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Transformada de Laplace
Definição 5.1 Se f (t) é uma função definida para todo t ≥ 0, sua Transformada de
Laplace é uma função na variável s, chamada de F (s) e denotada por L (f ) é dada pela
integral Z ∞ Z T
F (s) = L (f ) = e−st f (t)dt = lim e−st f (t)dt.
0 T →∞ 0
L (L −1 (F )) = F
L −1 (L (f )) = f
.
Exemplo 5.2 Seja f (t) = eat quando t ≥ 0, onde a é uma constante. Encontre F (s) =
L (f ).
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Teorema 5.3 Seja f (t) uma função cuja transformada de Laplace seja F (s) (onde s > k
para algum k), então eat f (t) possui transformada igual a F (s − a) (sendo s − a > k). Ou
seja,
Exemplo 5.5 Para exemplificar o uso do teorema acima vamos calcular as transforma-
das das funções f (t) = eat cos (ωt) e g(t) = eat sen(ωt)
Exemplo 5.6 Vamos usar a fórmula da inversão dada no teorema acima e as fórmulas
deduzidas no último exemplo para encontrar a inversa da transformada
3s − 137
L (f ) = .
s2 + 2s + 401
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L (f 0 ) = ?
e ainda,
L (f 00 ) = ?
Teorema 5.5 Seja F (s) a transformada da função f (t), sendo f (t) seccionalmente contı́nua
para t ≥ 0 e que satisfaça a restrição de crescimento. Então, para s > 0, s > k e t > 0,
Z t
1
L f (τ )dτ =
F (s),
0 s
Z t
1
f (τ )dτ = L −1
F (s)
0 s
Exemplo 5.8 Encontre a inversa de
1
s(s2 + ω2)
Iremos introduzir duas funções que são importantes nas soluções de EDO’na forma
y 00 + p(t)y 0 + q(t)y = r(t),
cuja função r(t), no lado direito da equação, é mais complicada. Estas funções são de
considerável interesse nas mais diversas áreas da engenharia.
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A função degrau unitário. Também conhecida como Função de Heaviside, esta função
é denotada por u(t − a) e dada por
0 ; t<a
u(t − a) = a ≥ 0.
1 ; t≥a
A função degrau unitário não é definida para t = a.
possui transformada dada por e−as F (s). Ou seja, se L {f (t)} = F (s), então
Consequentemente,
A função que satisfaz estas propriedades não é uma função no sentido das funções utili-
zadas no cálculo, pois do cálculo sabemos que uma função que é diferente de zero exceto
em um único ponto do domı́nio possui integral nula. Este tipo de função chamada função
generalizada ou distribuição.
Desta forma, definimos a função Delta de Dirac, denotada por
δ(t − a)
, pelo limite
δ(t − a) = lim fk (t − a),
k→0
ou seja, a função δ(t − a) satisfaz as propriedades enunciadas acima. Nos problemas é
conveniente tratar a função delta de Dirac como se fosse uma função usual. Para uma
função contı́nua g(t) usamos a seguinte propriedade
Z ∞
g(t)δ(t − a)dt = g(a)
0
1
; a≤t≤a+k
fk (t − a) = k
0; para os outros pontos
0 ; t<a
1
= 1 ; a≤t<a+k
k
0 ; t≥a+k
1
= [u(t − a) − u(t − (a + k))]
k
.
Daı́, a transformada da função delta de Dirac será dada por
Observe que
1 1
L (fk (t − a)) = L ([u(t − a) − u(t − (a + k))]) = (L [u(t − a)] − L [u(t − (a + k)]) =
k k
−as
1 1 −sa 1 −s(a+k) s
1 − e−sk)
= e − e =
k s s ks
Daı́,
e−as
lim L (fk (t − a)) = lim 1 − e−sk)
k→0 k→0 ks
que pela regra de L’Hospital nos dá
L (δ(t − a)) = lim L (fk (t − a)) = e−as
k→0
y 00 + y = sen2t
5.4 Convolução
A convolução refere-se a um produto generalizado para resolvermos o seguinte problema:
Sejam f e g duas funções que admitam transformadas dadas por L (f ) e L (g) então,
salvo em casos particulares,
L (f ) 6= L (f ).L (g).
Veremos que L (f ).L (g) é a transformada da Concolução de f e g que ainda precisa ser
definida.
por consequência,
L −1 (F.G) = f ∗ g.
1
Exemplo 5.19 Seja H(s) = . Encontre h(t).
(s − a)s
1
Exemplo 5.20 Seja H(s) = . Encontre h(t)
(s2 + w2 )2
f ∗g = g∗f
f ∗ (g1 + g2 ) = f ∗ g1 + f ∗ g2
(f ∗ g) ∗ h = f ∗ (g ∗ h)
f ∗0 = 0∗f =0
Porém, outras propriedades da multiplicação ordinária não são satisfeitas pela convolução,
por exemplo
f ∗ 1 6= f
(f ∗ f )(t) ≥ 0
y 00 + y = sent.
y 00 + 4y = g(t),
donde
−1
Y1 a11 − s a12 G1 (s) − y1 (0)
= .
Y2 a21 a22 − s G2 (s) − y2 (0)
que nos dá um sistema onde as soluções serão obtidas pela transforma inversa, sabendo
que y1 (t) = L −1 (Y1 ) e y2 (t) = L −1 (Y2 ).
Exemplo 5.23 Considere uma mistura de agua e sal em um tanque que gera as seguintes
equações:
0
y1 = 8y1 + 2y2 + 600