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INTRODUÇÃO:

A administração é processo ou actividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre


objectivos e recursos. O processo de administrar (ou processo administrativo) é inerente a
qualquer situação em que haja pessoas utilizando recursos para atingir algum tipo de objectivo.

A origem da administração remonta aos Filósofos gregos, passando de Sócrates, Rousseau,


Adam Smith a Karl Marx, entre outros.

Deve-se ressaltar que os conceitos, pensamentos e as teorias da administração são produtos do


ambiente, forças sociais, econômicas, políticas, tecnológicas e culturais vigentes na época de sua
concepção. A partir desta premissa o presente trabalho tem por objetivo apresentar as abordagens
teóricas da administração, a partir das diversas variáveis presentes no momento de sua
elaboração.

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores
voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria
Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-
relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a
sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.

A Teoria Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes
que se inter-relacionam. Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que
significa que os sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.

Esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua análise a organização
formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos
organizacionais, ditos como inevitáveis.
ABORDAGEM ESTRUTURALISTA

Desenvolveu a partir dos estudos sobre as limitações e rigidez do modelo burocrático. Os


estruturalistas introduziram o modelo de sistema aberto no estudo das organizações e tentaram
compatibilizar as contribuições clássicas e humanísticas: uma abordagem múltipla e
compreensiva na análise das organizações, visualizando-as como complexos de estruturas
formais e informais.3
Para o estruturalismo é de especial importância o relacionamento da parte na constituição do
todo, ou seja, que estruturalismo implica em totalidade e interdependência. Crítica ao caráter
ilusório da participação nas decisões, colocada na abordagem humanística. Encara como sendo
na verdade uma forma de fazer com que os subordinados acatem decisões previamente tomadas,
em função de uma ilusão de participação e de poder.

IDÉIAS CENTRAIS

O Homem Organizacional – precisa apresentar flexibilidade, resistência à frustração, capacidade


de adiar as recompensas e o desejo permanente de realização. Desta forma, a cooperação é
conseguida em função do desejo intenso de obtenção de recompensas sociais e materiais, o qual
também é responsável pela submissão do indivíduo ao processo muitas vezes doloroso de
socialização para o desempenho de vários de seus papéis, especialmente daqueles mais
especializados.

Os Conflitos Inevitáveis – conflito entre grupos é um processo social fundamental. É o conflito o


grande elemento propulsor do desenvolvimento, embora isto nem sempre ocorra. Não são,
portanto, todos os conflitos desejáveis, mas sua existência não pode ser ignorada. Segundo
Amitai Etzioni, há na organização tensões inevitáveis, de vários tipos, que podem ser reduzidas,
mas não eliminadas. Estas tensões situam-se entre necessidades organizacionais e individuais,
racionalidade e irracionalidade, disciplina e liberdade, relações formais e informais, entre níveis
hierárquicos e entre unidades administrativas.

Os Incentivos Mistos – entendendo a organização como um sistema formal no qual o trabalhador


tinha um papel absolutamente passivo e a natureza humana como egocêntrica e voltada tão
somente para fins econômicos, os incentivos eficientes teriam necessariamente que ser
monetários. Entendendo a organização como um emaranhado de grupos informais que
colaboram ou não com a administração na medida em que esta lhes oferecesse ou não status,
prestígio e circunstâncias favoráveis ao desenvolvimento da amizade e do companheirismo, teria
que superestimar os incentivos e as recompensas psicossociais.

Referências Bibliográficas
Lacombre, F., Heilborn, G. Administração – Princípios e Tendências.São Paulo: Saraiva, 2003.
Trewatha, R. L., Newport, M. G. Administração: funções e comportamento. São Paulo: Saraiva,
1979.
Chiavenato, I. Administração – Teoria, Processo e Prática. São Paulo: McGraw-Hill,1987.
Motta, F. C. P. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Livraria Pioneira, 1973.

A Teoria Estruturalista surgiu por volta da década de 50, como um desdobramento dos autores
voltados para a Teoria da Burocracia que tentaram conciliar as teses propostas pela Teoria
Clássica e pela Teoria das Relações Humanas. Os autores estruturalistas procuram inter-
relacionar as organizações com o seu ambiente externo, que é a sociedade maior, ou seja, a
sociedade de organizações, caracterizada pela interdependência entre as organizações.

A Teoria Estruturalista baseia-se no conceito de estrutura, que é um todo composto por partes
que se inter-relacionam. Portanto, o todo é maior do que a simples soma das partes. O que
significa que os sistemas organizacionais não são a mera justaposição das partes.

Esta teoria caracteriza-se por sua múltipla abordagem, englobando em sua análise a organização
formal e informal, recompensas materiais e sociais e entre outros, reconhecem os conflitos
organizacionais, ditos como inevitáveis.

A Teoria Estruturalista foi criada a partir de um desdobramento da Teoria da Burocracia e como


contrapartida da reviravolta na Administração, causada pelos princípios sociais e filosóficos da
Teoria das Relações Humanas. A Teoria Estruturalista foi criada na tentativa de suprir a carência
de soluções da Teoria da Burocracia
A Teoria Estruturalista teve como origem os seguintes fatos:

• A oposição surgida entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas –


incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que
integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria
Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber.

• A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual
interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a
viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de
distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas.

• A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das


organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a
Antropologia (com Claude Lévi-Strauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística,
chegando até a teoria das organizações com Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria administrativa,
o estruturalismo se concentra nas organizações sociais.
• Novo conceito de estrutura. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais elementos e que
permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura
mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura
pode ser apontada em diferentes áreas, e a compreensão das estruturas fundamentais em alguns
campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos.

Homem Organizacional

Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o "homo economicus" e a Teoria das Relações Humanas
"o homem social", a Teoria Estruturalista focaliza o "homem organizacional", a pessoa que
desempenha diferentes papéis em várias organizações. O homem moderno, ou seja, o homem
organizacional, para ser bem-sucedido em todas as organizações, precisa ter as seguintes
características de personalidade:
• Flexibilidade, em face das constantes mudanças que ocorrem na vida moderna e da diversidade
de papéis desempenhados nas organizações.

• Tolerância às frustrações para evitar o desgaste emocional decorrente do conflito entre


necessidades organizacionais e necessidades individuais, cuja mediação é feita através de normas
racionais, escritas e exaustivas.

• Capacidade de adiar as recompensas e poder de compensar o trabalho rotineiro na organização


em detrimento de preferências pessoais.

• Permanente desejo de realização para garantir cooperação e conformidade com as normas


organizacionais para obter recompensas sociais e materiais.

Apesar de se apoiar nas teorias anteriores, os Estruturalistas apresentam uma série de novos
conceitos: como o de homem organizacional, a organização como um sistema aberto, a
abordagem múltipla, etc. Sendo estes de grande contribuição para o campo da Administração. A
teoria estruturalista se apresenta consideravelmente mais completa que as anteriores, pois
abrange as organizações formais e informais, o fenómenos internos (intra-organizacional) e
externos (interorganizacional), procurando conciliar aspectos estudados nas teorias anteriores e
ainda acrescentar novos aspectos à administração.

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