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TECLP (TEEA)
A Leitura Activa
Na vida, em quase todos os campos de acção, mas com mais destaque para o contexto
escolar, o texto escrito sempre foi o meio mais privilegiado da comunicação.
Quando pensamos no processo da leitura, há uma série de perguntas que se nos pode
ocorrer:
➢ O que é ler?
➢ Que tipo de leituras existem?
➢ Podemos recolher informação de tudo o que lemos?
➢ Como recolher a informação importante?
➢ Como escrever essa informação no meu texto?
Uma leitura orientada para o estudo deverá fazer-se com as seguintes regras:
Nesta fase, o leitor preocupa-se com os aspectos mais importantes e precisos da obra,
aspectos que lhe permitem identificar a obra, nomeadamente o título do livro, autor, data (e
local) da edição, temas e subtemas tratados.
É aconselhável dar uma vista de olhos pelo conteúdo, para obter uma “visão panorâmica”
do assunto a explorar. Poderá passar pela leitura de um ou outro parágrafo do início, do meio
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ou do fim; pelo exame de subtítulos, esquemas, ilustrações e frases destacadas. Tudo isto tem
como objectivo descobrir a ideia principal do capítulo ou texto, orientando o trabalho para os
aspectos mais importantes.
Nesta fase, o estudante/leitor deverá explorar e captar o essencial. Deverá passar pela leitura
integral do texto, de forma aprofundada, tantas vezes quantas forem necessárias, até conseguir
respostas para questões como:
Deverá ler o texto tantas vezes quantas forem necessárias até encontrar respostas das
perguntas que traçou.
O bom leitor manifesta espírito crítico perante aquilo que lê. A leitura “em profundidade”
é feia com inteligência e não com os olhos.
A) Consultar dicionário
A captação das ideias do texto só é possível com a compreensão das palavras usadas pelo
autor. Por essa razão, é muito importante a utilização de um dicionário sempre que nos
confrontarmos com palavras ou expressões desconhecidas ou de sentido duvidoso. O dicionário
é uma fonte rápida e segura para tirar dúvidas e devemos tê-lo sempre à mão (um dicionário
geral e, se necessário/possível um dicionário especializado).
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Se não tivermos um dicionário no momento da leitura, devemos anotar as palavras cujo
significado desconhecemos, para posterior esclarecimento. É importante perceber que através
da consulta do dicionário, adquire-se também maior competência na comunicação oral e
escrita.
B) Sublinhar
Sublinhar é colocar um traço por baixo de uma palavra, expressão ou de uma frase. É uma
forma de prestar mais atenção e captar melhor o que se lê. Quem sublinha lê duas vezes. Um
bom sublinhado permite também fazer revisões rápidas e tirar bons apontamentos.
Para sublinhar bem é preciso saber descobrir o essencial que, normalmente, é assinalado
nos títulos e subtítulos ou através da insistência em determinadas ideias.
➢ Não abusar dos traços e cores. Normalmente, basta destacar, por parágrafo, uma ou
duas frases. Sublinhar tudo é o mesmo que não sublinhar nada.
A) Fazer anotações
B) Tirar apontamentos
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Os apontamentos facilitam a captação e retenção da matéria, a elaboração de trabalhos de
casa e a revisão anterior às provas de avaliação. Escrevendo, aprende-se melhor e guarda-se a
informação por mais tempo. Os apontamentos são de três tipos:
➢ Transcrições
Transcrever e copiar por extenso um texto ou parte dele. Não é o melhor para estudar um
assunto. Mais eficaz é elaborar esquemas ou resumos. Mas são indispensáveis quando
recolhemos informação para um trabalho escrito e queremos recorrer a citações.
Ser académico implica ser honesto: o que é seu é seu, o que não é seu não é seu. Está-
se a dizer, por outras palavras, que é necessário dar a César o que é de César e a Deus o que é
de Deus. Daí a necessidade de ter que indicar com a devida precisão a referência bibliográfica
de onde foram feitas as transcrições.
➢ Esquemas
Os esquemas são enunciados de palavras-chave, em torno das quais é possível arrumar
grandes quantidades de conhecimentos. Permitem destacar e visualizar o essencial e a sua
elaboração desenvolve a criatividade e o espírito crítico. Podem assumir a forma de índices,
quadros, gráficos, desenhos ou mapas.
Os esquemas podem perder o sentido com o tempo. Por isso, o mais aconselhável é fazer
resumos.
C) Resumos
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A actividade de resumir é a capacidade de o leitor seleccionar e reformular as ideias
principais, usando próprias palavras e frases bem articuladas. Isso implica alguns processos
como:
➢ Ler e compreender o texto na globalidade;
➢ Descobrir a ideia-chave ou principal existente em cada parágrafo;
➢ Registar essas ideias numa folha de rascunho preparada para esse fim.
➢ Por fim, reconstruir o texto de uma forma pessoal, mas respeitando o pensamento do
autor.
Devemos estar cientes de que resumir não é nem copiar nem comentar. Aprender a
resumir é ainda fundamental, pois é fundamental para comunicar o que sabemos com rapidez
e eficiência.
Em suma:
Sublinhar, fazer anotações, tirar apontamentos e resumir são operações de uma leitura
activa, isto é, uma leitura que conduz à compreensão das principais ideias e à respectiva
assimilação. Constituem regras de uma leitura orientada para o estudo. E é importante que
tenhamos domínio das mesmas.