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info

www.cer tiel.pt Propriedade

3
CERTIEL – Associação Certificadora
de Instalações Eléctricas
Rua dos Anjos, 68 – 1150-039 Lisboa Março 2003
Tel.: 213 183 200 – Fax: 213 183 289
certiel@certiel.pt – www.certiel.pt

Director
António Oliveira Barbosa

Edição
Direcção da Qualidade, Recursos e Inovação

Produção gráfica
EDITIDEIAS – Edição e Produção, Lda.

Trimestral – 16 500 exemplares


Distribuição gratuita

2
PEDIDOS DE CERTIFICADO
DE EXPLORAÇÃO
DE INSTALAÇÕES DE
Editorial
Novamente, dentro da regularidade que procuramos cumprir, está nas vossas mãos o
terceiro número do nosso despretensioso Boletim CERTIEL que, como dissemos desde o
primeiro número, nada mais quer ser que um elo de ligação entre nós e todos os
UTILIZAÇÃO DE ENERGIA técnicos envolvidos na elaboração de projectos e execução de instalações eléctricas,
ELÉCTRICA fazendo chegar a todos, de uma forma mais rápida e cómoda, a informação essencial
sobre a nossa actividade.
NOVAS TAXAS

3 DE CERTIFICAÇÃO DE
PROJECTOS E INSTALAÇÕES
ELÉCTRICAS
Como já tivemos ocasião de sublinhar no número anterior, a adesão a esta iniciativa,
pelos ecos e incentivos que nos têm chegado por parte dos seus destinatários, mostra
claramente que a iniciativa é oportuna e útil e merecedora de todo o empenho que a ela
temos dedicado desde o início. As respostas ao recente inquérito, incluído no número
WWW.CERTIEL.PT
anterior, ultrapassaram largamente as nossas expectativas e as opiniões nelas expressas
PÁGINA RENOVADA
dão-nos elementos preciosos para, a partir daí, melhorarmos a qualidade dos nossos
PEDIDOS NA INTERNET serviços. A todos quantos se dispuseram a perder um pouco do seu tempo livre a
ACESSO AO BALCÃO DIGITAL preencher e devolver os referidos inquéritos, o nosso muito obrigado.
A Direcção
NOVO REGULAMENTO
Seminários CERTIEL
Reportagem 5
DE SEGURANÇA DE
INSTALAÇÕES ELÉCTRICAS

4
RESULTADOS DO INQUÉRITO
À QUALIDADE DO SERVIÇO

Certificação de Produto
6 UMA FORMA DE GARANTIR
A QUALIDADE

Ética e Segurança Acreditação em curso


7 F.A.Q. – PERGUNTAS MAIS
FREQUENTES
Após a implementação do sistema da qualidade, a CERTIEL procedeu em Janeiro
à entrega do processo de candidatura à sua acreditação no âmbito do Sistema
E RESPECTIVAS RESPOSTAS Português da Qualidade, ficando agora a aguardar a realização da respectiva
auditoria de concessão por parte do IPQ – Instituto Português da Qualidade.
Significa este facto que de há alguns meses a esta parte a CERTIEL trabalha
CERTIEL VISTA PELOS

8 SEUS ASSOCIADOS
Opinião da AGEFE
segundo uma organização que pretende dar resposta a todos os requisitos e
obrigações estabelecidos na norma NP EN 45011.
Pedidos de certificado de exploração
de instalações de utilização de energia eléctrica
As instalações eléctricas de serviço particular definidas no Regulamento – A instalação está totalmente executada de acordo com o projecto
de Licenças para Instalações Eléctricas, independentemente de care- aprovado, ou com a ficha electrotécnica devidamente visada pelo
cerem ou não de licença de estabelecimento de acordo com aquele distribuidor de energia conforme referimos anteriormente;
regulamento, podem estar ou não sujeitas a licenciamento municipal, – O pedido de certificado está devida e totalmente preenchido com
devendo os técnicos responsáveis por instalações eléctricas de serviço todos os elementos necessários ao seu tratamento, nomeadamente
particular e demais intervenientes cumprir um conjunto de proce- os dados completos do técnico responsável, da entidade instaladora
dimentos em função da respectiva situação: (quando diferente do técnico responsável) e do proprietário das
instalações a certificar;
Obras sujeitas a licenciamento municipal – A descrição das instalações a certificar coincide na quantidade, na
potência total instalada em cada uma das instalações de utili-
– Obras cuja instalação eléctrica carece de projecto zação e nos demais elementos técnicos da instalação;
– Obras cuja instalação eléctrica não carece de projecto – O valor correspondente às taxas de certificação, legalmente instituí-
do, deve acompanhar o pedido de certificado.
Na fase de licenciamento municipal de uma determinada obra o res-
pectivo processo de licenciamento municipal deverá conter as peças de A falta de qualquer dos elementos anteriormente indicados no pedido
especialidade correspondentes, as quais, no caso da electricidade, são de certificado de exploração implica a sua devolução ao técnico respon-
constituídas pelo projecto devidamente aprovado pelos nossos serviços sável que o elaborou, com os inconvenientes daí inerentes, nomea-
ou, não carecendo deste, da ficha (ou fichas) electrotécnica elaborada damente o atraso no início de fornecimento de energia por parte do
pelo técnico responsável pela execução de tal instalação, devidamente distribuidor.
visada pelo distribuidor de energia eléctrica.
Quando o técnico responsável pela execução de uma instalação não for
Na primeira situação, o distribuidor de energia analisa sumariamente o o autor da ficha electrotécnica que serviu de base ao licenciamento
projecto, remetendo-o posteriormente para os nossos serviços para municipal (obras sem projecto aprovado pela CERTIEL), devem ser
aprovação e certificação. Esta certificação tem como base o parecer observadas as regras previstas pelo Código Deontológico dos Técnicos
emitido pela respectiva Entidade Regional Inspectora de Instalações Responsáveis, que constitui o Anexo I do Estatuto do Técnico Respon-
Eléctricas (ERIIE), à qual o distribuidor remete o projecto que lhe foi sável por Instalações Eléctricas de Serviço Particular publicado pelo
confiado para análise (três exemplares). Depois de aprovado e certifi- Decreto Regulamentar nº 31/83 de 18 de Abril. Se durante a obra
cado, o referido projecto é remetido ao requerente (dois exemplares), se verificar que a instalação já licenciada não corresponde às necessi-
o qual posteriormente faz a sua entrega na câmara municipal para dades reais do cliente, o técnico responsável deve providenciar a elabo-
efeitos de licenciamento da obra que pretende realizar, dando a ração de uma nova ficha electrotécnica, que deverá seguir a tramitação
CERTIEL conhecimento deste facto, quer ao autor do projecto quer à anteriormente descrita de modo a que possa fazer parte integrante do
respectiva câmara municipal. processo de licenciamento municipal (substituindo a anterior), só então
podendo concretizar as alterações pretendidas e pedir a certificação em
Na segunda situação, o distribuidor de energia visa e devolve ao reque- conformidade.
rente a ficha (ou fichas) electrotécnica da instalação, para que este a
apresente na câmara municipal para efeitos de licenciamento da obra Obras não sujeitas
que pretende realizar. a licenciamento municipal

Em ambas as situações, o distribuidor de energia informa a CERTIEL do Nem todo o estabelecimento de uma instalação eléctrica de serviço
resultado da sua apreciação relativamente à possibilidade de alimen- particular está relacionado com a obtenção de qualquer licenciamento
tação da instalação eléctrica com as características constantes na ficha municipal de construção. Nestes casos, junto com o projecto ou com a
electrotécnica, inserida ou não num projecto, isto é, da potência a ficha electrotécnica desta instalação, para além dos procedimentos
alimentar (atribuição de um NIP, número de identificação do prédio a anteriormente descritos junto do distribuidor de energia eléctrica,
construir) e da quantidade de instalações de utilização e potência deverá o proprietário ou o técnico responsável pela execução declarar
total instalada em cada uma delas (local ou locais de consumo com expressamente que a obra não carece de licença municipal. No caso
indicação da respectiva PMA, potência máxima admissível da entrada de ser o técnico responsável pela execução a fazer tal declaração,
da instalação), com que a obra a licenciar vai ser dotada. a mesma deve ser incluída no respectivo pedido de certificado de
exploração da instalação a certificar.
Concluídas as instalações, o técnico responsável pela sua execução
solicita junto dos nossos serviços a emissão dos correspondentes certi- Elaborado de acordo com a legislação aplicável
ficados de exploração devendo, obrigatoriamente, ter em conta que: (Decretos-Lei nº 26852, 446/76, 517/80 e 272/92).

2 INFOCERTIEL MARÇO 2003


www.certiel.pt
Novas Taxas Página renovada
de Certificação de Projectos Dando resposta a um pedido frequente dos técnicos responsáveis
e Instalações Eléctricas vai estar activa em breve uma nova página da CERTIEL, cujas
alterações estéticas, de conteúdo e funcionalidade pretendem dar
uma melhor resposta a todos os que nos contactam por este
Embora a Portaria 1056/98 de 28 de Dezembro preveja,
meio.
no ponto 4.º, uma actualização das Taxas de Certificação
em Janeiro de cada ano, correspondente à evolução
anual do índice de preços no consumidor no continente,
excluindo rendas e conservação de interiores (evolução
essa que pode ser vista no gráfico), a verdade é que,
desde o início da actividade da CERTIEL tal actualização
nunca foi feita, nem mesmo quando em Junho do
passado ano a Taxa de IVA passou dos 17% para os 19%.
Mantiveram-se as taxas inalteradas desde o início da
nossa actividade, não obstante o facto de todos os anos
a CERTIEL actualizar, nessa mesma base, conforme o con-
trato, os valores pagos às ERIIE pelos serviços prestados.
Pedidos na Internet
Acesso ao Balcão Digital
Embora com um pequeno atraso relativamente ao previsto, iniciou-se no
princípio do mês de Fevereiro o envio das Chaves de activação que permitirão
aos técnicos responsáveis inscritos na CERTIEL a possibilidade de inserir os
pedidos de certificado directamente no nosso sistema informático e fazer a
consulta da situação dos mesmos. É com agrado que podemos afirmar que
cerca de 400 técnicos responsáveis iniciaram o seu processo de inscrição.
Evolução anual do índice de preços no consumidor no continente,
excluindo rendas e conservação de interiores
Relembramos que para ter acesso a esta funcionalidade o técnico responsável
deverá registar-se no balcão digital criando o seu user e password, para além
de preencher os restantes dados solicitados no pedido de adesão na página
da CERTIEL, devendo igualmente enviar à CERTIEL os seguintes documentos:
Infelizmente não era possível continuar a manter inalte-
BI autenticado (por ex: nos CTT), cópia do cartão de inscrição como Técnico
ráveis as mesmas taxas e continuar a garantir o mesmo
Responsável e comprovativo da morada (por ex: cópia factura PT, EDP...).
nível de qualidade a que habituámos os que recorrem
aos nossos serviços, pelo que tivemos, este ano, que fazer
a actualização das taxas em conformidade com o estabe-
lecido na Portaria 1056/98 de 28 de Dezembro. Novo Regulamento de Segurança
Assim, tendo em linha de conta a inflação de 3,5%, cal- de instalações eléctricas
culada pelo INE para o ano de 2002, e a actualização da
Foi recentemente aprovado em Bruxelas o texto definitivo das Regras Técnicas
taxa de IVA de 17% para 19%, ocorrida em Junho passa-
das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão que, só depois da sua publicação
do e que temos vindo a suportar, sem a fazer reflectir nas
em Diário da República, entrará em vigor. Haverá naturalmente um período de
taxas praticadas, os novos valores em vigor desde 1 de
transição a definir pela Direcção Geral de Energia, que será indicado no diploma
Fevereiro de 2003 são os seguintes:
legal a publicar.

■ 42,05s (era de 39,90s), por cada instalação eléctrica As Regras Técnicas das Instalações Eléctricas de Baixa Tensão vêm substituir
que careça de certificado de exploração, nos termos o actual Regulamento de Segurança de Instalações Eléctricas de Utilização de
do Decreto-Lei n.º 272/92 de 3 de Dezembro; Energia Eléctrica e de Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas, publicado
■ 131,28s (era de 124,70s), por cada projecto de insta- com o Decreto-Lei N.º 740/74 de 26 de Dezembro, que pela sua idade e com os
lação eléctrica que careça de aprovação, nos termos progressos tecnológicos actuais se mostrava em alguns aspectos desactualizado.
do mesmo diploma;
■ 105,05s (era de 99,76s), nos casos em que, pela Na altura própria a CERTIEL irá promover as acções de formação necessárias
veri-ficação de não-conformidades em instalações para que os técnicos envolvidos em acções de elaboração de projectos e
eléctri-cas da responsabilidade do requerente, se torne execução de instalações eléctricas de baixa tensão possam tomar conhecimento
neces-sário proceder à sua reinspecção. da nova realidade regulamentar de forma simples e compreensível para todos.

MARÇO 2003 INFOCERTIEL 3


Resultados do Inquérito à Qualidade
do Serviço de Certificação
Com satisfação constatamos o interesse que os nossos clientes demonstram
na actividade da CERTIEL e ERIIE traduzido num significativo número de
respostas ao inquérito à qualidade dos nossos serviços, que acompanhava a Apreciação
última edição desta publicação. sobre a actividade
Aqui divulgamos os resultados encontrados no tratamento dessa infor- das ERIIE
mação, que irão concerteza contribuir para um esforço orientado de melho-
ria dos nossos serviços.

Apreciação
sobre a actividade
da CERTIEL

Sugestões temáticas
Registamos aqui algumas sugestões obtidas
através do Inquérito sobre temas passíveis de
serem abordados em próximos Boletins.

– Informação sobre a nova legislação ou normas a aplicar


nos projectos e instalações eléctricas;
– Actualização de normas e decretos-lei;
– Estatística das não-conformidades detectadas na certificação
de instalações eléctricas;
– Informação dos serviços da CERTIEL;
– Como preparar o electricista de amanhã;
– Correio do leitor.

4 INFOCERTIEL MARÇO 2003


Seminários CERTIEL
Para formar
e informar
Têm estado a decorrer por todo o país uma série de semi- A quase maioria dos inquiridos estava a repetir pela segun-
nários da CERTIEL subordinados ao tema "Instalações Eléc- da ou terceira vez a experiência de participar nestes semi-
tricas em Locais de Habitação – Ambientes Húmidos e nários e os que ali estavam pela primeira vez sublinharam
Molhados" que, a exemplo de seminários anteriores, têm que iriam voltar sempre que tivessem conhecimento atem-
sido objecto de grande participação por parte dos técnicos pado das respectivas acções.
a quem são dirigidos.
Foi unânime a opinião positiva manifestada quanto ao for-
Tivemos oportunidade de assistir a um dos seminários mato e organização do seminário num só dia, já que mais
realizados em Almada, monitorizado pelos engenheiros seria prejudicial para o profissional, a empresa ou patrão e
José Manuel Jordão e Barata Marques, e aproveitámos a a obra ou clientes. Na generalidade foi considerado que os
ocasião para auscultar a opinião dos participantes sobre temas conseguem ser suficientemente abordados e discu-
o interesse destes seminários, os objectivos que levam à tidos, ainda que alguns ganhassem em ser mais aprofun-
sua participação, a opinião sobre o formato e organização, dados, significando isso, não o prolongamento do seminá-
bem como sobre outros potenciais temas a tratar em rio, mas a realização de mais edições no ano, nomeada-
acções futuras do género. mente uma por semestre.

Os 13 inquiridos são na generalidade profissionais de Quanto ao sugerirem temas para seminários futuros, muitos
longa data, a maioria com 20 a 30 anos de actividade, fizeram questão de realçar que até ao momento os temas
designadamente técnicos de electricidade, projectistas de têm sido bem escolhidos e actuais, não sentindo neces-
sidade de fazer qualquer sugestão para já. Entre os que
apresentaram sugestões, registamos o aprofundamento do
tema da instalação de piscinas e respectiva responsabili-
dade do técnico responsável, a concorrência desleal entre
fabricantes de material eléctrico cumpridores e não cum-
pridores das normas em vigor, a problemática das insta-
lações industriais e, pela pertinência da actualidade, o
novo regulamento de segurança para as instalações eléctri-
cas de baixa tensão.

instalações eléctricas e telefónicas, a trabalhar quer em


empresas quer por conta própria. A sua formação varia
desde os antigos cursos complementares de Electrotecnia, Seminários 2003
cursos de Oficiais e cursos superiores de Engenharia, pas-
Ainda vai a tempo
sando também pela experiência e formação adquiridas
com o desenvolvimento da actividade. de inscrever-se!

Por todos, e independentemente de alguns serem estrean- Embora as acções de formação subordinadas ao tema
tes nestas iniciativas, esta foi classificada de importante e "Instalações Eléctricas em Locais de Habitação –
imprescindível para a actualização dos seus conhecimen- Ambientes Húmidos e Molhados" já tenham dado
tos, para a resolução de dúvidas que ocorrem no dia-a-dia início em Janeiro e alguns prazos de inscrição já
e também para relembrar e recapitular conhecimentos tenham terminado, vimos aqui alertar os interessados
adquiridos. Tudo o que se refere a legislação para o sector, que não tenham feito a sua inscrição e desejem assistir
novas normas e regulamentos por que se rege a actividade a estes seminários que podem, ainda, solicitar para a
foram assinalados como objectivos mais do que suficientes entidade respectiva (MRH – zona norte e AECOPS –
para suspender por um dia o trabalho e os compromissos zona sul) a sua participação, pois, caso haja vaga, a
profissionais. inscrição será aceite.

MARÇO 2003 INFOCERTIEL 5


Certificação de Produto
Uma forma de garantir a Qualidade
A actividade de certificação tem vindo a desenvolver-se nos últimos recolha de amostras dos produtos (na fábrica e/ou no mercado), as
anos, constituindo um instrumento imprescindível para aumentar o quais são seladas e enviadas ao laboratório para a realização de ensaios.
nível de qualidade dos produtos e das empresas.
Essas acções permitem confirmar a manutenção da qualidade do pro-
Actualmente, o utilizador tem à sua disposição uma oferta variada duto através da verificação, nomeadamente, da fiabilidade dos compo-
quando pretende escolher um produto. Em contrapartida, nem sempre nentes e da durabilidade dos materiais. Do resultado destas acções de
dispõe de informação clara e objectiva que lhe permita assegurar-se do acompanhamento depende a manutenção, a suspensão ou a anulação
nível de qualidade e fiabilidade dos produtos que adquire. dos certificados emitidos.

A certificação de produtos consiste na emissão de certificados e con- A CERTIF, no âmbito da certificação de produtos eléctricos, é respon-
cessão de uso de marcas de conformidade, por parte de um Organismo sável por assegurar as relações internacionais, participando e fazendo-
de Certificação, às empresas que demonstrem que um seu produto está -se representar nas mais diversas reuniões, a nível de Grupos de Acor-
conforme com as normas ou com as especificações técnicas aplicáveis dos europeus para a certificação, de modo a permitir a elaboração de
e que possuam um sistema de garantia da qualidade implementado de programas de certificação que respondam às solicitações apresentadas
acordo com os requisitos exigidos por cada esquema de certificação. pelas diversas entidades nacionais.

Certificação de produtos pela CERTIF Marcas de conformidade


A actividade de certificação da CERTIF abrange uma gama variada e A CERTIF é o Organismo de Certificação Nacional que representa
extensa de produtos em várias áreas, nomeadamente e dentro desta Portugal nos Acordos Europeus de Certificação de Produtos e nas reu-
área, os seguintes: cabos eléctricos, aparelhagem eléctrica de baixa niões de peritos técnicos de laboratórios, concedendo no âmbito da
tensão, equipamentos de iluminação, electrodomésticos, equipamento certificação de produtos eléctricos as seguintes marcas de confor-
de protecção em baixa tensão (disjuntores diferenciais com protecção midade:
integrada (DD), interruptores diferenciais, disjun-
tores para instalações domésticas e análogas para Identificação Designação/Significado Aplicação e âmbito
protecção contra sobreintensidades), tubos para
Marca Produto Certificado Aplicada a material eléctrico em geral.
canalizações eléctricas. Garantia da Segurança eléctrica. Pode também ser concedida no âmbito
do Acordo CCA, da EEPCA, para material
Ao organismo acreditado para certificar um pro- eléctrico de baixa tensão.
duto cabe:
Marca ENEC Aplicada a equipamento de iluminação
– realizar ensaios, de acordo com a norma apli- É uma Marca comum europeia. e alguns dos seus componentes, equipa-
cável, em laboratórios acreditados; Garantia de Segurança Eléctrica e mento de tecnologias de informação e
– avaliar o sistema da qualidade implementado aptidão ao uso em alguns produtos. componentes eléctricos e electrónicos no
âmbito do Esquema ENEC, da EEPCA.
no fabrico, através da realização de uma audi-
toria efectuada por auditores qualificados; Marca <CERTIF> <HAR> Aplicada a cabos eléctricos harmonizados,
É uma Marca comum europeia. no âmbito do Acordo HAR, da EEPCA.
– analisar o resultado destas acções e, caso todos Garantia de Segurança Eléctrica.
os resultados estejam conformes, emitir uma
Marca <CERTIF> Aplicada a cabos eléctricos.
licença que autoriza o uso da marca para os Garantia de Segurança Eléctrica.
produtos abrangidos por essa licença.
KEYMARK Aplicada a electrodomésticos no âmbito
Após a certificação de um produto, e de modo a É uma Marca comum europeia. do Esquema KeyMark, da EEPCA.
Garantia de Segurança Eléctrica.
garantir a credibilidade e a confiança no sistema
de certificação, é da responsabilidade do organis-
mo de certificação verificar se o fabricante con- A CERTIF lançou em 2002 novas marcas próprias:
tinua a produzir de acordo com as condições Marca CERTIF — Serviço Certificado Aplicada a todos os Serviços.
iniciais de certificação. Para o efeito são programa- Garantia da qualidade do Serviço.
das acções de acompanhamento periódicas (audi-
torias) ao sistema da qualidade do fabricante e
Marca CERTIF — Produto Certificado Aplicada ao material eléctrico em geral.
Garantia de Segurança Eléctrica.

Ana Cristina Figueiral


A Marca CERTIF — Produto Certificado poderá ser aplicada em qualquer produto.
Gestora de Processo da CERTIF - Associação
para a Certificação de Produtos

6 INFOCERTIEL MARÇO 2003


F.A.Q.
Ética e Segurança Perguntas mais frequentes
e respectivas Respostas
A utilização da energia eléctrica é, cada vez mais, não só um bem mas uma
necessidade essencial. Com o evoluir das tecnologias encontraram-se novos
modelos para nos facilitar o quotidiano, nomeadamente no trabalho, na
P: Como poderei fazer derivações em tectos falsos?
saúde, no lazer e comodidade pessoal. Todos estes modelos consubstanciam
R: Nos tectos falsos os ligadores de derivação deverão
a transformação de energia eléctrica noutros tipos de energia, traduzidos em,
estar alojados em caixas que assegurem a sua pro-
por exemplo, movimento, tracção e aquecimento. tecção, de acordo com a classificação do local. Nos
Quando se ouve alguém desconhecedor das mais elementares normas tectos falsos não amovíveis (ex: placas de gesso)
não é exigida a utilização de caixas de deriva-
afirmar: “isto dá choque”, “deve ser um curto-circuito”, ou a banal frase: “tem
ção, sendo permitida a aplicação de ligadores ade-
que se trocar a lâmpada”, podemos considerar estar em presença de frases
quados. Não é permitida a utilização de conduto-
que na maioria das vezes se pronunciam sem a noção concreta do que elas
res do tipo de isolamento simples sem protecção
implicam. É evidente que com todo este fervilhar de tecnologia não se pode
mecânica.
nem deve descurar um factor tão importante como o da segurança nas
instalações. P: Poderei “repicar” de tomada para tomada?
R: Sim, desde que os ligadores que equipam as toma-
Podemos afirmar que a nossa função ao efectuar inspecções eléctricas e
das sejam os adequados.
análise de projectos é uma gota de água neste oceano agitado. No entanto,
a nossa acção já começou a dar frutos, verificando-se uma melhoria visível P: Poderei “repicar” de luminária para luminária?
das instalações eléctricas. Além duma melhoria técnica, nota-se uma maior R: Sim, desde que as luminárias venham equipadas
sensibilidade e receptividade por parte dos técnicos responsáveis para com com os ligadores que permitam fazer este tipo de
os seus clientes, com a realização de trabalhos respeitando normativas ligação.
conducentes ao optimizar das condições de segurança e tranquilidade dos
cidadãos. P: As extremidades dos condutores podem ficar
desprotegidas?
É claro que não existe “Bela sem Senão”. Por vezes ainda se escutam R: Não. As extremidades dos condutores não utiliza-
comentários (inconscientes, sem dúvida...) no sentido de dificultar este traba- dos devem estar protegidas por ligadores.
lho de rigor, isenção e imparcialidade.
P: Poderei alimentar ventiladores de instalações
Todos nós sabemos que quando uma lâmpada se funde basta trocá-la. No sanitárias a partir do circuito de iluminação?
entanto, quando uma vida humana se extingue, não existe preço nem valor R: Sim. Esta alimentação poderá ser feita através de
que a recompense. condutores de secção 1,5 mm2 com base no dis-
posto no Artigo 439º do RSIUEE.
Cada cidadão ou cidadã tem de assumir com responsabilidade o desem-
penho das suas tarefas, empregando na sua vida diária padrões éticos que P: Qual a secção mínima dos condutores de ali-
permitam a consecução dos objectivos que regem as inter-relações sociais. mentação a motores de estores, portões de
garagens e banheiras de hidromassagem?
R: A secção dos condutores de alimentação a moto-
Elisabete de Oliveira Maia, Directora Técnica
Dep. Inspecções e Análise de Projectos Eléctricos e Telecomunicações res cuja potência não exceda os 750W pode ser
LIQ – Laboratório Industrial da Qualidade realizada com condutores de 1,5 mm2.

Soluções da PALAVRA-CHAVE Sopa


do Boletim anterior de Letras
Descubra
as seguintes
palavras no quadro:

Amovível Disjuntor
Fusível Isolamento
Quadro Tomada
Canalização Fase
Interruptor Neutro
Terra Tubo

MARÇO 2003 INFOCERTIEL 7


VISTA PELOS SEUS ASSOCIADOS

Opinião da AGEFE
Falar da CERTIEL ao jeito de balanço dos quatro anos da sua existência implica que, antes de tudo o mais,
falemos da situação que se verificava no nosso país quanto à aprovação de projectos e à certificação de insta-
lações eléctricas de 5ª categoria até 1 de Fevereiro de 1999, situação aquela que, recordemo-nos, se caracterizava
em boa verdade por ser muito pouco transparente e não dar garantias da prossecução dos objectivos da
segurança e da qualidade de tais instalações.

Desde logo porque o poder de aprovar projectos ou instalações estava exclusivamente cometido ao distribuidor
de energia eléctrica, que obviamente não é parte neutra nesta matéria e, por outro lado, porque o gigantismo, a
burocracia, heterogeneidade e discricionariedade de critérios da estrutura montada para tal efeito acabavam por
determinar que, entre outras coisas, um mesmo tipo de instalação, com um mesmo projecto, materiais e técnica
idênticos, aprovado numa determinada localidade, não o fosse numa outra a meros 20 km de distância, e os
próprios prazos de decisão poderiam ter diferenças de meses entre ambos. Mais grave ainda, apesar das vistorias,
era frequente a ligação de instalações tecnicamente mal executadas e/ou em que eram utilizados materiais
não conformes com os requisitos mínimos de segurança eléctrica.

Esta realidade, que ainda assim prevaleceu até quase ao final dos anos 90, apesar da forte contestação de que
era objecto por parte de todos aqueles agentes económicos cuja actividade estava mais directamente relacionada
com as instalações eléctricas, quer directamente quer através das suas estruturas associativas, de entre as quais
a AGEFE – Associação Portuguesa dos Grossistas e Importadores de Material Eléctrico, Electrónico, Electrodo-
méstico, Fotográfico e de Relojoaria, veio dar origem no início daquela década à realização de diversas reuniões
entre os representantes das várias partes envolvidas, sobre a égide da Direcção Geral de Energia.

Naquelas reuniões foram analisados os modelos de certificação na altura existentes em vários países europeus,
tendo em vista o estudo da sua eventual adequação à realidade portuguesa e, neste quadro, o modelo francês,
consubstanciado na Consuel, de quem se obteve franca e muito prestimosa colaboração, veio congregar um
alargado consenso.

Não obstante o empenhado envolvimento e forte aposta neste projecto das várias associações empresariais
originariamente envolvidas, de entre as quais a AGEFE, as múltiplas vicissitudes enfrentadas levaram a que só em
23 de Julho de 1996 viesse a ser realizada a escritura pública da CERTIEL.

Apesar dos naturais contratempos que se verificaram na fase de arranque, a que nem sempre foram alheios
alguns interesses instalados que procuraram resistir à mudança, é para a AGEFE motivo de orgulho, enquanto
sócia-fundadora da CERTIEL, constatar o papel de enorme relevo que esta vem desempenhando na melhoria da
qualidade das instalações eléctricas, quer através da sua actuação inspectora quer pela promoção de acções de
formação e da qualificação dos instaladores, acentuando os aspectos do “saber-fazer” e da responsabilidade liga-
dos à segurança e à qualidade dos produtos, como componentes essenciais da instalação.

Se mais não houvesse, bastaria a comparação da qualidade média das novas instalações, dos prazos, bem como
da coerência, transparência e homogeneidade dos critérios de certificação que são hoje aplicados, com a situação
anteriormente existente, para chegarmos à conclusão que a CERTIEL foi uma aposta ganha, na qual se depositam
as melhores esperanças quanto ao seu contributo para o incremento da segurança e da qualidade das insta-
lações eléctricas e, por via indirecta, para a modernização de todos os agentes económicos do sector.

Carlos Sousa
Presidente da AGEFE

8 INFOCERTIEL MARÇO 2003

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