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AO: CARTÓRIO DO 3º OFÍCIO DE NOTAS – Sr. Tabelião.

Inventário de MANOEL PEDRO DE BARROS

MAGNAIR LOPES DE BARROS SILVA, brasileira, casada, aposentada,


portadora da cédula de identidade de número 116492406, expedida pela
SSP/BA e inscrita no CPF/MF sob o número 083.016.545-20, residente e
domiciliada nesta cidade do Salvador – Estado da Bahia, na Rua Professor
Souza Brito, nº 125 – Casa 09 – Condomínio Vilarejo, Itapuã – CEP: 41640-380,
Inventariante dos bens deixados por seu genitor MANOEL PEDRO DE
BARROS, vem, com a presente, por seu advogado infra firmado, constituído
mediante instrumento de mandato anexo, que o qualifica e indica o endereço de
seu escritório profissional, onde recebe intimações, perante Vossa Excelência,
PRESTAR AS SEGUINTES DECLARAÇÕES, consoante estabelecido no art.
610, parágrafos 1º e 2º do Código de Processo Civil.

I - QUANTO AO AUTOR DA HERANÇA:

O Sr. MANOEL PEDRO DE BARROS, faleceu no dia 16 de fevereiro de


1998, às 17:00 horas, em domicílio à Av. Itapitanga, 1.029, Coaraci, neste
Estado, conforme atesta a Certidão de Óbito anexada.

O “de cujus”, quando do seu falecimento, era pai da requerente,


consoante comprova cópia da RG anexada com a CERTIDÃO DE
CASAMENTO, não tendo deixado testamento, gerou (12) doze filhos, dos quais
oito (8) vivos e maiores, dois (2) anteriormente falecidos e dois (2)
posteriormente falecidos, em dois núcleos familiares de companheiras que
conviveram sob regime de união estável, conforme abaixo discriminados e
documentação anexa.

II - QUANTO AOS BENS

O primeiro núcleo familiar teve início em 02/07/1947 através da união


estável com ROSA LOPES SILVA, falecida em 11/03/2018, onde teve formação
patrimonial do monte “A”:

1 Uma casa situada em Ilhéus-BA, adquirida em data de 17/11/1969,


registro sob nº 25.970, com uma porta e duas janelas de frente, três
quartos, uma sala, cozinha, banheiro e privada, área construída
135,70m2, situada na rua Carneiro da Rocha, 97, inscrição municipal
1074, Ilhéus, Bahia, com valor venal de R$ 111.947,50;
O segundo núcleo familiar teve início em 1966 através da união estável
com ZÉLIA MORAIS DA SILVA, onde teve formação patrimonial do monte “B”:

1 Uma área de terras rural, adquirida em 09/03/1970, medindo trinta e cinco


hectares, situada no Município de Itapitanga, Comarca de Coaraci-Ba,
titulada sob n. 10115, registro sob nº 1.788, com Valor da Terra Nua
Tributável declarado no ITR de R$ 15.000,00;

2 Um terreno urbano, adquirido em 22/05/89, medindo 4m de frente por 18m


de frente a fundo, situado em Coaraci-BA, na Av. Itapitanga, nº 1.038, B.
Ruinha de José Ramos, registro sob nº 997, onde posteriormente foi
edificada uma casa com inscrição imobiliária 01.02.090.0119.001,
cadastro 5771, com valor venal de R$7.555,39;

3 Um terreno urbano, adquirido em 22/05/89, medindo 4m de frente por 18m


de frente a fundo, situado em Coaraci-BA, na Av. Itapitanga, nº 1.040, B.
Ruinha de José Ramos, registro sob nº 707, onde posteriormente foi
edificada uma casa com inscrição imobiliária 01.02.090.0124.001,
cadastro 6922, com valor venal de R$8.318,39;

III - QUANTO AOS HERDEIROS

No primeiro núcleo familiar nasceram sete (7) filhos, a saber:


1 MAGNECI LOPES DE BRROS, em 30/12/48, solteira;
2 MAGNAIR LOPES DE BARROS SILVA, em 30/06/1953, casada;
3 MAGNAILZA LOPES DE BARROS, em 29/10/55, solteira;

Falecidos antes do falecimento do “de cujus”, sem deixar filhos:


4 MAGNALDO LOPES DE BARROS, em 26/04/50, solteiro, falecido
em xx/xx/xx
5 MAGNAILTON LOPES DE BARROS, em 30/08/54, solteiro,
falecido em xx/xx/xx

Falecido após o falecimento do “de cujus” e antes do falecimento de sua


mãe, sem deixar filhos – a mãe herda tudo dele:
6 MAGNO LOPES DE BARROS, em 13/02/52, solteiro, falecido em
27/11/2011

Falecido após o falecimento do “de cujus” e o de sua mãe, sem deixar


filhos – os irmãos herdam tudo dele:
7 MAGNAILSON LOPES DE BARROS, em 02/02/60, solteiro,
falecido em12/04/2018

No segundo núcleo familiar nasceram cinco (5) filhos, a saber:


1 ANA MÁRCIA SILVA BARROS em 10/06/73, solteira;
2 CARLOS HENRIQUE SILVA BARROS, em 21/06/75, solteiro;
3 ROBÉRIO SILVA BARROS, em 21/10/77, solteiro;
4 MARIA DA GLÓRIA DA SILVA BARROS, em 11/08/80, solteira;
5 ELIANE DA SILVA BARROS, em 21/08/83, solteira;
IV - QUANTO AO DIREITO

Em 16/02/1998, faleceu MANOEL PEDRO DE BARROS, deixando 10


(dez) filhos como herdeiros necessários de seus 50% do patrimônio total.

As companheiras ROSA LOPES SILVA e ZELIA MORAIS DA SILVA -


ambas vivas – eram meeiras dos bens adquiridos (montes “A” e “B”) por força do
regime de bens, artigos 1.660 e 1.725 do Código Civil. Coube então para cada
filho 5% (cinco por cento) do patrimônio do falecido, por força da sucessão
legítima, artigos 1.784 e 1.829, I, Código Civil,

DO REGIME DE COMUNHÃO PARCIAL


Art. 1.660. Entram na comunhão:
I - os bens adquiridos na constância do
casamento por título oneroso, ainda que só
em nome de um dos cônjuges;

DA UNIÃO ESTÁVEL
Art. 1.725. Na união estável, salvo contrato
escrito entre os companheiros, aplica-se às
relações patrimoniais, no que couber, o
regime da comunhão parcial de bens.

DA SUCESSÃO EM GERAL
Art. 1.784. Aberta a sucessão, a herança
transmite-se, desde logo, aos herdeiros
legítimos e testamentários.

DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA


Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na
ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o
cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime da comunhão
universal, ou no da separação obrigatória de
bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens
particulares;

Em 27/11/201, com o falecimento do filho MAGNO LOPES DE BARROS,


ROSA LOPES SILVA teve sua parte do monte “A” acrescida em 5% (cinco por
cento), e passou a ter 5% (cinco por cento) do monte “B”, segundo o art. 1.829,
II, Código Civil.

DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA


Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na
ordem seguinte:
II - aos ascendentes, em concorrência com o
cônjuge;
Em 11/03/2018, com o falecimento de ROSA LOPES SILVA, seus 55%
(cinquenta e cinco por cento) do monte “A” mais os 5% (cinco por cento) do
monte “B” foram transmitidos para seus 4 (quatro) filhos sobreviventes. Assim,
estes passaram ao direito de 75% (setenta e cinco por cento) sobre o monte “A”,
18,75% (dezoito e setenta e cinco décimos percentuais) para cada, e 25% (vinte
e cinco por cento) sobre o monte “B”, 6,25% (seis e vinte e cinco décimos
percentuais) para cada, segundo o art. 1.829, I, Código Civil.

DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA


Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na
ordem seguinte:
I - aos descendentes, em concorrência com o
cônjuge sobrevivente, salvo se casado este
com o falecido no regime da comunhão
universal, ou no da separação obrigatória de
bens (art. 1.640, parágrafo único); ou se, no
regime da comunhão parcial, o autor da
herança não houver deixado bens
particulares;

Em 12/04/2018, com o falecimento de MAGNAILSON LOPES DE


BARROS, seus 18,75 (dezoito e setenta e cinco décimos percentuais) do monte
“A” mais os 6,25% (seis e vinte e cinco décimos percentuais) do monte “B” foram
transmitidos para seus 8 irmãos por força da ordem da classe dos herdeiros
colaterais.

Assim, MAGNAIR, MAGNAILZA e MAGNECI passaram para 63,30%


(sessenta e três e trinta décimos percentuais) sobre o monte “A” e 21,10% (vinte
e um e dez décimos percentuais) sobre o monte “B”. Concomitantemente, ZÉLIA
MORAIS DA SILVA manteve seus 50% (cinquenta por cento) e seus filhos, ANA,
CARLOS, ROBÉRIO, MARIA DA GLÓRIA e ELIANE, passaram para 78,90%
(setenta e oito e noventa décimos percentuais), sobre o monte “B” e 36,70%
(trinta e seis e setenta décimos percentuais) sobre o monte “A”, conforme artigo
1.829, IV, Código Civil.

DA ORDEM DA VOCAÇÃO HEREDITÁRIA


Art. 1.829. A sucessão legítima defere-se na
ordem seguinte:
IV - aos colaterais.

O monte “A”, representado pela Casa de Ilhéus, registro 25.970, está


atualmente avaliado em R$ 111.947,50.

O monte “B” está atualmente avaliado com os seguintes valores:

R$ 15.000,00 - Área de terras de 35ha em Coaraci, registro 1788


R$ 7.555,39 - Terreno com edificado em Coaraci, registro 997
R$ 8.318,39 - Terreno com edificado em Coaraci, registro 707
---------------
R$ 30.873,78
Totalizando os bens inventariados, teremos R$ 142.821,28.

No agrupamento de bens por núcleo familiar podemos concluir que sobre


o monte ”A” os herdeiros MAGNAIR, MAGNAILZA e MAGNECI estão
contemplados em R$ 70.862,77 (setenta mil, oitocentos e sessenta e dois reais
e setenta e sete centavos), enquanto os herdeiros ANA, CARLOS, ROBÉRIO,
MARIA DA GLÓRIA e ELIANE estão contemplados em R$ 41084,73 (quarenta
e um mil, oitenta e quatro reais e setenta e três centavos). ]

Sobre o monte “B”, os herdeiros MAGNAIR, MAGNAILZA e MAGNECI


estão contemplados em R$ 6.514,17 (seis mil, quinhentos e quatorze reais e
dezessete centavos), enquanto os herdeiros ZÉLIA, ANA, CARLOS, ROBÉRIO,
MARIA DA GLÓRIA e ELIANE estão contemplados em R$ 24359,61 (vinte e
quatro mil, trezentos e cinquenta e nove reais e sessenta e um centavos).

Na consolidação, teremos MAGNAIR, MAGNAILZA E MAGNECI com R$


R$ 77.376,94 (setenta e sete mil, trezentos e setenta e seis reais e noventa e
quatro centavos), com equivalência de 1/3 (um terço) para cada, ZELIA MORAIS
DA SILVA com R$15.436,89 (quinze mil, quatrocentos e trinta e seis reais e
oitenta e nove centavos), e ANA, CARLOS, ROBÉRIO, MARIA DA GLÓRIA e
ELIANE com R$ 50.007,45 (cinquenta mil, sete reais e quarenta e cinco
centavos), com equivalência de 1/5 (um quinto) par cada.

V - REQUERIMENTOS
.
Considerando a atual posse mansa e pacífica que exercem sobre os bens
deste inventário e o conhecimento do teor demonstrado na conformidade da lei
fundamentada neste instrumento, os herdeiros declaram seus desejos de divisão
justa e decidem de forma consensual e unânime manter e ceder direitos
reciprocamente, na seguinte forma:

MAGNAIR, MAGNAILZA e MAGNECI cedem seus direitos de 21,10%


(vinte e um e dez décimos percentuais), em favor de ANA, CARLOS, ROBÉRIO,
MARIA DA GLÓRIA e ELIANE, no conjunto do monte “B”:

- Área de terras rural de 35ha em Coaraci, registro 1788,


- Terreno urbano com edificação em Coaraci, registro 707 e
- Terreno urbano com edificação em Coaraci, registro 997

Na Casa de Ilhéus, registro 25.970, monte “A”, ANA, CARLOS,


ROBÉRIO, MARIA DA GLÓRIA e ELIANE cedem seus direitos de 36,70%
(trinta e seis e setenta décimos percentuais) em favor de MAGNAIR,
MAGNAILZA e MAGNECI.
EM RESUMO:

ANA, CARLOS, ROBÉRIO, MARIA DA GLÓRIA e ELIANE, passam a


50% (cinquenta por cento) das propriedades do monte “B”, com equivalência de
10% (dez por cento) para cada, mantendo ZÉLIA MORAIS DA SILVA com seus
50% (cinquenta por cento) originais.

MAGNAIR, MAGNAILZA e MAGNECI, passam ao direito de 100% (cem


por cento) da propriedade do monte “A”, com equivalência de 1/3 (um terço) para
cada.

Termos em que,
Pede Deferimento.

Salvador/BA, 26 de AGOSTO de 2019.

ANTONIO CARLOS ALVES DA SILVA


Advogado - OAB/BA nº 60.349

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