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Contexto histórico "Faze também vir para junto de ti Arão, teu irmão, e seus
filhos com ele, dentre os filhos de Israel, para me oficiarem como sacerdotes, a
saber, Arão e seus filhos Nadabe, Abiu, Eleazar e Itamar. Farás vestes sagradas
para Arão, teu irmão, para glória e ornamento. Falarás também a todos os
homens hábeis, a quem enchi do espirito de sabedoria, que façam vestes para
Arão para consagrá-lo; para que me ministre o ofício sacerdotal. As vestes, pois,
que farão são estas: um peitoral, uma estola sacerdotal, uma sobrepeliz uma
túnica bordada, mitra e cinto. Farão vestes sagradas para Arão, teu irmão, e
para seus filhos, para me oficiarem como sacerdotes". Ex. 28.1-4.
Desde os dias de Moisés uma das características que distinguem o povo judeu
tem sido o costume de cobrir a cabeça. "As mulheres judias tradicionais tem
frequentemente sua cabeça coberta por um véu ou mesmo uma peruca". Os
homens ortodoxos estão sempre usando algum tipo de cobertura da cabeça,
seja um solidéu ou um tradicional chapéu. A maioria dos homens judeus não
importa o ramo de filiação, usará a "cobertura da cabeça" quando frequentando
um lugar de adoração judaico. De onde veio o costume? O conceito do Kippah
foi realmente estabelecido como uma parte do vestuário judaico para ser usado
nas orações. Deus foi cuidadoso em deixar claro para Moisés que o povo
necessitava de um mediador para que pudesse ter comunicações com Ele. O
Deus de Israel é santo e puro além de qualquer descrição. Enquanto a espécie
humana tem se afastado de Deus devido seus pecados (Hb.1.13). Hoje,
questiona-se a necessidade de mediadores em nossa relação com Deus. Outros
pensam que o conceito de um sacerdócio não e útil para nossos dias. Todavia
um presente da graça de Deus que Ele tenha estabelecido uma maneira de
Israel comunicar-se com Ele, mesmo em seu estado de "não retidão".
Era Costume se cobrir a cabeça como sinal de luto, como descrito e, 2Sm.15.30.
Posteriormente, a tradição judaica olhava um homem com a cabeça descoberta
como indecente ou mesmo pagão. Tão importante era cobrir a cabeça que
alguns dos rabinos talmúdicos falam de não andar mesmo que seja 6 passos
sem o adorno próprio da cabeça ( Babylonian Talmud, kidduhin 31a).
Outra discussão talmúdica observa que um homem deve ter cabeça coberta
para mostrar "humildade ao orar" (Babylonyan Talmud, Rosh Hashanah 17.b).
Talvez o que melhor resume as razões para se cobrir a cabeça e que "o temor
do Senhor estará sobre você" ( Babylonian Talmud, Shabbat 156 b). Isto traz a
mente do antigo hebreu o ditado que afirma que eles tem de responder
autoridade superior. O cobrir a cabeça é uma lembrança para Israel que há
alguém cuidando deles.
Alguém pode esperar que este debate acerca de se cobrir a cabeça seja feita
tratando por base um outro libro judaico, o Novo Testamento em sua exortação
aos crentes messiânicos de Corinto, Saulo de Tarso, apresenta algumas linhas
básicas para o culto público. Embora sua discussão seja de dois espirituais e
amor, Saulo primeiro leva o assunto de vestuário impróprio ou que estava
causando confusão. "De fato eu vos louvo porque em tudo vos lembrais de mim,
e retendes as tradições assim como vo-las entreguei. Quero, entretanto, que
saibais ser Cristo o cabeça de todo o homem e o homem o cabeça da mulher, e
Deus o cabeça de Cristo. Todo homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça
coberta, desonra a própria cabeça. Toda mulher, porém, que ora, ou profetiza,
com a cabeça sem véu, desonra a sua própria cabeça, porque é como se a
tivesse raspada. Portanto se, a mulher não usa véu, nesse caso que raspe o
cabelo. Mas, se lhe é vergonhoso o tosquiar-se, ou raspar-se cumpre-lhe usar
véu". (1Co.11.2-6).
Ao tentar entender essa passagem (muito mal interpretada), devemos primeiro
observar que Paulo está evidentemente dando alguns conselhos relacionados
com a cultura de Corinto. É significativo o fato dele usar a palavra tradição
(1Co.11.2). A palavra grega "paradosis" significa aquilo que é mantido de
gerações passadas, e isso fala de coisas que foram mantidas, sejam bíblicas ou
extra-bíblicas. Há boas tradições ( como vemos nesta passagem e em 2Ts.2.15)
e há tradições que tornou-se más pelas distorções dos homens ( como vemos
em Mc.7.3). Não é de se surpreender que Paulo, ao levantar a questão do
vestuário para o culto público, tenha feito alusão a certas tradições. Mesmo na
comunidade judaica tem sido debatido tais costumes. A intensidade do debate
era muito maior entre os não judeus, na cidade pagã de Corinto.
Paulo admoestou os crentes que vinham de uma cultura grega para não cobrir
suas cabeças durante as orações. Alguns crentes de hoje vêem ai uma
proibição do uso do Kippah pelos modernos judeus messiânicos. Todavia, Paulo
está claramente escrevendo para aqueles que estavam rodeados pela cultura
helênica não-judaica. Mesmo para os judeus em corinto, esta orientação não
deveria apresentar um conflito. O uso ou não do Kippah tem sido flexível,
dependendo da cultura particular de onde o judeu vive. O apóstolo parece estar
se referindo a certos costumes em Corinto que poderia trazer confusão em
relação ao testemunho dos crentes messiânicos ( Edeisheim, Sketches of
Jewish Social Life in teh Days of Christ, pg. 154).
Era natural que Paulo tocasse nesse problema em Corinto dentro do contexto do
"cobrir a cabeça"; porque era de muito valor que o kippah ou lenço significava
para o judeu. É interessante que algumas práticas culturais judaico modernas
têm realmente comunicado exatamente o oposto dos propósitos colocados aos
gregos em Corinto.
Paulo diz que "procedi, para com os judeus , como judeu, a fim de ganhar os
judeus"(1Co.9.20). O Novo Testamento dá aos crentes em Yeshua liberdade em
tais questões são essenciais, de seguir ou não seguir, dependendo da convicção
pessoal de cada um (Rm.14). Da perspectiva bíblica, a questão mais importante
não é uso do sinal de submissão, mas se a pessoa vive uma vida de submissão.
Não beneficia o crente ter uma expressão externa tradicional associada com
uma vida pessoal fora do mandamento de Deus. Qualquer coisa que seja
praticada, todas as coisas devem ser feitas por causa do amor ao Messias. O
Kippah para o homem ou o lenço para as mulheres, é um costume maravilhoso
se entendido de maneira apropriada. Os crente em Yeshua devem se perguntar
se estão andando na verdade que esses costumes querem comunicar.