Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
RESUMO I
EM OUTRAS PALAVRAS...
2
3
Irretroatividade: “É vedado à União (…) cobrar tributos em relação a fatos geradores ocorridos
antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado”
Anterioridade: “É vedado à União (…) cobrar tributos no mesmo exercício financeiro em que
haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou”
V – Noventena ou Anterioridade Nonagesimal - Art. 150, Inciso III, alínea “c” da CF/88
A EC 42/03 acrescentou a alínea “c” do Inciso III do Art. 150 da CF/88, impondo a vedação de
cobrar tributos “antes de decorridos 90 (noventa dias) da data em que haja sido publicada
a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto na alínea b”, ou seja, sem prejuízo da
exigência de anterioridade da lei ao exercício financeiro da cobrança;
A alínea “b” já proibia a cobrança de tributos no mesmo exercício financeiro de publicação da
lei, mas era prática comum os entes federados aumentarem seus tributos por meio de leis
publicadas no final de dezembro para vigorar a partir de 1º de janeiro do ano seguinte.
EX.: a fim de coibir que um tributo fosse criado ou tivesse a sua alíquota aumentada no dia 31
de dezembro e passasse a ser cobrado no dia 01 de janeiro, horas depois, o princípio da
noventena veio para reforçar o princípio da anterioridade do exercício financeiro, exigindo a
observância do prazo de 90 (noventa dias) da data em que haja sido publicada a lei que instituiu
ou aumentou o tributo.
Representam exceções à noventena a criação ou majoração dos seguintes tributos:
a) Imposto de Renda (art.153, III da CF/88);
b) Empréstimos Compulsórios (art. 148, I da CF/88);
c) Imposto de Importação (art., II da CF/88);
d) Imposto de Exportação (art. 153, I da CF/88);
e) IOF (art. 153, V da CF/88);
f) Imposto Extraordinário de Guerra (Art. 154, II da CF);
g) Fixação das bases de Cálculo do IPVA (Art.153, III da CF/88) e do IPTU (art.156, I da
CF/88).
Isto significa que tais tributos podem ser cobrados antes de decorridos 90 dias da data em que foi
publicada a lei que os instituiu ou aumentou.
a) Imposto de Renda (art.153, III da CF/88);
b) Empréstimos Compulsórios (art. 148, I da CF/88);
3
4
c) Imposto de Importação (art., II da CF/88);
d) Imposto de Exportação (art. 153, I da CF/88);
e) IOF (art. 153, V da CF/88);
f) Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II da CF);
g) Fixação das bases de Cálculo do IPVA (Art.153, III da CF/88) e do IPTU (art.156, I da
CF/88).
Assim, podemos concluir que representam exceções, tanto à anterioridade quanto à
anterioridade nonagesimal a instituição dos seguintes tributos:
a) Empréstimos Compulsórios (art. 148, I da CF/88);
b) Imposto de Importação (art., II da CF/88);
c) Imposto de Exportação) art. 153, I da CF/88);
d) IOF (art. 153, V da CF/88);
e) Imposto Extraordinário de Guerra (art. 154, II da CF);
VI - Não Confisco ou Vedação ao Confisco – art. 150, Inciso IV da CF/88
O tributo não pode ter efeito de confisco. Cabe ao Judiciário dizer quando um tributo é
confiscatório. Já a multa pode ter efeito confiscatório, pois deve representar um Ônus
significativo pesado, de sorte que as condutas que ensejam sua cobrança sejam desestimuladas.
(Hugo Machado) O artigo acima analisa que é vedado que o tributo seja utilizado como
instrumento a alcançar este objetivo (confiscar), sobretudo porque tributo não é pena.
EX.: Alíquota de 51% sobre determinada operação. Esta alíquota é inconstitucional, pois o que
"sobra" para o contribuinte daquele imposto é menos da metade (100% - 51% = 49%) do
respectivo valor tributável. Confisco claro e objetivo
Obrigação tributária é a relação de Direito Público na qual o Estado (Sujeito Ativo) pode
exigir do contribuinte (Sujeito Passivo) uma prestação (objeto) nos termos e condições descritos
da lei (fato gerador).
Espécies de Obrigação Tributária
5
6
a) Principal – é a prestação de natureza patrimonial (em dinheiro) à qual se obriga o sujeito
passivo. É uma obrigação de dar. É o pagamento do valor em dinheiro do tributo ou da multa
imposta por não atendimento à determinação legal;
EX.: Pagamento de ISS e ICMS sobre prestação de serviços e vendas de mercadorias.
b) Acessória – seu objeto é sempre de natureza não patrimonial. É uma obrigação de fazer
associada à obrigação principal destinada a comprovar a existência e os limites da operação
tributada.
EX.: escrituração de livros fiscais, apresentação de declarações de rendimentos, preenchimento
de formulários etc.
IV - Quanto à possibilidade:
a) Tributos diretos: a taxação aplicada diretamente sobre a renda, patrimônio ou consumo.
EX.: Imposto de Renda (IR), Contribuição Previdenciária (INSS), IPTU, IPVA.
b) Tributos Indiretos: é aquele cujo valor, embutido no preço final do produto, é repassado ao
consumidor.
EX.: os impostos na conta do telefone ou de energia elétrica, transformam-se em imposto
indireto quando repercute no preço final do produto. O mesmo ocorre, no Brasil, sobre a
compra de bens de consumo (como roupas, calçados, alimentos): a principal carga tributária
está embutida no preço, via impostos ditos "indiretos", como ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS.
V - Quanto à função:
a) Fiscal - quando seu principal objetivo é a arrecadação de recursos financeiros para o Estado;
b) Extrafiscal - quando seu principal objetivo é a interferência no domínio econômico,
buscando um efeito diverso da simples arrecadação e
c) Parafiscal - quando seu objetivo é a arrecadação de recursos para o custeio de atividades
que, em princípio, não integram funções próprias do Estado, mas este as desenvolve através
de entidades específicas.
6
7
07. Impostos: Com relação à classificação de IMPOSTO (uma das espécies de tributo) tem-
se ainda a seguinte classificação:
Indiretos - são aqueles em que a carga financeira decorrente da obrigação tributária é transferida
para terceiros ficando o sujeito passivo obrigado a recolher o respectivo valor, mas o ônus fica
transferido para outrem. Os impostos indiretos são aqueles que incidem sobre a produção e a
circulação de bens e serviços e são repassados para o preço, pelo produtor, vendedor ou
prestador de serviço. Exemplo: IPI, ICMS, ISS, COFINS, etc.
08. Discriminação e Repartição das Receitas Tributárias - Artigos 153 a 156 da CF/88
09 - Contribuinte ou Responsável
a) Contribuinte é quem tem relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo
fato gerador; EX.: Pessoas Físicas e Jurídicas.
8
9
b) Responsável é quem, sem revestir a condição de contribuinte, fica por determinação legal
responsável pelo pagamento do tributo. Não pratica ato que enseja a ocorrência do FG, mas a
obrigação de pagar o tributo nasce por força de dispositivo legal.
EX.: um menor de idade pode ser contribuinte de um tributo. Entretanto, como os pais são os
representantes legais de seus filhos menores, serão eles os responsáveis
VI - Base de Cálculo
É o valor sobre o qual se aplica o percentual (alíquota) com a finalidade de apurar o imposto
devido. Segundo a CF/88, deve ser definida em lei complementar. Suas alterações se sujeitam
aos princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
EX.: Valor da Mercadoria = R$ 1.000,00
Base de cálculo do ICMS = R$ 1.000,00
Alíquota do ICMS = 18%
ICMS devido na operação = base de cálculo x alíquota = R$ 1.000,00 x 18% = R$ 180,00.
VII - Alíquota
É o percentual definido em lei para ser aplicado sobre a base de cálculo para se encontrar o valor
do imposto. Assim como a base de cálculo, a alteração da alíquota também está sujeita aos
princípios constitucionais da legalidade, da anterioridade e da irretroatividade.
EX.: ICMS no Estado do Ceará Ano 2019 = 18%
VIII - Não Incidência
É a situação em que a regra jurídica de tributação não incide porque não se realiza a sua hipótese
de incidência. Pode ser pura ou simples (se resulta da clara inocorrência do suporte fático da
regra de tributação) ou juridicamente qualificada (quando existe regra jurídica expressa dizendo
que não se configura, no caso, a hipótese de incidência tributária).
EX.: de uma pessoa física que, ao vender um veículo de sua propriedade, por valor inferior ao
que pagara pela aquisição do mesmo, não está sujeita ao pagamento do imposto de renda, por
simples ausência de lucro tributável na operação.
IX - Imunidade
Trata-se de hipótese de não incidência constitucionalmente qualificada. Posto que decorre da
própria Constituição Federal que impede a incidência de lei ordinária de tributação sobre
determinado fato, ou em detrimento de determinada pessoa, ou categoria de pessoas.
EX.: O art. 150 da CF/88, veda à União, aos estados, ao DF e aos Municípios instituir impostos
sobre:
- Patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
- Templos de qualquer culto;
- Patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades
sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins
lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
- Livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
X - Isenção
É exceção feita por lei à regra jurídica de tributação. Está incluída na área da Reserva Legal,
sendo a lei, em sentido estrito, o único instrumento para sua instituição. Para Roque Carraza,
“isenção é uma limitação legal do âmbito de validade da norma tributária, que impede que o
triuto nasça ou faz com que ele surja de modo mitigado (isenção parcial)”.
EX.: Caso o estado decida não exigir IPVA de veículos com mais de 25 anos, por exemplo, isso
é isenção.
9
10
Planejamento tributário consiste numa forma lícita de reduzir a carga tributária. Trata-se do
estudo prévio à concretização dos fatos administrativos, dos efeitos jurídicos, fiscais e
econômicos de determinada decisão gerencial, com o objetivo de encontrar a alternativa menos
onerosa para o contribuinte.
Lei 8.137/90
CAPÍTULO I - Dos Crimes Contra a Ordem Tributária
Seção I - Dos crimes praticados por particulares
Art. 1° Constitui crime contra a ordem tributária suprimir ou reduzir tributo, ou contribuição social e
qualquer acessório, mediante as seguintes condutas:
I - Omitir informação, ou prestar declaração falsa às autoridades fazendárias;
II - Fraudar a fiscalização tributária, inserindo elementos inexatos, ou omitindo operação de
qualquer natureza, em documento ou livro exigido pela lei fiscal;
III - falsificar ou alterar nota fiscal, fatura, duplicata, nota de venda, ou qualquer outro documento
relativo à operação tributável;
IV - Elaborar, distribuir, fornecer, emitir ou utilizar documento que saiba ou deva saber falso ou
inexato;
V - Negar ou deixar de fornecer, quando obrigatório, nota fiscal ou documento equivalente, relativa
a venda de mercadoria ou prestação de serviço, efetivamente realizada, ou fornecê-la em desacordo
com a legislação.
Pena - reclusão de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
Parágrafo único. A falta de atendimento da exigência da autoridade, no prazo de 10 (dez) dias, que
poderá ser convertido em horas em razão da maior ou menor complexidade da matéria ou da dificuldade
quanto ao atendimento da exigência, caracteriza a infração prevista no inciso V.
Art. 2° Constitui crime da mesma natureza:
10
11
I - Fazer declaração falsa ou omitir declaração sobre rendas, bens ou fatos, ou empregar outra
fraude, para eximir-se, total ou parcialmente, de pagamento de tributo;
II - Deixar de recolher, no prazo legal, valor de tributo ou de contribuição social, descontado ou
cobrado, na qualidade de sujeito passivo de obrigação e que deveria recolher aos cofres públicos;
III - exigir, pagar ou receber, para si ou para o contribuinte beneficiário, qualquer percentagem sobre
a parcela dedutível ou deduzida de imposto ou de contribuição como incentivo fiscal;
IV - Deixar de aplicar, ou aplicar em desacordo com o estatuído, incentivo fiscal ou parcelas de
imposto liberadas por órgão ou entidade de desenvolvimento;
V - Utilizar ou divulgar programa de processamento de dados que permita ao sujeito passivo da
obrigação tributária possuir informação contábil diversa daquela que é, por lei, fornecida à Fazenda
Pública.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
11