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Do contrato de fiança
Trata-se de garantia pessoal através da qual terceira pessoa assume a responsabilidade
pelo pagamento da dívida caso o devedor não o faça (art. 818). É contrato formal, pois, em
conformidade com o disposto no art. 819 do CC, precisa ser realizado por escrito, sob pena de
ser considerado nulo de pleno direito.
Se a fiança for concedida por pessoa casada, há necessidade da outorga uxória ou
marital.
Como se trata de obrigação acessória, a fiança não poderá exceder o valor da obrigação
principal, pelo princípio da gravitação jurídica (acessorium sequitur principale).
Da pessoa do fiador
No caso da ação renovatória, o locatário precisa, quando da propositura desta ação,
fornecer fiador idôneo.
No caso de o fiador pretender exonerar-se da fiança, somente poderá fazê-lo quando o
contrato for realizado por prazo indeterminado, ou na hipótese de o contrato realizado por
prazo determinado ser prorrogado, tornando-se, agora, por prazo indeterminado. Durante o
prazo estipulado no contrato, não poderá o fiador exonerar-se.
Para que o fiador exonere-se, deverá notificar o locador e o locatário, ficando
responsável pelo pagamento por até 60 dias após a notificação.
No caso da ação revisional, que somente poderá ser proposta após 3 anos da vigência
do contrato de locação (art. 19 da lei 8245/91), sendo a mesma proposta pelo locador, deverá
citar o fiador para que os efeitos da sentença alcancem também este.
O locador poderá exigir a substituição do fiador nas hipóteses de insolvência, falência
ou se o fiador tornar-se incapaz.