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A palavra sociologia foi criada pelo pensador francês Augusto Comte em 1839 em seu curso de
filosofia positiva. A palavra sociologia é híbrida, isto é, ela é formada por duas línguas
diferentes: Sócio do latim significa social ou sociedade, logia do grego significa estudo,
formando assim, o “estudo do social” ou “estudo da sociedade”.
Para alguns sociólogos brasileiros como Carlos Benedito Martins a “sociologia é o resultado de
uma tentativa de compreensão de situações sociais radicalmente novas criada pela então
sociedade capitalista”; para Costa Pinto a “sociologia é o estudo científico da formação,
organização e transformação da sociedade humana”.
O objeto de estudo da sociologia é os fenômenos sociais, isto é, tudo aquilo que se refere às
relações entre as pessoas, suas questões nos seus grupos sociais ou entre os grupos
dinamizando a sociedade como um todo.
b) – O que é social?
c) – O que é sociedade?
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Ciência política – estuda a distribuição de poder nas sociedades, bem como a formação e o
desenvolvimento das diversas formas de governos;
A sociologia se baseia no conhecimento científico, por isso, utiliza-se das regras metodológicas
da ciência social como a pesquisa, a objetividade, a observação, as entrevistas e questionários.
Como a sociedade é formada pelos diversos tipos de relações sociais, a sociologia se interessa
por essas relações que dinamizam a sociedade, por isso, seus principais temas se envolvem e
se confundem dentro da complexidade das relações sociais - dentro dos grupos sociais: da
família, de amigos, do trabalho, da cultura, da ideologia, da cidadania, da política, da
economia, isto é, em todos os níveis de relações sociais.
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Para a sociologia se consolidar como ciência ela teve que abandonar seu caráter normativo e
finalista. Por isso, ela sofreu a influência de teorias e métodos das ciências biológicas e
naturais: a teoria evolucionista de Charles Darwin (1809-1882), onde diz que ao longo de
milhões de anos todas as espécies de seres vivos evoluíram; A biologia foi outra ciência que
influenciou na cientificidade sociológica, através de Herbert Spencer (1820-1903), que criou
uma sociologia organicista onde se fazia uma analogia do organismo vivo com a sociedade.
Neste contexto foi fundamental aceitar a idéia de que os fenômenos sociais obedecem a leis
naturais, embora produzidas pelos homens, esta foi a importância do positivismo que deu os
primeiros passos para a cientificidade da sociologia. Foi, por isso, também, que logo no seu
início, a sociologia recebeu outros nomes como fisiologia social (por Saint-Simon), ou física
social (por Augusto Comte).
Outros teóricos fizeram suas interpretações sociais buscando dar à sociologia um caráter de
ciência, buscando a consolidação definitiva sobre um conhecimento verdadeiro e importante
para a sociedade; estes desenvolveram um conhecimento científico-social onde abrange todos
os aspectos da sociedade, utilizando-se de outras ciências sociais como a economia (produção
material), política (relações de poder), antropologia (aspectos culturais) e outras. Neste
processo foram importantes as contribuições de Karl Marx, Emile Durkheim e Max Weber.
O sistema capitalista possui uma estrutura social inédita na história da humanidade, que nos
instiga a uma reflexão sobre este sistema, suas transformações, suas crises, seus
antagonismos.
É dentro desse contexto que surge a necessidade de se compreender e explicar essa nova
realidade. Por isso, precisou-se de uma ciência que estivesse voltada para essas
transformações. A sociologia constitui em certa medida uma resposta intelectual às novas
situações geradas pela nascente sociedade capitalista industrial.
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2.5. AS CORRENTES SOCIOLÓGICAS
Positivismo – O positivismo é uma matriz teórico-filosófica que deu origem a uma sociologia
conservadora e afirmadora da sociedade capitalista. Representado por Augusto Comte (1798-
1857) e Emile Durkheim (1858-1917). Estes se dedicaram em buscar a estabilidade social,
preocuparam-se com os problemas da manutenção da ordem capitalista, queriam estabelecer
o bom funcionamento desta sociedade, pretendiam solucionar os problemas sociais através da
coerção física e da educação moral, esta seria a função da sociologia enquanto ciência positiva.
Socialismo científico – representado por Karl Marx (1818-1883) e Frederic Engels (1820-1895).
As idéias marxianas eram de base estritamente econômica, assim, todas as questões sociais
tinham origem na desigualdade econômica entre as classes proprietárias e as não proprietárias
dos meios de produção. Por isso, pretendiam realizar mudanças radicais nesta sociedade
através de uma revolução socialista do proletariado, introduzindo a sociedade comunista
como uma sociedade justa e igualitária. Essa perspectiva despertou um pensamento
sociológico crítico e negador da sociedade capitalista.
Escola de Chicago – fundada em 1892, seus principais representantes são George Homans
Cooley (1846-1929), Talcott Parsons (1902), Robert K. Merton (1910). Estes foram
influenciados pelo positivismo e o funcionalismo do francês Durkheim, do polonês Malinowski
(1884-1942), e do italiano Vilfredo Pareto (1848-1923). Assim a sociologia chegou aos E.U.A,
através da escola de Chicago que desenvolveu a investigação de campo, de dados empíricos
neutros e objetivos, com procedimentos quantitativos e estatísticos, foram pioneiros nos
métodos ecológicos e etnográficos; desvinculando-se da realidade concreta de sua época,
construíram vários conceitos arbitrários e artificiais, dedicando-se a casos isolados e
irrelevantes como as relações sociais em outras sociedades e outros momentos. A sociologia
norte-americana pretendia neutralizar os ideais e teorias do socialismo marxista, entretanto,
também romperam com o estilo dos clássicos que se dedicaram a uma significação histórica
como a formação do capitalismo e a totalidade da vida social.
Escola de Frankfurt – fundada em 1923, sob o nome de Instituto de Pesquisa Social, seus
principais representantes são: Max Horkheimer (1895-1973), Walter Benjamin (1892-1940),
Theodor W. Adorno (1906-1969), Herbert Marcuse (1898-1979) e Jurgem Habermas (1929).
Sua filosofia também é conhecida como Teoria crítica. Os frankfurtianos criticam a dominação
da natureza para fins lucrativos colocando a ciência e a técnica a serviço do capital. Os
frankfurtianos querem recuperar a razão não repressora, capaz de autocrítica e a serviço da
emancipação humana. Esses pensadores reutilizam o conceito de iluminismo em sentido mais
amplo – um pensador iluminista sempre combate as supertições, o arbítrio do poder e
defende o pluralismo e a tolerância.
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2.6. OS CLÁSSICOS DA SOCIOLOGIA
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b) – Por que os primeiros os pensadores do século XVIII não eram homens de ciência ou
sociólogos que viviam dessa profissão?
c) – Por que os pensadores sociais do século XVIII não desejavam apenas introduzir um mero
conhecimento sobre as novas condições de vida geradas pela revolução industrial?
d) – Por que os principais pensadores sociais do século XVIII são considerados clássicos da
sociologia?
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Isidore Augusto Marie François Xavier Comte, filósofo e matemático francês, nasceu em
Montpelier a 19 de janeiro de 1798. Foi fundador do positivismo foi ele também que batizou
com o nome de sociologia uma nova ciência que antes ele chamava de “física social”. Augusto
Comte foi importante para a sociologia, pois, através de sua perspectiva positivista que deu os
primeiros passos para a cientificidade da sociologia, mas ainda confundida com uma filosofia
social e religiosidade de tipo ideologicamente conservadora. Suas principais obras são: Curso
de Filosofia Positiva e Sistema de Política Positiva.
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6ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
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III – O homem é o mesmo por toda à parte e em todos os termos: em virtude de possuir
idêntica constituição biológica e sistema cerebral.
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1°. Estado teológico ou fictício – na fase inicial da evolução histórica, o mundo, a vida, os
fenômenos em geral são explicados através dos recursos das forças sobrenaturais, mágicas dos
deuses, primeiramente é a forma de feiticismo no monoteísmo.
a). Fetichismo, em que o homem confere vida, ação e poder sobrenaturais a seres inanimados
e a animais.
b). Politeísmo, quando atribui às diversas potências sobrenaturais ou deuses certos traços da
natureza humana (motivações, vícios e virtudes).
2º. Estado metafísico ou abstrato – nesta fase assim como na anterior a sociedade ainda busca
explicações de caráter absoluto. A diferença é que a divindade é substituída por conceitos
como a “essência” e substância (a coisa em si), “causas primárias” (origem absoluta), “causas
finais” (destinado absoluto), que embora produzidos pela razão, não pode ser comparadas
objetivamente. A organização sócio-política próprio a esta fase é a República liberal,
fundamentada em suposições metafísicas, ou seja, nos direitos humanos.
As causas primárias são substituídas por causas mais gerais – as entidades metafísicas – ,
buscando nestas entidades (idéias) explicações sobre a natureza das coisas e a causa dos
acontecimentos.
3°. Estado positivo ou científico – é o último estágio da evolução humana, em que a sociedade
atinge o conhecimento científico, isto é, verificável, objetivo e que se expressa em termos de
leis naturais. A filosofia de Comte é justamente uma análise do estado positivo. O homem
tenta compreender as relações entre as coisas e os acontecimentos através da observação
científica e do raciocínio, formulando leis; portanto, não mais procura conhecer a última das
coisas e as causas absolutas.
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a). Cite os três estados do progresso da evolução da humanidade segundo a teoria de Comte.
f) – Segundo Comte, qual o terceiro estado da evolução da humanidade? E o que ele significa?
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Segundo Comte, o único conhecimento válido é que se baseia em fatos. Por isso, a imaginação
deve estar completamente subordinada a observação da realidade sensível e manipulável pela
técnica. Constantemente, abandona-se qualquer tentativa de conhecimento absoluto ou pelas
causas, o objetivo é chegar às leis, ou seja, as relações constantes que os fatos possuem entre
si.
Para Comte, somente a filosofia positivista, livre das teologias e da metafísica, poderia superar
as contradições da humanidade, levando a alcançar o seu destino de progresso.
b).O critério histórico, a ordem histórica das ciências: matemática, astronomia, física, química,
biologia e sociologia.
O fundamento da política positiva é: “o amor por princípio, a ordem por base e o progresso
por fim”. Só pode haver progresso social na medida em que o governo mantém a ordem,
reprimindo as manifestações críticas, sufocando revoltas, garantindo desta forma a paz, a
ordem e o progresso.
Para Comte, o governo deve ser ditatorial, para poder instaurar a nova moral positiva,
subordinando os interesses individuais ao coletivo, garantir a ordem social a qualquer custo.
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e) – Explique a religião da humanidade como uma religião positivista proposta por Comte.
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Karl Heinrich Marx nasceu em 5 de maio de 1818 em Trier cidade situada na fronteira da
Prússia Renana com a França. Marx foi um dos principais pensadores do século XIX, ele foi
fundador do socialismo científico e grande ativista a favor da revolução proletária, apesar de
não ser um sociólogo de profissão, suas teorias despertaram a consciência de uma sociologia
crítica. Uma das principais características do pensamento de Marx é a Práxis, isto é, não foi um
teórico de gabinete ele aliava teoria e prática, participando dos movimentos sociais e
revolucionários. Era um pensador de tendência ideológica transformadora, pretendia
transformar a sociedade capitalista em uma sociedade comunista através da revolução
socialista proletária. Entre suas principais obras podemos destacar: A Sagrada Família (1845), A
Ideologia Alemã (1845-1846), Miséria da Filosofia, Manifesto do partido comunista, As lutas de
classe na França (1850/59), o 18 Brumário de Luis Bonaparte (1852/55), Crítica da economia
política (1859) e O capital.
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Marx considerava que não se pode pensar a relação individuo e sociedade separadamente das
condições materiais em que essas relações se apoiam. Para ele, as condições materiais de toda
sociedade condicionam as demais relações sociais. Em outras palavras, para viver, os homens
têm de, inicialmente transformar a natureza, ou seja, caçar, construir abrigos, utensílios, etc.,
sem o que não poderiam existir como seres vivos. Por isso, o estudo de qualquer sociedade
deveria partir justamente das relações sociais (de produção) que os homens estabelecem
entre si e no processo de produção. Essas relações sociais de produção são a base
(infraestrutura) – é o modo de produção, a maneira básica como a sociedade organiza a
produção de bens. Asuperestrutura repousa sobre a base e tem que refletir sua forma, na
produção da vida os homens geram também outra espécie de produtos que não têm forma
material: as ideologias políticas, concepções religiosas, códigos morais e estéticos, sistemas
legais, de ensino, de comunicação, o conhecimento filosófico e científico, representações
coletivas de sentimentos, ilusões, modos de pensar e concepções de vida diversa e plasmada
de um modo peculiar.
Para Marx, portanto, a produção é a raiz de toda a estrutura social. Na sociedade antiga, por
exemplo, a relação social básica era a relação senhor x escravo. Não podemos, segundo Marx,
entender a política ou a cultura dessa época sem primeiramente estudar essa relação básica
que condicionava todo o resto da sociedade.
Para Marx, o modo de produção capitalista se caracteriza pela divisão da sociedade em classes,
na exploração do trabalhador e na alienação, gerando assim uma sociedade desigual,
antagônica, injusta, irracional e anárquica que deve ser substituída pelo socialismo através da
revolução proletária.
Segundo Marx, na sociedade capitalista as relações sociais de produção definem duas grandes
classes: de um lado, os capitalistas, que são aquelas pessoas que possuem os meios de
produção (máquinas, ferramentas, capital, etc) necessários para transformar a natureza e
produzir mercadorias; do outro lado, os trabalhadores, também chamados, no seu conjunto,
de proletariados, aqueles que nada possuem, a não ser o seu corpo e sua disposição para
trabalhar. Assim o conceito de classe em Marx estabelece um grupo de indivíduos que ocupam
uma mesma posição no processo de produção e nas relações de produção, em determinada
sociedade. A classe a que pertencemos é que condiciona de maneira decisiva nossa atuação
social. Neste sentido, é principalmente a situação de classe que condiciona a existência do
individuo e sua relação com o resto da sociedade: podemos compartilhar idéias, amizades e
comportamentos de indivíduos de outras classes, mas no momento de conflito, como nas
greves ou mesmo no mercado (consumo), as diferenças irão aparecer de acordo com a classe a
que pertencemos. Nessa relação de classes surgem a “classe em si” e “classe para si”:
- “Classe em si” – quando o individuo não tem consciência de classe, ele encontra-se em
qualquer posição (status) na estrutura econômica;
- “Classe para si” – quando a pessoa tem consciência de classe, ele assume uma posição
político-ideológica.
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a) – Por que Marx considera que não se pode pensar a relação individuo e sociedade
separadamente das condições materiais que essas relações se apoiam?
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a) – Explique as duas grandes classes que existem na sociedade capitalista definidas por Marx?
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No processo produtivo, os homens estão ligados entre si e dependem uns dos outros. O
trabalho é um ato social, no sentido de que é realizado na sociedade. As relações que se
estabelecem entre os homens na produção, na troca e na distribuição dos bens são relações
de produção. Essas relações existem em todos os processos de produção, no caso capitalista,
ela ocorre antagonicamente entre os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores.
O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus bens e serviços, como os
utiliza e como os distribui. Assim, numa determinada época histórica, uma sociedade tem uma
certa maneira de se organizar para produzir e para distribuir sua produção. Nesta teoria as
relações de produção são o centro organizador de todos os aspectos da sociedade. Isto é,
como era a relação de produção na sociedade primitiva? Como eram a relações de produção
na sociedade escravista? Como eram as relações de produção na sociedade feudal? Como são
as relações de produção na sociedade capitalista?
Para Marx, as forças produtivas alteram-se no percorrer da história, antes se produzia com
instrumentos simples hoje se utiliza instrumentos complexos. Ao longo da história, os homens
têm produzido aquilo de que necessitam de vários modos e se organizado também. Por isso,
segundo a dialética marxista e seu materialismo histórico, pode-se afirmar que a história da
humanidade é a história da transformação da sociedade humana pelos diversos modos de
produção: modo de produção primitivo, modo de produção escravista, modo de produção
asiático, modo de produção feudal, modo de produção capitalista e modo de produção
socialista.
A fórmula da mais-valia:
4.6. ALIENAÇÃO
A palavra alienação vem do latim (alienare, alienus) significa “que pertence a um outro”. Alius
é o outro. Portanto, sob determinado aspecto, alienar é tornar alheio, transferir para outrem o
que é seu. Para Marx, a alienação ocorre no processo produtivo e nas relações sociais de
produção capitalista. A alienação não é puramente teórica, manifesta-se na vida real, a partir
da divisão do trabalho, quando o produto do trabalho deixa de pertencer a quem o produziu; a
divisão do trabalho na sociedade capitalista torna o homem um ser incompleto e não-
realizado. O operário que trabalha em uma fábrica e produz determinado objeto não escolhe
seu próprio salário, o seu horário ou ritmo da produção, isso é determinado por forças que lhe
são estranhas. Além de tudo isso, o produto produzido pelo operário não lhe é reconhecido e
nem lhe pertence, pois devido à divisão do trabalho ele executou apenas uma parte da
produção e recebeu um salário para tanto. Esta divisão do trabalho gera também uma certa
indiferença entre os trabalhadores que executam atividades diferentes, ficando estranhos
entre si. A alienação no processo produtivo gera:
- Fetichismo da mercadoria – ocorre quando a mercadoria passa a ser considerada mais
importante que o individuo que produziu. Ocorre quando o valor de troca (o que a mercadoria
vale no mercado) se torna superior ao valor de uso (o que a mercadoria vale por sua utilidade)
determinando as relações humanas.
- Reificação do trabalhador – (do latim, res = coisa) ocorre quando o trabalhador se torna um
mero instrumento produtor de mercadoria, quando a força de trabalho da pessoa se torna
mercadoria e pode ser vendida e comprada em troca de um salário. “É a humanização da
mercadoria e a desumanização da pessoa”.
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a) – Explique os conceitos de: mercadoria, força de trabalho, dinheiro, capital, lucro, salário e
mais-valia.
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4.7. IDEOLOGIA
No seu livro A ideologia alemã, Marx se refere à ideologia como um sistema elaborado de
representações e de idéias, que correspondem a formas de consciência que os homens tem
em determinada época. Essas representações e idéias são qualificadas como quimeras, formas
imaginárias, ilusão, sonho, enfim, algo que esta em oposição às condições materiais da vida
real. Aparece ai também a concepção de que a ideologia é a inversão da realidade, no sentido
de reflexo, como na câmara fotográfica, onde a imagem aparece “invertida”. Marx diz que: “a
existência condiciona a consciência”, ou seja, não é consciência que determina a vida, é a vida
que determina a consciência.
Para Marx, a ideologia é “um sistema de crenças ilusórias relacionadas a uma classe social
determinada”. Por isso, ele diz: “as idéias dominantes de uma época representam as idéias da
classe dominante”.
Percebe-se nas teorias de Marx, que o tema ideologia veicula uma relação fundamental que é
a oposição entre o falso (ideologia) e o verdadeiro (saber científico). O falso representa a
ideologia e o verdadeiro é representado pela ciência, que libertará o proletariado da
dominação burguesa.
A função da ideologia é dar aos membros de uma sociedade dividida em classes uma
explicação racional para as diferenças sociais, políticas e culturais, sem jamais atribuir tais
diferenças à divisão da sociedade em classes, a partir das divisões na esfera da produção.
Busca camuflar as diferenças de classes sociais antagônicas e de fornecer aos membros da
sociedade o sentimento da identidade social, encontrando certos referenciais identificadores
de todos e para todos, como, por exemplo: a Humanidade, a Liberdade, a Igualdade, a Nação,
o Estado, a Pátria, o Progresso, a Família e etc.
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c) – Explique a frase: “as idéias dominantes de uma época são as idéias da classe dominante”.
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Em termos de método, Marx enfatiza que o pesquisador não deve se restringir à descrição da
realidade social, mas deve também se ater á análise de como essa realidade se produz e se
reproduz ao longo da história. Por exemplo, em relação às classes na sociedade capitalista não
basta a descrição das duas classes sociais existentes – a capitalista e a dos trabalhadores –,
mas é preciso mostrar a maneira como essas classes surgiram na história, como o conflito
entre elas se mantém e quais as possibilidades de transformação dessas relações de classe no
futuro. Mostrando as possibilidades de transformação da realidade social, o cientista social
pode desempenhar um papel político revolucionário, ao tomar partido da classe trabalhadora.
Por isso, em Marx, a ciência tem um papel político necessariamente crítico em relação à
sociedade capitalista, devendo ser um instrumento não só de compreensão, mas também de
transformação da realidade. A metodologia sociológica de Marx baseia-se na aplicação do seu
materialismo dialético(concepção filosófica) aos fenômenos sociais, que por sua vez, teve
mérito de fundar uma teoria científica de inegável alcance explicativo: o materialismo
histórico(concepção científica). A teoria da dialética materialista se resume em: tese, antítese
e síntese. E as características de sua dialética são: tudo se relaciona, tudo se transforma,
mudança qualitativa e luta dos contrários.
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David Émile Durkheim, sociólogo francês nasceu em Épinal em 15 de abril de 1858, estudou na
Ecole Normale Superfieure de Paris, tendo-se doutorado em filosofia. Em 1885 foi estudar na
Alemanha, sendo muito influenciado pelas idéias do positivismo de Wilhelm Wundt. Durkheim
é um dos principais clássicos da sociologia, foi responsável pela introdução da sociologia nas
universidades como disciplina e ciência acadêmica. De tendência ideológica conservadora, ele
corresponde a uma corrente sociológica funcionalista, cuja teorias e metodologia de caráter
comparativas consolidaram a sociologia como ciência social. Entre suas principais obras
podemos destacar: A divisão do trabalho social (1893), As regras do método sociológico
(1894), O suicídio (1897).
1º. A sociologia é uma ciência independente das demais ciências sociais e da filosofia;
2º. A realidade social é formada pelos fenômenos coletivos considerados como “coisas”;
3º. A causa de cada fato social deve ser procurada entre os fenômenos sociais que antecedem.
Para explicar um fenômeno social deve-se procurar suas causas;
4º. Todos os fatos sociais são exteriores aos indivíduos, formando uma realidade especifica.
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Durkheim possuía uma visão otimista da nascente sociedade capitalista industrial. Considerava
que a crescente divisão do trabalho que estava ocorrendo a todo vapor na sociedade européia
e acarretava, ao invés de conflitos sociais, um sensível aumento da solidariedade entre os
homens.
De acordo com ele, cada membro da sociedade, tendo uma atividade profissional mais
especializada, passava a depender cada vez mais do outro. Julgava, assim que o efeito mais
importante da divisão de trabalho não era o aspecto econômico, ou seja, o aumento da
produtividade, mas sim, o fato de que ela tornava possível a união e a solidariedade entre os
homens (de maneira funcional.). A origem da divisão do trabalho está na densidade dinâmica
ou moral, é o aumento das dimensões absolutas ou do volume da sociedade que determina o
processo da divisão do trabalho, que é o fator preponderante de integração social na
sociedade moderna. O progresso da divisão do trabalho é o fio condutor do processo evolutivo
que liga as formas de sociedade mais simples às mais complexas, numa evolução de estrutura
segmentar a uma estrutura organizada – a divisão do trabalho progride quanto mais existem
indivíduos que estejam suficientemente em contato para poder agir e reagir uns sobre os
outros.
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Durkheim é também admirado pelo estudo dos problemas da personalidade, realizado em sua
obra O suicídio (1897), em que a divisão do trabalho é tratada como um desenvolvimento
normal da sociedade humana, que propicia o aumento da iniciativa pessoal em detrimento da
autoridade exercida pela tradição. Entretanto, o número crescente de suicidas nas sociedades
desenvolvidas foi por ele considerado como um traço patológico na organização social. Nesse
sentido, Durkheim descrevetrês tipos de suicídios:
* Altruísta – quando o individuo fortemente ligado a um grupo não distingue entre seus
próprios interesses e os do grupo, sendo capaz de sacrificar-se por ele. É o caso de soldados
que se sacrificam para salvar companheiros. Esse tipo de suicídio também pode ser levado a
efeito pelo individuo que deixa de satisfazer os padrões do grupo: a morte é, então, preferível
a qualquer outra coisa;
* Egoísta – é o suicídio que ocorre quando o individuo não está envolvido com ninguém nem
com nenhuma causa, faltando-lhe laços emocionais que lhe tornem a vida digna de viver;
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Para Durkheim, na relação individuo e sociedade, ele destaca que a sociedade prevalece sobre
o individuo. A sociedade é, para esse autor, um conjunto de normas de ação, pensamento e
sentimento que não existem apenas na consciência dos indivíduos, mas que são construídos
exteriormente. Isto é, fora das consciências individuais. Em outras palavras, na vida em
sociedade o homem defronta com regras de conduta que não foram diretamente criadas por
ele, mas que existem e são aceitas na vida em sociedade, devendo ser seguidas por todos. Sem
essas regras, a sociedade não existiria e é por isso que os indivíduos devem obedecê-las. Os
fatos sociais são os modos de pensar, sentir e agir de um grupo social. O modo de vestir, a
língua, o sistema monetário, a religião e uma infinidade de outros fenômenos são
consideradas fatos sociais.
As leis são um bom exemplo do raciocínio de Durkheim. Em toda sociedade existem leis que
organizam a vida em conjunto. O individuo isolado não cria leis nem pode modificá-las. São as
gerações de homens que vão criando e reformulando coletivamente as leis. Essas leis são
transmitidas para as gerações seguintes na forma de códigos, decretos, constituições, etc.
como indivíduos isolados, temos de aceita-las; sob pena de sofrer castigos por viola-las.
Seguindo essas idéias, Durkheim afirmara que os fatos sociais, ou seja, o objeto de estudo da
sociologia, é justamente essas regras e normas coletivas que orientam a vida dos indivíduos
em sociedade. Tais fatos sociais são diferentes dos fatos estudados por outras ciências por
terem origem na sociedade, e não na natureza (como nas ciências naturais) ou no individuo
(na psicologia).
Esses fatos sociais têm três características básicas que permitirão sua identificação na
realidade, elas são: gerais, exteriores e coercitivos.
É justamente a educação um dos exemplos preferidos por Durkheim para mostrar o que é um
fato social. O individuo, segundo ele, não nasce sabendo previamente as normas de conduta
necessárias para a vida em sociedade. Por isso, toda sociedade tem de educar seus membros,
fazendo com que aprendam as regras necessárias à organização da vida social. As gerações
adultas transmitem às crianças e aos adolescentes aquilo que aprenderam ao longo de sua
vida em sociedade. Com isso, o grupo social é perpetuado, a pesar da morte dos indivíduos.
O que a criança aprende na escola? Idéias, sentimentos e hábitos que ela não possui quando
nasce, mas que são essenciais para a vida em sociedade. A linguagem, por exemplo, é
aprendida, em grande medida, na escola. Ninguém nasce conhecendo a língua de seu país. É
necessário um aprendizado, que começa já nos primeiros dias de vida e se prolonga no
decorrer dos muitos anos na escola, para que a criança consiga se comunicar de maneira
adequada com seus semelhantes. Sem o aprendizado da linguagem, a criança não poderia
participar da vida em sociedade.
5.8. INSTITUIÇÃO
Outro conceito importante para Durkheim é o de instituição. Para ele, uma instituição é um
conjunto de normas e regras de vida que se consolidam fora dos indivíduos e que as gerações
transmitem uma às outras. Há ainda muitos outros exemplos de instituições: família, Estado,
Igreja, Exército, etc. Assim, para Durkheim é a sociedade, como coletividade, que organiza,
condiciona as ações individuais. O individuo aprende a seguir normas e regras de ação que lhes
são exteriores. Ou seja, que não foram criadas por ele, e são coercitivas, pois limitam sua ação
e prescreve punições para quem não obedecer aos limites sociais. A função das instituições é
socializar os indivíduos, fazer com que eles assimilem as regras e normas necessárias à vida em
comum.
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Ao contrário do positivismo, que dava maior ênfase aos fatos, à realidade empírica,
transformando geralmente o pesquisador num mero registrador de informações, a
metodologia de Weber atribuía-lhe um papel ativo na elaboração do conhecimento.
A intenção de conferir à sociologia uma reputação científica encontra na figura de Max Weber,
um marco de referência. Durante toda a sua vida, insistiu em estabelecer uma clara distinção
entre o conhecimento científico, fruto de cuidadosa investigação, e os julgamentos de valor
sobre a realidade. Com isso, desejava assinalar que um cientista não tinha o direito de possuir,
a partir de sua profissão, preferência políticas e ideológicas. No entanto, julgava ele, sendo
todo cientista também um cidadão, poderia ele assumir posições apaixonadas em face dos
problemas econômicos e políticos, mas jamais deveria defende-los a partir de sua atividade
profissional. Essa posição de Weber, que tantas discussões têm provocado entre os cientistas
sociais, constitui, ao isolar a sociologia dos movimentos revolucionários, um dos momentos
decisivos da profissionalização dessa disciplina. A idéia de uma ciência social neutra seria um
argumento útil e fascinante para aqueles que viviam e iriam viver da sociologia como
profissão. Ela abria a possibilidade de conceber a sociologia como um conjunto de técnicas
neutras que poderiam ser oferecidas a qualquer comprador público ou privado. Vários
estudiosos da formação da sociologia têm assinalado, no entanto, que a neutralidade
defendida por Weber foi um recurso utilizado por ele na luta pela liberdade intelectual, uma
forma de manter a autonomia da sociologia em face da burocracia e do Estado alemão da
época.
A busca de uma neutralidade científica levou Weber a estabelecer uma rigorosa fronteira
entre o cientista, homem do saber, das análises frias e penetrantes; e o político, homem de
ação e de decisão comprometido com questões práticas da vida. O que a ciência tem a
oferecer a esse homem de ação, segundo Weber, é um entendimento claro de sua conduta,
das motivações e das conseqüências de seus atos.
A sociologia por ele desenvolvida considerava o indivíduo e sua ação como ponto chave da
investigação. Com isso, ele queria salientar que o verdadeiro ponto de partida da sociologia
era a compreensão da ação dos indivíduos e não a análise das “instituições sociais” ou de
“grupos sociais”, tão enfatizadas pelo pensamento conservador. Com essa posição, não tinha a
intenção de negar a existência ou a importância dos fenômenos sociais, como o Estado, a
empresa capitalista, a sociedade anônima, mas tão somente a de ressaltar a necessidade de
compreender as intenções e motivações dos indivíduos que vivenciam estas situações sociais.
A ciência não pode propor fins a ação prática: “uma ciência empírica não está apta a ensinar a
ninguém aquilo que ‘deve’, mas, sim, apenas aquilo que ‘pode’ – em certas circunstâncias –
aquilo que ‘quer fazer’”. O domínio da ciência empírica deve ser definida como o dos meios e
não como o dos fins.
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d) – O que Weber quis salientar ao dizer que o ponto chave da investigação é o individuo e sua
ação?
e) – Por que Weber afirma que a ciência não pode propor fins a ação prática?
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21ª – ATIVIDADE. Responda em seu caderno:
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O tipo ideal não deve ser aceito somente como generalizações, proposições, definições e
hipóteses.
A ação é definida por Weber como toda conduta humana (ato, omissão, permissão) dotada de
um significado dado por quem a executa e que orienta essa ação. Quando tal orientação tem
vista a ação – passada, presente, ou futura – de outro ou de outros agentes que podem ser
“individualizados e conhecidos ou uma pluralidade de indivíduos indeterminados e
completamente desconhecidos” – o público, a audiência de um programa, a família do agente
etc – a ação passa a ser definida como social. A ação é determinada pelas intenções,
motivações e expectativas de outros.
Para Weber a sociologia é a ciência que procura uma compreensão interpretativa da ação
social para a partir daí chegar à explicação causal do seu sentido e dos seus efeitos.
Para Max Weber, a análise sociológica estará centrada nos atores e em suas ações. O agente
individual é a unidade da análise sociológica, a única entidade capaz de conferir significado às
suas ações. A sociedade não é algo exterior e superior aos indivíduos; a sociedade pode ser
compreendida a partir do conjunto das ações individuais reciprocamente referidas. Por isso,
Weber define como objeto da sociologia a ação social, que é qualquer ação que o individuo faz
orientando-se pela ação de outros. Toda vez que se estabelecer uma relação significativa, isto
é, algum tipo de sentido entre várias ações sociais, terá então relações sociais. Só existe ação
social quando o individuo tenta estabelecer algum tipo de comunicação a partir de suas ações
com os demais. Nem toda ação, desse ponto de vista, será social, mas apenas aquelas que
impliquem alguma orientação significativa visando outros indivíduos.
Weber afirma que podemos pensar em diferentes tipos de ação social, agrupando-os de
acordo com o modo pelo qual os indivíduos orientam suas ações. Assim ele estabelece quatro
tipos de ação social:
3º. Ação racional com relação a valores – determinada pela crença consciente num valor
considerado importante, independente do êxito desse valor na realidade;
4º. Ação racional com relação a fins – determinada pelo cálculo racional que coloca fins e
organiza os meios necessários.
Weber admite não existir ação pura todas são possíveis de misturas.
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b) – O que é ação?
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No estudo das relações sociais, Weber percebeu que nas sociedades a existência de diferenças
sociais pode ter vários princípios explicativos, sendo que o critério de classificação mais
relevante é dado pela dominância, em cada unidade histórica, de uma forma de organização
ou pelo peso particular que cada uma das diversas esferas da vida coletiva possa ter, essas
esferas são: econômica, religiosa, política, jurídica, social, cultural – cada uma com sua lógica
particular de funcionamento. Assim Weber, destacou as três esferas (dimensões) da
sociedade, sendo que cada esfera possui sua ordem de estratificação própria:
▪ Classes – refere-se a ordem econômica, o interesse econômico é fator que cria uma classe,
podendo-se até considerar que as classes estão estratificadas segundo suas relações com a
produção e a aquisição de bens; a estratificação econômica é, portanto, representada pelos
rendimentos, bens e serviços que o individuo possui ou de que dispõe.
Segundo Weber, o Estado é uma instituição social que mantém o monopólio do uso legitimo
da força física dentro de determinado território, para que este estado exista é preciso que sua
autoridade seja reconhecida como legitima. Neste sentido, o Estado é definido por sua
autoridade para gerar e aplicar poder coletivo. Como acontece com todas as instituições
sociais, o Estado é organizado em torno de um conjunto de funções sociais, incluindo manter a
lei, a ordem e a estabilidade, resolver vários tipos de litígios através do sistema judiciário,
cobrar impostos, censo, identificação e registro da população, alistamento militar, encarrega-
se da defesa comum e cuidar do bem-estar da população de maneira que estão além dos
meios do indivíduo, tal como implementar medidas de saúde pública, prover educação de
massa etc.
6.11. DOMINAÇÃO E AUTORIDADE
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BIBLIOGRAFIA:
LOWY, Michael. Ideologia e ciência social – elementos para uma análise marxista. São Paulo:
editora Cortez, 2000.
OLIVEIRA, Pérsio Santos de. Introdução à Sociologia. São Paulo: Ática, 1994.