7
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002
Retorno 10 dias EC Diagonal Completo
EC Alisamento Exponencial EC Histórico
EC Padrão 15%
1/ A carteira II possui o montante de R$20.000,00.
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Relatório de Estabilidade Financeira Novembro 2002
1 Introdução
1/ As opiniões expressas neste artigo não necessariamente refletem a opinião do Banco Central do
Brasil. Os autores agradecem a Paulo Castor de Castro pela fecunda discussão sobre a extração de
densidades implícitas. Eventuais erros são de responsabilidade dos autores, exclusivamente.
2/ Departamento de Pesquisa, Banco Central do Brasil, eui.jung@bcb.gov.br.
3/ Departamento de Pesquisa, Banco Central do Brasil, benjamin.tabak@bcb.gov.br.
4/ Veja CANINA, L. e FIGKEWSKI, S. (1993), XU, X. e TAYLOR, S. J. (1995), AMIN e NG,
(1997), ANDERSEN, e BOLLERSLEV (1998), CAMPA e CHANG (1998), CHRISTENSEN e
PRABHALA (1998), GWILYM e BUCKLE (1999) e GWILYM (2001).
5/ Veja SHIMKO (1993), CAMPA, J. M. et al. (1997), MALZ (1997), MELICK e THOMAS (1997)
e, para o caso brasileiro, CASTRO (2002).
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Ct =
1
[
(1 + rt )T t t
(
F N (d ) − Kt N dt − σ t,T T )] (1)
onde
ln ( Ft Kt ) 1
dt = + σ t ,T T (2)
σ t,T T 2
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∂ 2C[K ] − rTt
= e × f (S ) (3)
∂K 2
7/ Desta forma, a densidade é suficientemente flexível para capturar caraterísticas como excesso de
curtose, assimetria e até bimodalidade.
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32,0
31,5
31,0
30,5
30,0
29,5
2,65 2,7 2,75 2,8 2,85 2,9 2,95
8/ Diferentes autores interpolam essa curva de várias maneiras, utilizando formas quadráticas, cubic
splines, etc.
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1,5
0,5
0
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4 3,6 3,8 4
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Gráfico 3. Ptax
4
3,8
3,6
3,4
3,2
3
2,8
2,6
2,4
2,2
2
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
2002
3,5
2,5
1,5
0,5
0
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4 3,6
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4 Conclusões
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Referências bibliográficas
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1 Introdução
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2 Objetivos
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3 Conceitos
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Receitas de Serviços
Despesas Operacionais
LUCRO OPERACIONAL BRUTO
Provisão para Perdas em Créditos
Outras Despesas Secundárias
LUCRO APÓS DESPESAS SECUNDÁRIAS
Secundário
Resultado da Tesouraria
Outras Receitas Secundárias
LUCRO/(PREJUÍZO) DA ATIVIDADE
FINANCEIRA
Resultados de Atividades Não-Financeiras
LUCRO/(PREJUÍZO) ANTES DE IMPOSTOS
Impostos Sobre o Lucro
LUCRO/(PREJUÍZO) LÍQUIDO
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5.1 Introdução
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a) Satisfatória
4/ O custo de capital percebido internamente pela instituição pode ser aceito como benchmark para a
avaliação da capacidade de geração de resultados, a menos que ele se desvie significativamente de
padrões de mercado sem boas razões para isso.
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b) Insatisfatória
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c) Altamente insatisfatória
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Referências bibliográficas
THE STAFF OF ERNST & YOUNG LLP. The Ernst & Young Guide
to Performance Measurement for Financial Institutions: Methods
for Managing Business Results. McGraw-Hill Professional
Publishing; ISBN: 1557387370; revised edition (November 1, 1994).
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Apêndice
Siglas
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Diretoria Colegiada
Beny Parnes
Diretor
Ilan Goldfajn
Diretor
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Siglas
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