Você está na página 1de 491

Controle de Sistemas Lineares

Prof. Reinaldo M. Palhares

Contato: Sala 2605 (BLOCO 1) — mailto: palhares@cpdee.ufmg.br

www.cpdee.ufmg.br/∼palhares/controlelinear.html

Terças- e Quintas-Feiras – 07h30 a 09h10


Aspectos Burocráticos

Livro Texto
R. C. Dorf and R. H. Bishop, Modern Control Systems, 8a Ed., Addison Wesley, 1998.

Avaliações
• Três provas de 30 pontos cada (10/04/2008; 20/05/2008; 17/06/2008)
• Trabalhos computacionais – 8 pontos
• 2 pontos – conceito

(Pré-)Requisitos Desejáveis
• Paciência e perseverança...
• Análise de sistemas lineares

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Escopo do Curso

Não-Linear SISO
Linear MIMO
Sistemas Contı́nuos sem Memória
Sistemas Discretos com Memória
Não-Causal Distrı́buido
Causal Limitado
Variante no Tempo Estocástico
Invariante no Tempo Determinı́stico
Espaço de Estado (-) Entrada-Saı́da (+)

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Motivação e Contexto – Sistema Geral de Controle

Dado um modelo do sistema a ser controlado e um conjunto de especificações,


encontrar um controlador adequado

pertubações

atuadores Sistema sensores

sinais sinais
de atuação medidos

Controlador

sinais monitorados sinais de comando

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Motivação e Contexto

Especificações de desempenho
• resposta adequada aos sinais de controle
• atenuação de pertubações
• limitação de sinais crı́ticos
• redução de ı́ndices de sensibilidade
Especificações de controlador
• Linear, simples e eficiente
• metodologia de projeto? Técnicas baseadas em transformadas dependem de
experiência, talento e sorte...

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Ferramentas Computacionais

• Utilização de pacotes computacionais especı́ficos

SISOTOOL

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

1. Uma rápida revisão... Sistemas Dinâmicos

• Equações diferenciais de sistemas fı́sicos


• Funções de transferência de sistemas lineares
• Álgebra dos diagramas de blocos
• Diagramas de fluxo de sinais
• Modelagem matemática de sistemas fı́sicos

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

2. Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados

• Sinais de teste
• Desempenho de sistemas de segunda ordem
• Localização das raı́zes no plano-s e sua relação com a resposta transitória
• Erro em estado estacionário de sistemas de controle realimentados
• Índices de desempenho
• Simplificação de sistemas lineares
• Exemplo de projeto: controle de posicionamento do telescópio Hubble
• Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Telescópio Hubble

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Drive de Leitura

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

3. Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

• Conceito de estabilidade
• Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz
• Estabilidade relativa de sistemas de controle realimentados
• Estabilidade de sistemas de variáveis de estado
• Exemplo de projeto: controle de direção de um veı́culo com tração
independente
• Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Controle de direção de um veı́culo com tração independente

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

4. Método do Lugar das Raı́zes

• Conceito do “Lugar das Raı́zes”


• Procedimento para determinação do Lugar das Raı́zes
• Seleção de valores de parâmetros pelo método do Lugar das Raı́zes
• Controladores de 3 termos (PID)
• Sensitividade e o Lugar das Raı́zes.
• Projeto de um sistema de controle de robô
• Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive – PRIMEIRA
PROVA
• Gráficos de Lugar das Raı́zes de funções de transferência tı́picas

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

5. Métodos de Resposta em Freqüência

• Motivação
• Gráficos de resposta em freqüência
• Exemplo de traçado do diagrama de Bode
• Medidas da resposta em freqüência
• Especificações de desempenho no domı́nio da freqüência
• Exemplo de projeto: sistema de controle de uma máquina de Inscultura
• Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive
• Diagramas de Bode de funções de transferência tı́picas

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Máquina de Inscultura

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

6. Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

• Mapas de contorno no Plano-s


• Critério de Nyquist – SEGUNDA PROVA
• Estabilidade relativa e o critério de Nyquist
• Critérios de desempenho especificados no domı́nio da freqüência
• Especificações de desempenho no domı́nio da freqüência
• Faixa de passagem do sistema em malha fechada
• Estabilidade de sistemas de controle com tempo morto
• Exemplo de projeto: veı́culo de reconhecimento remotamente controlado
• Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive
• Gráficos de funções de transferência tı́picas

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Opportunity em Marte, 2004: veı́culo de reconhecimento

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

7. Projeto de Sistemas de Controle Realimentados

• Metodologias de projeto
• Redes de compensação em cascata
• Projeto de avanço de fase usando diagramas de Bode
• Projeto de avanço de fase usando Lugar das Raı́zes
• Projeto de sistemas usando integração de redes
• Projeto de atraso de fase usando diagramas de Bode
• Projeto de atraso de fase usando Lugar das Raı́zes
• Exemplos

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

8. Introdução aos Sistemas de Controle Digitais

• Análise de sistemas dinâmicos digitais


• Aplicações de sistemas controlados por computador
• Efeitos do processo de amostragem – Desempenho de um sistema amostrado
• Projeto via emulação
• Projeto via Lugar das Raı́zes – TERCEIRA PROVA

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Fly-by-wire Airbus A380 - controle digital

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Linhas Gerais do Curso

Detalhe do joystick do Airbus A380 - Fly-by-Wire

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 0


c Reinaldo M. Palhares

Representação e Análise de Sistemas Dinâmicos Lineares

1. Introdução
1.1. Componentes Básicos de um Sistema de Controle

2. Fundamentos matemáticos
2.1. Singularidades: Pólos e zeros
2.2. Equações diferencias ordinárias
2.2.1 Equações de estado na forma vetorial
2.2.2 Solução de equações diferencias ordinárias

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Introdução

Componentes básicos

• Entradas (sinais de atuadores, variáveis manipuladas): u


• Saı́das (variáveis controladas): y
• Sistemas em malha aberta (sem realimentação)
• Sistemas em malha fechada (realimentados)

Efeitos da realimentação

• Efeito da realimentação no ganho total


• Efeito da realimentação na estabilidade
• Efeito da realimentação na “Sensitividade”
• Efeito da realimentação na “perturbação externa” ou ruı́do

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Fundamentos Matemáticos

Variáveis Complexas Funções de uma variável complexa


s = σ + jω

G(s) = Re {G(s)} + j Im {G(s)}

B G(s) é injetiva ...

Exemplo
1
G(s) = → G(s) = ∞ para s = 0 e s = −1
s(s + 1)

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Singularidade de uma Função

Pólos
 r
0 6= lim (s − si ) G(s) < ∞
s→si

Zeros n o
−r
0=
6 lim (s − si ) G(s) < ∞
s→si

Exemplo G(s) = 10(s + 2)/(s + 1)(s + 3)2 tem um zero em s = −2,


um pólo em s = −1 e dois pólos em s = −3

Toda função racional (i.e., razão de dois polinômios em s), o número total de
zeros é igual ao número de pólos (consideradas suas multiplicidades e os zeros no
infinito)

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Equações Diferencias

Equação diferencial ordinária linear de ordem n


dn y(t) dn−1 y(t) dy(t)
an + an−1 + . . . + a1 + a0 y(t) = f (t)
dtn dtn−1 dt

Exemplo Circuito RLC série


Z
di(t) 1
Ri(t) + L + i(t)dt = e(t)
dt C

Equação diferencial não-linear Pêndulo simples


d2 θ(t)
ML + M g {senθ(t)} = 0
dt2

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Equações de Estado

Sistemas dinâmicos são freqüentemente descritos por equações


diferenciais ...

Estado resumo completo do status do sistema em um instante de tempo


particular

B No tempo t = t0 , as variáveis de estado definem os estados iniciais do sistema

B As variáveis de estado são definidas como o conjunto mı́nimo de variáveis,


x1 (t), x2 (t), . . . , xn (t), tais que o conhecimento dessas variáveis em qualquer
tempo t0 e do sinal de entrada aplicado é suficiente para determinar o estado do
sistema em qualquer tempo t > t0

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Equações de Estado

A saı́da do sistema é uma variável que pode ser medida (não deve ser confundida
com variável de estado)

dx1 (t)
x1 (t) = y(t) = x2 (t)
dt

dy(t) dx2 (t)


x2 (t) = = x3 (t)
dt dt
.. ..
. ⇔ .
dy n−1 (t) dxn (t) a0 an−1 f (t)
xn (t) = =− x1 (t) − . . . − xn (t) +
dtn−1 dt an an an

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Equações de Estado

    
ẋ1 (t) 0 1 0 ··· 0 x1 (t)
    
 ẋ (t)   0 0 1 ··· 0   x (t) 
 2    2 
    
 ẋ3 (t)   .. .. .. .. ..   x3 (t) 
  =  . . . . .  
 .    . 
 .    . 
 . 
 

 0 0 0 ··· 1  . 
 
ẋn (t) −a0 /an −a1 /an −a2 /an ··· −an−1 /an xn (t)
| {z } | {z } | {z }
ẋ(t) A x(t)
 
0
 
 0 
 
 
 .. 
+  .  f(t)
  | {z }
 
 0  u(t)
 
1/an
| {z }
B

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Equações de Estado

Exemplo Para o circuito RLC série, definem-se


Z
x1 (t) = i(t)dt
e
dx1 (t)
x2 (t) = = i(t)
dt

dx1 (t) dx2 (t) 1 R 1


∴ = x2 (t) e =− x1 (t) − x2 (t) + e(t)
dt dt LC L L
      
ẋ (t) 0 1 x (t) 0
ou  1  =   1  +   u(t)
1
ẋ2 (t) − LC −RL
x2 (t) 1/L

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Expansão em Frações Parciais

N (s)
Considere G(s) = , com grau de D > N
D(s)

N (s) N (s)
1o. Caso – Pólos reais distintos G(s) = =
D(s) (s + s1 ) . . . (s + sn )


k1 kn
G(s) = +... + , sendo ki = (s + si )G(s)
s + s1 s + sn s=−s i

8s + 10 5 3
Exemplo G(s) = = +
s(s + 2) s s+2

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Expansão em Frações Parciais

N (s) N (s)
2o. Caso – Pólos reais múltiplos G(s) = =
D(s) (s + s1 )(s + s2 )r

k1 k21 k22 k2r


G(s) = + + + . . . +
s + s1 s + s2 (s + s2 )2 (s + s2 )r

r−j

1 d r

sendo k2j = ((s + s2 ) G(s)) , j = 1, . . . , r
(r − j)! dsr−j s=−s i

2s + 3 3 −3 −1
Exemplo G(s) = = + +
s(s + 1)2 s s+1 (s + 1)2

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Expansão em Frações Parciais

N (s)
3o. Caso – Pólos conjugados complexos G(s) =
(s + (α + jω))(s + (α − jω))

k1 k2
G(s) = +
s + (α + jω) s + (α − jω))

2
ωn
Exemplo Sistema de 2a. ordem G(s) = 2 2
s + 2ζωn s + ωn

p
B Pólos: s1,2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ2
p
B Definem-se α = ζωn e ω = ωn 1 − ζ 2 , tal que s1,2 = −α ± jω

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Expansão em Frações Parciais

2
ωn
k1 = (s + (α − jω))
(s + (α + jω))(s + (α − jω)) s=−α+jω
2 2
ωn ωn
= =
−α + jω + α + jω 2jω

2
ωn
k2 = (s + (α + jω))
(s + (α + jω))(s + (α − jω)) s=−α−jω
2 2
ωn −ωn
= =
−α − jω + α − jω 2jω

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Expansão em Frações Parciais

Portanto
2 2
ωn /(2jω) −ωn /(2jω)
G(s) = +
(s + (α + jω)) (s + (α − jω))

B Particularmente aplicando a transformada de Laplace inversa, obtém-se a


função no tempo

2
ωn (−αt) jωt

g(t) = e e −e −jωt
2jω
ωn  p 
= p e(−ζωn t) sen ωn 1 − ζ2t
1 − ζ2

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Solução de Equações Diferenciais Ordinárias

1. Transformada de Laplace da equação diferencial


2. Resolver a equação algébrica em s para a variável de saı́da
3. Expandir em frações parciais
4. Obter a Transformada de Laplace inversa

d2 y(t) dy(t)
Exemplo + 3 + 2y(t) = 5udegrau (t), com y(0) = 1 e ẏ(0) = 2
dt2 dt

s2 Y (s) − sy(0) − ẏ(0) + 3sY (s) − 3y(0) + 2Y (s) = 5/s

−s2 − s + 5 5/2 −5 3/2


ou Y (s) = = + +
s(s + 1)(s + 2) s s+1 s+2

5 3
B y(t) = − 5e−t + e−2t , t ≥ 0
2 2

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Solução de Equações Diferenciais Ordinárias

2
ωn
Exemplo Encontre y(t) para Y (s) = 
s s2 + 2ζωn s + 2
ωn
p
B Define-se ω = ωn 1 − ζ2

B Note que Y (s) pode ser reescrita como

1 s + 2ζωn
Y (s) = −
s s2 + 2ζωn s + ωn
2

1 s + ζωn ζωn
= − −
s (s + ζωn )2 + ω2 (s + ζωn )2 + ω 2

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Solução de Equações Diferenciais Ordinárias

Como
 
s + ζωn
L −1
= e−ζωn t cos ωt
(s + ζωn )2 + ω 2
 
ω
L −1
= e−ζωn t sen ωt
(s + ζωn )2 + ω 2

Portanto
!
−ζωn t ζ
y(t) = 1−e cos ωt + p sen ωt
1− ζ2

e−ζωn t p 
= 1− p 1 − ζ 2 cos ωt + ζsen ωt
1 − ζ2

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Solução de Equações Diferenciais Ordinárias
p
B Raı́zes do sistema de 2a. ordem s1,2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ 2 . Então
  p !
Im(s) 1 − ζ2
θ = tan−1
= tan−1
Re(s) ζ
p
ie, triângulo com hipotenusa “1”, cateto oposto 1 − ζ 2 e cateto adjacente ζ,
tal que
p
θ = sen −1
1 − ζ 2 ou θ = cos−1 ζ

Portanto
e−ζωn t
y(t) = 1− p (cos ωt sen θ + sen ωt cos θ)
1−ζ 2

e−ζωn t
= 1− p (sen ωt + θ) , θ = cos−1 ζ
1−ζ 2

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 1


c Reinaldo M. Palhares

Representação e Análise de Sistemas Dinâmicos Lineares

1. Funções de transferência de sistemas lineares

2. Diagramas de blocos

3. Gráfico de fluxo de sinais

4. Modelagem matemática de sistemas fı́sicos

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Funções de Transferência

Sistema de entrada e saı́da únicas

• A função de transferência, G(s) de um sistema Linear e Invariante no Tempo


(LIT), é definida como a transformada de Laplace de sua resposta impulsiva, com
todas as condições iniciais nulas:
Y (s)
G(s) = L {g(t)} =
U (s)

B A resposta impulsiva (ou resposta ao impulso), g(t), caracteriza um sistema


linear e corresponde à saı́da desse sistema, y(t), quando sua entrada, u(t), é o
impulso unitário, δ(t)

B Dificuldade? Sempre obter a resposta impulsiva ...

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Funções de Transferência

• No entanto, é mais conveniente obter a função de transferência diretamente a


partir da equação diferencial aplicando a transformada de Laplace...

n n−1
+ . . . + a1 s + a0 Y (s) = (bm sm + . . . + b1 s + b0 ) U (s)

s + an−1 s

Y (s) bm sm + . . . + b1 s + b0
⇒ G(s) = =
U (s) sn + an−1 sn−1 + . . . + a1 s + a0

Exemplo Controle de posição de satélite

d2 θ 2 Θ(s) 1
J = T ⇒ J s Θ(s) = T (s) ∴ =
dt2 T (s) J s2

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Funções de Transferência

Propriedades

B vale apenas para sistemas LIT

B aplicam-se apenas a sistemas com condições inicias nulas

B independete do sinal de entrada

B é função racional da variável complexa “s”

B não inclui qualquer informação sobre a estrutura fı́sica do sistema (a mesma


FT pode descrever sistemas fı́sicos completamente diferentes!)

B pode ser determinada a partir de medições dos sinais de entrada e saı́da

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Propriedades de FT

Para a FT

Y (s)  m = grau do numerador
G(s) = ,
U (s)  n = grau do denominador

• G(s) é própria sse G(∞) = c < ∞, c ∈ R (ie, n = m)

• G(s) é estritamente própria sse G(∞) = 0 (ie, n > m)

• G(s) é imprópria sse G(∞) = ∞ (ie, n < m)

Um pólo de uma função de transferência própria, é todo escalar λ tal que


|G(λ)| = ∞, e um zero é um valor λ tal que G(λ) = 0

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Equação caracterı́stica

Para a FT

Y (s) bm sm + . . . + b1 s + b0
G(s) = =
U (s) sn + an−1 sn−1 + . . . + a1 s + a0

B Equação caracterı́stica é obtida igualando-se o denominador da FT a zero

ec = sn + an−1 sn−1 + . . . + a1 s + a0 = 0

Nota Como será mostrado, as raı́zes ou pólos da equação caracterı́stica


determinam o comportamento dinâmico do sistema em termos de caracterı́sticas
de resposta temporal, particularmente, estabilidade

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Diagrama de Blocos

B Representação ilustrada das funções desempenhadas por cada um dos


componentes de um sistema e do fluxo de sinais correspondentes

B Inclui apenas informações sobre comportamento dinâmico, ie, sistemas


diferentes podem ter mesmo diagrama

B FT são introduzidas nos blocos correspondentes nos quais a saı́da = entrada ∗ FT

U (s) Y (s) = G(s)U (s)


G(s)

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Diagrama de Blocos

R(s) + U (s) Y (s)


G(s)

Ponto de soma Ponto de junção


B(s)
H (s)

B R(s) – sinal de referência (set-point)


B Y (s) – sinal de saı́da (variável controlada)
B U (s) – desvio (sinal de erro, E(s), quando H (s) = 1)
B H (s) – FT da realimentação (sensor)
Y (s) G(s)
B M (s) = = – FT da malha fechada
R(s) 1 + G(s)H (s)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Sistema Sujeito a Sinais de Pertubações

W (s) D(s)
R(s)+ E(s) U (s) + + Y (s)
C(s) G(s)
− + +

+ N (s)
H (s) +

G(s)C(s) 1
Y (s) = R(s) + D(s)
1 + G(s)C(s)H (s) 1 + G(s)C(s)H (s)
G GCH
+ W (s) − N (s)
1 + G(s)C(s)H (s) 1 + G(s)C(s)H (s)

1 H
E(s) = R(s) − D(s)
1 + G(s)C(s)H (s) 1 + G(s)C(s)H (s)
HG H
− W (s) − N (s)
1 + G(s)C(s)H (s) 1 + G(s)C(s)H (s)

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Construção de um Diagrama de Blocos

Exemplo Circuito RC série cuja saı́da é a tensão no capacitor (vC )

Z
ei − vC 1 L 1 1
i= ; vC = idt −→ I(s) = (Ei (s)−VC (s)) ; VC (s) = I(s)
R C R sC

I(s) VC (s)
+ 1 1
− R sC
Ei (s)

VC (s) 1
FT malha fechada – M (s) = =
Ei (s) sRC + 1

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Redução de Diagramas de Blocos

B Blocos só podem ser conectados em série se a saı́da não for afetada pelo
bloco seguinte

B Rearranjos e substituições simplificam a análise. Regras:


1. O produto das FT no sentido direto deve permanecer o mesmo
2. O produto das FT ao redor de um laço deve permanecer o mesmo

B É indiferente a seqüência, ie, G1 G2 = G2 G1 (SISO)

B O denominador da FT em malha fechada é simplesmente

X
1− (Produto das FT ao redor de cada laço)

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 18

TABLE 2.8 Block Diagram Transformations

Transformation Original Diagram Equivalent Diagram

X1 X2 X3 X1 X3
1. Combining blocks in G1(s) G2(s) G 1G 2
cascade
or
X1 X3
G 2G 1

X1 1 X3 X1 1 X3
2. Moving a summing G G
point behind a block 6 6
X2 X2
G

X1 X2 X1 X2
3. Moving a pickoff G G
point ahead of a
block X2 X2
G

X1 X2 X1 X2
4. Moving a pickoff G G
point behind a block
X1 X1 1
G

X1 1 X3 X1 1 X3
5. Moving a summing G G
point ahead of a 6 6
block X2
1
X2 G

X1 1 X2 X1 G X2
6. Eliminating a G 6
1 GH
feedback loop 6

Table 2.8 Block diagram transformations

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


MASTER 19

H2

1 1 2 1
R(s) G1 G2 G3 G4 Y(s)
2 1

H1

H3

Figure 2.24 Multiple-loop feedback control system

H2
G4

1 1 2 1
R G1 G2 G3 G4 Y(s)
2 1

H1

H3

(a)

H2
G4

1 1 2
G3G4
R G1 G2 Y(s)
2 12 G3G4H1

H3

(b)

1 G2G3G4
R G1 Y(s)
2 12 G3G4H11G2G3H2
R(s) G1G2G3G4 Y(s)
H3 12 G3G4H11G2G3H21G1G2G3G4H3

(c) (d)

Figure 2.25 Block diagram reduction of the system of Fig. 2.24

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Gráfico de Fluxos de Sinais
B O diagrama de blocos é representado por um grafo, ie, uma rede de nós
conectada por ramos orientados

Definições
1. Nó – ponto que representa uma variável ou sinal
2. Transmitância – ganho entre dois nós
3. Fonte ou nó de entrada – só tem ramos de saı́da
4. Sorvedouro ou nó de saı́da – só tem ramos de chegada
5. Caminho – trajetória de ramos orientados
6. Laço – caminho fechado (com inı́cio e fim no mesmo nó)
7. Ganho do Laço – é o produto das transmitâncias dos ramos do laço
8. Caminho direto – parte de um nó de entrada e vai a um nó de saı́da sem
cruzar nenhum nó mais de uma vez
pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2
c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Fluxos de Sinais – GFS

Propriedades básicas
1. Um sinal, yk , que atravessa o ramo entre yk e yj é multiplicado pelo ganho
do ramo, gkj , de forma que yj = gkj yk
2. Em um nó, os sinais de todos os ramos de entrada são somados e o resultado
é transmitido a todos os ramos de saı́da
3. Mais de um gráfico de fluxo de sinais pode ser traçado para um mesmo
sistema

B No GFS cada bloco do diagrama de blocos é substituı́do por um ramo


orientado e a FT pela transmitância. Os somadores e os pontos de junção são
substituı́dos por nós

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Fluxos de Sinais – GFS

Fórmula de Mason

O ganho geral (ou transmitância global) entre a entrada, r, e a saı́da, y, de um


GFS composto de L laços e N caminhos diretos entre r e y é dado por
N
y X Mk ∆ k
T = =
r k=1

• Mk o ganho do k-ésimo caminho direto entre r e y


X X X
• ∆=1− Li1 + Lj2 − Lq3 + . . .
i j q

• Lrs – produto dos ganhos da r-ésima combinação possı́vel dos s laços que
não se tocam (1 ≤ s ≤ L)
• ∆k = ∆ da parte do GFS que não toca o k-ésimo caminho direto

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Modelagem Matemática de Sistemas Fı́sicos

Suspensão Ativa Veicular


Objetivos do Controle Minimizar distúrbios externos frutos de irregularidades do
asfalto

Conforto é a palavra de ordem

Inovação introduzida na F-1 desde 1987 e consagrada em 91/92 pela Williams

• Uma variação da suspensão ativa veicular é o denominado ABC (Active Body


Control, ou controle ativo da carroceria)

Corrige inclinação da carroceria

Em frações de segundo o sistema reequilibra o carro na curva, evitando


capotamento

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Suspensão Ativa Veicular: FW14 da Williams

Modelo FW14 da Williams 91/92. A suspensão ativa trabalhava por computador,


absorvendo as imperfeições do asfalto. Era como se Nigel Mansell e Ricardo
Patrese dirigissem num tapete nas onduladas ruas do principado de Mônaco

• Em 94, os sistemas de suspensão ativa foram proibidos na F-1...

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Suspensão Ativa Veicular: Novo Mercedes-Benz CL

Fonte: DaimlerChrysler

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Suspensão Ativa Veicular: Novo Mercedes-Benz CL

A cambagem é realmente ativa, no sentido de se tornar mais negativa (rodas mais


afastadas no ponto de contato com o solo) quando um princı́pio de derrapagem é
detectado. Em caso de frenagem intensa, todas as quatro rodas inclinam-se em
tempo extremamente reduzido, o que reduz a distância de parada

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Modelo Matemático? Diagrama de blocos: 1/4 do veı́culo

M2
x2
u

M1
x1
Km

1. M1 – massa do conjunto da roda


2. M2 – porção da massa do veı́culo (correspondendo a 1/4 de sua massa total)
3. “u” e Km – atuador e rigidez do pneu (uma mola...)
4. x1 e x2 – deslocamento da roda e do corpo do veı́culo, respectivamente
5. x3 e x4 – velocidade relativas às massas M1 e M2 , respectivamente
6. w – distúrbio externo

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Modelo Dinâmico? Equações Diferenciais

Utilizando as Leis de Newton para o movimento...

M ẍ + bẋ + kx = Força

do sistema: x1 e x2 – deslocamento das massas M1 e M2

x3 = ẋ1 −→ ẋ3 = ẍ1



x4 = ẋ2 −→ ẋ4 = ẍ2

M2 ẍ2 = u −→ ẋ4 = u/M2


Km Km
M1 ẍ1 + Km (x1 − w) = −u −→ ẋ3 = − M11 u − x
M1 1
+ M1
w

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Representação em espaço de estados e FT

8 2 3 2 3 2 3
>
>
> 0 0 1 0 0 0
>
> 6 7 6 7 6 7
>
> 6 0 0 0 17
7 6 0 7 6 0 7
> 6 6 7 6 7
>
>
> ẋ(t) = 6 7 x(t) + 6 7 w(t) + 6 7 u(t)
< 6−Km /M1 0 0 05 4Km /M1 5 4−1/M1 5
7 6 7 6 7
4
>
>
> 0 0 0 0 0 1/M2
>
> | {z } | {z } | {z }
>
>
>
> A Bw Bu
>
>
: y(t) = Ix(t)

Y (s) −1
FT – G(s) = = I (sI − A) Bu para w(t) ≡ 0
U (s)

B MATLAB – ss

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 2


c Reinaldo M. Palhares

Armature
Stator
winding
Ra
Rotor windings
N
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Brush
La

Shaft ia
Rf ia
1 S
Brush
Commutator
Vf Lf v, u
Inertia 5 J Bearings
Friction 5 b Inertia
2 load
if (t)
Field Angle
Load
u

(a) (b)

MASTER 15
Figure 2.15 A dc motor (a) wiring diagram and (b) sketch
Disturbance
Td (s)
Field Load Speed
If (s) Tm (s) 2 TL(s) v (s) Position
1 1 1
Vf (s) Km u (s)
R f 1 Lf s 1 Js 1 b s
Output
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Figure 2.17 Block diagram model of field-controlled dc motor

Output
Km
Vf (s) G(s) 5 u(s)
s(Js1 b)(Lf s1 Rf)

MASTER 17
Figure 2.20 Block diagram of dc motor
Hydraulic
actuator

d
Velocity
v
Valve
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

(a)

Actuator Delay Tank


1 10 3.15 Y(s)
R(s) GA (s) 5 e2sT G(s) 5
s11 30s 1 1 Level
2
Float
1
G f (s) 5
(s 2/9) 1 (s/3) 1 1
(b)

MASTER 127
Figure 9.32 (a) Liquid level control system (b) Block diagram
Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados

1. Sinais de teste

2. Desempenho de sistemas de segunda ordem

3. Efeitos de um terceiro pólo e um zero na resposta de um sistema de segunda


ordem

4. Estimação do Coeficiente de Amortecimento

5. Localização das raı́zes no plano-s e sua relação com a resposta transitória

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas Realimentados

Análise da Resposta Temporal de Sistemas de Controle

A resposta temporal de um sistema de controle é dividida em duas partes: a


resposta transitória, yt (t), e a resposta de regime permanente ou estado
estacionário (“steady-state”), y(∞):

y(t) = yt (t) + y(∞)

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas Realimentados

Análise da Resposta Temporal de Sistemas de Controle

B A resposta transitória é definida como a parte da resposta que tende a zero


quando o tempo tende a infinito:

lim yt (t) = 0
t→∞

B A resposta de estado estacionário é a parte da resposta que permanece quando


a resposta transitória iguala a zero, podendo ser constante ou podendo ser um
sinal que varia no tempo com padrão constante, como um sinal senoidal de
amplitude, freqüência e fase constante, ou um sinal tipo rampa com inclinação
constante.

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas Realimentados

Especificações de Desempenho ?

B Pode-se incluir vários ı́ndices de resposta temporal para uma entrada de


comando especı́fica bem como uma precisão em regime permanente esperado

B Especificações concorrentes ? No geral sim...

B O que fazer ? Compromisso entre caracterı́sticas desejadas que é obtido após


ajustes sucessivos

B No controle clássico: tentativa e erro...

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Sinais de Teste

Impulso Unitário, δ(t)


R∞ R∞
Propriedades −∞
δ(t)dt = 1 e −∞
g(t − τ )δ(τ )dτ = g(t)

Considerando um diagrama de bloco padrão com entrada r(t) = δ(t)

Rt
r(t) y(t) = g(t − τ )r(τ )dτ
g(t) 0

R(s) G(s) Y (s) = G(s)R(s)

então a integral tem um valor apenas em τ = 0 e portanto y(t) = g(t), sendo


g(t) (G(s)) a resposta impulsiva

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Sinais de Teste


 A t>0
Degrau r(t) = → R(s) = A/s
 0 t<0


 At t>0
Rampa r(t) = → R(s) = A/s2
 0 t<0


 At2 /2 t>0
Parabólica r(t) = → R(s) = A/s3
 0 t<0

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas

Resposta Transitória do Sistema de Primeira Ordem


Y (s) k
Considere o sistema de primeira ordem G1 (s) = R(s)
= s+a

Para uma entrada tipo impulso unitário, a saı́da do sistema é


k
Y (s) = G1 (s)R(s) = 1 ⇒ y(t) = L−1 {Y (s)} = g1 (t) = ke−at
s+a

Considere p = −a o pólo de G1 (s)

Importância da localização do pólo e especificação da resposta temporal?

Se p < 0, então limt→∞ y(t) = 0. Se p = 0, então y(t) = 1. Se p > 0,


então limt→∞ y(t) = ∞

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas

Resposta Transitória do Sistema de Primeira Ordem

Para uma entrada tipo degrau unitário, a resposta do sistema é

k 1 k k/a k/a
Y (s) = G1 (s)R(s) = = = −
s+as s(s + a) s s+a
k
⇒ y(t) = L {Y (s)} = (1 − e−at )
−1
a

Quando p = −a < 0, o valor τ = 1/a é a constante de tempo do sistema e


corresponde a 63% do transitório, conforme mostrado na figura a seguir

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas

Resposta Transitória do Sistema de Primeira Ordem


y(t)

inclinação = 1/τ

1
98,2% 99,3%
95,0%

0.75

0.632
63,2%

0.5

0.25

0
τ 2τ 3τ 4τ 5τ t

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas de Segunda Ordem

Considere um sistema de segunda ordem


2
Y (s) ωn
G2 (s) = =
E(s) s2 + 2ζωn s

Quando interconectado com realimentação unitária obtém-se


2
ωn
Y (s) = R(s)
s2 + 2ζωn s + 2
ωn

m para R(s) = 1/s

2
ωn
Y (s) =
s(s2 + 2ζωn s + ωn
2)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas de Segunda Ordem

A resposta temporal (aula 1) é dada por:

e−ζωn t
y(t) = 1− (βcos ωn βt + ζsen ωn βt)
β

e−ζωn t
= 1− (sen ωn βt + θ) , θ = cos−1 ζ, 0 < ζ < 1
β

p
B Sendo β = 1 − ζ2

• Para entrada impulso unitário (derivada da resposta a entrada degrau...):

2
ωn ωn
Y (s) = e y(t) = e−ζωn t (sen ωn βt)
(s2 + 2ζωn s + ωn
2) β

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas de Segunda Ordem

2
ωn
Para o sistema de 2a. ordem G(s) = s2 +2ζωn s+ωn
2

p
Os pólos do sistema são dados p1 , p2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ 2


Plano - S
pólo X

ωd = ωn 1 − ζ 2
θ

σ
α = −ζωn

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas de Segunda Ordem

O sistema de segunda ordem pode ser classificado de acordo com o valor de ζ que
define o tipo dos pólos do sistema:

ζ =0⇒ p1 , p2 = ±jωn não-amortecido


p
0<ζ <1⇒ p1 , p2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ 2 = α ± jωd subamortecido
ζ =1⇒ p1 , p2 = ±ωn criticamente amortecido
p
ζ >1⇒ p1 , p2 = −ζωn ± ωn ζ 2 − 1 superamortecido
p
ζ <0⇒ p1 , p2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ 2 instável (−ζωn > 0)

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Resposta do Sistemas de Segunda Ordem

2
y(t) ζ = 0,1
ζ=0
1.8 ζ = 0,2
ζ = 0,4
1.6
ζ = 0,7
1.4

1.2

0.8

0.6

0.4
ζ=1
0.2 ζ=2

0
0 2 4 6 8 10 12
ω t
n

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória

1. tempo de subida tr (“rise time”): é o tempo necessário para a sinal de saı́da


variar de 10% a 90% (sistemas sobre-amortecidos) ou de 0% a 100%
(sistemas subamortecidos) do valor final
2. tempo de acomodação ta (ou “settling time” ts ): é o tempo gasto para o
sinal acomodar na faixa de ±2% a ±5%) do valor final
3. sobre-sinal máximo percentual Mp (“overshoot”): diferença entre o valor
máximo de pico atingido e o valor final em percentual do valor final
4. tempo do primeiro pico tp : instante de tempo em que ocorre o sobre-sinal
máximo do sinal
5. tempo de atraso td (“delay time”): é o tempo para o sinal alcançar 50% do
valor final

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória

1.4

M
p
1.05
1
0.95
0.9
ess

tr
y(t)

0.5

0.1

0
ts t
td

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória

B Veja que se convencionar 2% para tolerância no tempo de acomodação, ta , a


envoltória da resposta é então limitada por

e−ζωn ta < 0.02

4
ta = 4τ = ζωn

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória
B Mp e tp são pontos de “máximo” especificados em termos de ζ portanto
dy(t)
basta considerar = 0 ...
dt

dy(t) 1
= ζωn e−ζωn t [βcos(ωn βt) + ζsen(ωn βt)]
dt β
1 2 −ζωn t 1
+ β ωn sen(ωn βt)e − ζωn βcos(ωn βt)e−ζωn t
β β

1 2
 
= ζ ωn + βωn e−ζωn t sen(ωn βt)
β

ζ 2 ωn + (1 − ζ 2 )ωn
= e−ζωn t sen(ωn βt)
β
ωn
= e−ζωn t sen(ωn βt)
β

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória

Então

dy(t) ωn
= e−ζωn t sen(ωn βt) = 0
dt β

Logo para que dy/dt = 0, sen(ωn βt) = 0... E isto ocorre no tempo de pico...

ωn βtp = π

∴ tp = √π
ωn 1−ζ2

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Resposta Transitória

Do mesmo modo, veja que a sobre-elevação máxima ocorre exatamente no


instante do tempo de pico, tp , logo
1
Mp = 1− e−ζωn tp [βcos(ωn βtp ) + ζsen(ωn βtp )]
β

1 −ζωn √π
= 1− e ωn 1−ζ 2 [βcos(π) + ζsen(π)]
β


1−ζ2
Mp = 1 + e −ζπ/


1−ζ2
P.O. = 100e−ζπ/

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Efeito de um Terceiro Pólo e/ou um Zero

Efeito de um Terceiro Pólo na Resposta do Sistema de 2a. Ordem

B Por que analisar sistema de 2a. ordem? Pelo fato que muitos sistemas
possuem um par de pólos dominantes

B Quando um sistema possui dois pólos complexos (oscilações sub-amortecidas)


e um pólo real (resposta exponencial), a resposta total será uma combinação das
duas, predominando aquela que for mais lenta (pólos mais próximos da origem)

1
B Para um sistema de 3a. ordem T (s) = , ωn = 1
(s2 + 2ζs + 1)(γs + 1)

Experimentalmente verifica-se que se |1/γ| ≥ 10 |ζωn | então o desempenho do


sistema pode ser determinado pelo desempenho de um sistema de 2a. ordem

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Efeito de um Terceiro Pólo - Resposta ao Degrau

2º ordem
1.6

p = −10
3
1.4
p = −2
3
1.2

0.8

0.6
p3 = −1

0.4
p3 = −0,5
52
0.2 G(s) =
(1/p3 s + 1)(s2 + 2s + 52 )
0
0 1 2 3 4 5 6

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Ordem Superior e Efeito dos Zeros

B A resposta ao degrau de um sistema de ordem superior será uma combinação


de respostas de fatores de primeira ordem e de fatores de segunda ordem:

n1 n
X
−σi t
X e−αi t
y(t) = A0 + Ai e + Ai p 2
sen(ωd,i t + θi )
i=1 i=n1 +1
1 − ζi

O efeito dos zeros da função de transferência sobre a resposta transitória é que os


mesmos tendem a atenuar o efeito dos pólos em suas proximidades, influenciando
os coeficientes Ai

B pólos aparentemente dominantes podem ter influência reduzida na resposta


transitória devido a presença de zeros em suas proximidades

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Ordem Superior e Efeito dos Zeros

Exemplo Este efeito pode ser visto quando se inclui um zero em z = −0.4,
próximo ao pólo em p = −0.5 para o sistema considerado anteriormente:
52
T (s) =
(1/ps + 1)(s2 + 2s + 52 )

A resposta do sistema de terceira ordem pode se obtida como:

− 2t e−t
y(t) = 1 − 1.03e + 0.05 √ sen(4.899t + 78.46◦ )
1 − 0.22

e, quando incluı́do o zero próximo ao pólo real, a resposta torna-se:

− 2t e−t
y(t) = 1 + 0.26e − 0.64 √ sen(4.899t + 78.46◦ )
1 − 0.22

onde nota-se claramente a mudança no peso de cada termo

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Ordem Superior e Efeito dos Zeros

1.8
3 pólos e 1 zero
1.6
2 pólos
1.4

1.2
y(t)

0.8

0.6 3 pólos

0.4

0.2

0
0 1 2 3 4 5 6
t

Efeito de um zero próximo ao pólo real comparando as respostas transitórias de um


sistema de segunda ordem com pólos em s = −1 ± j4.899, terceira ordem com pólo
adicional em s = −0.5 e terceira ordem com zero em s = −0.4
pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3
c Reinaldo M. Palhares

Estimação do Coeficiente de Amortecimento

B Meça P.O. e determina-se o valor correspondente do coeficiente de


amortecimento no gráfico P.O. versus ζ, ou de


1−ζ2
P.O. = 100e −ζπ/

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 58
100 5.00
90 4.80
80 Percent 4.60

Percent maximum overshoot


overshoot
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

70 4.40
60 4.20
v n Tp
50 4.00 v n Tp
40 3.80
30 3.60
20 3.40
10 3.20
0 3.00
0.0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1.0
Damping ratio, z

Figure 5.8 Peak overshoot and normalized peak time versus


damping ratio z for a second-order system (Eq. 5.8)
Localização das Raı́zes no Plano-s × Resposta Transitória

B A resposta ao degrau de um sistema de ordem superior será uma combinação


de respostas de fatores de primeira ordem e de fatores de segunda ordem
n1 n 2
A0 X Ai X Ai ωn,i
Y (s) = G(s)/R(s) = + + 2
s i=1
s + ai i=n1 +1
s2 + 2ζi ωn,i s + ωn,i

cuja resposta temporal é dada por


n1 n
X X e−αi t
y(t) = A0 + Ai e−σi t + Ai p 2
sen(ωd,i t + θi )
i=1 i=n1 +1
1 − ζi

B Os pólos de G(s) definem o comportamento da resposta transitória

B Os zeros determinam os pesos relativos de cada modo

pag.28 Controle de Sistemas Lineares – Aula 3


c Reinaldo M. Palhares

jv
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

1 1 1

s
1 1 1
0 0
t

MASTER 61
Figure 5.17 Impulse response for various root locations in the s-plane
Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados

1. Erro em estado estacionário de sistemas de controle realimentados

2. Erro em estado estacionário de sistemas com realimentação não-unitária

3. Índice de desempenho

4. Simplificação de sistemas lineares

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário

Na análise da resposta estacionária se está interessado no erro de regime


estacionário ess mostrado na figura
1.4

Mp
1.05
1
0.95
0.9
ess

tr
y(t)

0.5

0.1

0
ts t
td

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário

B Considere o sistema ilustrado abaixo

R(s) Ea (s) Y (s)


+
G(s)

H (s)

1
Veja que para H(s) = 1, o erro é dado por E(s) = Ea (s) = R(s)
1 + G(s)
Ganho DC O ganho DC de uma função de transferência estável, sem pólos na
origem, é definido por Ganho DC , lims→0 G(s) = G(0)
Tipo do sistema O tipo do sistema em malha-fechada é definido pelo número
de integradores (ou pólos em s = 0) da função de transferência em
malha-aberta, G(s). Eg, sistema tipo 0: não há integrador...

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário
B Para uma entrada tipo degrau unitário, R(s) = 1/s, o erro é obtido como
1 1
E(s) =
1 + G(s) s

Aplicando o Teorema do Valor Final, obtém-se o erro em regime estacionário:


1 1 1
ess (t) = e(∞) = lim sE(s) = lim = =
s→0 s→0 1 + G(s) 1 + lim G(s) 1 + Kp
s→0

sendo Kp a constante de erro de posição definida como

Kp , lim G(s) = G(0)


s→0

Para sistema Tipo 0, Kp = Ganho DC, e o erro de regime estacionário é


1
ess (t) =
1 + Ganho DC

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário
B Para uma entrada tipo rampa unitária, R(s) = 1/s2 , o erro é obtido como
1 1
E(s) =
1 + G(s) s2

Usando Teorema do Valor Final


1 1 1
ess (t) = lim sE(s) = lim = =
s→0 s→0 s + sG(s) lim sG(s) Kv
s→0

sendo Kv a constante de erro de velocidade definida como

Kv , lim sG(s)
s→0

Para sistema Tipo 0, Kv = 0. Para sistema Tipo 1 obtém-se


1
ess (t) =
Kv

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário
B Para uma entrada tipo parábola unitária, R(s) = 1/s3 , o erro é obtido como
1 1
E(s) =
1 + G(s) s3

Usando Teorema do Valor Final


1 1 1
ess (t) = lim sE(s) = lim = 2 =
s→0 s→0 s2 + s2 G(s) lim s G(s) Ka
s→0

sendo Ka a constante de erro de aceleração definida como

Ka , lim s2 G(s)
s→0

Para sistemas Tipo 0 ou 1, Ka = 0. Para sistema Tipo 2 obtém-se


1
ess (t) =
Ka

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário

Erro em estacionário ess em função dos coeficientes de erro

Entrada em degrau Entrada em rampa Entrada em parábola


Tipo r(t) = 1 r(t) = t r(t) = t2 /2

1
Tipo 0 ∞ ∞
1 + Ka
1
Tipo 1 0 ∞
Kv
1
Tipo 2 0 0
Ka

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário

Efeito do ganho K sobre o erro ess para um sistema Tipo 0 de 2a. ordem
1.5
k=400

k=200 k
G(s) =
k=100 (s+2)(s+6)

k=50

k=20
0.5
k=10

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8 2

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário – Realimentação Não-Unitária

B Para o sistema abaixo com H(s) não-unitário, K1 pode ser visto como um
conversor de unidades entre a saı́da do processo, Y (s) (e entrada, R(s)) e a
saı́da do sensor, H(s) (por exemplo, converter velocidade para tensão...)

R + Ea Y
K1 G

B Suponha que H(s) seja um sistema de 1a. ordem, com ganho DC= K2 , ie
K2
H(s) =
τs + 1

B K2 funciona como um fator de conversão de unidades

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário – Realimentação Não-Unitária

E(s) , R(s) − Y (s)


K1 G(s)
= R(s) − R(s)
1 + G(s)H(s)
1 + G(s)H(s) − K1 G(s)
= R(s)
1 + G(s)H(s)
1 + (H(s) − K1 ) G(s)
= R(s)
1 + G(s)H(s)

B Ajustando-se K1 = K2 a fim de não haver erro em estado estacionário


obtém-se para uma entrada degrau unitário
1
ess = lim sE(s) =
s→0 1 + K1 G(0)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Erro em Estado Estacionário – Realimentação Não-Unitária

Exemplo Considere uma entrada degrau unitário no diagrama abaixo

R + Ea Y
K1 G

com G(s) = 40/(s + 5) e H(s) = 2/(0.1s + 1). Selecionando-se


K1 = K2 = 2, obtém-se

1 1 1
ess = = =
1 + K1 G(0) 1 + 2(8) 17

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Índices de Desempenho
B Um ı́ndice de desempenho é uma medida quantitativa do desempenho de um
sistema e é escolhido de modo que seja colocada ênfase nas especificações
consideradas importantes do sistema

Como escolher ı́ndices de Desempenho ?


• ISE – Integral do erro ao quadrado
Z T
ISE = e2 (t)dt
0

compromisso entre respostas sub- e super-amortecidas


• ITAE – Integral do erro absoluto vezes o tempo
Z T
ITAE = t |e(t)| dt
0

reduz a contribuição exagerada do erro nos primeiros instantes e enfatiza


erro presente na resposta em regime
pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4
c Reinaldo M. Palhares

Índices de Desempenho

• IAE – Integral do erro absoluto


Z T
IAE = |e(t)| dt
0

bom para fins de estudo de simulação...


• ITSE – Integral do erro ao quadrado vezes o tempo
Z T
ITSE = te2 (t)tdt
0

B O ITAE é o mais seletivo no sentido que o seu valor mı́nimo é facilmente


identificável em função de parâmetros do sistema (como, eg, ζ)
B Um sistema de controle é dito ser ótimo quando o ı́ndice de desempenho
selecionado é minimizado

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 64

(a)
A
r(t)

0
t
(b)
A

y(t)

0
A
(c)

e(t)

(d)

A2

e 2(t)

0
(e)

ee 2(t) dt

Figure 5.25 The calculation of the integral squared error

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


7

6
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

5
ITAE ITSE/10
4
I
3
2
ISE
1

0
0.0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2 1.4 1.6 1.8 2.0
z

MASTER 65
Figure 5.27 Three performance criteria for a second-order system
Índices de Desempenho

Os coeficientes que minimizam o ı́ndice ITAE para uma entrada degrau


considerando a FT em malha fechada:
b0
T (s) =
sn + bn−1 sn−1 + . . . + b1 s + b0

são listados a seguir

s + ωn
s2 + 1.4ωn s + ωn
2

s3 + 1.75ωn s2 + 2.15ωn
2 3
s + ωn
s4 + 2.1ωn s3 + 3.4ωn
2 3
+ 2.7ωn 4
s + ωn
s5 + 2.8ωn s4 + 5ωn
2 3 3 2
s + 5.5ωn 4
s + 3.4ωn 5
s + ωn
2 4
s6 + 3.25ωn s5 + 6.6ωn 3 3
s + 8.6ωn 4 2
s + 7.45ωn 5
s + 3.95ωn 6
s + ωn

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

B Muitos modelos de sistemas reais podem ser bastante complexos e são


representados por FT de ordem elevada

B Por que não aproximá-los por modelos de ordem reduzida? Por exemplo, um
sistema de 5a. ordem por um de 2a. ordem

Uma Forma Simples eliminar pólos não-dominantes, com parte real muito
maior que os demais pólos (dominantes). Espera-se que este pólo não afete
significantemente a resposta transitória

K ∼ K/30
Exemplo G(s) = =
s(s + 2)(s + 30) s(s + 2)

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

Aproximação por Resposta em Freqüência é mais sofisticada e tenta casar


ao máximo a resposta em freqüência de uma função de transferência reduzida,
L(s), com a do sistema original, H(s) ... Sendo

am sm + am−1 sm−1 + · · · + a1 s + 1
H(s) = K , n≥m
bn sn + bn−1 sn−1 + · · · + b1 s + 1

c p sp + · · · + c 1 s + 1
L(s) = K , p≤g<n
dg sg + · · · + d1 s + 1

B O método baseia-se na seleção de ci e di tal que L(s) tenha uma resposta


em freqüência muito semelhante a H(s), ie

H(jω)/L(jω) → 1, para várias freqüências

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

A seleção dos parâmetros c e d é obtida fazendo

dk
M (k) (s) = M (s)
dsk
e

dk
∆(k) (s) = ∆(s)
dsk

sendo M (s) e ∆(s), respectivamente, o numerador e o denominador da relação


H(s)/L(s)

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

Defini-se ainda

2q
X (−1)k+q M (k) (0)M (2q−k) (0)
M2q = , q = 0, 1, 2, . . .
k=0
k!(2q − k)!

2q
X (−1)k+q ∆(k) (0)∆(2q−k) (0)
∆2q = , q = 0, 1, 2, . . .
k=0
k!(2q − k)!

Os parâmetros c e d são obtidos resolvendo o sistema de equações M2q = ∆2q


até o número necessário q para determinar os coeficientes desconhecidos

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

Exemplo Sistema de 3a. ordem


1
H(s) = ⇒ ∆(0) (0) = 1
1 + (11/6)s + s2 + (1/6)s3
| {z }
∆(s)=∆(0) (s)

Aproximar por um sistema de 2a. ordem


1
L(s) = ⇒ M (0) (0) = 1
1 + d1 s + d2 s2
| {z }
M (s)=M (0) (s)

d
M (1)
(s) = (1 + d1 s + d2 s2 ) = d1 + 2d2 s ∴ M (1) (0) = d1
ds

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

Então continuando o processo para k tal que a derivada se anula:

M (0) (0) = 1 ∆(0) (0) = 1


M (1) (0) = d1 ∆(1) (0) = 11/6
M (2) (0) = 2d2 ∆(2) (0) = 2
M (3) (0) = 0 ∆(3) (0) = 1

∴ M2q = ∆2q para q = 1 e 2 (veja que para k > 2, M (k) (0) = 0)

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

2q
X (−1)k+q M (k) (0)M (2q−k) (0)
Para q = 1 → M2q = M2 =
k=0
k!(2q − k)!
M (0) (0)M (2) (0) M (1) (0)M (1) (0)
= (−1) +
2 1
M (2) (0)M (0) (0)
+(−1)
2
= −d2 + d21 − d2
= −2d2 + d21

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

2q
X (−1)k+q ∆(k) (0)∆(2q−k) (0)
De forma similar: ∆2q = ∆2 =
k=0
k!(2q − k)!
∆(0) (0)∆(2) (0) ∆(1) (0)∆(1) (0)
= (−1) +
2 1
∆(2) (0)∆(0) (0)
+(−1)
2
121
= −1 + −1
36
49
=
36

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

49
Fazendo M2 = ∆2 ⇒ −2d2 + d21 = 36

7
Para q = 2, calculando M4 e ∆4 e Fazendo M4 = ∆4 obtém-se: d22 = 18

Resolvendo o sistema de equações: d1 = 1.615 e d2 = 0.625

1 1.60
L(s) = =
1 + 1.615s + 0.625s2 s2 + 2.584s + 1.60

com pólos em −1.029 e −1.555

pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Simplificação de Sistemas Lineares

Bode Diagram

−20
Magnitude (dB)

−40

−60

−80
H(s) − azul
−100 L(s) − vermelho

−120
0
Phase (deg)

−90

−180

−270
−2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 4


c Reinaldo M. Palhares

Desempenho de Sistemas de Controle Realimentados

1. Exemplo de projeto: controle de posicionamento do telescópio Hubble

2. Usando MATLAB
c

3. Exemplo de projeto seqüêncial: sistema de leitura de um acionador de drive

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble

Hubble é um telescópio de 2.4m que fica a 380 milhas da Terra, sendo capaz de
apontar e focalizar uma moeda a 400 milhas de distância (Desde 27/01/2007 o
Hubble está voando parcialmente às cegas, como resultado de um curto-circuito
em seu principal instrumento, a Câmera Avançada de Varredura - Fonte: FSP)

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

acements
Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble

B O sistema de controle é ilustrado abaixo


D(s)
R(s) + + Y (s)
+ 1
K
− s2

K1 s

R e Y representam o comando e a posição desejada, respectivamente


1/s2 representa a dinâmica do telescópio
K representa o ganho do amplificador
K1 s realimentação de velocidade

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble

Objetivos ? Escolher K e K1 tal que satisfaçam as especificações

B Percentual de sobre-elevação (Mp ) do sinal de saı́da a um degrau unitário na


referência, r(t), seja menor que 10%

B O erro em estado estacionário, ess , seja minimizado

B O efeito da perturbação de carga, D(s), seja minimizado

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble
acements

O que fazer ? Inicialmente pode-se usar álgebra de diagrama de blocos para


eliminar a malha de realimentação de velocidade

D(s)
R(s) + + Y (s)
+ 1
K
− s(s + K1 )

B Portanto a FT em malha fechada de R para Y é dada por

1
KG(s) K s(s+K 1)
K
T (s) = = 1 =
1 + KG(s) 1+ K s(s+K 1)
s2 + K1 s + K

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble
E agora ? Tentar atender as especificações através de K e K1

B Como o erro em estado estacionário, ess , pode ser minimizado? veja que
para entrada degrau na referência, R(s), o erro é nulo devido ao integrador ...
(considerando linearidade: D(s) = 0)

Para entrada de referência do tipo rampa, R(s) = B/s2 , obtém-se


1 B B
E(s) = R(s) − Y (s) = R(s) = lim 1 =
1 + KG(s) s→0 sK s(s+K1 )
K/K1

E o erro em estado estacionário para uma pertubação, D(s), em degrau


unitário (considerando linearidade: R(s) = 0)?
G(s) −1 1
E(s) = − D(s) = lim s =−
1 + KG(s) s→0 s(K + s(s + K1 )) K

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble

Conclusão ? Para minimizar o erro em estado estacionário devido a entrada


em rampa ou pertubação em degrau unitário é preciso:

B K≫1

B K/K1 ≫ 1 ou K ≫ K1 ...

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Controle de Posicionamento do Telescópio Hubble

Da especificação de Sobre-elevação ... obtém-se que para P O < 10%,


pode-se escolher, eg, ζ = 0.6 (9.5%). Como o sistema em malha fechada é de
2a. ordem, basta então comparar ...
2
K ωn K
= =
s2 + K1 s + K s2 + 2ζωn s + ωn
2 s2 + 2(0.6)ωn s + K

√ √
B ωn = K, K1 = 2(0.6)ωn e portanto K1 = 1.2 K

B Porém ... tem-se a relação K/K1 ≫ 1



K K K
⇒ = √ =
K1 1.2 K 1.2


B Logo basta escolher K ≫ 1 obtendo-se K1 = 1.2 K

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 67

Disturbance
D(s) Telescope
Amplifier dynamics
1
R(s) 1 1 1 Y(s)
K
Command s2 Pointing
2 2

K1 s

(a)

D(s)
G(s)
1
1 E(s) 1 1
R(s) K Y(s)
s(s 1 K1)
2

(b)

D(s)

1
1 E(s) 1 1
R(s) 100 Y(s)
s(s 1 12)
2

(c)

1.20
1.10
Response to r(t)
1.00
0.90
0.80
0.70
y(t)
0.60
0.50
0.40
0.30
0.20
0.10
Response to disturbance
0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1.0 1.2
t (seconds)

(d)

Figure 5.34 (a) The Hubble telescope pointing system, (b) reduced
block diagram, (c) system design, and (d) system response to a unit
step input command and a unit step disturbance input

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


c
Usando MATLAB

c
Desempenho de Sistemas usando MATLAB

B Como simular resposta ao degrau ?

% Exemplo de script para resposta ao degrau


% autor: Reinaldo M Palhares - 20/01/07

g=tf([1 0],[1 2 1]) % Especificando uma FT, G(s) = s/(s^2+2s+1)

mf= g/(1+g) % FT em malha fechada

step(mf) % traça a resposta ao degrau unitário MF

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

c
Usando MATLAB

B Como simular resposta ao impulso ?

% Exemplo de script para resposta ao impulso


% autor: Reinaldo M Palhares - 20/01/07

g=tf([1],conv([1 2],[1 3])) % Especificando uma FT, G(s) = 1/(s+2)(s+3)

mf= g/(1+g) % FT em malha fechada

impulse(mf) % traça a resposta ao impulso em malha fechada

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

c
Usando MATLAB

B Como simular resposta a uma rampa (onda triangular) ?

% Exemplo de script para resposta a uma onda triangular na entrada


% autor: Reinaldo M Palhares - 20/01/07

g=tf([10 30],[1 10 0]) % Especificando uma FT, G(s) = (10s+30)/(s^2+10s)

mf= g/(1+g) % FT em malha fechada

t=[0:0.1:8.2]’; % domı́nio no tempo para simulaç~


ao
v1=[0:0.1:2]’; v2=[2:-0.1:-2]’; v3=[-2:0.1:2]’; % onda triangular
u=[v1;v2;v3]; % empilhando os vetores...

lsim(mf,u,t) % simulaç~
ao linear

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 68

2.0

1.5 Input

1.0

0.5 Output
Theta (rad)

ess
0

-0.5

-1.0

-1.5
ess
-2.0
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
Time (sec)

(a)
mobilerobot.m

%Compute the response of the Mobile Robot Control


%System to a triangular wave input
%
numg=[10 20]; deng=[1 10 0]; G G1(s)
[num,den]=cloop(numg,deng); Compute triangular
t=[0:0.1:8.2]'; wave input.
v1=[0:0.1:2]';v2=[2:-0.1:-2]';v3=[-2:0.1:0]';
u=[v1;v2;v3];
[y,x]=Isim(num,den,u,t); Linear simulation
plot(t,y,t,u),
xlabel('Time (sec)'), ylabel('Theta (rad)'), grid

(b)

Figure 5.40 (a) Transient response of the mobile robot steering control
system to a ramp input (b) MATLAB script

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Exemplo de Projeto Seqüêncial
Ilustração do Sistema de Leitura de um Acionador de Disco (Drive)

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 4

1. Establish control goals

2. Identify the variables to control

3. Write the specifications


for the variables

4. Establish the system configuration


and identify the actuator

5. Obtain a model of the process, the


actuator, and the sensor

6. Describe a controller and select


key parameters to be adjusted

7. Optimize the parameters and


analyze the performance

If the performance does not meet If the performance meets


the specifications, then iterate the specifications, then
the configuration and the actuator. finalize the design.

Figure 1.19 The control system design process

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Exemplo de Projeto Seqüêncial

Procedimento de projeto do sistema de controle

Passo 1 Objetivos do acionador de disco?

a) Posicionar a cabeça de leitura na trilha desejada, r(t), o mais


rápido possı́vel, limitando a sobre-elevação e as oscilações na resposta

b) Reduzir os efeitos das pertubações no posicionamento da cabeça de


leitura

Passo 2 Identificar a variável de controle? Posição da cabeça de leitura,


presa a um braço deslizante através de uma haste flexı́vel

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

Passo 3 Definição das especificações para a variável de controle, ie,


posicionamento da cabeça de leitura

a) P O < 5%

b) ta < 250ms

c) Máxima resposta a um pulso unitário < 0.005

Nota A precisão do posicionamento é de 1µm, com a cabeça de leitura se


deslocando sobre o disco entre 1800 a 7200 rpm, a uma distância menor do
que 10nm do disco

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

Passo 4 Configuração do sistema e identificação do atuador

a) Dispositivo de controle: amplificador, cuja saı́da (tensão) alimenta


o atuador, e ganho Ka

b) Atuador: um motor de corrente contı́nua

c) Planta: atuador + braço de leitura

d) Sensor: Cabeça de leitura e ı́ndice da trilha no disco (é obtido da


variação do fluxo magnético no disco, sendo posteriormente
amplificado e processado)

e) Entrada: posição desejada

f) Saı́da: posição real da cabeça de leitura

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Spindle Head slider

Rotation
of arm

Arm
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Track a
Disk
Track b

Actuator
motor

Figure 1.24 Diagram of disk drive

Desired 1 Error Actual


Control Actuator motor
head head
device and read arm
position position
2

Sensor

MASTER 7
Figure 1.25 Closed-loop control system for disk drive
Exemplo de Projeto Seqüêncial

Passo 5 Obtenção do modelo para o sistema (processo, atuador e


sensor)

B Considere que a haste flexı́vel que segura a cabeça de leitura possa


ser representada por uma mola, k, que interliga a massa do motor e da
haste, M1 (20g), com a massa da cabeça de leitura, M2 (5g)

B Força externa de comando? Acionamento do motor, u(t). Modelo:


tı́pico massa-mola.

B Atrito da massa M1 , b1 = 0.5Kg/m/s, e da massa M2 ,


b2 = 4.1 × 10−1 Kg/m/s

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Modelo simplificado da haste rı́gida e o motor CC controlado pela armadura,


com if = 0 e f.c.e.m=0, obtido das leis de Newton:

d2 y dy
(M1 + M2 ) + b1 = u(t)
| {z } dt dt
M

⇓ L

Y (s) 1 1 40
= = =
U (s) M s2 + b1 s s(0.025s + 0.5) s(s + 20)

B Modelo em diagrama de blocos?

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

B FT entre Y e a tensão de armadura (modelo eletro-mecânico, com constante


do motor Km = 125Nm/A, indutância de campo, L = 1mH e resistência de
campo, R = 1Ω):

Y (s) Km 1
=
V (s) Ls + R s(M s + b)

125 1
=
0.001s + 1 s(0.025s + 0.5)

5000
=
s(s + 20)(s + 1000)

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Logo a FT em malha fechada é

Y (s) 5000Ka
=
R(s) s(s + 20)(s + 1000) + 5000Ka

5000Ka

1000s(s + 20) + 5000Ka

5Ka
=
s2 + 20s + 5Ka
| {z }
2a. ordem!

2
B Logo ωn = 5Ka e 2ζωn = 20 ...

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

TABLE 5.8 Specifications for the Transient
Response

Performance Measure Desired Value

Percent overshoot Less than 5%

Settling time Less than 250 ms


Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Maximum value of response Less than 5 3 10 23


to a unit step disturbance

Table 5.8 Specifications for the transient response

TABLE 5.9 Response for the Second-Order Model for a Step Input
Ka 20 30 40 60 80

Percent overshoot 0 1.2% 4.3% 10.8% 16.3%

Settling time (s) 0.55 0.40 0.40 0.40 0.40

Damping ratio 1 0.82 0.707 0.58 0.50


Maximum value of the 210 3 10 23 26.6 3 10 23 25.2 3 10 23 23.7 3 10 23 22.9 3 10 23
response y(t) to a unit
disturbance

MASTER 69
Table 5.9 Response for the second-order model for a step input
Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Infelizmente não foi possı́vel atingir as especificações estabelecidas ...

B É necessário buscar uma solução de “compromisso”, particularmente neste


projeto o melhor compromisso é alcançado para Ka = 40

B O que fazer para melhorar? É o objeto de discussão dos próximos capı́tulos


quanto aos seguintes pontos
• Retornar ao passo 4 e modificar o sistema de controle adotado
• Modificar o controlador, já que adotou-se simplesmente um ganho estático

pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios em Sala

B E5.8. Dicas: use uma FT de 2a. ordem em malha fechada

√−πζ
Mp % = 100 × e 1−ζ 2

4
ta =
ζωn

B E5.9

B E5.17

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 5


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

1. Conceito de estabilidade

2. Critério de estabilidade de Routh-Hurwitz

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 74
(c) Unstable

The stability of a cone


(b) Neutral

Figure 6.1
(a) Stable
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

Professor, onde “está” a Estabilidade ?


Aluno do 2oS/2002...

B O conceito de estabilidade é crucial na sı́ntese de sistemas de controle


realimentados

B Não é exatamente uma especificação, mas sim um pré-quesito para projeto ...

B A não ser em casos muito particulares, eg, na aviação de combate, o sistema


de controle realimentado deve resultar em um sistema estável

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

Um sistema é dito estável se a resposta temporal


for limitada para qualquer sinal
de entrada também limitado

B Estabilidade absoluta: o sistema é estável ou não

B Estabilidade relativa: para um sistema estável pode-se atribuir graus de


estabilidade

B A localização dos pólos em malha fechada fornece uma indicação do tipo de


resposta temporal ...

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 75
t
Unstable

Stability in the s-plane


Neutral

Figure 6.2
t
Stable
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.
Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

B a estabilidade de sistemas lineares pode ser definida em termos da localização


dos pólos e zeros da FT em malha fechada ...

QM
Y (s) K j=1 (s + zj )
T (s) = = Qn1 Qn
R(s) sN i=1 (s + σi ) i=n1 +1 (s
2 + 2αi s + (α2i + ωd,i
2
))

cuja resposta temporal a um degrau (N = 1) de amplitude A0 é dada por

n1 n
X X e−αi t
y(t) = A0 + Ai e−σi t + Ai p 2
sen(ωd,i t + θi )
i=1 i=n1 +1
1 − ζi

B Condição necessária e suficiente para que um sistema seja estável é que todos
os pólos da FT tenham parte real negativa ...

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

Métodos para verificar estabilidade (ou não):


1. Routh-Hurwitz (no plano-s)
2. Nyquist (domı́nio da freqüência)
3. Análise temporal

Por que aplicar algum método se basta calcular os pólos da Eq.


Caracterı́stica (EC) e verificar o sinal da parte real ? Os métodos acima
não “calculam” as raı́zes da EC ... Potencialidades ?

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

B O critério é um método que fornece uma resposta direta sobre a questão de


estabilidade de sistemas lineares

B Para a EC:

∆(s) = an sn + an−1 sn−1 + · · · + a1 s + a0


= an (s − r1 )(s − r2 ) · · · (s − rn )
= 0

ri é a i-ésima raiz da EC. Para estabilidade, é necessário verificar se nenhuma


dessas raı́zes está no semi-plano direito

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz
Expandindo ∆(s) obtém-se

∆(s) = an sn − an (r1 + r2 + · · · + rn )sn−1


+an (r1 r2 + r2 r3 + · · · )sn−2
−an (r1 r2 r3 + r1 r2 r4 + · · · )sn−3
+ · · · + (−1)n an (r1 r2 r3 · · · rn ) = 0

Examinando ∆(s), pode-se notar que se todas as raı́zes estiverem no semi-plano


esquerdo, todos os termos do polinômio têm o mesmo sinal. Além disso, nenhum
coeficiente poderia ser nulo

B Estas condições são apenas necessárias, ie, se alguma não se verificar, o


sistema é instável, caso contrário não pode-se afirmar que seja estável...

Exemplo O polinômio abaixo tem coeficientes positivos porém não é estável

∆(s) = s3 + s2 + 11s + 51 = (s + 3)(s−1 + 4j)(s−1 − 4j)

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

O que fazer ? Utilizar condições necessárias e suficientes para verificar


estabilidade: critério de Routh-Hurwitz

Como aplicá-lo ? Organizam-se os coeficientes da EC na forma de um arranjo


do tipo

sn an an−2 an−4 ···


sn−1 an−1 an−3 an−5 ···

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

As linhas subseqüêntes desse arranjo são completadas da seguinte forma:

sn an an−2 an−4 ···


sn−1 an−1 an−3 an−5 ···
sn−2 bn−1 bn−3 bn−5
sn−3 cn−1 cn−3 cn−5
.. .. .. ..
. . . .
s0 dn−1

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

sendo que


(an−1 )(an−2 ) − an (an−3 ) −1 an an−2

bn−1 = =
an−1 an−1 an−1 an−3


−1 an an−4

bn−3 =
an−1 an−1 an−5


−1 an−1 an−3

cn−1 =
bn−1 bn−1 bn−3

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Critério de Routh-Hurwitz assegura que o número de raı́zes com parte real


positiva é igual ao número de mudança de sinais dos elementos da primeira coluna
do arranjo de Routh

B Então a condição necessária e suficiente para o sistema ser estável, é que


todos os elementos da primeira coluna tenham o mesmo sinal

B Generalizações podem ser vistas em: K. J. Khatwani, “On Routh-Hurwitz


Criterion”. IEEE Transactions on Automatic Control”, 26 (2), pp. 583-584, 1981.

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

B Pode-se considerar quatro casos:

1. Nenhum elemento da primeira coluna é nulo


2. Há um zero na primeira coluna, porém alguns elementos na linha que ocorre
o zero são não nulos
3. Há um zero na primeira coluna e todos os elementos na linha que ocorre o
zero são também nulos
4. Caso anterior, com raı́zes múltiplas no eixo imaginário

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Caso 1. Nenhum elemento da primeira coluna é nulo

Exemplo de sistema de 2a ordem Para um sistema genérico com EC dada por

∆(s) = a2 s2 + a1 s + a0

o arranjo de Routh é

s2 a2 a0
(a1 )(a0 ) − a2 (0)
s 1
a1 0 ⇒ b1 =
a1
s0 b1 0

B Portanto um sistema de 2a. ordem é estável se os coeficientes da EC forem


todos positivos ou todos negativos

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Exemplo de sistema de 3a ordem Para um sistema genérico com EC dada por

∆(s) = a3 s3 + a2 s2 + a1 s + a0

o arranjo de Routh é

s 3
a3 a1
 a2 a1 − a0 a3

 b1 =
 a2
s2 a2 a0



1
s b1 0 

 b1 a0
 c1 = = a0
s0

c1 0 b1

B Para que o sistema seja estável, todos os coeficientes devem ser positivos e
a2 a1 > a0 a3 . Caso a2 a1 = a0 a3 , o sistema terá um par de raı́zes no eixo
imaginário, o que resulta em estabilidade marginal

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Caso 2. Zero na primeira coluna, porém alguns elementos na linha que


ocorre o zero são não nulos

Neste caso o zero é substituı́do por um parâmetro, ε > 0, suficientemente


“pequeno”, sendo aproximado para zero depois de montado o arranjo de Routh

Exemplo Para a EC

∆(s) = s5 + 2s4 + 2s3 + 4s2 + 11s + 10

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

obtém-se o arranjo

s5 1 2 11
4 4ε − 12

s 2 4 10 −12

 c1 = =
ε ε

s3 ε 6 0



2
s c1 10 0 
 6c1 − 10ε
 d1 = →6


s1 d1 0 0 c1
s0 10 0 0

B O sistema é instável pois há duas mudanças de sinais devido ao valor negativo
−12/ε na primeira coluna (e portanto há duas raı́zes no semi-plano direito...)

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Caso 3. Linha com todos os elementos nulos

Essa condição ocorre quando fatores do tipo (s + σ)(s − σ) ou


(s + jω)(s − jω) aparecem na equação caracterı́stica. Este problema é
transposto usando-se um polinômio auxiliar, U (s), que é a equação da linha que
precede a linha de zeros (a ordem do polinômio auxiliar é sempre par e indica o
número de pares de raı́zes simétricas)

Exemplo Para um sistemas de 3a. ordem genérico com EC

∆(s) = s3 + 2s2 + 4s + K

sendo K um ganho ajustável

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

obtém-se o arranjo

s3 1 4
s2 2 K

8−K
⇒ c1 =
s1 c1 0 2
s0 K 0

B Para que o sistema seja estável é necessário que 0 < K < 8

B Com K = 8 tem-se uma linha com apenas zeros, implicando em estabilidade


marginal (com duas raı́zes no eixo imaginário). O polinômio auxiliar nesse caso é
dado por:

U (s) = 2s2 + Ks0 = 2s2 + 8 = 2(s2 + 4) = 2(s + 2j)(s − 2j)

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Caso 4. Raı́zes repetidas no eixo imaginário - jω

É um caso patológico e o critério de Routh-Hurwitz não revela este tipo de


instabilidade ...

Exemplo Para a EC:

∆(s) = (s + 1)(s + j)2 (s − j)2 = s5 + s4 + 2s3 + 2s2 + s + 1

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz

Arranjo de Routh:

s5 1 2 1
s4 1 2 1
s3 ε ε 0
onde ε → 0
2
s 1 1
s1 ε 0
s0 1

Não há mudança de sinais, porém o sistema é marginalmente estável

Polinômio auxiliar na linha s4 s4 + 2s2 + 1 = (s2 + 1)2

Polinômio auxiliar na linha s2 s2 + 1

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 6


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade de Sistemas Lineares Realimentados

1. Estabilidade relativa

2. Estabilidade no espaço de estado

3. Exemplo de projeto: controle de direção de um veı́culo

4. Usando MATLAB
c

5. Projeto seqüêncial: sistema de leitura de um acionador de disco

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa

B Routh-Hurwitz indica precisamente a estabilidade absoluta

B A estabilidade relativa de um sistema pode ser definida como a propriedade


que é medida pelo valor da parte real de cada raı́z ou par de raı́zes

B Para duas raı́zes, r1 e r2 , se |R{r1 }| < |R{r2 }|, diz-se que r2 é


relativamente mais estável

B A estabilidade relativa de um sistema pode também ser definida em termos


do coeficiente de amortecimento, ζ, de cada par de raı́zes complexas e, portanto,
em termos da velocidade de resposta e sobre-elevação ao invés do tempo de
acomodação

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa

B O critério de Routh-Hurwitz pode ser estendido de forma a possibilitar


determinação da estabilidade relativa através de uma simples mudança de variável
(deslocamento no eixo real)

Exemplo Pode-se determinar sem calcular as raı́zes que a parte real de todas as
raı́zes do polinômio abaixo é menor do que −1 ?

∆(s) = s4 + 14s3 + 71s2 + 154s + 120

Faça s = s0 −1, Então

∆(s0 ) = s04 + 10s03 + 35s02 + 50s0 + 24

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa

O arranjo é dado por

s04 1 35 24
s03 10 50
s02 30 24
s01 42
s00 24

Portanto o polinômio não tem raı́zes com R{s0 } ≥ 0 ou R{s + 1} ≥ 0 ou


R{s} ≥ −1. Então todas as raı́zes tem parte real menor do que −1

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Espaço de Estado
B A EC pode ser obtida diretamente do determinante da regra de Mason, do
diagrama de fluxos de sinais correspondente ao sistema de equações

Exemplo Para o sistema de equações



 ẋ
1 = −3x1 + x2
 ẋ2 = −Kx1 + x2 + Ku

Diagrama de fluxo de sinais correspondente:


1 −3

U (s) 1 K 1/s 1 1/s X1 (s)

Ẋ2 (s) X2 (s) Ẋ1 (s)


−1

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Espaço de Estado

B Aplicando a regra de Mason:


X X X
∆(s) = 1 − L1×1 + L2×2 − L3×3 + · · ·

L1 = 1/s; L2 = −3/s; L3 = −K/s2

 
1 3 K 3
∆(s) = 1 − (L1 + L2 + L3 ) + L1 L2 = 1 − − − − =0
s s s2 s2
m

∆(s) = s2 + 2s + (K − 3) = 0

Logo, basta K > 3 para que se tenha estabilidade

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Espaço de Estado

B Outra forma de verificar estabilidade, para sistemas autônomos (u = 0), é


calcular os autovalores associado a matriz dinâmica do sistema

ẋ(t) = Ax(t)

B Cálculo dos autovalores ?

λx = Ax, x 6= 0

(λI − A)x = 0 ⇒ (λI − A) é singular ⇒ |λI − A| = 0

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto

Controle de direção de um veı́culo


Neste caso, o objetivo é realizar o controle de direção de um veı́culo, com
acionamento independente nas duas “rodas” (no caso, veı́culos com esteira)

Objetivo Especı́fico ? Manter o erro em estado estacionário, para um entrada


em rampa, limitado a um certo patamar – depende de parâmetros a serem
selecionados...

Por que entrada rampa?

Como funciona? E o modelo? Descritos a seguir

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Transportation Technology: Tracked Vehicles
Tracked vehicle fundamentals
Tracks
Engine and Steering Housing
Links chained together with metal or rubber pads that Sprocket Wheel
Waterproof housing for the engine and
contact and grip the ground. The links mesh with the Acts as drive wheel,
steering systems. Exhaust is ported at the
sproket wheel teeth. it powers the track.
highest point of the vehicle in gasoline
powered vehicles.

Motion of Vehicle CG

Maximum height of obstacle


that vehicle can climb over

Idler Wheels
Suspension System Wheelbase Carry the weight of the
Lets idler wheels move up
vehicle. In some cases may
and down in response to Note: CG = Center of Gravity. In these examples Center
of Gravity is exagerated and does not take into account have sprockets and brakes.
changes in the terrain.
any other parts of the vehicle other than the track part.

Wheel's and Tires Vs. Tracks Steering a Tracked Vehicle


Direction of Travel Tracked vehicles are steered by
The weight of the vehicle makes the The weight of the vehicle is
(Turn Right) adjusting the speed of the track on
tire flatten where it contacts the dispersed over the entire length of
one side of the vehicle in
ground. This gives a contact area of track that contacts the ground.
relation to the speed of the track
8" x 12" (the width of the tire) for a This gives a contact area of 40" x on the other side. This creates a
total area of 96 square inches. 12" (the width of the track) for a torque on the vehicle and causes
(Depends on air pressure in the tire) total of 480 square inches. it to pivot around the slower
track. The steering controls
change individual track speeds
Steering through a variable speed
Wheel Tracks Controls differential. The differential is
usually controlled by levers.
Faster

By reversing one track entirely


Slower

Note: not to scale Engine the vehicle can pivot and spin in
8" 40" Wheel's contact
area exagerated for
place.
Width of wheel and track = 12" this illustration.
Most of the track is sliding
sideways compared to the
This 4-wheeled vehicle has a This 2-tracked vehicle has a
forward motion of the vehicle
maximum of 384 square inches of maximum of 960 square inches of
when turning. This can cause
contact with the ground. A forth of the contact with the ground. A sixth of Variable
damage to the ground or to
total weight of the vehicle would be the total weight of the vehicle is Differential
rodadways.
carried by each wheel. carried by each idler wheel.

Different Kinds of Tracks: All Terrain VS. Flat A line drawn straight down from the center of gravity does not Tensioning Spring
Tank-style tracks are used for pass outside of the support base so vehicle does not tip over Keeps tension on the track
very rough terrain or higher and allows for small
speeds. Flatter tracks are used changes in terrain.
Greater support base length
on earth-moving equipment Grip Area
CG makes flat tracks more stable.
because more track can contact
Front View
the ground and climbing over
obsticals is less important. By Obstruction CG
having a larger wheelbase the
flat track is more stable. An
Support Base Length Support
object is stable as long as a line Grip Area
Support Base Base
pointing straight down from its
(while climbing) Note: Vehicles are more likely to tip over Width
center of gravity does not go Side Views from side to side because the support
outside of its support base. base's width is narrower than its length

www.carolina.com 800-334-5551
MASTER 76
Track
torque
Right Y(s)
Throttle Direction of
Power train
Steering Left Vehicle travel
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

and controller

Difference in track speed

(a)

Controller Power train and


Gc (s) vehicle G(s)
1 (s 1 a) K
R(s) s (s 1 2)(s 1 5) Y(s)
(s 1 1)
Desired 2
direction
of turning
(b)

Figure 6.8 (a) Turning control system for a two-track vehicle (b) Block diagram
Exemplo: Controle de Direção de um Veı́culo

B EC do sistema realimentado
K(s + a)
1 + Gc (s)G(s) = 1 + =0
s(s + 1)(s + 2)(s + 5)

ou

s(s+1)(s+2)(s+5)+K(s+a) = s4 +8s3 +17s2 +(K +10)s+Ka = 0

Determinar a região de estabilidade para valores de K e a. De que forma?


Routh-Hurwitz...

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo: Controle de Direção de um Veı́culo

Arranjo de Routh associado:

s4 1 17 Ka 
126 − K
s 3
8 (K + 10) 0


 b3 = >0

 8
s2 b3 Ka ⇒

 b3 (K + 10) − 8Ka
s1

c3 
 c3 = >0
0
b3
s Ka

K < 126
Ka > 0
(K + 10)(126 − K) − 64Ka > 0

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 77

3.0

2.0

a
Stable
1.0 region
Selected K and a
0.6

0
0 50 70 100 126 150
K

Figure 6.9 The stable region

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Exemplo: Controle de Direção de um Veı́culo

B Do objetivo especı́fico, o erro em estado estacionário para entrada em rampa,


R(s) = A/s2 é obtido de
E(s)
z }| {
1
ess = lim s
s→0 1 + Gc (s)G(s)

s(s + 1)(s + 2)(s + 5) A


= lim s
s→0 s(s + 1)(s + 2)(s + 5) + K(s + a) s2

10A
=
Ka

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo: Controle de Direção de um Veı́culo

B Da figura, nota-se que pode-se selecionar uma infinidade de valores para o par
K e a a fim de atender o desempenho especificado

B Eg, para ess = 23.8% do valor de A é necessário que

10A 10
ess = = 0.238A ⇒ Ka = = 42
Ka 0.238

O que pode ser conseguido, selecionando K = 70 e a = 0.6, ou K = 50 e


a = 0.84, ou...

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

c
Usando MATLAB

B roots calcula as raı́zes de um polinômio

B eig calcula os autovalores de uma matriz, particularmente

eig(A) % devolve todos os autovaleres da matriz A

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 78

2.5
2.0 (a 5 0.6, K 5 70)
1.5
a

1.0 Stable region


0.5
0
20 40 60 80 100 120
K

(a)
twotrackstable.m

% the stability region for the two track vehicle


% control problem Range of a and K
%
a=[0.1:0.01:3.0]; K=[20:1:120];
Initialize plot vectors as zero
x=0*K; y=0*K;
vectors of appropriate lengths.
n=length(K); m=length(a);
for i=1:n
for j=1:m
Characteristic
q=[1, 8, 17, K(i)+10, K(i)*a(j)];
polynomial
p=roots(q);
if max(real(p)) > 0, x(i)=K(i); y(i)=a(j-1); break; end
end
end For a given value of K: determine
plot(x,y), grid, xlabel('K'), ylabel('a') first value of a for instability.

(b)

Figure 6.16 (a) Stability region for a and K for two-track


vehicle turning control (b) MATLAB script

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


MASTER 79

16

14

12

10
Ramp input
y(t )

8 Steady-state error

4 y(t)

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16
Time (sec)

(a)

aKramp.m

% This script computes the ramp response


% for the two-track vehicle turning control
% problem with a=0.6 and K=70
%
t=[0:0.01:10]; u=t; u 5 unit ramp input
numgc=[1 0.6]; dengc=[1 1];
numg=[70]; deng=[1 7 10 0]; a 5 0.6 and K 5 70
[numa,dena]=series(numgc,dengc,numg,deng);
[num,den]=cloop(numa,dena);
[y,x]=lsim(num,den,u,t); Linear simulation
plot(t,y,t,u), grid
xlabel('Time (sec)'), ylabel('y(t)')

(b)

Figure 6.17 (a) Ramp response for a = 0.6 and K = 70 for two-track
vehicle turning control (b) MATLAB script

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Exemplo de Projeto Seqüêncial

Sistema de Leitura de um Drive

B No bloco anterior – desempenho de sistemas realimentados – considerou-se


apenas um ganho estático, Ka , associado ao amplificador no projeto seqüêncial

B Nesta bloco, a questão do ajuste do ganho Ka será reavaliado quando se


considera um sensor de realimentação de velocidade, como apresentado a seguir

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 80
D(s)
Amplifier Motor coil
1 2 1 Velocity 1
R(s) Ka G1(s) s + 20 s Y(s)
1 Position
2
2
Velocity sensor
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

K1
Switch
Position sensor
H(s) = 1

Figure 6.22 The closed-loop disk drive head system with an optional velocity feedback

D(s)

1 2
R(s) Ka G1(s) G2(s) Y(s)
1
2

1 + K1s

Figure 6.23 Equivalent system with the velocity feedback switch closed
Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Inicialmente deixando a chave aberta, a FT malha fechada é

Y (s) Ka G1 (s)G2 (s)


=
R(s) 1 + Ka G1 (s)G2 (s)
sendo

5000 1
G1 (s) = e G2 (s) =
s + 1000 s(s + 20)
Logo a EC é

s(s + 20)(s + 1000) + 5000Ka = s3 + 1020s2 + 20000s + 5000Ka = 0

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

Arranjo de Routh

s3 1 20000 
 (20000)1020 − 5000Ka
 b1 = >0


s2 1020 5000Ka 1020

s1 b1 



para estabilidade: Ka < 4080
s0 5000Ka

B Se b1 = 0 obtém-se estabilidade marginal. Isto é obtido para Ka = 4080.


Portanto a equação auxiliar é dada por

1020s2 + 5000(4080) = 0 ⇒ s1,2 = ±j141.4

B Esta análise permite responder uma questão relevante quando abordou-se


anteriormente o projeto seqüêncial: o ganho Ka não pode assumir qualquer valor
neste caso com modelo completo - sem redução...

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Considerando a realimentação de velocidade (ie, fechando a chave), a FT


malha fechada passa a ser:

Y (s) Ka G1 (s)G2 (s)


=
R(s) 1 + [Ka G1 (s)G2 (s)] (1 + K1 s)
e a EC é

s(s + 20)(s + 1000) + 5000Ka (1 + K1 s) =

s3 + 1020s2 + [20000 + 5000Ka K1 ] s + 5000Ka = 0

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

com arranjo de Routh

s3 1 [20000 + 5000Ka K1 ]
s2 1020 5000Ka
s1 b1
s0 5000Ka

1020 [20000 + 5000Ka K1 ] − 5000Ka


b1 = >0
1020

B Selecionar o par (Ka , K1 ) tal que b1 > 0, com Ka > 0...

B Eg, K1 = 0.05 e Ka = 100 ...

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

TABLE 6.2 Performance of the Disk Drive System Compared to the
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Specifications

Performance Measure Desired Value Actual Response

Percent overshoot Less than 5% 0%

Settling time Less than 250 ms 260 ms


Maximum response
to a unit disturbance Less than 5 2 10 13 2 2 10 13

MASTER 81
Table 6.2 Performance of the disk drive system compared to the specifications
Exemplo de Projeto Seqüêncial

B Usando MATLAB c
para avaliar: (i) a resposta de r(t) para y(t); (ii) a máxima
resposta ao distúrbio unitário d(t) para y(t).

ka = 100; k1 = 0.05; % Ganhos selecionados


s=tf(’s’) % variável "s"
g1=tf([5000],[1 1000]) % G1(s)
g2=tf([1],[conv([1 0],[1 20])]) % G2(s)
FTmf=(ka*g1*g2)/(1+(ka*g1*g2)*(1+k1*s)) % FT malha fechada R->Y
FTdisturbio=(-g2)/(1+(ka*g1*g2)*(1+k1*s)) % FT malha fechada D->Y
subplot(2,1,1)
step(FTmf)
subplot(2,1,2)
step(FTdisturbio)

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto Seqüêncial

1
FTmf
0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Time (sec)

−3
x 10
0
FTdisturbio
−0.5
Amplitude

−1

−1.5

−2
0 0.05 0.1 0.15 0.2 0.25 0.3 0.35 0.4 0.45 0.5
Time (sec)

pag.27 Controle de Sistemas Lineares – Aula 7


c Reinaldo M. Palhares

Método do Lugar das Raı́zes

1. Conceito do “Lugar das Raı́zes”

2. Virtudes do Lugar das Raı́zes (LR)

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B No projeto de um sistema de controle, é fundamental determinar como a


localização das raı́zes da EC no plano-s muda com a variação de um parâmetro.
Essa localização das raı́zes (ou lugar das raı́zes) é normalmente feita por um
método gráfico conhecido como Gráfico do Lugar das Raı́zes

B O que fazer ? Elaborar uma metodologia de traçado deste gráfico,


manualmente ou por auxı́lio de computador...

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B Como normalmente é necessário ajustar um ou mais parâmetros no sistema


de controle para que se consiga alocar de forma apropriada as raı́zes em malha
fechada, será estudado, como exemplo preliminar de projeto de sistemas
realimentados, os efeitos da variação dos três parâmetros de um controlador PID
(ie, com um termo Proporcional, outro Integral e outro Derivativo)

B Como o método do lugar das raı́zes envolve a análise em função da variação


de um ou mais parâmetros, pode-se extrair também uma medida da sensitividade
das raı́zes frente a tais variações

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Considere a malha de realimentação unitária, para o processo G(s), com um


parâmetro ajustável K, ilustrado na figura abaixo

R(s) + Y (s)
K G(s)

B Então o desempenho dinâmico em malha fechada é descrito pela FT

Y (s) KG(s)
T (s) = =
R(s) 1 + KG(s)

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B As raı́zes da EC são determinadas a partir da relação

1 + KG(s) = 0 ⇒ KG(s) = −1

que pode ser re-escrita na forma polar

|KG(s)| ∠KG(s) = −1 + j0

B Portanto, para pertencer ao Lugar das Raı́zes, é necessário que


 |KG(s)| = 1



∠KG(s) = 180o ± k360o , k = 0, 1, 2, 3, · · ·

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Exemplo Considere o sistema de 2a. ordem

1 1
G(s) = =
(s2 + 2s) s(s + 2)

a EC correspondente com um parâmetro ajustável, K, é

K
∆(s) = 1 + KG(s) = 1 + =0
s(s + 2)

ou, de forma equivalente para um sistema de 2a. ordem

s2 + 2s + K = s2 + 2ζωn s + ωn = 0

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Portanto, o lugar das raı́zes com K variando de 0 a ∞, é encontrado quando


impõem-se

K o o
|KG(s)| = =1 e ∠KG(s) = ±180 , ±540 ,···
s(s + 2)

B Como já mostrado, as raı́zes do sistema de 2a. ordem são


p
s1,2 = ζωn ± ωn ζ 2 − 1

para ζ < 1 e θ = cos−1 ζ as raı́zes são complexas, para ζ > 1 as raı́zes são
reais...

B Veja que quando considera-se apenas o processo, G(s), no LR geram-se


apenas os pólos em malha aberta de G(s), ie, s1 = 0 e s2 = −2

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes
B Como seria um gráfico do lugar das raı́zes?

B Veja que se para a EC: ∆(s) = 1 + KG(s) = s2 + 2s + K = 0


pode-se calcular várias raı́zes para K variando de 0 a ∞ obter-se-ia

K=0 ⇒ {−2, 0} (malha aberta)


K = 0.5 ⇒ {−1.7071, − 0.2929}
K=1 ⇒ {−1, −1}
K=2 ⇒ {−1 ± j}
K=5 ⇒ {−1 ± j2}
K = 102 ⇒ {−1 ± 9.9499}
K = 106 ⇒ {−1 ± 103 }
K = 1015 ⇒ {−1 ± 3.16 × 107 } (zeros em ∞...)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Deste modo, o gráfico do lugar das raı́zes seria dado por



K
K2
Pólos em malha aberta
ωn ωn
K1

θ Ke θ

0 σ
−2 K −1

K1

Raı́zes em malha fechada

K K2

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B Quais condições devem ser satisfeitas para que se possa julgar se um ponto
pertence ao lugar das raı́zes ? Condição de ângulo... E a condição de módulo
fornece o ganho que aloca a raı́z naquela posição

B Note que para atender a condição de ângulo, o LR corresponde a uma linha


vertical, para ζ < 1 (sub-amortecimento) e uma linha horizontal para ζ > 1
(sobre-amortecimento)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Ie, para um ponto qualquer, sc , sobre a reta vertical, obtém-se a contribuição dos
dois pólos do processo, s1 e s2 , da forma

K  0
 0
∠ = −∠s c − ∠(s c + 2) = − (180 − θ) + (θ) = −180
s(s + 2) s=sc


sc

|sc + 2| |sc |

θ 180 − θ

−1 0 σ
−2

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B O ganho K no ponto sc é dado por


K K
= =1 ⇒ K = |sc | |s + 2|
s(s + 2)
s=sc |sc | |s + 2|

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

B Genericamente, para se encontrar as raı́zes da EC: ∆(s) = 1 + F (s), com

Qm
i=1 (s + zi )
F (s) = K Qn
`=1 (s + p` )

a relação F (s) = −1 + j0 deve ser verificada e, portanto,

 Qm
K Q i=1 (s + zi ) = 1



 n
`=1 (s + p` )




 m n
!

 X X
∠s + zi − ∠s + p` = 180o , ±k360o




i=1 `=1

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Exemplo Considere um sistema de 2a. ordem


1
G(s) =
(s2 + as)

Pode-se determinar o LR em função do parâmetro a. Então a EC é


K
∆(s) = 1 + KG(s) = 1 + =0
s(s + a)

2 as
∆(s) = s + as + K = 1 + =0
s2 +K

Veja que a EC agora está no formato padrão, com o parâmetro a “funcionando”


como um ganho, além de K...

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

Logo pelo critério de ângulo e módulo, para uma raı́z s1

a |s1 |


 2
=1
 s1 + K

√ √ 

 

 ∠s1 − ∠s1 + j K + ∠s1 − j K = ±180o , ±540o , · · ·

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Conceito de Lugar das Raı́zes

O LR poderia ser traçado determinando os pontos no plano-s que satisfazem a


condição de ângulo e o valor de a, para uma dada raiz s1 , é obtido usando a
condição de módulo, ie
√ √
s 1 + j K s 1 − j K

a=
|s1 |

Em particular, no ponto de amortecimento crı́tico, s2 = σ2


√ √
s1 + j K s1 − j K √

σ22 + K
a= = ⇒ σ2 = K
σ2 σ2

Com o aumento de a, a partir deste ponto crı́tico, uma das raı́zes (ambas reais) é
maior do que σ2 e a outra menor

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

§
jÏK
s1 2 jÏK
§
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

s1
G(s)
s1
1 1 s2
R(s) K Y(s)
s(s 1 a)
2 s1 1 jÏK
§

2jÏK
§

(a) (b)

MASTER 85
Figure 7.5 (a) Single-loop system (b) Root locus as a function of the parameter a
Virtudes do Lugar das Raı́zes

B O LR fornece uma boa “idéia” de como os pólos em malha fechada variam em


função de um (ou mais) parâmetro(s) ajustáve(l)(eis)

B Veremos como esta facilidade do LR para localizar os pólos em malha fechada


e, conseqüentemente, caracterizar elementos da resposta temporal, é um dos
métodos mais eficientes no domı́nio das transformadas para projeto de sistemas
de controle

B Naturalmente não seria nada amigável traçar o LR da forma como foi


apresentado, de modo que será discutido no próximo bloco uma metodologia, com
caracterı́sticas gerais, para esboçar o LR

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 8


c Reinaldo M. Palhares

Método do Lugar das Raı́zes

1. Esboçando o Lugar das Raı́zes (LR)

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

B O procedimento para esboçar o gráfico do Lugar das Raı́zes é realizado em 12


passos ordenados a seguir

Passo 1 – Escreve-se a EC na forma

1 + F (s) = 0

e, se necessário, esta é re-arranjada de forma que o parâmetro de interesse, K,


apareça como fator multiplicador, ie

1 + KP (s) = 0

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

Passo 2 – Fatora-se P (s), se necessário, e escreve-se o polinômio na forma de


ganho, pólos e zeros
YM
(s + zi )
i=1
1+K n =0
Y
(s + pj )
j=1

Passo 3 – Marcam-se os pólos e zeros no plano-s com sı́mbolos próprios (“×” e


“◦”, respectivamente). Normalmente está-se interessado em determinar o LR
quando 0 ≤ K ≤ ∞ e a EC pode ser reescrita da forma
n
Y M
Y
(s + pj ) + K (s + zi ) = 0
j=1 i=1

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

B Para K = 0, as raı́zes da EC são os pólos de P (s)

B Quando K → ∞, as raı́zes da EC se aproximam dos zeros de P (s)

O Lugar das Raı́zes da EC, 1 + KP (s) = 0,


começa nos pólos de P (s) e termina
nos zeros de P (s) quando K é variado de 0 a ∞

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

B Como normalmente P (s) pode ter vários zeros em infinito, ie, n > M ,
então n − M ramos do LR tenderão a n − M zeros em ∞

Passo 4 – Localizam-se os seguimentos do LR que recaem sobre o eixo real

O Lugar das Raı́zes no eixo real recae sempre


sobre um trecho do eixo real à
esquerda de um número ı́mpar de pólos e zeros
(Verificado pela condição de ângulo...)

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

K( 21 s + 1)
Exemplo (Passo 1) EC: 1 + F (s) = 1 + =0
s( 14 s + 1)

2K(s + 2)
(Passo 2) F (s) é reescrita na forma ganho-pólo-zero 1 + =0
s(s + 4)

(Passo 3) Marcam-se os pólos (0, −4) e zero (−2) com a simbologia adotada

Zero
θp 1

× ×
−4 −2 0

Pólos

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes
(Passo 4) O critério de ângulo é satisfeito no segmento do eixo real entre os
pontos 0 e −2 (veja que o pólo p1 = 0 contribui com −1800 , o zero z = −2
contribui com 00 e o pólo em p2 = −4 contribui com 00 ...). Entre o zero,
z = −2, e o pólo p2 = −4 obtém-se 00 (contribuição de −1800 de p1 , 1800
de z e 00 de p2 ). Por outro lado, entre p2 e ∞ a contribuição total é de 1800 .
Portanto os trechos entre p1 e z e p2 e ∞ sobre o eixo real, fazem parte do LR

B Veja ainda que n − M = 2 − 1 = 1 ramo tenderá a ∞

Segmentos do LR

× ×
−4 −2 0

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes
Passo 5 – Determina-se o número de curvas do LR que é igual ao número de
pólos (já que o número de pólos é maior ou igual ao número de zeros)

Passo 6 – O lugar das raı́zes é simétrico com relação ao eixo real já que raı́zes
complexas sempre aparecem em pares complexos conjugados

Passo 7 – Se houver zeros em ∞, o LR tende a ∞ aproximando-se de


assı́ntotas centradas em σA (ponto este denominado centróide) e com ângulo
φA , sendo

n
X M
X
X X (−pj ) − (−zi )
pólos deP (s) − zeros deP (s) j=1 i=1
σA = =
np − nz np − nz

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

E o ângulo das assı́ntotas em relação ao eixo real é

(2q + 1)
φA = 1800 , q = 0, 1, 2, . . . , (np − nz − 1)
np − nz

B A equação acima é obtida usando o fato que, a um ponto muito distante dos
pólos e zeros, pode-se considerar que os ângulos de cada pólo e zero, φ, são
praticamente iguais e, portanto, o ângulo lı́quido (de 1800 ) é simplesmente
φ(np − nz ). Ou, de forma alternativa, φ = 1800 /(np − nz ), o que resulta na
forma acima aplicável a cada ramo do LR em ∞

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

Passo 8 – Determina-se, quando for o caso, o ponto em que o LR cruza o eixo


imaginário usando o critério de Routh-Hurwitz

Passo 9 – Determina-se o ponto de partida ou de chegada do eixo real (se


houver). O LR deixa o eixo real no ponto em que, para pequenas variações do
parâmetro em consideração, o ângulo lı́quido é zero

B Veja que o LR deixa de pertencer ao eixo real nos casos em que há
multiplicidade de raı́zes, tipicamente duas

B Em geral, para obedecer à condição de ângulo, as tangentes do LR no ponto


de partida/chegada são igualmente espaçadas sobre os 3600

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 86
21 1 j1
j1
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Breakaway
point
458

24 23 22 0 22 0
458

2j1
21 2 j1

(a) (b)

Figure 7.8 Illustration of the breakaway point (a) for a simple second-order system and
(b) for a fourth-order system
Esboço do Lugar das Raı́zes

B O ponto de partida/chegada pode ser avaliado graficamente ou analiticamente.


A maneira mais direta de se determinar o ponto de partida/chegada requer que se
re-arranje a EC isolando o fator multiplicador K para que a EC apareça na forma

p(s) = K

K
Exemplo Para um sistema de 2a. ordem em malha aberta G(s) = (s+2)(s+4)
a EC é da forma

K
1 + G(s) = 1 + = (s + 2)(s + 4) + K = 0
(s + 2)(2 + 4)

K = p(s) = −(s + 2)(s + 4)

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

B Para este caso em particular, espera-se pelo esboço do LR que o ponto de


partida esteja próximo a s = σ = −3

B Traçando-se o gráfico de p(s) versus σ determina-se o ponto de máximo (veja


tabela abaixo). Além disso o gráfico gerado é simétrico em relação a σ = −3, ie,
o valor de máximo corresponde ao ponto de partida/chegada

s -2 -2.25 -2.5 -2.75 -3 -3.25 -3.5 -3.75 -4


p(s) 0 0.44 0.75 0.94 1 0.94 0.75 0.44 0

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

B Analiticamente, o mesmo resultado pode ser obtido a partir da determinação


do máximo de K = p(s). Como ? Derivando p(s) e igualando a zero...
dK dp(s)
= =0
ds ds

Exemplo Do exemplo anterior com

K = p(s) = −(s + 2)(s + 4) = −(s2 + 6s + 8)


dp(s)
= −(2s + 6) = 0
ds

s = σ = −3

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

Exemplo Para um sistema com EC dada por

K(s + 1)
1 + G(s)H(s) = 1 + =0
s(s + 2)(s + 3)

Obtém-se np − nz = 3 − 1 = 2. Número de assı́ntotas? Duas (dois pólos


tenderão a zeros em ∞), com

(2q + 1) (2(0) + 1)
φA = 1800 = 1800 = 900
np − nz 2

(2(1) + 1)
φA = 1800 = 2700 = −900
2

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

n
X M
X
(−pj ) − (−zi )
j=1 i=1 [0 + (−2) + (−3)] − [−1]
σA = = = −2
np − nz 2

Particularmente, K = p(s) = −s(s+2)(s+3)


(s+1)

e o ponto de partida é calculado de


dK 2s3 + 8s2 + 10s + 6
= =0
ds (s + 1)2

com raı́zes = {−2.4656; − 0.7672 ± j0.7926} ⇒ s = −2.4656

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

G(s)
1 K(s 1 1)
R(s) s(s 1 2) Y(s)
2

H(s)
1
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

s13

Figure 7.10 Closed-loop system

p(s)
Asymptote

0.50

0.25

23 22 21 0 23 22.45 22 0

MASTER 87
(a) (b)

Figure 7.11 Evaluation of the (a) asymptotes and (b) breakaway point
Esboço do Lugar das Raı́zes
Passo 10 – Determina-se o ângulo de partida do LR de um pólo e o ângulo de
chegada em cada zero, usando a condição de ângulo. O ângulo de partida (ou
chegada) corresponde à diferença entre o ângulo lı́quido devido a todos os outros
pólos e zeros e a condição de ângulo de ±1800 (2q + 1). Pólos (ou zeros)
complexos ...

Exemplo Para um sistema de 3a. ordem em malha aberta com 2 dois pólos
complexos p1 e p2
K
F (s) = G(s)H(s) =
(s + p3 )(s2 + 2ζωn s + ωn
2)

tem-se que, em um ponto de teste, s1 , a uma distância infinitesimal de p1 , pela


condição de ângulo (vide figura a seguir)

θ1 + θ2 + θ3 = θ1 + 900 + θ3 = +1800 ⇒ θ1 = 900 − θ3

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 88
u1 u3
A point a small
p1 Departure
distance from p1
s1 vector
p1
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

u3 u3

p3 0 p3 0

p2
u2

p2 u3

(a) (b)

Figure 7.12 Illustration of the angle of departure (a) Test point


infinitesimal distance from p1 (b) Actual departure vector at p1
Esboço do Lugar das Raı́zes

Passo 11 – Determinação da localização das raı́zes que satisfazem a condição


de ângulo
∠P (s) = 1800 ± q3600 , q = 1, 2, . . .

na raiz sx , x = 1, 2, . . . , np

Passo 12 – Determinação do valor do parâmetro Kx para uma raiz especı́fica


sx aplicando a condição de ganho
Yn

|(s + pj )|
j=1
Kx = m

Y
|(s + zi )|


i=1 s=sx

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

Exemplo (Passo 1) Deseja-se traçar o gráfico do LR da EC (com


0 < K < ∞) do seguinte sistema
K
1+ =0
s4 + 12s3 + 64s2 + 128s

(Passo 2) Determinando os pólos


K
1+ =0
s(s + 4)(s + 4 + j4)(s + 4 − j4)

os zeros estão em ∞...

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 3) Localizar os pólos no plano-s

(Passo 4) O LR tem um segmento sobre o eixo real entre s = 0 e s = 4

(Passo 5) Como o número de pólos é np = 4, há 4 curvas no LR

(Passo 6) O gráfico é simétrico em relação ao eixo real

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 7) Os ângulos das assı́ntotas são


(2q + 1)
φA = 1800 , q = 0, 1, 2, 3
np − nz

φA = 450 , 1350 , 2250 , 3150

O centro das assı́ntotas é

n
X M
X
(−pj ) − (−zi )
j=1 i=1 [0 + (−4) + (−4 − j4)(−4 + j4)] − [0]
σA = = = −3
np − nz 4

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 8) Cruza o eixo imaginário ? A EC é

s4 + 12s3 + 64s2 + 128s + K = 0

O arranjo é dado por

s4 1 64 K
12(64) − 128

s3 12 128

 b1 = = 53.33
12



s2 b1 K ⇒
53.33(128) − 12K

s1

c1

 c1 =

>0
53.33
s0 K

Logo para manter estabilidade K < 568.89, o que leva, pela eq. auxiliar, a obter
raı́zes em ±j3.266

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 9) Ponto de partida é calculado fazendo

K = p(s) = −s(s + 4)(s + 4 + j4)(s + 4 − j4)

dK
= 4s3 + 36s2 + 128s + 128 = 0
ds
com raı́zes em {−1.5767, − 3.7117 ± j2.5533}. Portanto o ponto de
partida ocorre em s = −1.5767

pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 10) O ângulo de partida de um dos pólos complexos, p1 , é obtido a partir


da contribuição de cada pólo, na vizinhança de p1 usando a condição de ângulo,
o que resulta em

θp1 + θp2 + θp=−4 + θp=0 = θp1 + 900 + 900 + θp=0 = 1800

Logo

θp1 = −θp=0
4
  
0
= − 90 + tan −1
4
= −(900 + 450 )
= −1350
= 2250

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

Esboço do Lugar das Raı́zes

(Passo 11) Determinam-se as localizações das raı́zes que satisfazem a condição


de ângulo ...

(Passo 12) Determina-se o valor do ganho K em ponto de teste s = s1 ...

B E o gráfico ?

pag.27 Controle de Sistemas Lineares – Aula 9


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 89

TABLE 7.2 The Twelve Steps of the Root Locus Procedure


Step Related Equation or Rule

1. Write the characteristic equation so that the parame- 1 1 KP(s) 5 0.


ter of interest K appears as a multiplier.

P (s 1z )
nz

i
2. Factor P(s) in terms of n p poles and n z zeros. 1 1K i51
5 0.
P (s 1 p )
np

j
j51

3. Locate the open-loop poles and zeros of F(s) in the 2 5 poles, V 5 zeros, M or n 5 roots of characteris-
s-plane with selected symbols. tic equation.
Locus begins at a pole and ends at a zero.

4. Locate the segments of the real axis that are Locus lies to the left of an odd number of poles
root loci. and zeros.

5. Determine the number of separate loci, SL. SL 5 n p when n p ù n z ;


n p 5 number of finite poles, n z 5 number of finite
zeros.

6. The root loci are symmetrical with respect to the


horizontal real axis.

7. The loci proceed to the zeros at infinity along


asymptotes centered at s A and with angles f A . sA 5
O(1p ) 1 O(1z ) .
j i

np 1 nz
(2q 1 1)
fA 5 1807, q 5 0, 1, 2, . . . (n p 1 n z 1 1).
np 1 nz

8. By utilizing the Routh–Hurwitz criterion, determine See Section 6.2.


the point at which the locus crosses the imaginary
axis (if it does so).

9. Determine the breakaway point on the real axis a) Set K 5 p(s).


(if any). dp(s)
b) Obtain 5 0.
ds
c) Determine roots of (b)
or use graphical method to find maximum of p(s).

10. Determine the angle of locus departure from com- /P(s) 5 1807 5 q3607 at s 5 pj or z i .
plex poles and the angle of locus arrival at complex
zeros, using the phase criterion.

11. Determine the root locations that satisfy the phase /P(s) 5 1807 5 q3607 at a root location s x .
criterion.

Pu(s 1 p )u
*
np

j
12. Determine the parameter value K x at a specific Kx 5 j51

Pu(s 1 z )u
nz
root s x .
i
i51 s5s x .

Table 7.2 The 12 Steps of the root locus procedure

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


PID e Lugar das Raı́zes

1. Controlador PID
2. Minorsky (1922), “Directional stability of automatically steered bodies”,
Journal of the American Society of Naval Engineers, Vol. 34, pp. 284 –
Pilotagem de navios

3. Exemplo de projeto PID utilizando o LR

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID
B O controlador PID é largamente utilizado na indústria. Embora tenha uma
estrutura de três termos relativamente simples:
Z
u(t) = KP e(t) + KD ė(t) + KI e(t)dt

⇓ L

U (s) KI
Gc (s) = = KP + KD s +
E(s) s

é muito robusto e pode ser usado também onde não se conhece muito
precisamente o modelo da planta

Método de Ziegler-Nichols – Leia na página do curso o artigo: Revisitando o


Método de Ziegler-Nichols para Sintonia de PID...

Outros métodos ad hoc – simulação interativa por computador ...


pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10
c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID

B O processo de seleção do ganho PID é chamado de sintonia

Controlador Proporcional – Considerando KD = KI = 0, o PID é um


controlador proporcional que pode ser visto como um controle de “volume”

• Aumentando-o ajuda a reduzir os efeitos dos distúrbios e a sensibilidade a


variação de parâmetros na planta

• Porém não rejeita completamente distúrbios, e erros em estado estacionário


geralmente irão persistir

• Também aumentando muito o ganho pode levar o sistema em malha fechada


a instabilidade e amplificação de ruı́dos de medidas presentes no sistema

• Um ponto positivo é a sua simplicidade ...

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID

Controlador Integral – Considerando KD = KP = 0, o PID é um


controlador integral

• As vantagens geradas pelo controlador integral incluem redução ou eliminação


de erros de seguimento em estado estacionário

• Isto é fruto do fato que usando o controlador integral aumenta-se o tipo do


sistema de um... De modo que uma planta tipo 1 com um controlador integral
pode seguir uma entrada rampa com ess = 0

• Pode-se associar um controlador integral e proporcional e obter um


controlador PI

KI
Gc (s) = Kp +
s

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID

Controlador Derivativo – Considerando KP = KI = 0, o PID é um


controlador derivativo que permite aumentar o amortecimento e “melhorar” a
estabilidade do sistema

• Normalmente o controlador derivativo é usado em conjunto com o


proporcional e/ou integral. O controlador PD é

Gc (s) = Kp + KD s

• O termo derivativo é implementado na forma KD s/(τd s + 1), com


τd << τ processo , gerando um pólo que possa ser desprezado

B Um projeto PID completo envolve um compromisso entre os três parâmetros


a serem sintonizados

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID

Veja que o PID pode ser reescrito na forma


KI
Gc (s) = KP + KD s +
s

KD s2 + KP s + KI
=
s
KP KI
s2 + KD
s+ KD
= KD
s

(s + z1 ) (s + z2 )
= KD
s

KP KI
B K = KD ; z1 + z2 = KD
e z1 z2 = KD
...

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

Navegação Autônoma em Rodovias Inteligentes – Controle de Velocidade


– Este exemplo é adaptado do DP7.12 (Dorf e Bishop)

B Objetivo de controle

Manter a velocidade prescrita entre dois veı́culos,


e manobrar o veı́culo ativo conforme comandado

B Variável a ser controlada

Velocidade relativa entre os veı́culos, denotado por y(t)

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Especificações de projeto

E1. Erro em regime nulo para uma entra degrau

E2. Erro em regime para uma entrada rampa < 25% da magnitude da entrada

E3. Mp < 5% para uma entrada degrau

E4. ta < 1.5s para uma entrada degrau (critério de 2%)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Considere realimentação unitária. Controlador ?

B Planta: sistema automotivo

1
G(s) =
(s + 2)(s + 8)

O que fazer com as especificações ?

E1 – Tipo do sistema G(s) ? Tipo 0. Logo o controlador deve “crescer” o tipo


do sistema para ao menos 1, a fim de que ess = 0 para entrada degrau e
ess < ∞ para entrada rampa

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

E2 – Para satisfazê-la, analise a constante de velocidade


1 1 1
 
Kv = lim sGc (s)G(s) ≥ =4 ess = ⇒ Kv =
s→0 0.25 Kv 0.25

E3 – A especificação de sobre-elevação implica

Mp ≤ 5% ⇒ ζ ≥ 0.69

E4 – Da especificação de tempo de acomodação

4
ta ≈ ≤ 1.5 ⇒ ζωn ≥ 2.66
ζωn

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo
B Região desejada para alocar os pólos em malha fechada ?
Root Locus Editor (C)
20
20
0.68 0.54 0.42 0.3 0.2 0.09
17.5

15
15

0.84 12.5

10
10

7.5
0.95
5
5

2.5
Imag Axis

2.5

−5
5
0.95
7.5

−10
10

0.84 12.5

−15
15

17.5
0.68 0.54 0.42 0.3 0.2 0.09
−20
−20 −18 −16 −14 −12 −10 −8 −6 −4 −2 200 2
Real Axis

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo
B Pólos da planta ?
Root Locus Editor (C)
10
10
0.72 0.58 0.44 0.32 0.22 0.1

8
8

6
6 0.86

4
4

0.96
2
2
Imag Axis

−2
2
0.96

−4
4

−6 0.86
6

−8
8

0.72 0.58 0.44 0.32 0.22 0.1


−10
−10 −8 −6 −4 −2 100 2
Real Axis

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

Controlador ? Gc = K ? Infelizmente não satisfaz as especificações E1 e E2,


já que o sistema em malha fechada deve ser do tipo 1 para obter ess = 0 para
entrada degrau e ess < 0.25 para entrada rampa

Alternativa ? O controlador deve ter ao menos um pólo na origem... Considere


um controlador PI
KI
KI KP s + KI s+ KP
Gc (s) = KP + = = KP
s s s
KI
B Onde alocar o zero z = − K P
?
B Para quais valores de Kp e KI o sistema é estável? FT em malha fechada

Kp s + KI
T (s) =
s3 + 10s2 + (16 + KP )s + KI

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Arranjo de Routh associado

s3 1 16 + KP
s2 10 KI

10(KP + 16) − KI
⇒ c3 = >0
1 10
s c3
s0 KI

KI > 0
KI
KP > − 16
10

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Da especificação E2 obtém-se

Kv = lim sGc (s)G(s)


s→0
 
KI
KP s + KP 1
= lim s
s→0 s (s + 2)(s + 8)
KI
=
16
> 4

Portanto KI > 64

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo
B Naturalmente como no LR haverá 3 pólos (s = 0, − 2, − 8) e 1 zero
(s = −KI /KP ), dois ramos seguirão para os zeros em infinito ao longo de duas
assı́ntotas em φ = 900 e −900 e centradas em
 
KI
P
pi −
P
zi −2 − 8 − − KP 1 KI
α= = = −5 +
np − nz 3−1 2 KP

B Da restrição de tempo de acomodação, ζωn < −2.66, então


1 KI
−5 + < −2.66
2 KP
ou

KI 14
< = 4.66
KP 3

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Então, como primeira tentativa, pode-se selecionar Kp e KI tais que

KI > 64

KI
KP > − 16
10

KI 14
< = 4.66
KP 3

KI
B Suponha que se escolha KP
= 2.5

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo
(s + 2.5)
Então a EC é dada por 1 + KP =0
s(s + 2)(s + 8)
Root Locus Editor (C)
8

2 Kp = 26
Imag Axis

−2

−4

−6

−8
−8 −7 −6 −5 −4 −3 −2 −1 0
Real Axis

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo
B Do LR obtém-se Kp = 26 ⇒ KI = 65. A resposta ao degrau é
mostrada abaixo com Mp = 8% e ta = 1.43s
Step Response

1.2

0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 0.2 0.4 0.6 0.8 1 1.2 1.4 1.6 1.8

Time (sec)

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Controlador PID e LR – Exemplo

B Pode-se interativamente refinar o projeto, no entanto, mesmo com os pólos


em malha fechada localizados sobre a região desejada, a resposta temporal não
atingirá as especificações já que o zero do controlador influenciará a resposta.
Veja que o sistema em malha fechada é de 3a. ordem e não tem o desempenho de
um de 2a. ordem

B Pode-se considerar mover o zero para z = −2 (escolhendo KI /KP = 2)


tal que o pólo em −2 seja cancelado, resultando assim em um sistema realmente
de 2a. ordem – onde todas as especificações devem ser atendidas

B A estratégia anterior é relativamente fácil, no entanto, deve-se ter em mente


que é válida apenas para o modelo matemático, ie, se o modelo não representar
de forma fidedigna a planta, naturalmente não haverá o efeito desejado

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios

1. Considere o exemplo anterior. Projete um controlador que garanta as


especificações E1, E3 e E4 quando o sistema apresenta retardo no tempo, na
atuação do controlador no processo, como descrito na figura abaixo. Suponha que
o retardo no tempo seja T = 0.25s. Além disso considere que o retardo no
tempo possa ser aproximado por uma FT de 2a. ordem utilizando a função pade
(Note que a proximação de Padé introduzirá dois zeros instáveis)

R(s) + Y (s)
Gc 1
e−sT
(s+2)(s+4)

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios
2. O que acontece com o desempenho do sistema de controle de velocidade
projetado no exemplo se os parâmetros da planta mudam? A FT é dada por
1
G(s) =
(s + a)(s + b)

Os valores nominais dos parâmetros são a = 2 e b = 8. Considere o PI


KI 66
Gc (s) = KP + = 33 +
s s
Verifique que o controlador PI acima satisfaz todas as 4 especificações, E1-E4,
apresentadas no exemplo com a = 2 e b = 8. Com o controlador PI dado acima,
de quanto podem ser variados os parâmetros a e b tal que o sistema em malha
fechada continue estável e garanta as especificações de projeto E3-E4? Há outros
valores de KP e KI no PI tais que o sistema em malha fechada é mais robusto a
mudanças de parâmetros na planta? (Por robustez entende-se que o sistema
continua estável e garante todas as especificações de desempenho para uma faixa
maior de a e b)
pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 10
c Reinaldo M. Palhares

Lugar das Raı́zes

1. Sensitividade e o LR

2. Projeto seqüêncial: sistema de leitura de um acionador de disco

3. Exercı́cios de Prova

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Sensitividade e o LR

B Uma das principais razões para o uso de realimentação negativa é a redução


do efeito de variações dos parâmetros. Esse efeito é medido pela sensitividade que
é definida pela relação entre a variação relativa da FT do sistema em malha
fechada e a variação relativa da FT (ou parâmetro) do processo (para pequenas
variações), ou na forma logarı́tmica, conforme sugerido por Bode:

T d ln T ∂T /T
SK = =
d ln K ∂K/K

sendo T a FT do sistema e K o parâmetro de interesse

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Sensitividade e o LR

B Particularmente, a sensitividade de uma raı́z pode ser avaliada diretamente


pelo método do lugar das raı́zes, examinando o contorno das raı́zes do parâmetro
K para cada raı́z, ri . Para tanto, K é variado de uma pequena quantidade,
∆K, e a nova raı́z modificada (ri + ∆ri ) em K + ∆K, ou seja:

ri ∆ri
SK ∼
=
∆K/K

que é uma aproximação válida para a medida real da sensitividade quando


∆K → 0
B O uso da sensitividade das raı́zes no projeto de sistemas de controle esbarra
na dificuldade de realização de inúmeros cálculos para as várias configurações das
raı́zes e localização dos pólos e zeros da FT em malha aberta
B Entretanto, a sensitividade das raı́zes pode ser usada para se estabelecer
comparações entre o desempenho de vários projetos...

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Sensitividade e o LR

MATLAB Sensitividade das raı́zes

% Sensitividade das raı́zes a uma variaç~


ao de 5% em K
%
% para a EC: p(s) = s^3+5s^2+(6+K)s+K = 0
%
% sendo o valor nominal de K=20.5775
K = 20.5775;
r1 = roots([1 5 6+K K]);
dk=1.0289;
Km=K+dk;
r2=roots([1 5 6+Km Km]);
dr=r1-r2;
S=dr/(dk/K) % (Sensitividade)

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Projeto seqüêncial: leitura de um acionador de disco

B O método LR será usado para selecionar os parâmetros do controlador PID,


Gc = KP + KI /s + KD s. Como o modelo do drive já possui um integrador,
basta um controlador PD...
B FT do sistema em malha aberta ( com controlador em cascata é

5000(KP + KD s) 5000KD (s + z)
Gc (s)G1 (s)G2 (s) = =
s(s + 20)(s + 1000) s(s + 20)(s + 1000)

sendo z = KP /KD
B Selecionando z = 1 obtém-se

5000KD (s + 1)
Gc (s)G1 (s)G2 (s) =
s(s + 20)(s + 1000)

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Disturbance
D(s)
PD Controller Motor coil Load
2
1 5000 1
R(s) Gc(s) = K1 + K3s G1(s) = G2(s) = Y(s)
(s + 1000) s(s + 20)
2 1 Head
position
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Figure 7.45 Disk drive control system with a PD controller

Asymptote

s 5 -509.5 + 509.3j

s 5 -0.96

-1000 -20 -1

sA 5 -509.5

5 roots when
K3 = 100

MASTER 95
Figure 7.46 Sketch of the root locus
Projeto seqüêncial: leitura de um acionador de disco

B Usando MATLAB c
para avaliar: (i) a resposta de r(t) para y(t); (ii) a máxima
resposta ao distúrbio unitário d(t) para y(t).

z=1; Kd=100; Kp=z*Kd;


s=tf(’s’) % variável "s"
g1=tf([5000],[1 1000]) % G1(s)
g2=tf([1],[conv([1 0],[1 20])]) % G2(s)
gc=Kd*s+Kp % Controlador PD
FTmf=(gc*g1*g2)/(1+(gc*g1*g2)) % FT malha fechada R->Y
FTdisturbio=(-g2)/(1+(gc*g1*g2)) % FT malha fechada D->Y
subplot(2,1,1)
step(FTmf)
subplot(2,1,2)
step(FTdisturbio)

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Projeto seqüêncial: leitura de um acionador de disco
Resposta a entrada degrau unitario

1
FTmf
0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
Tempo (sec)

Resposta ao disturbio unitario


−3
x 10
0
FTdisturbio

−0.5
Amplitude

−1

−1.5

−2
0 1 2 3 4 5 6 7
Tempo (sec)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios de Prova

Questão 1 Analise as seguintes questões:


1.a) Se uma função degrau é aplicada à entrada de um planta e a saı́da
permanece abaixo de um certo nı́vel para todos os instantes de tempo, o
sistema é estável?
1.b) Se uma função degrau é aplicada à entrada de uma planta e a saı́da é da
forma y(t) = t, o sistema é estável? (Justifique)
dy
1.c) A equação diferencial de um integrador é da forma = u. Um
dt
integrador é estável?
1.d) Determine uma entrada limitada para a qual a saı́da do integrador é
ilimitada?

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios de Prova

Questão 2 Para quais valores de α o sistema abaixo é estável:

 
−1 0 0
dx(t)
 
dt
=  3
 −1  x(t)
−α 
2 −1 −2

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios de Prova

Questão 3 Para o sistema massa-mola apresentado na figura 1, conhece-se o


valor da massa M = 1Kg, e a constante de mola k = 400N m−1 . Para quais
valores de amortecimento b o sistema é estável? Na figura 1, f (t) é uma força
aplicada e y(t) o deslocamento resultante.

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios de Prova

k b

y(t)
f (t)

Figure 1: Modelo simplificado de uma sistema de suspensão automotiva para


questão 3.

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios de Prova

Questão 4 Para o sistema realimentado apresentado na figura 2:


4.a) Esboçe o lugar das raı́zes. (Apresente os cálculos que justifiquem o
esboço)
4.b) Determine o valor de K tal que o sistema torna-se instável.

R(s) Y(s)
+ s + 0.3
K
− s3 + 1.2s2 + 0.2s

Figure 2: Diagrama de blocos do sistema realimentado da questão 4.

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 11


c Reinaldo M. Palhares

Métodos de Resposta em Freqüência

1. Motivação

2. Gráficos de resposta em freqüência

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Métodos de Resposta em Freqüência

Origem do termo? Entende-se por resposta em freqüência a resposta em


estado estacionário de um sistema para um entrada senoidal

Motivação Uma vantagem da abordagem por resposta em freqüência surge do


fato da simplicidade com que se pode, experimentalmente, realizar testes de
resposta em freqüência de forma precisa usando-se geradores de sinais senoidais
disponı́veis e instrumentos precisos para medição

B Geralmente FTs de componentes complicados podem ser determinados


experimentalmente por testes em respostas em freqüência

B Há ainda a vantagem que um sistema pode ser projetado, tal que os efeitos
de ruı́dos indesejáveis possam ser negligenciado

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência
Saı́da em Estado Estacionário para entrada Senoidal Considere um sistema
linear e invariante no tempo G(s), tal que
Y (s)
= G(s)
R(s)

A entrada r(t) é senoidal e descrita da forma


ω
r(t) = R sen(ωt) ⇒ R(s) = R
s2 + ω 2

Logo
ω
Y (s) = G(s) R
s2 + ω 2
a a b1 bn
= + + + ··· +
s + jω s − jω s + p1 s + pn

sendo a e bi , i = 1, . . . , n constantes e a o conjugado complexo de a


pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12
c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência

Logo aplicando L−1 obtém-se a resposta temporal

y(t) = ae−jωt + aejωt + b1 e−p1 t + · · · + bn e−pn t , t ≥ 0

Para um sistema estável, −p1 , . . . , −pn têm parte real negativa. Portanto, em
regime, e−p1 t + · · · + e−pn t tendem a zero, com exceção dos dois primeiros
termos...

B Veja que se Y (s) envolve múltiplos pólos pj de multiplicade mj , então y(t)


envolverá termos da forma

thj e−pj t (hj = 0, 1, . . . , mj − 1)

no entanto, se o sistema é estável, thj e−pj t → 0, t → ∞

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência
B Portanto, a resposta em estado estacionário é da forma

yss (t) = ae−jwt + aejωt

sendo que a constante a pode ser avaliada da resposta no domı́nio-s:


ωR


a = G(s) 2 2
(s + jω)
s +ω s=−jω
ωR


= G(s) (s − jω)
(s + jω)(s − jω) s=−jω
RG(−jω)
= −
2j

Veja ainda que


ωR RG(jω)


a = G(s) 2 (s − jω) =
s + ω2
s=jω 2j

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência

Como G(jω) é uma função de variável complexa, pode-se escrevê-la na forma:

G(jω) = |G(jω)| ejφ

sendo

Im (G(jω))
 
φ = ∠G(jω) = tan−1
Re (G(jω))
Da mesma forma obtém-se

G(−jω) = |G(−jω)| e−jφ = |G(jω)| e−jφ

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência

∴ yss (t) = a e−jwt + a ejωt

R |G(jω)| e−jφ R |G(jω)| ejφ


= − e−jωt + ejωt
2j 2j

ej(wt+φ) − ej(wt+φ)
= R |G(jω)|
2j

= R |G(jω)| sen(ωt + φ)

= Y sen(ωt + φ)

sendo Y = R |G(jω)|

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Análise de Resposta em Freqüência

Portanto, para um sistema estável LIT


sujeito a uma entrada senoidal,
em estado estacionário, a saı́da será também senoidal,
tendo a mesma freqüência que a entrada,
porém com amplitude e fase diferentes

Nota Conseqüência evidente desta análise: simplesmente substitui-se s por jω

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Forma gráficas de apresentar resposta em freqüência

1. Diagrama de Bode ou diagrama logarı́tmico


2. Diagrama de Nyquist ou diagrama polar
3. Carta de Nichols ou Magnitude logarı́tmica versus diagrama de fase

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Exemplo Circuito RC com FT


1
G(s) =
RCs + 1

1 1 1 1
G(jω) = =   , ω1 = =
jω(RC) + 1 j ω
+1 RC τ
ω1

O gráfico polar é traçado a partir da relação:

1 − j(ω/ω1 ) 1 (ω/ω1 )
G(jω) = R(ω)+jX(ω) = = −j
(ω/ω1 )2 +1 1 + (ω/ω1 )2 1 + (ω/ω1 )2

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

ou na forma polar:
G(jω) = |G(ω)| ∠φ(ω)

1 ω
 
|G(ω)| = p , ∠φ(ω) = tan−1
1 + (ω/ω1 )2 ω1

B A construção de diagramas polares, como apresentados até agora, é


relativamente tediosa e não indica o efeito individual de pólos e zeros. A
introdução de gráficos logarı́tmicos, ou diagramas de Bode, simplificam bastante
o traçado da resposta em freqüência

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Por que um diagrama logarı́tmico ? Veja que o logarı́tmico tem


propriedades do tipo:
n
[(ab)]
log = n log a + n log b − log c − log d
cd

ie, termos multiplicativos são convertidos em termos aditivos, e termos que


dividem, são algebricamente adicionados com termos negativos... Alguma
semelhança com FT descrita em termos de: ganho, zeros e pólos?

B O logarı́tmico do módulo da FT é normalmente expresso em decibéis, dB, ie

20 log10 |G(ω)|

No diagrama de Bode, a magnitude (logarı́tmico do módulo) é traçado em um


gráfico e o ângulo (argumento de G(jω)) em outro

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência
Exemplo Para o circuito RC obtém-se
( 1/2 )
1  2

20 log |G| = 20 log 2
= −10 log 1 + (ωRC)
1 + (ωRC)

B Para freqüências baixas, ie, ω  1/RC = 1/τ , o ganho logarı́tmico é

−10 log 1 = 0dB

B Para freqüências altas, ie ω  1/RC, obtém-se

20 log |G| = −20 log ωRC

B Particularmente quando w = 1/RC, na chamada freqüência de corte (ou de


canto), obtém-se

20 log |G| = −10 log(1 + 1) = −3.01dB

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Nota Veja que para freqüências mais altas, tomando-se ω2 = 10ω1 , ou


ω1 = ω2 /10 quando se aplica a análise obtém-se neste trecho uma informação
de magnitude da forma

ω2 τ
−20 log ω2 τ − (−20 log ω1 τ ) = −20 log
ω1 τ

= −20 log 10

= −20dB/década

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

B Para ω2 = 2ω1 , obtém-se

ω2
−20 log ω2 τ − (−20 log ω1 τ ) = −20 log
ω1

= −20 log 2

= −6dB/oitava

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

10

0
dB

Asymptotic
Exact
210 curve
curve
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

220
(a)

0
Exact
f(v), degrees

Linear
approximation
245

290
0.1 1 10
t t t
v

(b)

MASTER 101
Figure 8.9 Bode diagram for (1 + jvt)–1
Gráfico de Resposta em Freqüência

Para a FT genérica

Q
Y
Kb (1 + jωτi )
i=1
G(jω) = M R
" 2 #
2ζk jω
Y Y   
(jω)N (1 + jωτm ) 1+ jω +
m=1 k=1
ωnk ωnk

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

O módulo logarı́tmico de G(jω) é

Q
X
|G(jω)| = 20 log Kb + 20 log |1 + jωτi |
i=1

M
X
− 20 log (jω)N − 20

log |1 + jωτm |
m=1
2
R
2ζk jω
X   
− 20 log 1 + jω +

ωnk ωnk


k=1

Nota Basta adicionar a parte de cada fator individualmente...

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

O gráfico de fase corresponde à soma dos argumentos de cada fator da FT, ou:

Q
X
φ(ω) = tan−1 (ωτi ) − N (900 )
i=1

M
X
− tan−1 (ωτm )
m=1

R
2ζk ωnk ω
X  
− tan−1 2
k=1
ωnk − ω2

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

B Portanto, os quatro tipos de fatores que podem aparecer numa FT são:

1. Ganho constante — Kb

2. Pólos ou zeros na origem — jω

3. Pólos ou zeros no eixo real — jωτ + 1


2
2ζ jω
  
4. Pólos ou zeros complexos conjugados — 1 + jω +
ωn ωn

B A curva da função completa é obtida somando-se graficamente as curvas de


cada fator

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Ganho Constante — Kb

20 log Kb = constante em dB, φ(ω) = 0

B Se Kb < 0, o módulo continua sendo 20 log Kb , porém a fase passa a


ser −1800

Pólos ou zeros na origem — jω Para um pólo na origem


1

= −20 log ω dB, 0
20 log φ(ω) = −90

Para um zero na origem

20 log |jω| = +20 log ω dB, φ(ω) = +900

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Pólos ou zeros no eixo real — jωτ + 1 para um pólo em −1/τ , obtém-se

1

= −10 log(1 + ω 2 τ 2 ) dB,

20 log
φ(ω) = − tan−1 ωτ
1 + jωτ

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

2
2ζ jω
  
Pólos ou zeros complexos conjugados — 1 + jω +
ωn ωn

O fator quadrático correspondente a um par de pólos complexos conjugados pode


ser escrito na forma normalizada

2 ω
1 + j2ζu − u , sendo u =
ωn

Portanto, para

1
G(jω) =    2
2ζ jω
1+ ωn
jω + ωn

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Obtém-se
2ζu
 
2 2 2 2
 
20 log |G(jω)| = −10 log (1 − u ) + 4ζ u , φ(w) = − tan−1
1 − u2

B Quando u  1,

20 log |G| ≈ −10 log 1 = 0 dB, φ(w) → 00

B Quando u  1,

20 log |G| ≈ −10 log u4 = −40 log u dB, φ(w) → −1800

resulta numa curva com inclinação de −40dB/década

B As duas assı́ntotas encontram-se na linha de 0dB, quando u = ω/ωn = 1

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

A aproximação é boa para raı́zes complexas? Veja que as duas assı́ntotas


obtidas são independes do valor do fator de amortecimento, ie, não foi
considerado na aproximação para o traçado da curva de magnitude...

B Próximo a freqüência ω = ωn , um pico ressonante acontece como pode ser


esperado de
1
G(jω) =    2
2ζ jω
1 + ωn jω + ω n

e o valor do fator de amortecimento, ζ, determina a magnitude deste pico


ressonante. Para valores pequenos geram-se picos grandes... Isto é ilustrado na
próxima figura

pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 102

20
z 5 0.05
0.10
10 0.15
0.20
0.25

0
20 loguG u

0.3 0.4
210 0.5
0.6
0.8
1.0

220

230

240
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.8 1.0 2 3 4 5 6 8 10
u 5 v /v n 5 Frequency ratio

(a)
0
z 5 0.05
220 0.10
0.15
240 0.3 0.4 0.20
Phase angle, degrees

0.5 0.25
260 0.6
0.8
280 1.0
2100

2120

2140

2160

2180
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.8 1.0 2 3 4 5 6 8 10
u 5 v /v n 5 Frequency ratio

(b)

Figure 8.10 Bode diagram for G ( jv) = [1 + (2z /vn )jv + ( jv /vn )2] –1

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Gráfico de Resposta em Freqüência

Freqüência de ressonância, ωr e pico ressonante, Mω

Pela figura anterior nota-se que o valor máximo de |G|, denotado por Mω , ocorre
na freqüência de ressonância, ωr

B wr é determinado no máximo de

1
|G(jω)| = r 2  2
ω2 2ζω
1− 2
ωn
+ ωn

pag.27 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

Gráfico de Resposta em Freqüência

Como o numerador de |G| é constante, o valor de pico de |G| irá ocorrer quando
o valor do denominador

2 2 2 2 2 2 2
ω 2ζω ω − ωn (1 − 2ζ )
  
1− 2
+ = 2
+ 4ζ 2 (1 − ζ 2 )
ωn ωn ωn

for mı́nimo, o que acontece em


p
ωr = ω = ωn 1 − 2ζ 2

Substituindo ωr em |G|, obtém-se o pico ressonante


1
Mω = |G(ωr )| = p
2ζ 1 − ζ2

pag.28 Controle de Sistemas Lineares – Aula 12


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 103

3.25 1.0

3.0 0.90

vr /vn
2.75 0.80

2.5 0.70

2.25 0.60

Mpv vr /vn

2.0 0.50

1.75 0.40

Mpv
1.5 0.30

1.25 0.20

1.0 0.10
0.20 0.30 0.40 0.50 0.60 0.70
z

Figure 8.11 The maximum of the frequency response, Mpv, and the
resonant frequency, vr , versus z for a pair of complex conjugate poles

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


MASTER 104

TABLE 8.3 Asymptotic Curves for Basic Terms of a Transfer Function

Term Magnitude 20 log u G u Phase, f (v )

1. Gain, 40 90°
G( jv ) 5 K
20 45°
20 log K
dB 0 f (v) 0°

220 245°

240 290°
v v

2. Zero, 40 90°
G( jv ) 5
20 45°
(1 1 jv /v 1 )
dB 0 f (v) 0°

220 245°

240 290°
0.1v1 v1 10v1 0.1v1 v1 10v1
v v

3. Pole, 40 90°
G( jv ) 5
20 45°
(1 1 jv /v 1 )11
dB 0 f (v) 0°

220 245°

240 290°
0.1v1 v1 10v1 0.1v1 v1 10v1
v v

4. Pole at the origin, 40 90°


G( jv ) 5 1/ jv
20 45°

dB 0 f (v) 0°

220 245°

240 290°
0.01 0.1 1 10 100 0.01 0.1 1 10 100
v v

5. Two complex poles, 40 180°


0.1 , z , 1, G( jv ) 5
20 90°
(1 1 j 2 z u 1 u2 )11,
u 5 v /v n dB 0 f (v) 0°

220 290°

240 2180°
0.01 0.1 1 10 100 0.01 0.1 1 10 100
u u

Table 8.3 Asymptotic curves for basic terms of a transfer function

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Métodos de Resposta em Freqüência

1. Sistemas de fase mı́nima

2. Exemplo de traçado do diagrama de Bode

3. Medidas da resposta em freqüência

4. Especificações de desempenho no domı́nio da freqüência

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Mı́nima

Fase não-mı́nima? Um sistema pode ter zeros no semi-plano direito e pode


ser também instável. FT com zeros no semi-plano direito são classificadas como
de fase não-mı́nima.

B Se os zeros de uma FT são todos refletidos para o semi-plano oposto (de


forma simétrica em relação ao eixo imaginário), não haverá mudança de
módulo da FT original mas apenas de fase

B Quando se compara a variação de fase de dois sistemas, observa-se que a


variação de fase de um sistema com todos os zeros no semi-plano esquerdo é
sempre menor (com ω variando de zero a ∞). Portanto, a FT com todos os seus
zeros no semi-plano esquerdo é dita de fase mı́nima

B A FT G2 (s), com |G2 (s)| = |G1 (s)| e com todos os zeros de G1 (s)
refletidos de forma simétrica com o eixo imaginário no semi-plano direito, é
chamada de FT de fase não-mı́nima
pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13
c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Mı́nima

Uma FT é dita de fase mı́nima


se todos os seus zeros estão
no semi-plano esquerdo do plano-s.
Ela é chamada de FT de fase não-mı́nima se algum
zero estiver no semi-plano direito

Nota Segundo alguns autores, sistema de fase não-mı́nima não é caracterizado


apenas por zeros no semi-plano direito, mas também por pólos instáveis...

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Mı́nima

Exemplo Considere dois sistemas cujas FT são

1 + jωT −1 + jωT
G1 (jω) = , G2 (jω) = , 0 < T1 < T
1 + jωT1 1 + jωT1

B As duas FT têm a mesma magnitude, porém caracterı́sticas de fase diferentes

B Particularmente, selecionando T = 2 e T1 = 0.1, obtém-se para G1 e G2 a


mesma curva de magnitude e duas curvas para a fase, como ilustrado a seguir

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Mı́nima
Bode Diagram
30

25

20
Magnitude (dB)

15

10

0
180

G2
135
Phase (deg)

90

45
G1

0
−2 −1 0 1 2 3
10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Não-Mı́nima

Exemplo Retardo no tempo - ou atraso de transporte - caracterizado por


e−sT , é um exemplo de sistema de fase não-mı́nima. Veja que uma simples
expansão de ordem ‘n’ usando pade gera ‘n’ zeros no semi plano-direito...

B A magnitude é sempre igual a ‘1’, pois

|G(jω)| = | cos ωT − jsen ωT | = 1

Portanto, a magnitude é igual a 0dB. O ângulo de fase do retardo é

∠G(jω) = −ωT

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Não-Mı́nima
Exemplo Como obter o diagrama de Bode para a FT de 1a. ordem (que
representa uma vasta gama de processos reais)

e−jωL
G(jω) =
1 + jωτ

B A magnitude é

−jωL 1
20 log |G(jω)| = 20 log e +20 log
| {z } 1 + jωτ
0

B O ângulo de fase é

∠G(jω) = ∠e−jωL
| {z } − tan −1
ωτ
−ωL

B Portanto basta combinar o efeito do retardo, ie, um decréscimo em fase...


pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13
c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Não-Mı́nima

B Pode-se usar o MATLAB c


para avaliar o efeito da resposta em freqüência de
um sistema de 1a. ordem com retardo no tempo.
h=tf(1,[2 1]) % h = 1/(2s + 1) - sem retardo
g=tf(1,[2 1],’iodelay’,2) % g = exp(-2s) * h - "h" com retardo
bode(h), hold on, bode(g)
Note que para freqüências especı́ficas, considerando L = 2s, obtém-se o atraso
em fase de −ωL:

freqüência (rad/s) Atraso na Fase ((−ωL ∗ 180o /π))


1 −114o
2 −229o
10 −1145o

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas de Fase Não-Mı́nima

DIAGRAMA DE BODE

0
g
−5 h
Magnitude (dB)
−10

−15

−20

−25

−30
0

−360
Fase (deg)

−720

−1080

−1440
−1 0 1
10 10 10
Frequencia (rad/sec)

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Traçado do Diagrama de Bode

B O diagrama de Bode de uma FT, G(s), composta de vários pólos e zeros é


obtido adicionando-se a curva de cada pólo e zero individualmente

B Considera a FT

5(1 + j0.1ω)
G(jω) =   2 

jω(1 + j0.5ω) 1 + j0.6 50ω
+ jω
50

Ganho constante K = 5 (20 log 5 = 14dB)

Um pólo na origem, um pólo em ω = 2rad/s, um par de pólos complexos em


ω = ωn = 50rad/s

Um zero em ω = 10rad/s

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

20
1
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

14
10
2
20 log uGu, dB

4
0
3
5
210

220
0.1 0.2 1 2 10 50 100
v

MASTER 105
Figure 8.19 Magnitude asymptotes of poles and zeros used in the example
MASTER 106
20
220 dB/dec
10
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

0
240 dB/dec
210
dB Exact curve
220
Approximate curve
230
220 dB/dec

240
260 dB/dec
250
0.1 1 v 10 100

Figure 8.20 Magnitude characteristic


90
60
Zero at v 5 10
30
f
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

0
Complex poles
230
Pole at v 5 2
260
290
Pole at origin
2120

2150
2180
Approximate f(v)
2210
2240
2270
0.1 0.2 1.0 2.0 v 10 60 100

MASTER 107
Figure 8.21 Phase characteristic
MASTER 108
Max. mag 5 33.96906 dB
Max. phase 5 292.35844 deg Min. mag 5 2112.0231 dB
The gain is 2500 Min. phase 5 2268.7353 deg
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

dB
and 0 dB
phase Mag:
Phase:
2180 deg

0.1 1 10 100 1000


Frequency, rad/s

Figure 8.22 The Bode plot of the G ( jv) of Eq. (8.42)


Medidas da Resposta em Freqüência

B É possı́vel obter FT a partir da resposta em freqüência de um sistema obtido


experimentalmente? Basta usar o procedimento inverso ao do traçado do
diagrama de Bode...

Potencialidades?

B Como exemplo, considere o diagrama de Bode apresentado na página seguinte

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Medidas da Resposta em Freqüência

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Medidas da Resposta em Freqüência

Informações Relevantes? Tudo que possa identificar a presença de zeros,


pólos (reais ou complexos) e ganho no traçado...

Veja que o ganho cai a uma taxa aproximada de −20dB/década quando ω


varia de 100 a 1000rad/s e que, quando a fase chega a −450
(em ω = 300rad/s), o ganho tem queda de 3dB, o que pode concluir que o
sistema tem um pólo em 300rad/s

Como o sistema apresenta uma mudança brusca de fase (de aproximadamente


1800 ) passando por 00 quando ω = 2450rad/s (freqüência em que a variação
de amplitude muda aproximadamente de -20dB para +20dB), pode-se concluir
que o sistema possui um par de zeros complexos com ωn = 2450rad/s

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Medidas da Resposta em Freqüência

A diferença entre a amplitude das assı́ntotas e do valor mı́nimo medido na


freqüência de canto (ωn = 2450) que é de 10dB indica que
1
Mpω = 3.16 = p
2ζ 1 − ζ 2

e obtém-se o fator de amortecimento igual a ζ = 0.16

Note ainda que a amplitude retorna a 0dB quando ω excede 50000rad/s, o


que pode-se concluir que há um pólo no ponto em que a amplitude atinge
novamente −3dB e fase de +450 , ou ω = 20000rad/s

FT?  
s
2 2(0.16)
2450
+ 2450
s+1
T (s) = s
 s

300
+ 1 20000
+1

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Desempenho no Domı́nio da Freqüência

B Como relacionar as especificações de desempenho no domı́nio do tempo com


as em freqüência? Ou como especificar a resposta em freqüência a partir das
caracterı́sticas transitórias (temporais) especificadas?

B Foi mostrado que para um sistema de 2a. ordem genérico, o máximo da


resposta em freqüência, Mpω , ocorre na freqüência de ressonância, ωr

B A faixa de passagem, ωB , por outro lado, corresponde à freqüência em que a


resposta reduziu-se em 3dB em relação ao seu valor em baixas freqüências (e que
está relacionada à velocidade de resposta do sistema)

B A faixa de passagem, ωB , está relacionada, aproximadamente, à freqüência


natural do sistema, como ilustrado na figura a seguir, para um sistema de 2a.
ordem

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 109

1 v 2n
R(s) Y(s)
s (s 1 2zv n )
2

Figure 8.24 A second-order closed-loop system

20 log Mpv
0
20 log u T u, dB

23

v
0 vr vB

Figure 8.25 Magnitude characteristic of the second-order system

1.6
1.5
1.4
1.3

v B 1.2
v n 1.1
Linear approximation
1 vB
< 21.19z 1 1.85
vn
0.9
0.8
0.7
0.6
0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1
z

Figure 8.26 Normalized band-width, vB /vn , versus z


for a second-order system (Eq. 8.46)

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Especificações de Desempenho no Domı́nio da Freqüência

B Como a resposta do sistema de 2a. ordem a um degrau unitário é

y(t) = 1 + Be−ζωn t cos(ωn + θ)

quanto maior o valor de ωn , com ζ constante, mais rapidamente a resposta se


aproximará do valor estacionário. Portanto, as especificações no domı́nio da
freqüência são:

1. Ganho na ressonância relativamente pequeno: eg, Mpω < 1, o que gera um


fator de amortecimento “harmônico” de ζ = 0.707

2. Faixa de passagem grande de forma que a constante de tempo do sistema,


τ = 1/ζωn , seja suficientemente pequena

B São relações válidas se a resposta do sistema em estudo for dominada por um


par de pólos complexos...

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 13


c Reinaldo M. Palhares

Métodos de Resposta em Freqüência

1. Exemplo de projeto: sistema de controle de uma máquina de inscultura

2. MATLAB

3. Exemplo de Projeto Seqüencial: sistema de leitura de um drive

4. Diagramas de Bode de funções de transferência tı́picas

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de projeto

Sistema de controle de uma máquina de inscultura O objetivo do sistema


de controle é posicionar o estilete na posição escolhida no eixo x, por meio de um
acionamento de dois motores (motores independentes são usados nos eixos y e z)

Objetivo? Selecionar um ganho estático, K, usando métodos de resposta em


freqüência, ie, Gc (s) = K

Passos? Usar o diagrama de Bode do sistema em malha fechada para “‘prever”


a resposta temporal inicialmente com um ganho pré-estabelecido (reajustes serão
necessários...)

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 110
z-axis

Scribe Metal to be
y-axis engraved
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Controller

x-axis
x-motor 1 Position measurement

x-motor 2 Desired position

Position measurement

(a)

Motor, screw, and


Controller
scribe holder
1 Y(s)
1
R(s) K Position on
s (s 1 1) (s 1 2)
2 x-axis

(b)

Figure 8.29 (a) Engraving machine control system (b) Block diagram model
Exemplo de projeto

B FT do processo

1
G(s) =
s(s + 1)(s + 2)

B Selecione, eg, K = 2, tal que a FT em malha fechada seja

K 2
T (s) = =
s3 + 3s2 + 2s + K s3 + 3s2 + 2s + 2

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de projeto
B Do diagrama de Bode obtém-se, ωr ≈ 0.8238rad/s e Mpω ≈ 1.8363
Open−Loop Bode Editor (C)
10

−5
Magnitude (dB)

−10

−15

−20

−25

−30

−35

−40

−90
Phase (deg)

−180

−270
−1 0 1
10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de projeto

B Portanto, assumindo que o sistema tem um par de pólos complexos


conjugados dominantes, de Mpω = 1.8363, obtém-se

1
1.8363 = p ⇒ ζ = 0.2840
2ζ 1− ζ2

e da relação para freqüência de ressonância:

p ωr
ωr = ωn 1− 2ζ 2 ⇒ ωn = ⇒ ωn = 0.8592rad/s
0.9588

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de projeto

B Portanto, como a FT em malha fechada está sendo aproximada por um


sistema de 2a. ordem, obtém-se

2
ωn 0.7382
T (s) ∼
= =
s2 + 2ζωn s + 2
ωn s2 + 0.4880s + 0.7382

B Sobre-elevação esperada? De ζ = 0.2840 implica que Mp = 39.44%

B Tempo de acomodação estimado?

4 4
ta = = = 16.3944s
ζωn (0.2840)(0.8592)

B Resposta real: Mp = 38.9% e ta = 16s...

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Exemplo de Projeto

Resposta Temporal...
Step Response
1.4
System: f
Peak amplitude: 1.39
Overshoot (%): 38.9
At time (sec): 4.07
1.2

System: f
1 Settling Time (sec): 16

0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 5 10 15 20 25
Time (sec)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Usando o MATLAB

B Uma forma iterativa para o problema de análise como a da máquina de


inscultura

g=tf([2],[1 3 2 2]) % FT malha fechada


[mag,fase,freq]=bode(g);
[mpw,k]=max(mag); % Pico máximo
wr=freq(k); % Freq. ressonante
zeta=min(abs(roots([1 0 -1 0 1/(mpw^2*4)])));
wn=wr/sqrt(1-zeta^2);
mp = exp(-zeta*pi/sqrt(1-zeta^2)) % Sobre-elevaç~
ao
ta = 4/zeta/wn % Tempo de acomodaç~
ao

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

Projeto Seqüencial: Leitura de um Drive

B Na modelagem realizada anteriormente não considerou-se o efeito da haste


flexı́vel (simplesmente aglutinou-se a massa da cabeça de leitura com a massa do
braço). Portanto considerando-se o efeito da haste flexı́vel como se fosse uma
mola de constante k, da massa da cabeça, m, do atrito viscoso, b, e que a força
u(t) é exercida pelo braço sobre a haste, tem-se uma FT extra

Y (s)
G3 (s) =
U (s)

que pode ser representada por um sistema de segunda ordem (sistema


massa-mola), tipicamente, com ζ = 0.3 e freqüência natural fn = 3kHz
(ωn = 18850rad/s), conforme ilustrado na figura a seguir

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 114
y(t)
k
Arm
Spring
force Mass
M
u(t)
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

b
Friction

Figure 8.41 Spring, mass, friction model of flexure and head

PD control Motor coil Arm Flexure and head


R(s) 1 1 0.05 1 Y(s)
Gc(s) = K(s 1 1) G1(s) = G2(s) = G3(s) =
(t 1s 1 1) s(t 2s 1 1) [1 + (2 z /vn)s + (s/vn)2]
2
t 1 = 10-3s t 2 = 1/20 s z = 0.3, vn = 18.85 3 103

Figure 8.42 Disk drive head position control, including effect of flexure head mount
Projeto Seqüencial: Leitura de um Drive

B Veja que agora a dinâmica do modelo foi aumentada de 2, ie, a FT em malha


fechada é de 5a. ordem...
B Estrutura do controlador adotado: PD = K(s + 1)

B Esboçando-se o diagrama de Bode correspondente à malha aberta, na


próxima página, verifica-se que o diagrama real possui um ganho de 10dB acima
da linha da assı́ntota em ω = ωn

B Objetivo especı́fico: evitar excitar o efeito da ressonância em ωn

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

60
Sketch of actual curve
40 Asymptotic approximation
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

20
–20 dB/dec
dB 0
– 40 dB/dec
220

240
–80 dB/dec
260

280
0.1 1 10 102 103 104 105
vz = 1 v2 = 20 v 1 = 1000 vn
v

MASTER 115
Figure 8.43 Sketch of the Bode diagram magnitude for the system of Fig. 8.42
Projeto Seqüencial: Leitura de um Drive

B Os diagramas de Bode da malha aberta e da malha fechada, com K = 400,


são mostrados na próxima página dos quais pode-se obter que a faixa de
passagem da malha fechada é ωB ≈ 2000rad/s

B Pode-se estimar o tempo de acomodação do sistema através de

4 4
ta = ≈ = 2.5 × 10−3 s
ζωn (0.8)(2000)

B Escolhendo-se, eg K ≤ 400, a ressonância estará fora da faixa de passagem


do sistema

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 14


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 116

100

50
Magnitude (dB)

250

2100

2150 21
10 100 101 102 103 104 105
Frequency (rad/sec)
(a)

20

23 0

220
Magnitude (dB)

240

260

280

2100

2120
1021 100 101 102 103 104 105
vB
Frequency (rad/sec)
(b)

Figure 8.44 The magnitude Bode plot for (a) the open-loop transfer
function and (b) the closed-loop system

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


TABLE 8.5 Bode Diagram Plots for Typical Transfer Functions

G(s) Bode Diagram G(s) Bode Diagram

08
220 dB/dec
2458 2908

f M
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

2908 240
K 0 dB/dec K(st a 1 1) 1/t 2 f
1. f M KdB 7. 21808
st 1 1 1 s(st 1 1 1)(st 2 1 1) 0 dB 1 1 220 log v
21808 t1 ta
0 dB 1 log v
t1 240 dB/dec
220 dB/dec

08 240 dB/dec
f f M
0
f M
K K f
2. 220 8. 21808
(st 1 1 1)(st 2 1 1) 21808 s2 0 dB log v
0 dB 1 1 log v
t1 t2
240 dB/dec

08 f
240 dB/dec
0
220 f M
f M

K 240 dB/dec K 21808


3. 21808 9. 0 dB log v
(st 1 1 1)(st 2 1 1)(st 3 1 1) 0 dB 1 1 1 log v s 2 (st 1 1 1) 1
t1 t2 t3
22708 t1 f
22708
260 dB/dec
260 dB/dec

MASTER 117
Table 8.5 Bode diagram plots for typical transfer functions
MASTER 118
TABLE 8.5 ( continued )

2908
240 dB/dec
f M
K(st a 1 1) f M
10. f
21808 s 2 (st 1 1 1) 1/t 1
K 0 dB log v 21808
4. 0 dB 1 log v
s ta . t1
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

ta
220 dB/dec
220 dB/dec 240 dB/dec

220 dB/dec 2908


f M
f M 260 dB/dec
K K
5. 21808 11. 0 dB
s(st 1 1 1) 0 dB 1 log v s3 21808
t1 log v

22708
f
212 dB/oct

2908 260 dB/dec


f M f M
220
1/t 2
K 21808 K(st a 1 1) 21808
6. 0 dB 2
1 log v 12. 0 dB 1/t a log v
s(st 1 1 1)(st 2 1 1) t1 s3
22708 240 dB/dec
22708 f
260 dB/dec

Table 8.5 Bode diagram plots for typical transfer functions (continued)
TABLE 8.5 ( continued )
G(s) Bode Diagram G(s) Bode Diagram

260 dB/oct
f 1
2908 f M t1
240 dB/oct 240
1
f M
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

K(st a 1 1)(st b 1 1) K(st a 1 1) t2


13. 21808
0 dB 15. 21808
s3 1 1 log v s 2 (st 1 1 1)(st 2 1 1) 0 dB 1 220 log v
ta tb ta
220 dB/oct 240
22708
260

220
240
2908 1 1
260
K(st a 1 1)(st b 1 1) t3 t4
14. f M 240
s(st 1 1 1)(st 2 1 1)(st 3 1 1)(st 4 1 1) log
0 dB v
21808
220
1 1
1 240
t1 t2 1
ta t b 260
22708

MASTER 119
Table 8.5 Bode diagram plots for typical transfer functions (continued)
Métodos de Resposta em Freqüência

Exercı́cios

E8.4

E8.5

E8.8

E8.9

P8.6 – letra (a)

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 15


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

1. Motivação

2. Mapas de contorno no Plano-s

3. Critério de Nyquist

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

B Como analisar e determinar a estabilidade de um sistema realimentado


durante um projeto de controle? Isto é, para uma famı́lia de controladores?

• Routh-Hurwitz, lugar das raı́zes

Por que então estudar outra técnica de análise de estabilidade?

B É a forma mais adequada para analisar especificações de desempenho e


estabilidade relativa e robusta no domı́nio da freqüência

Em que se baseia o critério de Nyquist? A idéia principal deste critério


consiste no mapeamento de um dado contorno orientado em um plano para outro
plano, permitindo localizar a posição de pontos singulares

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

B Veja que para determinar a estabilidade relativa de um sistema em malha


fechada, deve-se investigar a EC do sistema:

F (s) = 1 + KGc (s)G(s) = 0

onde G(·) denota a planta e KGc (·) a forma ganho, pólo e zero do controlador

B Para garantir estabilidade deve-se verificar se todos os zeros de F (s) estão


alocados no semi-plano esquerdo aberto. Por que os zeros de F (s)? Pois são
pólos em malha fechada

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

Mapeamento de Contornos no Plano-s

A estratégia de mapeamento consiste em criar uma transformação, no caso a


própria função F (s), que mapeie um contorno orientado no plano-s para um
outro plano. Como “s” é uma variável complexa, isto é, s = σ + jω, a função
F (s) é também complexa, tal que pode-se definir:

F (s) = u + jv

podendo então ser representado em um novo plano complexo-F (s) nas


coordenadas u e v

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

acements Estabilidade no Domı́nio da Freqüência
s
Exemplo Considere a função F (s) = s+2 , e um contorno orientado no
plano-s, o mapeamento para o plano-F (s) é descrito abaixo

A D
D j j

A
−2
0 1
× F
−→
-1 -1

C −j
B −j
C

Plano-s Plano-F

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

Teorema de Cauchy “Se um contorno ΓS no plano-s envolve Z zeros e P


pólos da função F (s) e não cruza nenhum pólo ou zero de F (s), e ainda, a
orientação do contorno é no sentido horário; o contorno correspondente ΓF no
plano-F (s) cerca a origem do plano-F (s)

N = Z − P vezes

no sentido horário”

B Portanto para o exemplo anterior, o contorno no plano-F (s) envolve a origem


uma vez, pois N = Z − P = 1

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

Critério de Nyquist no Domı́nio-s – procura determinar se existe algum zero


da EC em malha fechada

F (s) = 1 + KGc (s)G(s) = 0

no semi-plano direito fechado (de fato, analisando se o sistema em malha fechada


é instável)

Como pode ser a escolha de um contorno no plano-s? Basta selecionar um


contorno ΓS que envolva todo o semi-plano direito fechado...

A estabilidade é caracterizada determinando-se então o excesso de zeros em


relação ao pólos da EC no semi-plano direito traçando KGc (s)G(s) para todo
‘s’ ao longo do contorno ΓS

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

O contorno de Nyquist, ΓS , é ilustrado na figura abaixo:



Plano-s

ΓS
r→∞

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

B Portanto traçando o contorno ΓF no plano-F (s) e determinando o número


de cercos da origem, dado por N, obtém-se o número de zeros (instáveis) de
F (s) no contorno ΓS que, pelo teorema de Chauchy, é descrito pela relação:

Z=N+P

Se P = 0, então o número de raı́zes instáveis do sistema é igual a N

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

Nota normalmente o ganho de malha KGc (s)G(s) pode estar na forma


fatorada de polinômios, a(s)/b(s). Então pode ser mais conveniente considerar
uma variação da EC descrita por:

F 0 (s) = F (s) − 1 = KGc (s)G(s) = 0

Desta forma o mapeamento do contorno ΓS no plano-s será através da função


F 0 (s) para o plano-F 0 (s) ( ou plano-KGc (s)G(s))
• Número de cercos (no sentido horário) da origem no plano-F (s) corresponde
simplesmente ao número de cercos (no sentido horário) do ponto -1 no
plano-F 0 (s)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

O critério de Nyquist pode ser especificado da seguinte forma:


“Um sistema realimentado é estável se e somente se o contorno ΓF 0 (s)
no plano-F 0 (s) não envolve o ponto (−1, 0) quando o número de pólos
de KGc (s)G(s) instáveis no plano-s é nulo (P = 0)”

Quando o número de pólos de KGc (s)G(s) no lado direito do plano-s é


diferente de zero, o critério de Nyquist é posto da seguinte forma:
“Um sistema realimentado é estável se e somente se, para o contorno
ΓF 0 (s) no plano-F 0 (s) o número de cercos no sentido anti-horário do
ponto (−1, 0) é igual ao número de pólos de KGc (s)G(s) instáveis no
plano-s (N = −P)”

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

Exemplo Considere um sistema com ganho de malha

100 100
GH(s) = =
(s + 1)(s/10 + 1) (jω + 1)(jω/10 + 1)
Para esboçar o diagrama de Nyquist variando ω de 0 a ∞ obtém-se

ω 0 10−2 0.76 2 3.2 10 103 ∞


|GH| 100 100 79.2 43.8 25 7.1 10−5 0
∠GH 00 -10 -420 -750 -900 -1290 -1790 -1800

É estável pelo critério de Nyquist? veja a figura a seguir...

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

jv jn
Negative frequency
2v 5 20.76
j50 GH(s)-plane
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Radius s-plane 2v 5 23.2


r→` j25
v5` v50

s 21
u
21 21 v 5 10 25 50 75 100
t2 t1
2j25
v 5 3.2
Nyquist Positive
contour 2j50 frequency
Gs v 5 0.76
2j v
(a) (b)

MASTER 121
Figure 9.9 Nyquist contour and mapping for GH(s) = 100/(s + 1)(s /10 + 1)
Critério de Estabilidade de Nyquist
Exemplo Considere o seguinte ganho de malha:
(s + 1)(s2 + 2s + 43.25)
KGc (s)G(s) = K ×
s2 (s2 + 2s + 82)(s2 + 2s + 101)

Os pólos são s1,2 = 0, s3,4 = −1 ± 10i e s5,6 = −1 ± 9i. O contorno ΓF 0


no plano-F 0 é apresentado abaixo para K = 85
Nyquist Diagrams

0.8

0.6

0.4

0.2
Imaginary Axis

0 Z=N+P=0+0=0
−0.2

−0.4

−0.6

−0.8

−1
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Real Axis

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

Por outro lado, considere o ganho estático igual a K = 140. O respectivo


diagrama de Nyquist é apresentado abaixo
Nyquist Diagrams
From: U(1)

1.5

0.5
Imaginary Axis

To: Y(1)

0
Z=N+P=2+0=2
−0.5

−1

−1.5

−2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1

Real Axis

• Verificando os pólos em malha fechada obtém-se: 0.1817 ± 10.4502i;


−1.8162 ± 8.5242i; −0.3655 ± 0.7721i (instabilidade!!)

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist

Já escolhendo K = 107.5 obtém-se


Nyquist Diagrams
From: U(1)

0.5
Imaginary Axis

To: Y(1)

0
Z=N+P=2+0=2

−0.5

−1

−1.4 −1.2 −1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6

Real Axis

• Pólos em malha fechada: 0.0011 ± 10.3438i; −1.7203 ± 8.6350i;


−0.2808 ± 0.6940i (Veja que a quase sobreposição do ponto -1 produz zeros
próximos ao eixo imaginário)

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16


c Reinaldo M. Palhares

Critério de Estabilidade de Nyquist
Para ilustrar a efetividade da análise pelo diagrama de Nyquist, considere o lugar
das raı́zes para o ganho de malha

10

5
Imag Axis

−5

−10

−2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5


Real Axis

B Para K crescente o sistema se torna instável...


pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 16
c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

1. Exemplos de Traçado de Diagrama de Nyquist

1.1 Sistema com dois pólos reais

1.2 Sistema com um pólo na origem

1.3 Sistema com três pólos

1.4 Sistema com dois pólos na origem

1.5 Sistema com um pólo no semi-plano direito

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 17


c Reinaldo M. Palhares

jv jn
Negative frequency
2v 5 20.76
j50 GH(s)-plane
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Radius s-plane 2v 5 23.2


r→` j25
v5` v50

s 21
u
21 21 v 5 10 25 50 75 100
t2 t1
2j25
v 5 3.2
Nyquist Positive
contour 2j50 frequency
Gs v 5 0.76
2j v
(a) (b)

MASTER 121
Figure 9.9 Nyquist contour and mapping for GH(s) = 100/(s + 1)(s /10 + 1)
MASTER 122
jv jn
v 5 02
A
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

s-plane Radius 5 `

Radius e v 5 2`
C
B B
s u
21 v 5 1`
A 21 458
t 1
Radius v5
t
r→`
Nyquist contour

Gs C
v 5 01

(a) (b)

Figure 9.10 Nyquist contour and mapping for GH (s) + K /s (ts + 1)


1.5 1.5 1.5
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

GH-plane GH-plane GH-plane


1 1 1

0.5 0.5 0.5 (21, 0)


Imaginary axis

Imaginary axis

Imaginary axis
(21, 0) (21, 0)
0 0 0

K 5 1, K 5 2, K 5 3,
20.5 20.5 20.5
stable marginally unstable
system stable system system
21 21 21

21.5 21.5 21.5


22 21.5 21 20.5 0 0.5 1 22 21.5 21 20.5 0 0.5 1 22 21.5 21 20.5 0 0.5 1
Real axis Real axis Real axis

(a) (b) (c)

MASTER 123
Figure 9.12 Nyquist plot for G (s)H (s) = K /s(s + 1)2 when (a) K = 1, (b) K = 2, and (c) K = 3
Estabilidade no Domı́nio da Freqüência

1. Estabilidade relativa e o critério de Nyquist: margens de ganho e fase

2. Critérios de desempenho especificados no domı́nio da freqüência – Resposta


em freqüência em malha fechada

2.1 Carta de Nichols

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa e o Critério de Nyquist

Por que estabilidade relativa? Imprecisão no modelo ou no sistema de


controle... Um modelo pode indicar que um sistema é estável, enquanto de fato o
sistema fı́sico é instável...

O que fazer? Pode-se exigir não apenas estabilidade do sistema mas também
que seja estável dentro de alguma margem de segurança...

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa e o Critério de Nyquist

Margens? Considere um traçado para o diagrama de Nyquist ilustrado abaixo

G(jω1 ) = −m

−1

G(jω2 )

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa e o Critério de Nyquist

Margem de Ganho é o fator pelo qual o ganho em malha-aberta de um sistema


estável deve ser alterado de modo a tornar o sistema marginalmente estável

• Do diagrama de Nyquist (anterior), veja que em −1800 obtém-se o valor de


−m. Cabe a pergunta: de quanto pode-se multiplicar −m para cruzar o ponto
−1, tal que o sistema em malha fechada seja marginalmente estável?

• Multiplicando pelo ganho

1
K= ...
m

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa e o Critério de Nyquist

Margem de Ganho – MG
m
é o incremento recı́proco, 1/m,
no ganho do sistema quando a fase é −1800 ,
que resultará em um sistema marginalmente estável
com a intersecção do ponto (−1, 0) no diagram de Nyquist

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Estabilidade Relativa e o Critério de Nyquist

Margem de Fase – MF
m
é a magnitude do ângulo mı́nimo pelo qual o diagrama
de Nyquist deve ser rotacionado a fim de interceptar o ponto
−1 que resultará em um sistema marginalmente estável

B Na freqüência onde ocorre a margem de fase a magnitude do diagrama de


Nyquist é 1, ie, onde |G(jω2 )| = 1, tal que M F = φ = ∠G(jω2 ) − 1800

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Margens de Ganho e Fase

1/MG
Plano

-1

MF

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Margens de Ganho e Fase

Relação com diagrama de Bode? As margens são obtidas diretamente do


diagrama de Nyquist, porém podem ser lidas também no diagrama de Bode ?

B Claro, já que um diagrama de Bode é também o traçado da mesma função


(ganho de malha) com coordenadas diferentes...

Como lê-las em Bode?


Veja que MG ocorre na freqüência, ω1 tal que ∠G(jω1 ) = −1800 . De Bode
pode-se ler, ω1 no diagrama de fase. Como o ganho é a recı́proca da magnitude
de G(jω), porém em escala logarı́tmica:

1 1
20 log = −20 log m = −20 log = |G|dB
m MG

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Margens de Ganho e Fase

B A margem de fase, MF, ocorre na freqüência, ω2 , na qual a magnitude do


ganho de malha é unitário, ou 0dB. Portanto MF pode ser lida do diagrama de
Bode como sendo a diferença entre a fase de G(ω2 ) e −1800

B Na prática, utiliza-se mais o diagrama de Bode

B MATLAB: margim

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Margens de Ganho e Fase
Bode Diagrams

Gm=4.4812 dB (at 0.91266 rad/sec), Pm=17.504 deg. (at 0.682 rad/sec)


20

15

10

0
Phase (deg); Magnitude (dB)

−5

−10

−15

−20

−100

−150

−200

−250
−1 0
10 10

Frequency (rad/sec)

1 −|G|
“ ”
−4.48
= 10 20 = 10 20 = 0.59, logo MG = 1.7
MG
pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18
c Reinaldo M. Palhares

Margens de Ganho e Fase

Sistemas de 2a. ordem – A margem de fase pode ser aproximada, para


ζ < 0.7, como

M F ≈ 100ζ

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

0.8
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

Damping ratio, z

0.6

Linear approximation
0.4 z5 0.01 f pm

0.2

0.0
08 108 208 308 408 508 608 708
Phase margin, degrees

MASTER 125
Figure 9.21 Damping ratio versus phase margin for a second-order system
Critério de Desempenho no Domı́nio da Freqüência

Resposta transitória × resposta em freqüência – À malha aberta é aplicado


Nyquist e Bode obtendo-se, eg, margem de fase ⇒ ζ e caracterı́stica de resposta
temporal. Seria possı́vel analisar resposta em freqüência em malha fechada?

Resposta em freqüência em malha fechada

FT em malha fechada
Y (jω) G(jω)
T (jω) = =
R(jω) 1 + G(jω)

Resposta em freqüência
|G(jω)| ejφ
T (jω) = = M ejφ
|1 + G(jω)| ejη

sendo M a magnitude da resposta em freqüência em malha fechada, e φ a fase

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

Pode-se obter a relação entre T e G no plano G(jω) fazendo:

G(jω) = u + jv

Veja que da resposta em malha fechada


G(jω) u + jv u 2 + v2

M = = = p
1 + G(jω) 1 + u + jv (1 + u)2 + v 2
ou,
2 2 2
v 2 − 2M 2 u = M 2
 
1−M u + 1−M

Veja que se M = 1 então u = −1/2...

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

2 2 2
2
Para M 6= 1, após dividir por (1 − M ) e adição do termo M /(1 − M )
a ambos os lados obtém-se
2 2 2 2 2 2
2M u M M M
 
2 2
u +v − 2
+ 2
= 2
+
1−M 1−M 1−M 1 − M2

que re-arranjado pode ser expresso na relação abaixo


2 2
M2 M
 
2
u− 2
+ v =
1−M 1 − M2

ie, um cı́rculo centrado em (M 2 /(1 − M 2 ), 0) e raio M/(1 − M 2 )

Portanto se M < 1, geram-se cı́rculos à direita de u = −1/2 e para M > 1,


geram-se cı́rculos à esquerda de u = −1/2

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

Diagrama de Nyquist
2
2 dB 0 dB −2 dB

1.5

4 dB −4 dB
1

6 dB −6 dB

0.5
10 dB −10 dB
Eixo Imaginario

20 dB −20 dB
0

−0.5

−1

−1.5

−2
−3 −2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5 2
Eixo Real

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

De forma similar, cı́rculos de ângulos de fase constantes podem ser obtidos:


u + jv v v
   
φ=∠ = tan−1 − tan−1
1 + u + jv u (1 + u)

Usando a relação, para N = tan φ


tan θ − tan β
N = tan(θ − β) =
1 + tan θ tan β

ou
v v v
u
− 1+u u(1+u) v
N = v v = v2
=
1+ u 1+u 1 + u(1+u) u2 + u + v 2

ou
2 2 v
u +v +u− =0
N

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

Adicionando-se o termo (1 + 1/N 2 )/4 a ambos os lados obtém-se

2 2
1 1 1 1
   
u+ + v− = 1+
2 2N 4 N2

que é a equação de um cı́rculo centrado em u − 1/2 e v = 1/2N , com raio de


p
(1/2) 1 + 1/N 2

B Normalmente, estes cı́rculos podem ser representados sobre conjuntos


diferentes de eixos chamado carta de Nichols

B MATLAB: nichols

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Resposta em Freqüência em Malha Fechada

Carta de Nichols
25
0.5 dB

20
1 dB
−1 dB

15

3 dB
10
−3 dB
Ganho em Malha Aberta (dB)

6 dB
5

0 −6 dB

−5

−10 −12 dB

−15

−20 dB
−20

−25
−270 −225 −180 −135 −90 −45 0
Fase em Malha Aberta (deg)

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

Nichols

Exemplo Considere o sistema realimentado como FT de malha

1
G(jω) =
jω(jω + 1)(0.2jω + 1)

B A carta de Nichols é traçada na próxima tela

B Magnitude máxima, Mpω ? é de +2.5dB e ocorre na freqüência


ωr = 0.8rad/s

B Ângulo de fase em malha fechada em ωr ? ≈ −720

B Largura de banda, ωB , em -3dB? ωB = 1.35rad/s

B Ângulo de fase em malha fechada em ωB ? ≈ −1420

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 18


c Reinaldo M. Palhares

MASTER 126

18

228
08
28
1.0 dB 20.5 dB

8
58

25
08
21
12
8

2 dB
10

21.0 dB
3 dB 2208

6 4 dB
0.5 23 22 dB
08
5 dB
23 dB
6 dB
Loop gain G, in decibels

9 dB 24 dB
0
12 dB 0.8
25 dB
26 dB

8
60
26
2
08

1.35
29
8
2120
21508
22108

21808

212
G
Magnitude of 5 218 dB
11G

218

224
2210 2180 2150 2120 290 260
Loop phase, ] (G), in degrees

Figure 9.27 Nichols diagram for G ( jv) + 1/jv ( jv + 1)(0.2jv + 1)

Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.


Projeto de Sistemas de Controle Realimentados

1. Metodologia de projeto

2. Redes de compensação em cascata

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Sistemas de Controle Realimentados

• Dos estudos anteriores pode-se concluir que é possı́vel ajustar os parâmetros


de um sistema de controle de forma a obter uma resposta satisfatória

• No entanto, nem sempre o simples ajuste de parâmetros é suficiente, já que


em muitos casos é necessário reconsiderar a estrutura do sistema e reprojetar o
compensador

• Portanto, o projeto de um sistema de controle está relacionado ao arranjo, ou


plano, da estrutura de controle e a seleção de componentes e parâmetros
adequados

• Um sistema de controle nada mais é do que compensador (representado por


componentes ou circuitos adicionais) que é inserido no sistema para compensar o
desempenho insuficiente do sistema original

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Metodologia de Projeto

Lugar das Raı́zes – Adição ao sistema original de um compensador que


possibilite alterar o lugar das raı́zes (em função da variação de um ou mais
parâmetros) até a obtenção da configuração da malha fechada desejada

Diagrama de Bode – Alteração da resposta em freqüência pela adição de uma


rede de compensadores até que as especificações no domı́nio da freqüência sejam
alcançadas

Topologia para compensação? Veja a seguir

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Compensator Process 1
1 R(s) G(s) Y(s)
R(s) Gc(s) G(s) Y(s) 2
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

2 Gc(s) H(s)
H(s)

(a) (b)

1 1
R(s) G(s) Gc(s) Y(s) R(s) Gc(s) G(s) Y(s)
2 2
H(s) H(s)

(c) (d)

MASTER 133
Figure 10.1 Types of compensation (a) Cascade compensation (b) Feedback compensation
(c) Output, or load, compensation (d) Input compensation
Redes de compensação em cascata

B Um compensador genérico, usado para modificar tanto o formato do Lugar


das Raı́zes quanto da Resposta em Freqüência, pode ser descrito na forma, ganho,
zero, pólo:
YM
K (s + zi )
i=1
Gc (s) = N
Y
(s + pj )
j=1

B Nessas condições, o problema de projeto se reduz à escolha cuidadosa de


pólos e zeros do compensador

B A técnica de compensação desenvolvida para compensadores de primeira


ordem pode então ser estendida a compensadores de ordem mais alta
simplesmente adicionando-se vários deles em cascata

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Redes de compensação em cascata

B O compensador é introduzido de forma que o ganho DC do sistema


compensado satisfaça aos requisitos de erro em estado estacionário e ajuste
favoravelmente sua dinâmica

B Consideremos inicialmente um compensador de primeira ordem do tipo

K(s + z)
Gc (s) =
(s + p)

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Redes de compensação em cascata

Compensação em Avanço de Fase – |z| < |p|, de modo que obtém-se

K(jω + z)
Gc (jω) =
(jω + p)
 
Kz jω
p z
+1
=  

p
+1

K1 (1 + jωατ )
=
(1 + jωτ )

sendo τ = 1/p, p = αz e K1 = K/α

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Compensação em Avanço de Fase

B Neste caso a fase é dada por

φ(ω) = tan−1 αωτ − tan−1 ωτ

como α > 1 logo φ > 0...

B Particularmente com K = 1

(1 + ατ s)
Gc (s) =
α(1 + τ s)

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Compensação em Avanço de Fase

B O valor máximo da fase (avanço) ocorre na freqüência ωm , que corresponde


à média geométrica entre p = 1/τ e z = 1/ατ , ie
√ 1
ωm = zp = √
τ α

B Para se determinar o ângulo máximo de avanço de fase, escreve-se

φ(ω) = tan−1 αωτ − tan−1 ωτ


= tan−1 (αωτ − ωτ )
αωτ − ωτ
 
= tan−1
1 + αωτ ωτ
αωτ − ωτ
 
= tan−1
1 + α(ωτ )2

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

Compensação em Avanço de Fase


B Substituindo-se ω por ωm = 1/τ α, determina-se o ângulo máximo
α √1

α
− α α−1
tan φm = = √
1+1 2 α

O avanço de fase que se deseja pode assim ser calculado pela razão entre o pólo e
o zero, α, que, na prática, é mais facilmente encontrado usando
α−1
senφm =
α+1

ou inversamente
1 + senφm
α=
1 − senφm

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

20 log a
20 dB/dec
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

20 log (uGcu/K1 ), dB

0
908

f(v)
458

08
z Ïzp p
v (log scale)

MASTER 135
Figure 10.3 Bode diagram of the phase-lead network
Compensação em Atraso de Fase

E o efeito de atraso de fase? É obtido escolhendo |p| < |z|, e fazendo


z = 1/τ e p = 1/ατ , obtém-se

1 + τs 1 s+a
Gc (s) = =
1 + ατ s αs+p
A resposta em freqüência do compensador em atraso de fase é similar à do
compensador em avanço diferindo apenas no fato de introduzir atenuação no
ganho e atraso na fase, com

jω + τ1

1 1 + jωτ
Gc (jω) = 1
 =
α jω + ατ 1 + jωατ

Da mesma forma, o máximo atraso de fase ocorre na média geométrica



ωm = zp

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 19


c Reinaldo M. Palhares

1 1 1
a 1t a 2t t log v
20 log uGc u, dB 0
Copyright © 1998 by Addison Wesley Longman. All rights reserved.

220 log a 2

220 log a 1
1 1 1
a 1t a 2t t log v
08

a2

f(v) 2458
a1

2908

MASTER 137
Figure 10.8 Bode diagram of the phase-lag network
Projeto de Sistemas de Controle Realimentados

1. Projeto de avanço de fase usando diagramas de Bode

2. Projeto de atraso de fase usando diagramas de Bode

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

• O projeto do compensador em avanço de fase consiste em se encontrar valores


para p e z tais que a resposta do sistema compensado seja moldada de forma
satisfatória. Em particular, se a MF da malha aberta não for suficiente (depois de
ajustado o ganho do sistema para atendimento da especificação de erro em estado
estacionário), avanço de fase pode ser introduzido adicionando-se o compensador
na faixa de freqüência adequada (de forma que, em ω = ωm , o ganho do sistema
compensado seja 0dB)

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

• Inicialmente, o valor de α é determinado em função do aumento na MF


desejado a partir da expressão
1 + senφm
α=
1 − senφm

• Como o aumento (total) no ganho devido ao compensador é de 20 log α e o


máximo avanço de fase ocorre a meio caminho (entre o zero e o pólo na escala

logarı́tmica de freqüência), ie, ωm = zp, espera-se que o ganho em ω = ωm
seja 10 log α

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

• Os passos a seguir sintetizam o projeto do compensador em avanço

1. Determina-se K de modo que o ganho de malha-aberta atenda à


especificação de erro de regime estacionário

2. Usando o ganho K determinado no passo 1, obter o diagrama de Bode de


KG(s) para determinar a MF

3. Deixando uma pequena margem de segurança, determina-se o ângulo de


avanço de fase adicional, φm , tal que o sistema atinja a MF especificada

4. A partir desse valor de φm , calcula-se α

5. Determina-se a freqüência em que o ganho do sistema não-compensado


corresponda a −10 log αdB (nessa freqüência, o ganho do sistema compensado
deverá ser exatamente 0dB e ω = ωm )

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode


6. Calcula-se o pólo e o zero do compensador usando as relações p = ωm αe
z = p/α

7. Traça-se a resposta em freqüência do sistema compensado, checa-se a MF


resultante e, se necessário, repetem-se os passos anteriores

8. Finalmente, ajusta-se o ganho do sistema de forma a contrabalançar a


atenuação do compensador (1/α), o que normalmente não reduz
significativamente a MF pré-especificada. Caso a MF do sistema com o ganho
re-ajustado não seja aceitável, repete-se o procedimento para α de 10 a 20%
maior

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

Exemplo Para a FT
K
GH(s) =
s(s + 2)

Objetivos ess ≤ 5% para entrada rampa e MF ≥ 450

A A
De ess é necessário: Kv = = = 20
ess 0.05A

Portanto, do 1o. e 2o. passos traça-se o diagrama de Bode da FT


não-compensada
Kv 20
GH(jω) = =
jω(0.5jω + 1) jω(0.5jω + 1)

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode
Bode Diagram
Gm = Inf dB (at Inf rad/sec) , Pm = 18 deg (at 6.17 rad/sec)
50

40

30

20
Magnitude (dB)

10

−10

−20

−30

−40

−50
−90
Fase (deg)

−135

−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequencia (rad/sec)

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

B MF = 180 do sistema sem compensação

O que fazer? Adicionar um controlador de avanço de fase para aumentar a


MF para 450 na nova freqüência de cruzamento (em 0dB)

Passo 3. Veja que φm = 450 − 180 = 270 , mais um incremento de 10%, leva
ao incremento de fase φm = 270 + 30 = 300

1 + sen300
Passo 4. Calcula-se α, α = =3
1− sen300
Passo 5. Veja que o máximo avanço de fase ocorre em ωm , no qual
10 log α = 10 log 3 = 4.8dB

B Avalia-se na magnitude de -4.8dB a freqüência de cruzamento compensada,


ie, ωm = ωc ≈ 8.4rad/s

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

√ √ p
Passo 6. Logo p = ωm α = 8.4 3 = 14.55rad/s e z = = 4.85rad/s
α
Passos 7 e 8. Compensador
1 (1 + s/4.85)
Gc (s) =
3 (1 + s/14.55)

B O ganho DC total deve ser aumentado por um fator de 3 (afim de levar em


conta o fator 1/3), tal que a FT da malha compensada é
20 (s/4.85 + 1)
Gc GH(s) =
s(0.5s + 1)(s/14.55 + 1)

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode
Bode Diagram
Gm = Inf dB (at Inf rad/sec) , Pm = 43.8 deg (at 8.14 rad/sec)
50

40

30

20
Magnitude (dB)

10

−10

−20

−30

−40

−50
−90
Phase (deg)

−135

−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode
Bode Diagram
50

40

30

20
Magnitude (dB)

10

0
Gc GH
−10

−20

−30 GH
−40

−50
−90
Phase (deg)

−135
Gc GH
GH

−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode

MF final? 43.80 . Exigência de MF ≥ 450 ...

O que fazer? Repetir os passos aumentado α, eg α = 3.5...

B Pode-se analisar o resultado usando a carta de Nichols, onde pode-se ler:


1. Sem compensação, Mpω > 6dB, de fato ≈ 12dB
2. Com compensação, Mpω ≈ 3dB
3. Largura de Banda em -3dB, sem compensação, 7.5rad/s
4. Largura de Banda em -3dB, com compensação, 10.4rad/s

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Avanço de Fase via Bode
Nichols Chart
20
1 dB −1 dB

15
GH
3 dB
Gc GH
10

−3 dB
6 dB
5
Open−Loop Gain (dB)

0 −6 dB

−5

• •
ω = 10.4
−12 dB
−10
ω = 7.5
−15

−20 dB
−20
−180 −135 −90 −45 0
Open−Loop Phase (deg)

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode

• Observando que o efeito útil do compensador em atraso de fase é sua


atenuação (de −20 log α), este é usado para reduzir a freqüência de cruzamento
da linha de 0dB, aumentando assim a MF do sistema
• Os passos a seguir sintetizam o projeto do compensador em atraso

1. Determina-se K de modo que o ganho de malha-aberta atenda à


especificação de erro de regime estacionário

2. Usando o ganho K determinado no passo 1, obter o diagrama de Bode de


KG(s), sem compensação, para determinar a MF. Se for insuficiente, prossiga

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode

3. Determina-se a freqüência em que a MF especificada seja satisfeita


assumindo que o ganho do sistema compensado venha a cruzar a linha de 0dB
nessa freqüência, ωc0 (deixando uma folga de uns 50 para contabilizar a pequena
defasagem restante do compensador)

4. Aloca-se o zero do compensador uma década abaixo da nova freqüência de


cruzamento, ωc0 , garantindo assim que apenas 50 de atraso de fase restará na
freqüência ωc0 devido ao compensador

5. Mede-se a atenuação necessária em ωc0 de forma que a curva de ganho cruze


a linha de 0dB nessa freqüência

6. Calcula-se α usando a relação −20 log α em ωc0

7. O valor do pólo é determinado fazendo p = 1/ατ = z/α

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode

Exemplo Considerando o mesmo exemplo anterior com FT


K Kv
GH(jω) = =
jω(jω + 2) jω(0.5jω + 1)

com Kv = K/2 e Kv = 20

Objetivos ess ≤ 5% para entrada rampa (já garantida por Kv ) e MF ≥ 450

B Para os passos 1 e 2 já se sabe do exemplo anterior que, sem compensação, a


MF = 180 , conforma diagrama de Bode a seguir

Passo 3. Determina-se, em Bode, a freqüência (que deve ser a nova freqüência


de cruzamento) onde a MF especificada seja satisfeita, levando em conta um
atraso de 50 , ie, para φ = −1300

B ωc0 ≈ 1.5rad/s

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode
Bode Diagram
Gm = Inf dB (at Inf rad/sec) , Pm = 18 deg (at 6.17 rad/sec)
50

40

30

20
Magnitude (dB)

10

−10

−20

−30

−40

−50
−90
Fase (deg)

−135

−180
−1 0 1 2
10 10 10 10
Frequencia (rad/sec)

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode

Passo 4. O zero está uma década abaixo de ωc0 , portanto


z = ωc0 /10 = 0.15rad/s

Passo 5. Nesta freqüência ωc0 pode-se ler 20dB, que seria a atenuação
necessária para que ωc0 seja a nova freqüência de cruzamento (ie, a curva de
magnitude passe a cruzar a linha de 0dB)

Passo 6. Calcula-se α fazendo 20 log α = 20dB, ie α = 10

Passo 7. O valor do pólo é p = z/α = 0.015rad/s

Ganho de Malha do sistema compensado


20(6.66jω + 1)
Gc (jω)GH(jω) =
jω(0.5jω + 1)(66.6jω + 1)

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Verificação: MF = 46.80 > 450 especificado
Bode Diagram
Gm = Inf dB (at Inf rad/sec) , Pm = 46.8 deg (at 1.58 rad/sec)
150

100
Magnitude (dB)

50

−50

−100
−90
Phase (deg)

−135

−180
−4 −3 −2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Projeto de Atraso de Fase via Bode
Bode Diagram
100

80

60

40 GH
Magnitude (dB)

20

−20
Gc GH
−40

−60

−80
−90

GH
Phase (deg)

−135

Gc GH

−180
−4 −3 −2 −1 0 1 2
10 10 10 10 10 10 10
Frequency (rad/sec)

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Carta de Nichols
Nichols Chart
100

80

Gc GH
60
GH

40
Open−Loop Gain (dB)

0 dB
0.25 dB
0.5 dB
20 1 dB −1 dB
3 dB
6 dB −3 dB

0 −6 dB

−12 dB

−20 −20 dB

−40 −40 dB

−60 dB
−60
−180 −135 −90 −45 0
Open−Loop Phase (deg)

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 20


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas a Tempo Discreto

1. Caracterização de sistemas dinâmicos a tempo discreto

2. Transformada-Z

3. FT discreta, estabilidade e analogia com domı́nio-s

4. Sistemas amostrados

4.1 Amostragem e retenção

4.2 Controle PID

4.3 Extrapolação de dados

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Controle por Computador

p(t)
r(t k ) e(t k ) u(t k ) u(t) + y(t)
Controle D/A Planta
+ +
-

Clock
~ ~ +
y(t k ) y(t) η(t)
A/D
+
Computador

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Caracterização de Sistemas Dinâmicos a Tempo Discreto

• A entrada e a saı́da de um sistema discreto no tempo podem ser considerados


como tendo o mesmo perı́odo de amostragem T , tal que u(k) , u(kT ), onde k
é um inteiro variando de −∞ a +∞

Propriedades do sistema dinâmico a tempo discreto? as mesmas do


analógico...

• Causalidade a saı́da corrente depende das entradas corrente e passadas

• Linearidade, ie, somar entradas → somam-se saı́das. Multiplicar a entrada por


um escalar → multiplica-se a saı́da por um escalar

• Invariância no tempo um deslocamento de tempo na entrada u resulta


apenas no deslocamento de tempo na saı́da y

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Descrição Entrada-Saı́da

Considere uma seqüência de pulsos δ(k) definida da forma:



 1, se k = m
δ(k − m) =
 0, se k 6= m

onde k e m são inteiros denotando instantes de amostragem


• Correspondência discreta ao impulso δ(t − t̃ ) no caso contı́nuo
• δ(t − t̃ ) largura zero e amplitude infinita na prática não pode ser
gerado. Por outro lado, a seqüência pulso pode ser facilmente gerada.
Seja u(k) uma seqüência de entrada qualquer. Então u(k) pode ser expressa
como:
X∞
u(k) = u(m)δ(k − m)
m=−∞

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Descrição Entrada-Saı́da

Seja g(k, m) a saı́da no instante de tempo k excitada pela seqüência pulso


aplicada no instante de tempo m. Então pela linearidade
gera
δ(k − m) −→ g(k, m)
gera
δ(k − m)u(m) −→ g(k, m)u(m)
X gera X
δ(k − m)u(m) −→ g(k, m)u(m)
m m

E a saı́da y(k) excitada pela entrada u(k) torna-se



X
y(k) = g(k, m)u(m)
m=−∞

onde g(k, m) seqüência de resposta ao pulso

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Descrição Entrada-Saı́da

⊲ Se o sistema é causal ⇒ não há saı́da se não for aplicado uma entrada:

Causalidade ⇐⇒ g(k, m) = 0, ∀k ≤ m !!!

⊲ Se o sistema é relaxado em k0 (ie, a condição inicial é nula) e causal, então


a seqüência de resposta ao impulso é reduzida a:
k
X
y(k) = g(k, m)u(m)
m=k0

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Descrição Entrada-Saı́da

⊲ Se o sistema discreto linear é invariante no tempo, então o instante inicial de


tempo pode ser escolhido como k0 = 0 !!
Neste caso:

g(k, m) = g(k + T, m + T ) = g(k − m, 0) = g(k − m)


| {z } | {z }
deslocado... instante inicial nulo

Portanto a seqüência de resposta ao pulso é dado por


k
X k
X
y(k) = g(k − m)u(m) = g(m)u(k − m)
m=0 m=0

que é a convolução discreta !!

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Transformada-Z

Definição – Transformada-Z

X
Y (z) , Z {y(k)} , y(k)z −k
k=0

⊲ Substituindo a resposta ao pulso y(k) obtém-se


∞ ∞
!
X X
Y (z) = g(k − m)u(m) z −(k−m+m)
k=0 m=0

(Como, por hipótese, o sistema é causal então pode-se considerar m = ∞)


∞ ∞
!
X X
Y (z) = g(k − m)z −(k−m) u(m)z −m
m=0 k=0

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

FT discreta, Estabilidade e Analogia com Domı́nio-s

fazendo p , k − m e g(p) = 0 para p < 0 (isto é, k − m < 0, k < m !!)


! ∞
!
X X
Y (z) = g(p)z −p u(m)z −m = G(z)U (z)
p=0 m=0

onde G(z) é a FT, ie, é a Trasformada-Z da seqüência de resposta ao pulso

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

FT discreta, Estabilidade e Analogia com Domı́nio-s

Exemplo Considere o sistema com atraso no tempo unitário amostrado


definido por
y(k) = u(k − 1)

a saı́da é exatamente a entrada atrasada. A sua seqüência de resposta ao pulso é:

g(k) = δ(k − 1)

Portanto a FT discreta é dada por:


1
G(z) = Z {g(k)} = Z {δ(k − 1)} = z −1
=
z

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

FT discreta, Estabilidade e Analogia com Domı́nio-s

EC – resulta do denominador da FT discreta, ie, para H(z) = b(z)/a(z) com

a(z) = z n + a1 z n−1 + · · · + an−1 z + an = 0

Estabilidade Geral
• Se todas as raı́zes da EC estiverem dentro do cı́rculo unitário (|z| < 1),
então a equação a diferenças é estável
Exemplo A EC de y(k) = 0.9y(k − 1) − 0.2y(k − 2) é

z 2 − 0.9z + 0.2 = 0

Raı́zes: z1 = 0.5 e z2 = 0.4. A equação é estável

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

MATLAB

num=[1 0.5 -0.25 0.25]; % Numerador


den=[1 -2.6 2.4 -0.8 0]; % Denominador
T=1; % Perı́odo
Gz = tf(num,den,T) % FT discreta
Transfer function:
z^3 + 0.5 z^2 - 0.25 z + 0.25
-------------------------------
z^4 - 2.6 z^3 + 2.4 z^2 - 0.8 z

Sampling time: 1

pzmap(Gz) % Pólos e zeros


zgrid % ’Grid’ no plano z

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

MATLAB
Pole−zero map

0.8

0.6

0.4

0.2
Imag Axis

−0.2

−0.4

−0.6

−0.8

−1
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1

Real Axis

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

MATLAB

zpk(Gz) % Zeros, pólos, ganho


Zero/pole/gain:
(z+1) (z^2 - 0.5z + 0.25)
--------------------------
z (z-1) (z^2 - 1.6z + 0.8)

impulse(Gz,40) % Resposta ao pulso


Impulse Response
From: U(1)
15
Amplitude

10
To: Y(1)

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Time (sec.)

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

MATLAB

step(Gz,40) % Resposta ao degrau

Step Response
From: U(1)
300

250
Amplitude

200
To: Y(1)

150

100

50

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40

Time (sec.)

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados

Sistemas dinâmicos são usualmente contı́nuos no tempo. Para que possam ser
controlados por um computador é necessário amostrá-los
u(kT ) y(kT )
D/A G(s) A/D

Deseja-se determinar a FT entre u(kT ) e y(kT ), ie, G(z)


Amostragem
• Assume-se que o conversor D/A utiliza um segurador de ordem zero
(SOZ): a amostra u(kT ) recebida em t = kT é segurada até o instante
t = (k + 1)T
• Se u(kT ) = 1 para k = 0 e u(kT ) = 0 para k 6= 0, a saı́da do conversor
seria um degrau unitário entre k = 0 e k = 1

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados

⊲ A resposta do conversor D/A ao pulso pode ser expressa como


1(t) − 1(t − T ), e a resposta de G(s) a esta entrada particular:
" #
−T s
1 e
Y1 (s) = G(s) −
s s

−T s
 G(s)
= 1−e
s

⊲ FT é a transformada-Z da resposta do sistema ao pulso:

G(z) = Z {y1 (kT )}


 −1
= Z L {Y1 (s)} , Z {Y1 (s)}

 
−T s G(s)

= Z 1−e
s

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados
Como e−T s é exatamente um atraso de um perı́odo, verifica-se que
   
G(s) G(s)
Z e−T s = z −1 Z
s s
obtendo-se  
G(s)
G(z) = (1 − z −1 )Z
s
Diagrama de blocos em malha-fechada com o SOZ

Controlador ZOH Planta


R(s) E(s) E*(s) U*(s) -Ts U(s) Y(s)
C(z) 1-e G p (s)
+ T s
-

G(s)
Sensor

H(s)

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados
⊲ Para sistemas contı́nuos com retardo de tempo, o atraso Td é modelado
como um atraso de r perı́odos de amostragem, z −r , onde r é a parte inteira de
Td /T arredondado para baixo. No MATLAB, a FT contı́nua
10
G(s) = e −0.25s
s2 + 6s + 5

pode ser discretizada pela função c2d (“continuous to discrete”):


>> T = 0.1
>> G = tf(10,[1 6 5],’iodelay’,0.25);
>> Gd = c2d(G,T)

que resulta:
0.01133z 2 + 0.05597z + 0.007593
G(z) = z −2
z 3 − 1.511z 2 + 0.5488z

O ideal é que escolher T tal que r ≤ 3


pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21
c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados

Método de Euler Aproximação de uma solução real no tempo para equações


diferenciais
∆x
ẋ = lim
∆t→0 ∆t
onde ∆x é a variação de x em um intervalo ∆t. Mesmo se ∆t não é
exatamente nulo, esta relação pode ser aproximada por
x(k + 1) − x(k)
ẋ(t) ≈ (Versão retangular de avanço)
T
onde T = tk+1 − tk (perı́odo de amostragem), ou ainda
x(k) − x(k − 1)
ẋ(t) ≈ (Versão retangular de atraso)
T

⊲ Uma possı́vel escolha para T pode ser igual a 1/30 vezes a largura de banda...

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Propocional: u(t) = Ke(t)


Z
K t
Integral: u(t) = e(η)dη
TI 0
Derivativo: u(t) = KTD ė(t)

Aproximações

proporcional: u(k) = Ke(k)

u(k) − u(k − 1) K KT
integral: = e(k) ⇒ u(k) = u(k − 1) + e(k)
T TI TI

KTD
derivativo: u(k) = (e(k) − e(k − 1))
T
pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21
c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Considerando-se a transformada-Z, obtém-se para o controle integral

KT z KT
U (z) = z −1
U (z) + E(z) = E(z)
TI z − 1 TI
para o controle derivativo

KTD  KTD z − 1
U (z) = E(z) − z −1
E(z) = E(z)
T T z
e para o proporcional U (z) = KE(z)
Associando-se os três termos obtém-se a FT discreta do PID

 
U (z) T z TD z − 1
D(z) = =K 1+ +
E(z) TI z − 1 T z

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

• Por outro lado a eq. a diferenças do PID é obtida da forma:

−1 −1 KT KTD “ −1 −2

(1−z )U (z) = K(1−z )E(z)+ E(z)+ 1 − 2z +z E(z)
TI T

Aplicando a transformada inversa

»„ « „ « –
T TD 2TD TD
u(k) = u(k−1)+K 1+ + e(k) − 1 + e(k − 1) + e(k − 2)
TI T T T

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Exemplo Um servo mecanismo tem como FT da tensão aplicada na entrada


para a velocidade na saı́da (rad/s):
360000
G(s) =
(s + 60)(s + 600)

Determinou-se que um PID com K = 5, TD = 0.0008s e TI = 0.003s fornece


um desempenho satisfatório para o caso contı́nuo

Dados: tempo de subida: ts = 10−3 s (note que ts ≈ 1.8/ωn )


1. Selecione uma taxa de amostragem apropriada
2. Determine a lei de controle digital correspondente

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Como ωn ≈ 1.8/ts ≈ 1800 rad/s, logo a largura de banda deve ser da


ordem de 1800 rad/s (apenas estamativa...) ou 286.48 Hz (onde f(Hz) =
w(rad/s)/2π)

E o perı́odo de amostragem é:


1
T = = 0.1164 × 10−3 s
286.48 × 30

A eq. a diferenças neste caso é

u(k) = u(k − 1) + 5 [7.707e(k) − 14.33e(k − 1) + 6.667e(k − 2)]

A figura a seguir ilustra a resposta ao degrau do sistema contı́nuo (linha cheia) e


discreto (pontilhado)

pag.25 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Step Response
From: U(1)
1.4

1.2

0.8
Amplitude

To: Y(1)

0.6

0.4

0.2

0
0 1.4 2.8 4.2 5.6 7
−3
x 10
Time (sec.)

pag.26 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas Amostrados – Controle PID

Exercı́cio Obteve-se anteriormente uma FT para aproximar o controle


derivativo da forma:

U (z) z−1
D(z) = = KTD
E(z) Tz
onde o pólo em z = 0 pode gerar um pouco de atraso em fase. Por outro lado
poder-se-ia obter:

z−1
D(z) = Kp TD
T
Isto pode ser feito? Qual a implicação para implementá-lo?

pag.27 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Extrapolação de Dados

Efeitos do SOZ O SOZ tem como FT:


1 − e−jωT
SOZ(jω) =

( )
jωT /2 −jωT /2
e −e 2j
= e−jωT /2
2j jω
| {z }
seno !!

−jωT /2 sen(ωT /2)


= Te
ωT /2

⊲ Desta forma o SOZ introduz um deslocamento em fase de −ωT /2,


correspondente a um atraso no tempo de T /2 s. Além disso multiplica o ganho
por uma função de magnitude sen(ωT /2)/(ωT /2)

pag.28 Controle de Sistemas Lineares – Aula 21


c Reinaldo M. Palhares

Sistemas a Tempo Discreto - Projeto

1. Especificações de Projeto no domı́nio discreto

2. Projeto via Emulação

2.1 Controladores Equivalentes Discretos

2.2 Mapeamento pólo-zero

2.3 Avaliação do projeto

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Projeto

Rastreamento de referência – erro em regime


Suponha que a FT do controlador seja D(z) = U (z)/E(z) e que a entrada da
planta é precedida por um SOZ. A FT discreta da planta é

G(s)
 
G(z) , 1 − z −1

Z
s
E o erro entre referência e saı́da é

R(z)
E(z) =
1 + D(z)G(z)
ie, análogo ao modelo contı́nuo...

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Projeto – Constantes de Erro

Entrada degrau R(z) = z/(z − 1)

O erro para uma referência degrau é


z 1
E(z) =
z − 1 1 + D(z)G(z)

Se o sistema é estável em malha fechada (todas as raı́zes de 1+DG estão no


interior do cı́rculo unitário), então pelo Teorema do Valor Final
1
e(∞) = lim (z − 1)E(z) =
z→1 1 + D(1)G(1)

1
,
1 + Kp

O tipo do sistema é dado pelo número de integradores, ou pólos em z = 1

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Projeto – Constantes de Erro

Entrada rampa R(z) = T z/(z − 1)2 . O erro é


Tz 1
E(z) =
(z − 1)2 1 + D(z)G(z)

e do mesmo modo, pelo Teorema do Valor Final


Tz
e(∞) = lim (z − 1)E(z) = lim
z→1 z→1 (z − 1) [1 + D(z)G(z)]

1
,
Kv

A constante de velocidade, Kv , para um sistema Tipo 1 pode ser calculada


através de
(z − 1)D(z)G(z)
Kv = lim
z→1 Tz

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações de Projeto no plano-z

Os pólos em malha fechada do sistema de 2a. ordem no caso contı́nuo são


p
s1,2 = −ζωn ± jωn 1 − ζ 2

e podem ser mapeados em lugares do plano-z através da relação z = esT . As


especificações de sobre-elevação (via ζ) e ta (via ζωn ) são apresentadas a seguir
com as regiões correspondentes no plano-z

Nota Como a parte real −ζωn é mapeada em r = e−ζωn T , a especificação


ζωn ≥ 4/ta é mapeada num cı́rculo de raio

r0 = e−4 T /ta

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações no plano-z – Amortecimento
Root Locus Editor (C)

1
1.57
1.88 1.26

0.8 2.2 0.1 0.942


0.2

0.6 0.3
2.51 0.4 0.628
0.5
0.4 0.6
0.7
2.83 0.314
0.8
0.2
0.9
Imag Axis

3.14
0
3.14

−0.2
2.83 0.314

−0.4

2.51 0.628
−0.6

−0.8 2.2 0.942

1.88 1.26
1.57
−1

−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


Real Axis

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Especificações no plano-z – Tempo de acomodação
Root Locus Editor (C)

1
1.57
1.88 1.26

0.8 2.2 0.1 0.942


0.2

0.6 0.3
2.51 0.4 0.628
0.5
0.4 0.6
0.7
2.83 0.314
0.8
0.2
0.9
Imag Axis

3.14
0
3.14

−0.2
2.83 0.314

−0.4

2.51 0.628
−0.6

−0.8 2.2 0.942

1.88 1.26
1.57
−1

−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1


Real Axis

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Aproximação discreta D(z) de um controlador contı́nuo Gc (s) que atenda


as especificações de projeto

Embora facilmente obtida, a aproximação D(z) pode degradar as


especificações relativamente a Gc (s)

A qualidade da aproximação está vinculada ao perı́odo de amostragem T .


Quanto menor T , melhor a aproximação

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Mapeamento de pólos e zeros

Pólos: Os pólos de Gc (s) são mapeados através de z = esT

• Se Gc (s) possui um pólo em s = −a, então D(z) terá um pólo em


z = e−aT

• Se Gc (s) tem um pólo em s = −a + jb, então D(z) terá um pólo em


rejθ , onde r = e−aT e θ = bT

Zeros finitos: Zeros finitos de Gc (s) são mapeados em zeros de D(z) através
de z = esT . Aplicam-se as mesmas regras utilizadas para pólos

Zeros em s = ∞: são mapeados em zeros de D(z) no ponto z = −1

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Ganho: O ganho de D(z) deve ser casado com o ganho de Gc (s) em uma
freqüência crı́tica de interesse, geralmente em s = 0 (ganho DC). Neste caso,

Ganho DC = lim Gc (s) = lim D(z)


s→0 z→1

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação
a
Exemplo Para Gc (s) = , com pólo em s = −a e um zero em s = ∞,
s+a
obtém-se

z+1
D(z) = K̃
z − e−aT
como lim Gc (s) = 1, então
s→0

z+1 1 − e−aT
Ganho DC = 1 = lim K̃ ou K̃ =
z→1 z− e−aT 2

Logo o equivalente discreto de Gc (s) é

(z + 1)(1 − e−aT )
D(z) =
2(z − eaT )

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Exemplo de Projeto: Considere o processo


1 0.1
G(s) = =
s(10s + 1) s(s + 0.1)

Objetivos: Projetar D(z) via Emulação tal que Mp ≤ 16%, ta ≤ 10s e


Kv ≥ 1

• Perı́odo de amostragem para fornecer pelo menos 10 amostras do tempo de


subida

Das especificações obtém-se, ζ ≥ 0.5 e ζωn ≥ 4/10 = 0.4

Qual é a região aceitável para se localizar os pólos em malha fechada no


plano-s?

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação
Root Locus Editor (C)
0.8

0.6

0.4

0.2
Imag Axis

−0.2

−0.4

−0.6

−0.8
−0.5 −0.45 −0.4 −0.35 −0.3 −0.25 −0.2 −0.15 −0.1 −0.05 0
Real Axis

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Escolha do controlador contı́nuo


s + z̃ (s + 0.1)
Gc (s) = K =K
s + p̃ (s + 1)

É uma boa escolha? Como fica agora o LR do sistema em malha fechada?

Valor do ganho K? Note que em malha fechada obtém-se


2
G(s)Gc (s) 0.1 K ωn
= =
1 + G(s)Gc (s) s2 + s + 0.1 K s2 + 2ζωn s + ωn
2

Portanto 2ζωn = 1 ⇒ ωn ≤ 1. Particularmente para ωn = 1 obtém-se


K = 10

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação
1.8
Seleção de do perı́odo de amostragem, T ? Veja que ts ≈ ωn
= 1.8s,
ts
portanto T = 10
= 0.18 ≈ 0.2 s
Equivalente discreto do controlador – Forma do controlador discreto
z − ẑ
D(z) = K̃
z − p̂
• Aloque o zero z̃ = 0.1 em ẑ = e−0.1×0.2 = 0.9802
• Aloque o pólo p̃ = 1 em p̂ = e−1×0.2 = 0.8187
• Calcule o ganho DC:
(1 − 0.9802)
Ganho DC = lim Gc (s) = 1 = lim D(z) = K̃
s→0 z→1 (1 − 0.8187)

(z − 0.9802)
∴ D(z) = 9.15
(z − 0.8187)

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Matlab
Gc = tf([10 1],[1 1]); % FT Controlador contı́nuo
Transfer function:
10 s + 1
--------
s + 1

Dz = c2d(Ds,0.2,’matched’) % equivalente discreto


Dz_zpk= zpk(Dz) % Forma fatorada
Zero/pole/gain:
9.1544 (z-0.9802)
-----------------
(z-0.8187)

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Avaliação de Projeto Para analisar o comportamento do compensador


projetado é necessário determinar a transformada-Z da planta contı́nua precedida
por um SOZ:
( )
(1 − e−sT ) G(s)
 
G(z) = Z G(s) = (1 − z −1 ) Z
s s

Matlab
Gz = c2d(tf([1],[10 1 0]),0.2) % Planta discretizada p/ T=0.2s
Gz_zpk = zpk(Gz) % Forma fatorada

Zero/pole/gain:
0.0019867 (z+0.9934)
--------------------
(z-1) (z-0.9802)

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – Avaliação do Projeto
B Projeto contı́nuo (linha pontilhada) e Projeto discreto (linha cheia)
Step Response

1.4

1.2

0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Time (sec.)

pag.18 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – Avaliação do Projeto

Problema: Para T = 0.2s ⇒ Mp = 20%. Mesmo para T = 0.1s ⇒


Mp = 18% (Com freqüência de amostragem 10Hz, que é ≈ 63 vezes mais
rápido que ωn )

Solução: Otimizar o projeto do controlador contı́nuo Gc (s) para obter uma


folga quanto a sobre-elevação

pag.19 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação

Efeito da Taxa de Amostragem – Considere o controle para a planta do


exemplo com T = 1s. A planta + SOZ e o respectivo controlador discretizado
são dados por:

(z + 0.9672)
G(z) = 0.048374 ×
(z − 1)(z − 0.9048)

(z − 0.9048)
D(z) = 6.6425 ×
(z − 0.3679)

Neste caso houve uma degradação da resposta ao degrau com Mp ≈ 48% como
pode ser visto na próxima figura

pag.20 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – Efeito da Taxa de Amostragem
Step Response
From: U(1)

1.4

1.2

1
Amplitude

To: Y(1)

0.8

0.6

0.4

0.2

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Time (sec.)

pag.21 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – Efeito da Taxa de Amostragem

Por que uma sobre-elevação tão elevada quando se considera T = 1s ao invés


de T = 0.2s (como no exemplo anterior)?

Para responder a esta questão vamos analisar a resposta em freqüência do


sistema contı́nuo descrito no diagrama de Bode a seguir

pag.22 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – Efeito da Taxa de Amostragem
Bode Diagrams

Gm = Inf, Pm=51.827 deg. (at 0.78615 rad/sec)


40

20

0
Phase (deg); Magnitude (dB)

−20

−40

−60

−80

−100

−120

−140

−160

−180
−2 −1 0
10 10 10

Frequency (rad/sec)

pag.23 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Emulação – – Efeito da Taxa de Amostragem

B Uma explicação parcial a esta sobre-elevação é que o SOZ pode ser aproximado
por um retardo de T /2s. Visto que um retardo de tempo de T /2 produz um
decréscimo em fase na freqüência de cruzamento (onde ωcruz = 0.79 rad/s) de
ωcruz T 0.79(1)
∆φ = − = rad = 22.350
2 2

então o SOZ produz uma redução na Margem de Fase aproximadamente igual


a MF = 51.80 − 22.350 = 29.450

B Como o amortecimento ζ está diretamente associado a MF pela relação


MF ≈ ζ × 100, logo

ζ ≈ 0.295 ⇒ Mp ≈ 38% !!

Note que especificou-se uma sobre-elevação máxima de 16 %

pag.24 Controle de Sistemas Lineares – Aula 22


c Reinaldo M. Palhares

Projeto a Tempo Discreto

1. Lugar das Raı́zes no domı́nio-z

2. Exemplo de projeto – Fly-by-Wire

pag.1 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Lugar das Raı́zes

• O projeto é realizado diretamente no domı́nio discreto, sem necessidade de


aproximações de qualquer tipo

• É função do perı́odo de amostragem T , mas não requer que T seja muito


pequeno

• Pode ser desenvolvido no plano-z através das técnicas de construção do Lugar


das Raı́zes

pag.2 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Lugar das Raı́zes

Problema – Obter D(z) satisfazendo as especificações de desempenho, dado


que a planta discreta a ser controlada é precedida pelo SOZ


G(s)

G(z) = (1 − z −1 ) Z
s

Lugar das Raı́zes no Plano-z – Como a EC do sistema discreto é

1 + D(z)G(z) = 0

e não existe nenhuma diferença prática entre ’z’ e ’s’, as regras de construção do
Lugar das Raı́zes são as mesmas do plano-s !!

pag.3 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Projeto via Lugar das Raı́zes

Exemplo – Controle Fly-by-Wire

O Boeing 777 ou o Airbus A380 de transporte comercial são exemplos de


aeronaves completamente integradas em um esquema conhecido por fly-by-wire.
A filosofia desta abordagem implica que os componentes do sistema são
inter-conectados de forma elétrica ao invés da forma mecânica tradicional (cabos)
e operam sob a supervisão de computador de bordo responsável por
monitoramento, controle e coordenação de tarefas. Naturalmente, o apelo para
este tipo de estratégia implica em menos peso adicionado (ausência de cabos e
estruturas mecânicas, a menos, como no Boeing 777, de um sistema de back-up,
analógico...) e consumo de combustı́vel

pag.4 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

Fly-by-wire Airbus A380 - controle digital

pag.5 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

Detalhe do joystick do Airbus A380 - Fly-by-Wire

pag.6 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

B O modelo a ser analisado é adaptado do problema AP13.2 do Dorf & Bishop.


As caracterı́sticas de operação de um sistema de controle aéreo dependem da
dinâmica de um atuador que irá representar sua habilidade em manter uma certa
posição independentemente de efeitos de distúrbios e forças aleatórias externas.
Para uma ilustração de um sistema de atuação aérea veja a figura associada ao
problema AP13.2 no Dorf & Bishop, e que consiste de um tipo especial de motor
cc, acionado por um amplificador de potência, que comanda um bomba hidráulica
que está conectada a um cilindro hidráulico. O pistão do cilindro hidráulico está
diretamente conectado a uma superfı́cie de controle da aeronave através de
conexões mecânicas apropriadas. O controlador (computador) comando o
atuador...

pag.7 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

B O modelo da planta é descrito por


1
G(s) =
s(s + 1)

B Com o SOZ obtém-se


1 − e−sT
G(s)SOZ(s) =
s2 (s + 1)

B Objetivo de controle

Projetar um controlador, D(z), tal que


o ângulo da superfı́cie de controle
siga o ângulo desejado

pag.8 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

B Variável a ser controlada

Ângulo da superfı́cie de controle, θ(t)

B Especificações de projeto

E1. Mp < 5% para uma entrada degrau – ζ ≥ 0.69

E2. ta < 1s para uma entrada degrau (critério de 2%) – r0 = 0.67

pag.9 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

B Perı́odo de Amostragem T = 0.1s

G(z) ? Veja que

G(z) = Z {G(s)SOZ(s)}

1 1 1
  

= Z 1−e−sT
− +
s2 s s+1

ze−T − z + T z + 1 − e−T − T e−T


=
(z − 1) (z − e−T )

0.004837z + 0.004679
=
(z − 1)(z − 0.9048)

pag.10 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

LR para D(z) = K
Lugar das Raizes
2.5

1.5

0.5
Imag

−0.5

−1

−1.5

−2

−2.5
−4 −3 −2 −1 0 1 2
Real

pag.11 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

LR para D(z) = K – Zoom
Lugar das Raizes
1

0.8

0.6

0.4

0.2
Imag

−0.2

−0.4

−0.6

−0.8

−1
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Real

pag.12 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Controle Fly-by-Wire

Alternativa ? Como apenas um ganho estático não consegue satisfazer as


especificações, selecione um compensador do tipo avanço ou atraso de fase no
domı́nio-z (Por quê?)
z−a
D(z) = K
z−b

Sugestão – Selecione a tal que cancele o pólo de G(z) em z = 0.9048, ie


a = −0.9048

B Selecione b de tal forma que o LR percorra a região especificada para Mp e


ta , eg b = 0.25
z − 0.9048
∴ D(z) = K
z + 0.25

pag.13 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

LR para K D(z)G(z)
Lugar das Raizes
1.5

0.5
Imag

−0.5

−1

−1.5
−2.5 −2 −1.5 −1 −0.5 0 0.5 1 1.5
Real

pag.14 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

LR para K D(z)G(z) – Selecionando K = 69
Lugar das Raizes
1

0.8

0.6

0.4

0.2
Imag

−0.2

−0.4

−0.6

−0.8

−1
−1 −0.8 −0.6 −0.4 −0.2 0 0.2 0.4 0.6 0.8 1
Real

pag.15 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Resposta Temporal em Malha Fechada com D(z)
Resposta ao degrau

0.8
Amplitude

0.6

0.4

0.2

0
0 0.1 0.2 0.3 0.4 0.5 0.6 0.7 0.8 0.9 1

Tempo (sec)

pag.16 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Exercı́cios

1. Projete um controlador digital para o mesmo sistema do exemplo anterior


com especificações
1.1 Mp < 2% para uma entrada degrau
1.2 ta < 0.5s para uma entrada degrau
2. Projete um controlador digital para o mesmo sistema do exemplo anterior
considerando T = 0.01s e com especificações
2.1 Mp < 1% para uma entrada degrau
2.2 ta < 0.5s para uma entrada degrau

pag.17 Controle de Sistemas Lineares – Aula 23


c Reinaldo M. Palhares

Você também pode gostar