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Experimento 2
Grupo 05
Onde xi é a fração molar. Quando aplicado a energia livre essa equação é mais conhecida
como equação de Gibbs-Duhem. [2]
Os desvios encontrados nos volumes molares parciais quando comparados com os
valores das soluções ideias em misturas binárias e componentes líquidos estão relacionados ao
desvio da lei de Raoult, e são de extremo interesse ao correlacionar a teoria com a prática. [2]
No experimento realizado determinou-se o volume molar parcial (Vi), que é a variação
do volume da mistura para cada 1 mol desta substância adicionada na mistura, para soluções de
diferentes concentrações de NaCl.
Cálculos e Metodologia
Inicialmente, realiza-se a aferição do volume do picnômetro através da densidade
conhecida da água na temperatura ambiente e da massa pesada do líquido. Sabendo o volume
do frasco e a massa pesada de cada solução, calculado como o volume do picnômetro vazio
(W) menos o volume do picnômetro cheio (We), é possível calcular a densidade das soluções.
[2]
𝑊 − 𝑊𝑒
𝑑= [4]
𝑉
As molalidades m (concentração em mol por quilograma de solvente) podem ser
calculadas através das molaridades (concentração em mol por litro da solução) obtidas a partir
da Equação 5 abaixo
1
𝑚= 𝑑 𝑀 [5]
−( 2 )
𝑀 1000
Em que d é a densidade da solução em g cm-3. O termo n1V1° pode ser definido como
1000
n1V1° = 𝑐𝑚3 [10]
𝑑0
𝑚 √𝑚 𝑑𝛷
𝑉1 = 𝑉1° − 55,51 ( ) [16]
2 𝑑 √𝑚
Além de todas as equações ilustradas acima, para os cálculos presentes nesse relatório
também se utilizou a fórmulas de média simples (17) e desvio padrão (18):
[17]
Onde n é o número de medidas.
[18]
OBJETIVOS
Esse experimento tem como objetivo obter o volume molar parcial das soluções de
cloreto de sódio de considerando suas concentrações de medidas de densidade realizadas
através da técnica de picnometria.
MATERIAIS E MÉTODOS
Picnômetro de 50,0 mL
NaCl ultrapuro (Marca: Merck)
Balança Analítica Marte (Modelo AY220)
Balão volumétrico 100 mL e 250 mL
Béquer 100 mL
Bastão de vidro
Pipeta de Pasteur
Pipeta volumétrica 50 mL
Pipeta volumétrica 25mL
Termômetro
Procedimento Experimental: Preparou-se uma solução de NaCl 3,0mol/L inicial para posterior
diluições, obtendo-se também soluções diluídas em 2, 4, 8, 16 e 32 vezes. Esperou-se 10
minutos até que as soluções atingissem o equilíbrio térmico. Em seguida, calibrou-se o
picnômetro, pesando-o vazio e seco, e depois cheio com água destilada para determinação de
seu volume.
Após a calibração do picnômetro, as soluções de NaCl preparadas foram então
transferidas para o picnômetro e pesadas em triplicada, esperando-se 10 minutos para a
determinação da massa. Partiu-se da solução mais diluída para a mais concentrada, enxaguando
o picnômetro entre as pesagens com a solução correspondente da medida.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O volume real do picnômetro foi calculado de acordo com a sua calibração realizada
com a água, sabendo que sua densidade a 25ºC é de 0,997044g.mL-1 [3]. O volume foi calculado
de acordo com a fórmula correspondente à Equação 4, obtendo os seguintes resultados
ilustrados na tabela a seguir.
27
26,5
26
25,5
y = 1,7434x + 23,508
25
R² = 0,9872
24,5
24
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2 1,4 1,6 1,8 2
Figura 1. Gráfico obtido através dos dados de Volume Molar Aparente (mL/mol) x
Molalidade1/2 (mol/Kg).
Para se obter um gráfico com um R2 de confiança foi necessário excluir dois pontos
discrepantes, ou seja, os pontos referentes as concentrações de 3,0M e 1,5. Isso é explicado por
um erro do operador, cujo ao medir os volumes no preparo da solução, para as duas primeiras
medidas o mesmo utilizou uma pipeta de 50mL e as demais 25mL.
A partir da equação da reta obtida pelo gráfico, equação 14, podemos tirar o volume
molar aparente do soluto que corresponde ao coeficiente linear da reta, ou seja, 23,508 mL.mol-
1
, e o coeficiente angular equivale à derivada do volume molar aparente dividido por 2 vezes a
molalidade, que corresponde a 1,7434. A partir desses valores foi possível determinar o volume
molar aparente do solvente (V1) e o volume molar aparente do soluto (V2) através das Equações
15 e 16.
Tabela 4. Valores de Volume Molar Parcial calculados para água (V 1) e NaCl (V2).
A partir desses valores foi possível plotar o gráfico correspondente aos volumes em
relação a molalidade (Figura 2).
30
25
20
15
10
0
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
V1 (mL/mol) V2 (mL/mol)
Linear (V1 (mL/mol)) Linear (V2 (mL/mol))
0,1800
0,1600
0,1400
0,1200
0,1000
0,0800
0,0600
0,0400
0,0200
0,0000
0,0000 0,5000 1,0000 1,5000 2,0000 2,5000 3,0000 3,5000
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] Rangel, R. N.; Práticas de físico-química. Edgard Blucher, 3ª ed., p. 30-38.
[2] Garland, C. W.; Nibler, J. W.; Shoemaker, D. P.; Experiments in physical chemistry.
McGrawHill, 7ª ed., p. 172-178.
[3] Handbook of Chemistry and Physics, CRC press, Ed 64.
[4] Matthews. Experimental Physical Chemistry. Oxford University Press, 1985.
[5] Castellan, Fundamentos de Físico-Química. LTC, 2007.
[6] MACHADO, D. C. Estudo da influência de substâncias cosmotrópicas e caotrópicas na
interação de moléculas unitárias orgânicas com nanoporos individuais protéicos. Recife, 2010