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CURSO ITEP

TÉCNICO EM ENFERMAGEM

VERIFICAÇÃO DE PA

Prof.ª Enf.ª Esp. Caroline Moreira

BELÉM/2019
O QUE É HIPERTENSÃO
 A hipertensão arterial ou pressão alta é uma doença crônica
caracterizada pelos níveis elevados da pressão sanguínea nas artérias.
Ela acontece quando os valores das pressões máxima e mínima são
iguais ou ultrapassam os 140/90 mmHg (ou 14 por 9). A pressão alta
faz com que o coração tenha que exercer um esforço maior do que o
normal para fazer com que o sangue seja distribuído corretamente no
corpo.  A pressão alta é um dos principais fatores de risco para a
ocorrência de acidente vascular cerebral, enfarte, aneurisma arterial e
insuficiência renal e cardíaca. 
HIPERTENSÃO EM NÚMEROS DADOS DE
PREVALÊNCIA SOBRE PRESSÃO ALTA

 De acordo com o Sistema de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção


para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (VIGITEL) de 2017, a
prevalência de hipertensão autorreferida passou de 22,6% em 2006 para
24,3% em 2017.
 A pressão alta tende a aumentar com a idade, chegando, em 2017, a
60,9% entre os adultos com 65 anos e mais; e foi menor entre aqueles
com maior escolaridade, com 14,8% entre aqueles com 12 anos ou mais
de estudo.
 De acordo com o estudo, as mulheres ainda continuam com maior
prevalência de diagnóstico médico de hipertensão arterial quando
comparado aos homens, tendo registrado 26,4% contra 21,7% para
eles.
 Em 2017, as capitais com maior prevalência entre as mulheres foram
Rio de Janeiro (34,7%) e Recife (30,0), e entre os homens, foram
Maceió (26,3%) e Natal (26,2%). Para o total, o Rio de Janeiro (RJ) se
manteve pelo segundo ano consecutivo como a capital brasileira com o
maior percentual de hipertensos.
ATENDIMENTO NO SUS
 Em 2016, foram registrados 983.256 procedimentos de internação e
ambulatorial no Sistema Único de Saúde (SUS), gerando custo de R$
61,2 milhões.

  FREQ VALOR R$
Internações (SIH) 83.688 R$             37.416.706,61
Atendimento Ambulatorial (SAI) 899.568 R$             23.839.365,70
TOTAL 983.256 R$             61.256.072,31
CAUSAS DA PRESSÃO ALTA

Essa doença é herdada dos pais em 90% dos casos, mas há vários fatores
que influenciam nos níveis de pressão arterial, entre eles:

 Fumo
 Consumo de bebidas alcoólicas
 Obesidade
 Estresse
 Elevado consumo de sal
 Níveis altos de colesterol
 Falta de atividade física;
 Além desses fatores de risco, sabe-se que a incidência da pressão alta
é maior na raça negra, em diabéticos, e aumenta com a idade.

Sintomas da pressão alta


Os sintomas da hipertensão costumam aparecer somente quando a
pressão sobe muito: podem ocorrer dores no peito, dor de cabeça,
tonturas, zumbido no ouvido, fraqueza, visão embaçada e sangramento
nasal.
TRATAMENTO

 A pressão alta não tem cura, mas tem tratamento e pode ser
controlada. Somente o médico poderá determinar o melhor método
para cada paciente.

 O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos


nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e pelo programa
Farmácia Popular. Para retirar os remédios, basta apresentar um
documento de identidade com foto, CPF e receita médica dentro do
prazo de validade, que são 120 dias. A receita pode ser emitida tanto
por um profissional do SUS quanto por um médico que atende em
hospitais ou clínicas privadas.
Diagnóstico
 Medir a pressão regularmente é a única maneira de diagnosticar a
hipertensão. Pessoas acima de 20 anos de idade devem medir a
pressão ao menos uma vez por ano. Se houver casos de pessoas com
pressão alta na família, deve-se medir no mínimo duas vezes por ano.

Prevenção
 Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível
adotar um estilo de vida saudável:
PREVENÇÃO
 Em mulheres com pressão alta, a avaliação pré-concepcional permite a
exclusão de hipertensão arterial secundária, aferição dos níveis
pressóricos, discussão dos riscos de pré-eclâmpsia e orientações
sobre necessidade de mudanças de medicações no primeiro trimestre
de gravidez.

 Mulheres com hipertensão dentro da meta pressórica e com


acompanhamento regular geralmente apresentam um desfecho
favorável. Por outro lado, mulheres com controle pressórico
insatisfatório no primeiro trimestre de gravidez têm um risco
consideravelmente maior de morbimortalidade materna e fetal (JAMES;
NELSON-PIERCY et al., 2004).
TIPOS DE APARELHO
POSICIONAMENTO DO PACIENTE
 paciente sentado, com encosto para as costas, pés no chão descruzados e
apoiados no chão e relaxado;
 braço na altura do coração, apoiado, com a palma da mão para cima;
 observar se as roupas não garroteiam o braço. Se sim, remover;
 medir em pé, após 3 minutos da medida sentado em pacientes suspeitos
de hipotensão ortostática (diabéticos, idosos, disautonômicos, em uso de
anti-hipertensivos e aqueles com sintomas de pressão baixa);
 medir nos membros inferiores, quando impossibilidade de medir nos braços
(exemplo: mulheres com câncer de mama que sofreram dissecção linfática
axilar bilateral), PA elevada em pessoas menores de 30 anos e suspeita de
doenças arteriais.
PREPARAÇÃO DO MATERIAL
MATERIAL:

 aparelho de PA;
 manguitos;
 fita métrica;
 cadeira com encosto para as costas;
 local para acomodação do braço;
 para medida em perna, uma maca também é necessária;
TABELA 1 - DIMENSÕES DO MANGUITO PARA
DIFERENTES CIRCUNFERÊNCIAS DE BRAÇO EM
CRIANÇAS E ADULTOS
TABELA 2 - VERIFICAÇÃO DA INTEGRIDADE
DOS MATERIAIS
Como medir a pressão com esfigmomanômetro

Aparelho manual (Técnica auscultatória)


 1. Determinar a circunferência do braço no ponto médio entre acrômio
e olécrano;
 2. Selecionar o manguito de tamanho adequado ao braço;
 3. Colocar o manguito, sem deixar folgas, 2 a 3 cm acima da fossa
cubital;
 4. Centralizar o meio da parte compressiva do manguito sobre a artéria
braquial; 5. Estimar o nível da PAS pela palpação do pulso radial;
 6. Palpar a artéria braquial na fossa cubital e colocar a campânula ou o
diafragma do estetoscópio sem compressão excessiva;
 7. Posicionar o manômetro na altura do olho;
 8. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS
obtido pela palpação;
 9. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2-4 mmHg por segundo);
 10. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e,
após aumentar ligeiramente a velocidade de deflação;
 11. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff);
 11.1 Se sons de Korotkoff estiverem fracos, faça o paciente levantar o braço,
abrir e fechar a mão 5 a 10 vezes e inflar o manguito rapidamente;
 12. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar
seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa;
 13. Se os batimentos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no
abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar valores da
PAS/PAD/zero;
 14. Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um
minuto. Medições adicionais deverão ser realizadas se as duas
primeiras tiverem 5mmHg ou mais de diferença.
 15. Aguardar 1-2 minutos entre as medidas no mesmo braço;
 16. Considerar a média das duas últimas medidas;
 17. Informar o valor de PA obtido para o paciente; e
 18. Anotar os valores exatos sem “arredondamentos”, o braço em que a
PA foi medida, a posição do paciente, o tamanho do manguito e
qualquer possível interferente.
Interpretação
Paciente não sabe se é hipertenso
Antes da medida, aconselha-se fortemente calcular o risco
cardiovascular do paciente. O Telessaúde RS fez um aplicativo para
avaliar o risco, que está disponível aqui.

 PA≤120/80 mmHg - aferir após 2 anos;


 PA entre 120-140/80-90 mmHg sem risco cardiovascular adicional -
acompanhar anualmente;
 PA>140/90 mmHg ou PA entre 120-140/80-90 mmHg com risco
cardiovascular adicional - acompanhar quinzenalmente

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