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FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES

RAIMUNDA LOPES SIQUEIRA

O ALUNO DE SEIS ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL


DE NOVE ANOS

ARIQUEMES/RO
2011
FACULDADES INTEGRADAS DE ARIQUEMES

RAIMUNDA LOPES SIQUEIRA

O ALUNO DE SEIS ANOS NO ENSINO FUNDAMENTAL


DE NOVE ANOS

Trabalho apresentado ao Curso de Pós


Graduação – “Lato Sensu” _ Gestão,
Orientação e Supervisão, da FIAR -
Faculdades Integradas de Ariquemes.

Orientadora: Professora Esp. Tatiane


Patrícia Laquimia

ARIQUEMES/RO
2011
INTRODUÇÃO

O tema “O aluno de seis anos no Ensino Fundamental de nove anos”,


tem sua relevância para a sociedade, por que o ensino aprendizado no 1º ano
aos seis anos de idade, tem sido motivos de discussões e preocupações por
parte de educadores que defende o desenvolvimento pleno do conhecimento
da criança e a sua construção de cidadania para a sociedade.
O presente trabalho apresenta a importância de se discutir como se dá o
ensino aprendizagem desse aluno nas escolas da rede estadual, precisamente
em uma escola do bairro Jardim Nova República no município de Ariquemes.
Com a ampliação do Ensino Fundamental de oito anos, passando para
nove anos de duração e o ingresso do aluno de seis anos no 1º ano é que os
sistemas de ensino e as instituições escolares tiveram a preocupação da
organização, ambiental e métodos pedagógicos para a oferta deste.
Esta pesquisa se fundamente nas Leis que escabelem a obrigatoriedade
do ensino e a inclusão da criança de seis anos no ensino fundamental de nove
anos, em revista científica que discute esse tema, sites, livros de autores que
defendem um ensino para crianças pequenas primando às práticas
pedagógicas do brincar e educar, bem como em Sônia Kramer (2003) que se
faz refletir sobre o tema quando cita em seu livro A singularidade da criança em
sua infância que: “a inclusão de crianças de seis anos no ensino fundamental
requer diálogo entre educação infantil e ensino fundamental, dialogo
institucional e pedagógico, dentro da escola e entre escolas, com alternativas
curriculares claras”.
Portanto, se pretende, com este trabalho, contribuir a todos os
envolvidos na educação – alunos, professores, gestores e comunidade em
geral, para uma reflexão a cerca da necessidade de uma reestruturação, não
apenas na proposta pedagógica escolar, também no ambiente escolar. E que a
escola esteja preparada para receber crianças pequenas advindas, de classe
social e cultural diversificada, estrutura familiar variadas, a dar apoio
psicológico, afetividade e amor por parte de toda a equipe que compõe o
processo pedagógico e que a escola disponha de profissional preparado para
docência nesta faixa etária do aluno e assim possa desenvolver um ensino
aprendizagem de qualidade.
1. TEMA:

O Aluno de Seis Anos no Ensino Fundamental de Nove Anos.

2. DELIMITANDO O TEMA:

O aluno de seis anos no Ensino Fundamental de nove anos, da


E.E.E.F.M. Francisco Alves Mendes Filhos, no bairro Jardim Nova República –
Ariquemes/RO, nos anos de 2008 a 2011.

3. PROBLEMA:

Como se dá o ensino aprendizagem do aluno de seis anos no primeiro


ano do Ensino Fundamental de nove anos?

4. HIPOTESES:

Espera-se que o Ensino Aprendizagem do aluno no 1º ano do Ensino


Fundamental, seja conforme as diretrizes nacionais norteadoras das práticas
pedagógicas viáveis a esta faixa etária e que esta criança, seja letrada de
forma prazerosa, por meio do aprender, educar e brincar, pois, possivelmente
nem toda criança ingressa no Ensino Fundamental na E.E.E.F.M. Francisco
Alves Mendes Filhos, tenham freqüentado a educação infantil, pelo fato do
bairro onde se localiza a escola, possuir uma população numerosa e não haver
escolas de educação infantil suficiente para atender esta clientela estudantil
neste nível de ensino.
Para tanto, provavelmente tenha acontecido por vias legais, uma
reestruturação no Projeto Político Pedagógico, bem como os professores
lotados no quadro escolar para a docência do 1º ano, seja pedagogos e os
mesmo possivelmente tenham participado de uma formação continuada como
preparação para oferecer um ensino aprendizagem com qualidade à estes
alunos do 1º ano do Ensino Fundamental I.

5. OBJETIVOS:

5.1 OBJETIVO GERAL:


Proporcionar uma reflexão a cerca do ensino aprendizagem do aluno de
seis anos no Ensino Fundamental de nove anos da rede pública estadual de
Ariquemes.

5.2 OBJETIVOS ESPECIFICOS:

Analisar a Legislação e Diretrizes da Educação Básica, no tocante a sua


segunda etapa de ensino e apontar as mudanças necessária ao
reoordenamento do Ensino Fundamental com nove anos de duração;
Identificar a organização do currículo escolar para o ensino
aprendizagem no 1º ano do Ensino fundamental de nove anos e a formação
docente dos profissionais desta faixa etária;
Contextualizar e refletir, a luz dos teóricos a fins, sobre a praticidade
pedagógica da alfabetização das crianças de seis anos.

6. JUSTIFICATIVA:

Diante as mudanças que ocorreram na segunda etapa da Educação


Básica, os Sistemas de Ensino da Rede Pública, bem como as Instituições de
Ensino Escolar, tiveram a necessidade de reelaborar suas propostas
pedagógicas, bem como, preparar os docente e toda a comunidade para tal
mudança no Ensino Fundamental, passando a criança de seis anos a ter o
direito a ingressar no 1º ano, que anteriormente acontecia aos sete anos de
idade.
Neste sentido, esta pesquisa justifica se, a partir do exposto, refletir
alguns aspectos referentes à responsabilidade dos sistemas de ensino, das
escolas e dos professores ao proceder á ampliação do Ensino fundamental que
devem ser primado: organização, ambiente e métodos pedagógicos. Que se
possa primar por uma alfabetização lúdica, para o um desenvolvimento de
aprendizagem compatível a criança pequena de seis anos, que dependendo do
contexto social dessa criança poderá ter freqüentado, ou não, o pré-escolar na
educação infantil.
O tema “O aluno de seis anos no Ensino Fundamental de nove anos”, é
significativo para a sociedade, porque com os resultados desta pesquisa se
pretende demonstrar a relevância que o ensino aprendizado aos seis anos de
idade, tem para a criança e a sua construção de cidadania para a sociedade.
Pretende se, contribuir para a reflexão a todos os envolvidos na
educação – alunos, professores, gestores e comunidade em geral, em prol
deste objeto de estudo. Vê se para tanto, que se faz necessário uma
reestruturação, não meramente na proposta pedagógica da escola, mas
também no ambiente escolar. Que a escola esteja preparada para receber
crianças pequenas advindas, de classe social e cultural diversificada, estrutura
familiar variadas, necessitando de apoio psicológico, afetividade e amor por
parte de toda a equipe que compõe o processo pedagógico e que a escola
disponha de profissional preparado para docência nesta faixa etária do aluno.
Propõe-se, também, esta pesquisa para ao final deste trabalho,
apresentar à sociedade a importância da necessidade de uma reflexão quanto
à formação especifica e continuada dos profissionais que atuam na docência
do 1º ano do Ensino Fundamental, bem como refletir como se dá o ensino
aprendizado dessas crianças de seis anos no 1º ano do Ensino Fundamental.
Portanto, torna-se importante a pesquisa no campo científico, uma vez
que, conforme pesquisa bibliografia prévia e superficial, nota que com essa Lei
nº 11.274/2006, aumentou se o número de crianças no Ensino Fundamental,
pois se oportunizou o ingresso mais cedo das crianças à escola, principalmente
as de classe baixa que não podem pagar pré- escolar para seus filhos.
Espera-se que, os resultados a serem alcançados sejam satisfatórios
conforme já exposto acima e que a pesquisa venha colaborar com a mudança
de visão da prática pedagógica do ensino e da comunidade, sobre a
importância do ingresso do aluno de seis anos, no 1º ano do Ensino
Fundamental.
Diante do exposto justifica-se o presente trabalho.

6. METODOLOGIA
Os estudos deste trabalho serão desenvolvidos por um período de cento e
cinqüenta dias, através de leituras, reflexão e análise em pesquisa bibliográfica
e documentária nas leis, documentos, projetos, livros teóricos, artigos
científicos, dissertações, teses, revistas científicas e sites relacionados ao
tema, para que ao final deste trabalho, chegue-se ao resultado esperado com o
objeto dessa pesquisa.

7. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O Ministério da Educação através da Lei nº 11.274/2006 implantou o


Ensino Fundamental de nove anos como direito público subjetivo. (LDB
9394/1996 Art. 5º). Logo os Sistemas de Ensino Estaduais e Municipais tiveram
seu momento de reorganização em sua implantação, o qual tem como norma o
ingresso das crianças de seis anos completo no 1º ano, ou seja, tanto os
Sistemas de Educação Estadual e Municipal, bem como as Instituições de
Ensino, tiveram a necessidade de reelaborar suas propostas pedagógicas,
preparar os docente e toda a comunidade para a implantação do Ensino
Fundamental, onde a criança de seis anos passaria a ter o direito de ingressar
no 1º ano, ressaltando que anteriormente esse ingresso acontecia aos sete
anos de idade.
Do ponto de vista, relativo a construção do conhecimento na escola, isso
acontece quando ela abre espaço para a aprendizagem através da ação, pois é
pela ação do sujeito sobre os objetos do seu ambiente que ele aprende. Nesse
caso, o estímulo à ação e à participação ativa dos docentes e discentes no
processo de ensino aprendizagem é de suma importância, pois é papel da
escola abrir espaço que favoreça a aprendizagem do aluno. Portanto, a escola
agora precisamente abre espaço para essa criança de seis anos, visando um
ensino aprendizagem significativo nesta faixa etária, conforme as orientações
gerais da Coordenação Geral do Ensino Fundamental, Ensino Fundamental de
Nove Anos (2004), a seguir:
Após conceber a educação como um processo amplo, a LDB
estabelece, no art. 2º, que aquele processo visa ao pleno
desenvolvimento do educando. Este, entretanto, desde o início
de sua vida, apresenta ritmos e maneiras diferentes para
realizar toda e qualquer aprendizagem – andar, falar, brincar,
comer com autonomia, ler, escrever etc., como apontam as
contribuições das ciências humanas. Pode-se dizer, então, que
uma educação voltada para tais perspectivas precisa ser
pensada também com o foco voltado para essas
características:
 O ser humano é ser de múltiplas dimensões;
 Todos aprendem em tempos e em ritmos diferentes;
 O desenvolvimento humano é um processo contínuo;
 O conhecimento deve ser construído e reconstruído,
processualmente e continuamente;
 O conhecimento deve ser abordado em uma
perspectiva de totalidade;
 É importante uma gestão participativa, compartilhada e
que tenha como referência a elaboração coletiva do
Projeto Político-Pedagógico, contemplando a ampliação
do Ensino Fundamental;
 A diversidade metodológica e a avaliação diagnóstica,
processual e formativa devem estar comprometidas
com uma aprendizagem inclusiva, em que o aluno,
dentro da escola, aprenda de fato.
(SEB/DPE/COEF, 2004).

A escola para executá-lo se faz necessários alem das adequações


ambiental, a Inclusão da criança de 6 anos de idade, deve repensar e planejar
as práticas pedagógicas como eixo de fazer acontecer com qualidade, o
Letramento e a alfabetização no Ensino Fundamental.
Segundo citação na Resolução de nº 7/CNE/CNB - Diretrizes
Curriculares Nacionais para o Ensino Fundamental de 9 (Nove) Anos:

Art. 7º De acordo com esses princípios, e em conformidade


com o art. 22 e o art. 32 da Lei nº 9.394/96 (LDB), as propostas
curriculares do Ensino Fundamental visarão desenvolver o
educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável
para o exercício da cidadania e fornecer-lhe os meios para
progredir no trabalho e em estudos posteriores, mediante os
objetivos previstos para esta etapa da escolarização, a saber:
I – o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do
cálculo;
II – a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, das artes, da tecnologia e dos valores em que se
fundamenta a sociedade;
III – a aquisição de conhecimentos e habilidades, e a formação
de atitudes e valores como instrumentos para uma visão crítica
do mundo;
IV – o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se
assenta a vida social.

A Instituição que prima por ofertar e realizar um ensino aprendizagem


com qualidade devem repensar o quadro docente que irá ministrar esse ensino
para as crianças de seis anos: sua especialização, formação contínua e
habilidades pedagógicas com crianças pequenas, bem com as práticas
pedagógicas que desenvolva esse ensino aprendizagem, por meio do lúdico.
Isso já é requisito citados pelas diretrizes que orientam o ensino de nove
anos. (2004) “A natureza do trabalho docente requer um continuado processo
de formação dos sujeitos sociais historicamente envolvidos com a ação
pedagógica, sendo indispensável o desenvolvimento de atitudes investigativas,
de alternativas pedagógicas e metodológicas na busca de uma qualidade
social da educação”.
Vê se no ensino, que as experiências de novos processos
metodológicos vivenciados pelos educando, eleva a aprendizagem a um
patamar de excelência diante do novo. Vygostsky (1991) faz a seguintes
afirmações: “inicialmente, as primeiras ações lúdica surgem com base na
necessidade crescente da criança de dominar o mundo dos adultos”. São estas
necessidades que o ser se desenvolve, cresce e se relaciona uns com os
outros, a criança necessita do aprender brincando devido à disponibilidade de
se expressar, movimentar e comunicar-se através de suas atividades diante as
propostas de brincadeiras e jogos lúdicos, ricos em aprendizagem das
crianças.
Quanto as diversas discussões de educadores e ou sociedade a fins que
se refere ao aluno de seis anos que deverias está na Educação Infantil, vale
retomar o pensamento de Sônia Kramer1:

O ensino fundamental, no Brasil, passa agora a ter nove anos


de duração e inclui as crianças de seis anos de idade, e que já
é feito em vários países e em alguns municípios brasileiros há
muito tempo. Mas muitos professores ainda perguntam: o
melhor é que elas estejam na educação infantil ou no ensino
fundamental? Defendemos aqui o ponto de vista de que os
direitos sociais precisam ser assegurados e que o trabalho
pedagógico precisa levar em conta a singularidade das ações
infantis e o direito à brincadeira, à produção cultural tanto na
educação infantil quanto no ensino fundamental. È preciso
garantir que as crianças sejam atendidas nas suas
necessidades (a de aprender e a de brincar) que o trabalho
seja planejado, acompanhado por adultos na educação infantil
e no ensino fundamental e que saibam, em ambos, ver,
entender e lidar com as crianças e não apenas como
estudantes.
(BRASÍLIA - FNDE, 2006, P. 20)2

Sônia Kramer (2006) frisa ainda que: “a inclusão de crianças de seis


anos no ensino fundamental requer diálogo entre educação infantil e ensino
fundamental, dialogo institucional e pedagógico, dentro da escola e entre
escolas, com alternativas curriculares claras”.

1
Professora da Pontifica Universidade Católica (PUC) do rio de Janeiro, onde coordena o curso de
Especialização em Educação Infantil.
2
BRASIL. Ministério da Educação. Ensino Fundamental de Nove Anos: Orientações para Inclusão
da Criança de Seis Anos de Idade / organização do documento: Jeanete Beauchamp, Sandra Denise
Pagel, Aricélia Ribeiro do Nascimento. — Brasília: FNDE. Estação Gráfica, 2006. _ Kramer - A infância
e sua singularidade – São Paulo, Ed Cortez, 2003, p. 51-81.
8. CRONOGRAMA

ATIVIDADE JULHO AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO

Definição do Tema do
Projeto X
Levantamento
Bibliográfico X
Elaboração e Entrega do
Projeto X
Revisão Bibliográfica
X
Análises de Resultados
X
Elaboração Artigo TCC
X
Redação - Artigo TCC
X
Entrega em Apresentação
X
Artigo TCC

9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Lei nº 9.394/06 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
Brasília: 1998.

Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Básica - Resolução Nº


7, de 14 de Dezembro de 2010 - Fixa Diretrizes Curriculares Nacionais Para O
Ensino Fundamental De 9 (Nove) Anos.

KRAMER, S, Infância, cidadania e educação. In: Ensino. Fundamental de


nove anos: orientações para inclusão da criança de seis anos de idade.
Brasília: FNDE, Estação Gráfica, 2006.

Brasil - Ministério da Educação - Secretaria de Educação Básica -


Departamento de Políticas de Educação Infantil e Ensino Fundamental -
Coordenação Geral do Ensino Fundamental, Ensino Fundamental de Nove
Anos – Orientações Gerais – ano 2004.

VYGOTSKY, Lev Semenovich. O papel do brinquedo no desenvolvimento: a


formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1991.

UTZIG, Prof. Gilmar - FIAR- Gestão Escolar: Administração, Supervisão e


Orientação _ Disciplina de Metodologia da Pesquisa Científica II (Artigo) –
IV – Escrever o Princípio da Pesquisa. - maio/2011.

CAMPOS, Maria Célia Rabello Malta. A importância do jogo no processo de


aprendizagem. Disponível em:
http://www.psicopedagogia.com.br/entrevistas/entrevista.asp?entrID=39. Acesso
no dia 20 de fevereiro de 2006.

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