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Rio Grande
2019
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Sumário
1 INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 3
2 DESENVOLVIMENTO.......................................................................................................... 4
4 CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 11
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO
No Brasil, existem três categorias de corantes permitidas pela legislação para uso em
alimentos: os corantes naturais, o corante caramelo e os corantes artificiais. Considera-se
corante natural, o pigmento extraído de substância vegetal ou animal, sendo os mais utilizados
pela indústria, extratos de urucum, carmim de cochonilha, curcumina. O corante caramelo é o
produto obtido a partir de açúcares pelo aquecimento em temperatura superior ao seu ponto de
fusão e tratamento indicado pela tecnologia. Já o corante artificial é a substância obtida por
processo de síntese, os permitidos são o amarelo crepúsculo, azul brilhante FCF, bordeaux S
ou amaranto, eritrosina, indigotina, ponceau 4R, tartrazina e o vermelho 40 (FOOD
INGREDIENTS, 2016).
cromatográficas, foram bastante utilizadas, porém são muito demoradas e produzem dados com
baixa exatidão e precisão (PRADO; GODOY, 2003).
O objetivo deste experimento foi quantificar corantes presentes em alimentos através da
identificação espectrofotométrica e determinar a ingestão máxima dos alimentos dispostos para
o experimento, para uma criança de 20 kg e para um adulto de 70 kg considerando os valores
de IDA para corantes.
2 DESENVOLVIMENTO
2.1.1 MATERIAL
● Balança analítica;
● Espectro UV/Vis;
● Béquer;
● Balões volumétricos;
● Erlenmeyer;
● Metanol amoniacal;
● Amostra: Pó para refresco sabor laranja e morango
2.1.2 MÉTODOS
Cálculo:
a) Amostra com um só corante: calcular o teor usando o valor de
𝑬𝟏%
𝟏𝒄𝒎 do respectivo corante, segundo a Tabela 1.
b) Amostra com dois corantes cujas absorções máximas são bem distintas entre
si: As leituras foram feitas nos dois comprimentos de onda respectivos na
mesma solução. Como os corantes absorvem em regiões distintas, a absorção
de um não interfere na absorção do outro. Foi calculado o teor de corante
Corantes 𝑬𝟏%
𝟏𝒄𝒎
Absorção máxima no visível
(nm)
(1)
Onde:
A= absorbância da amostra
𝑬𝟏%
𝟏𝒄𝒎 (Absortividade molar) = obtida na Tabela 1
C= concentração da solução da amostra (g/100 mL)
c) Amostra com dois corantes cujas absorções máximas são bem próximas uma
da outra: fez-se as leituras das absorbâncias nos comprimentos de onda de
cada corante na mesma solução. Como as regiões de absorções máximas são
bem próximas, a absorção de um dos corantes interfere na absorção do outro.
Em amostras contendo tartrazina e amarelo crepúsculo, como por exemplo ao
fazer a leitura a 426 nm, na realidade, estamos considerando a absorção da
tartrazina mais a do amarelo-crepúsculo; a 481 nm, estamos considerando a
absorção do amarelo-crepúsculo mais a da tartrazina. O que ocorre é a
aditividade das absorbâncias. Para a devida correção, estabelecemos valores
de 426 nm e a 481 nm com o padrão do corante tartrazina com 96,36% de
pureza (no mínimo) e com o padrão do corante amarelo-crepúsculo com
90,29% de pureza (no mínimo), conforme Tabela 2.
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Corantes 𝑬𝟏%
𝟏𝒄𝒎
Absorção máxima
no visível (nm)
(2)
Onde:
X= concentração do corante tartrazina
Y= concentração do corante amarelo crepúsculo
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A amostra analisada em aula prática foi um pó para refresco sabor morango e laranja
que continha em sua composição cinco corantes: Amarelo-crepúsculo, Amarelo Tartrazina
Vermelho 40, caramelo IV e TiO2.
O corante Amarelo-crepúsculo é utilizado frequentemente em alimentos fermentados,
mas também pode ser encontrado em bebidas de sabor laranja. Já o Amarelo Tartrazina é usado
na indústria alimentícia, mas também nas é encontrado em cosméticos e fármacos. O Vermelho
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Corantes 𝑬𝟏%
𝟏𝒄𝒎
Absorção Absorbâncias Média das
máxima no medidas absorbâncias
visível (nm) medidas
Amarelo- 564,1 481 0,284 / 0,284 / 0,2843
crepúsculo 0,285
Amarelo tartrazina 536,6 436 0,135 / 0,135 / 0,1350
0,135
Vermelho 40 536 505 0,353 / 0,355 / 0,3547
0,356
Amarelo-crepúsculo 0,0504
Vermelho 40 0,0661
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Mesmo tendo sido feita diluição em aula, ao compararmos os valores de limite máximo
com os dados obtidos em aula, é possível perceber que a quantidade encontrada foi muito
superior nos três corantes, com destaque para o corante Vermelho 40.
Para avaliar a ingestão diária máxima do pó para refresco em estudo para um criança de
20 kg e para um adulto de 70 kg, foram considerados os seguintes valores de Ingestão Diária
Aceitável (IDA): 7 mg/kg de peso corpóreo, 4 mg/kg peso corpóreo e 7,5 mg/kg peso corpóreo
para o Vermelho 40, Amarelo-crepúsculo e Amarelo tartrazina, respectivamente.
Desta forma, calculou-se qual seria a ingestão diária máxima de cada corante para a
criança e para o adulto e os cálculos estão demonstrados a seguir:
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Vermelho 40
7 mg -- 1 kg 7 mg --- 1 kg
Amarelo-crepúsculo
Amarelo tartrazina
Amarelo-crepúsculo
0,0504----- 100 g de pó
x -------- 25 g de pó x= 0,0126 g
Assim, uma criança de 20 kg, para não ultrapassar a IDA de nenhum dos três corantes,
deveria ingerir no máximo cerca de 160 g do alimento. Já um adulto de 70 kg, para não
ultrapassar a IDA dos corantes, deveria ingerir no máximo cerca de 550 g do alimento.
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Portanto, é de extrema importância estar atento aos rótulos dos alimentos para ter
conhecimento dos corantes que são utilizados, já que estes são substâncias que podem causar
efeitos tóxicos no organismo dependendo do tipo de corante utilizado ou da quantidade
ingerida. De acordo com Gonsalves (2002), alguns corantes como o amaranto, tartrazina e o
vermelho 40 são conhecidos por possuir efeito cancerígenos, já outros podem causar alergias e
até mesmo hiperatividade.
4 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
-Os corantes alimentícios. Revista Aditivos & Ingredientes, São Paulo. Disponível em:
<http://insumos.com.br/aditivos_e_ingredientes/materias/119.pdf>. Acesso em: 08 jun. 2019.