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Corrupcao
Corrupcao
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 2
2. METODOLOGIA ..................................................................................................... 3
3. A CORRUPÇÃO ...................................................................................................... 3
6. CONCLUSÃO ........................................................................................................ 11
7. REFERÊNCIAS ...................................................................................................... 12
1. INTRODUÇÃO
O grupo académico supracitado, no desenvolvimento do trabalho científico-académico,
trás a proposta do tema: Corrupção.
A opinião sobre a corrupção é, de algum modo, unânime. Acreditamos que essa é uma
questão que a sociedade olha com certa negatividade. A sua prática está associado à
pessoas irresponsáveis. Em casos mais extremos temos dívidas ocultas, o caso de
Moçambique. Tais níveis de corrupção são contra o desenvolvimento social, económico
e político.
São várias as formas de combate e prevenção de práticas corruptas, temática essa que é abordada
de forma detalhada ao longo do trabalho. Não detendo-nos, falamos também da corrupção em
Moçambique.
Não é apreensão esgotar o tema que o trabalho é submisso, porém é indispensável falar
em prol da questão mais negativa na causa do subdesenvolvimento de vários países, uma
vez que a corrupção tem vindo a crescer.
1.1. Objectivos
1.1.1. Geral
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2. METODOLOGIA
Neste capítulo iremos descrever as opções metodológicas adoptadas para a concretização
do trabalho desenvolvido. No dizer de Quivy e Campenhoudt:
“Importa, acima de tudo, que o investigador seja capaz de conhecer e de pôr em
prática um dispositivo para a elucidação do real, isto é, no seu sentido mais lato,
um método de trabalho. Este nunca se apresentará como uma simples soma de
técnicas que se trataria de aplicar tal e qual se apresentam, mas sim como um
percurso global do espírito que exige ser reinventado para cada trabalho”
2.1 Metodologia
A postura metodológica adoptada na realização deste trabalho, como forma de garantir a
confiabilidade das informações apresentadas, para estruturação desse trabalho, são eles:
cientifico investigatório e Dedutivo.
3. A CORRUPÇÃO
3.1. Conceito
Se procurarmos em qualquer dicionário de língua portuguesa o significado do termo
“corrupção”, verificaremos que se associa a conceitos como os de “putrefacção”,
“perversão”, “desmoralização”, “prevaricação” e “suborno” entre outros, ou seja de algo
que se encontra a sofrer um processo de deterioração. Em termos práticos, o problema da
corrupção parece contextualizar-se num campo que parece ficar delimitado a um lado
pelos interesses particulares que cada sujeito possui como seus (naquilo que designamos
como os interesses do “eu”), e, a outro lado, pelos interesses do todo social em que esse
mesmo sujeito se encontra integrado (naquilo que designamos como os interesses do
“nós”, também conhecidos como valores éticos da vida em sociedade). Neste contexto,
sempre que os valores do “eu” coincidam com os do “nós”, as decisões que o sujeito tome
não colidem com os interesses do todo social e os actos que correspondem a essas tomadas
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de decisão são naturalmente conformes com as expectativas sociais, ou seja com aquilo
que os outros esperam que o “eu” faça em cada situação concreta.
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Os dirigentes, funcionários ou empregados do Estado ou das autarquias locais, das
empresas públicas, das empresas privadas em que sejam participadas pelo Estado ou das
empresas concessionárias de serviços públicos que, por si ou interposta pessoa, com o seu
consentimento ou rectificação, solicitarem ou receberem dinheiro ou promessa de
dinheiro ou qual quer vantagem patrimonial ou não patrimonial, que não lhes sejam
devidos, para praticar ou não praticar acto que implique violação dos deveres do seu
cargo, serão punidos com a pena de prisão maior de dois a oito anos e multa até um ano.
De forma genérica podemos notar que existem vários tipos de corrupção, sendo que, como
foi dito anteriormente, a sua consideração como tal é refém da sua referência na legislação
interna de cada Estado. Destacam-se entre outros tipos o suborno, o nepotismo, a
extorsão, o tráfico de influência, a compra e venda de sentenças judiciárias, o recebimento
de presentes ou serviços de elevado valor por parte das autoridades em troca de protecção
ou promoções e a utilização de informação privilegiada para fins pessoais ou de relativos
(parentes, amigos, entre outros).
A palavra nepotismo provém do latim nepos, que significa neto ou descendente. O termo
significa o favorecimento de parentes em detrimento de pessoas mais qualificadas,
particularmente no que diz respeito a nomeações ou elevações de cargo. O nepotismo
ocorre por exemplo quando um funcionário é promovido ou nomeado em consequência
do facto de ter relações de parentesco com aquele que o promove, havendo pessoas mais
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qualificadas e mais merecedoras dessa mesma promoção ou nomeação que não se
beneficiam.
vantagem em troca do seu silêncio. Podemos notar que esta prática baseia-se no exercício
da chantagem, onde o chantagista torna-se cúmplice do mesmo crime.
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Corrompido: é aquele que recebe ou aceita a promessa de vantagem indevida
(dinheiro/bens/serviços) oferecida ou prometida pelo corruptor.
Conivente: é aquele que, apesar de não estar envolvido diretamente com o
esquema de corrupção do qual fazem parte o corruptor e o corrompido, tem
conhecimento da existência do mesmo e nada faz para impedi-lo, desestruturá-lo,
ou, ao menos, denunciá-lo ao órgão competente. Tal omissão beneficia e protege
os corruptos (corruptores e corrompidos) e é considerada crime (condescendência
criminosa – art. 320 do Código Penal). Exemplo: Colega de repartição, superior
hierárquico etc.
Irresponsável: geralmente é caracterizado por um agente que ocupa cargo de
chefia dentro da Administração Pública e que não acompanha, com a devida
atenção e rigidez que a função exige, a rotina de trabalho de seus subordinados.
Dessa forma, esse “chefe” não possui conhecimento efetivo da documentação que
circula em seu departamento, dos documentos que assina e a que tipo de
informações seus funcionários têm acesso, fazendo com que essa repartição seja
um ambiente propício para a prática da corrupção.
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Medidas da Empresa Privada
Medidas da Sociedade
Causas da corrupção
Falta de aplicação das leis e regulamentos;
Fraqueza dos mecanismos de controlo;
Fraco cometimento de alguns gestores da Administração Pública;
Fraca prestação de contas nas instituições do sector público;
Prática do nepotismo, favoritismo e clientelismo;
Degradação dos valores morais e éticos.
Efeitos da Corrupção
Compromete o desenvolvimento;
Reduz a confiança do cidadão nas instituições da Administração Pública;
Retrai os investidores;
Cria má qualidade na prestação de serviços públicos; e
Cria menor angariação de receitas públicas.
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5. A CORRUPÇÃO EM MOÇAMBIQUE
Nos últimos anos, e sobretudo desde a viragem para a democracia, Moçambique tem
aumentado a sua reputação por causa da corrupção que percorre todos os sectores da
sociedade e pelo facto de que, apesar de ser uma realidade dramática, os doadores não
terem ainda endurecido a sua linguagem visando uma maior pressão sobre governantes.
A percepção geral sobre os altos índices de corrupção em Moçambique foi já reportada
em diversas abordagens.
No anterior regime autoritário, a corrupção não era tolerada e a liderança política era
vigorosa na punição dos que abusavam do bem público, possibilitando também altos
níveis morais de condenação, mesmo apesar dos fracos salários na função pública e uma
carência generalizada de bens de consumo de primeira necessidade. Mas a
democratização e liberalização não foram acompanhadas de um redesenho institucional
efectivo de modo a se acautelar o desenvolvimento da corrupção.
A ausência de uma cultura de prestação de contas por parte do Governo está, no entanto,
a mudar paulatinamente a percepção dos doadores sobre Moçambique, apesar de que a
apreciação relativa ao desempenho macroeconómico e dos programas de alívio à pobreza
se mantém mais ou menos a mesma. Mas a mudança de percepção3 suscita debates em
vários círculos da cooperação internacional orientados sobretudo em dois sentidos: até
que ponto o fenómeno pode comprometer as aspirações de desenvolvimento de
Moçambique? E que acções concretas em termos institucionais, destinadas a reduzirem
as suas estruturas de oportunidade, podem ter lugar? Alguns estudos recentes dão pistas
sobre a incidência da corrupção em Moçambique.
De acordo com o estudo, as empresas de Inhambane gastam uma média de 9,5% do seu
rendimento líquido na corrupção. Em 2003, o relatório sobre competitividade em África
do Fórum Económico Mundial4 colocava Moçambique no 19º lugar em 21 países no que
concerne a pagamentos irregulares nas importações e importações, no 17º de 21 no
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favorecimento a altos funcionários governamentais por causa das suas decisões e em 17º
de 21 no que dizia respeito a falta de independência do sector judiciário. Um estudo
recente à gestão das finanças públicas em Moçambique chegou, entre outras, à conclusão
de que Moçambique permanece um país onde um único partido domina as relações de
clientela dentro do Estado e o accountability parece ser mais forte dentro do partido que
no sector público (Scanteam, Analysts and Advisers, 2004, Public Management
Assessment: Mozambique Final Report Oslo, Setembro 2004.)
Este estudo refere que as regras de procurement, muitas delas não são cumpridas e,
quando cumpridas, sem nenhum controlo. “Há rumores de um abuso de larga escala no
procurement público.
Por outro lado, os relatórios de auditoria da Inspecção-geral de Finanças não são tornados
públicos, o que retira a sua força”. O estudo sugere ainda que a recém criada Unidade
Contra a Corrupção afecta ao Gabinete do Procurador-geral da República “não está
equipada para lidar com a gama de incidentes reportados de corrupção e crime
económico”. Uma outra avaliação mostra que um dos grandes problemas de Moçambique
é a conciliação de conflitos de interesses, incluindo no acesso à terra (Hamilton et al,
2002, Assessment of Corruption and Red Tape as Barriers to Trade and Investment in
Moçambique).
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6. CONCLUSÃO
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7. REFERÊNCIAS
ÉTICA Moçambique (2001): “Estudo Sobre Corrupção”, Maputo.
HANLON, Joseph (2001): “Matando a Galinha dos Ovos de Ouro”, Metical, Maputo.
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