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24/01/2018 O tradutor Carlos Alberto Nunes e sua "Eneida" - 08/02/2015 - Ilustríssima - Folha de S.

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O tradutor Carlos Alberto Nunes e sua leia também

"Eneida" Dois poemas de Fabrício Marques

JORGE HENRIQUE BASTOS A voz dos manifestos modernistas


08/02/2015 03h00 As leis nas peças de William A Lei da Atração
Shakespeare - Peça, Acredite
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O Segredo, de

RESUMO Carlos Alberto Nunes (1897-1990) PUBLICIDADE os mais lidos de 2017 Rhonda Byrne,
Colocado Em Prática
dedicou a vida à tradução de clássicos latinos e
helênicos, como Homero e Platão, embora seu De R$ 24,90

trabalho seja pouco reconhecido. Sua versão para o Por R$ 21,90


português da "Eneida", de Virgílio, que até então
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passara despercebida, é reeditada, ensejando reflexão
sobre importância do tradutor.
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O melhor sistema para inve


na bolsa!
Virgílio criou um poema que narrava o mito fundador do império milenar
romano. Sua presença estendeu-se para além dos séculos e permanece
evidente na obra e na vida dos mais diversos autores. FILOSOFIA

Judith Butler escreve sobre sua teoria


No texto de abertura do livro "Kritische Essays zur europäischen Literatur" de gênero e o ataque sofrido no Brasil
(Ensaios críticos sobre literatura europeia, 1950), a respeito do poeta, o
DIREITO
ensaísta alemão Ernst Robert Curtius chama a atenção para o fascínio que a
"Eneida" despertara em Agostinho -a ponto de levá-lo às lágrimas ao ler o Gilmar Mendes é contraexemplo da
relato que Eneias faz a Dido de suas aventuras e deriva, até o fim trágico da discrição esperada do Judiciário
rainha de Cartago, que se suicida ao vê-lo partir, recusando seu amor. CIÊNCIA

Lattes, o brasileiro que disputou o


É sintomático que Dante tenha escolhido como guia não Homero, mas Nobel e nomeou base de currículos
precisamente Virgílio. Camões abre "Os Lusíadas" com uma paráfrase
HISTÓRIA
explícita: "As armas e os barões assinalados", fazendo ressoar o verso inicial
virgiliano: "As armas canto e o varão que, fugindo das plagas de Troia". Conheça o 'Schindler português' que
ajudou 10 mil judeus a fugir de Hitler
Sua presença superou o tempo e as línguas. Virgílio domina a apreensão de CIÊNCIAS SOCIAIS
Ludovico Ariosto de "Orlando Furioso" e comanda as hostes de Milton no Movimentos negros repetem lógica
"Paraíso Perdido". Em pleno século 20, naquele que é um dos maiores do racismo científico, diz antropólogo
romances alemães, "A Morte de Virgílio", Hermann Broch ficcionou as 18
derradeiras horas do poeta que, imerso em dúvida, queria destruir a "Eneida".
recomendações do editor
São apenas alguns exemplos do magnetismo despertado ao longo dos séculos
por esse poema máximo, que, na visão de Curtius, é condicionado por um
percurso definitivo: "Como fenômeno histórico, Virgílio é romano e
suprarromano. Domina os milênios como gênio espiritual do Ocidente". A
assertiva continua atual, sem perder sua legitimidade crítica.

Na tradição literária de língua portuguesa, tal fascínio dominou gerações


desde Camões, até surgirem as primeiras traduções feitas em Portugal e no
Brasil.

http://www1.folha.uol.com.br/ilustrissima/2015/02/1586229-o-tradutor-carlos-alberto-nunes-e-sua-eneida.shtml 1/4
24/01/2018 O tradutor Carlos Alberto Nunes e sua "Eneida" - 08/02/2015 - Ilustríssima - Folha de S.Paulo
No século 19 foram publicadas duas: a do maranhense Odorico Mendes, em
1854, (hoje disponível pelas editoras Unicamp e Ateliê), em decassílabo
heroico, e a dos portugueses José Victorino Barreto Feio e José Maria da
Costa e Silva, de 1845 (Martins Fontes). Silva traduziu os quatro cantos finais,
já que seu amigo morrera antes de concluir a empreitada. No século 20
surgem outras -no Brasil, a de Tassilo Orpheu Spalding (Cultrix, esgotado) e,
em Portugal, a de Agostinho da Silva (Temas e Debates).

Por fim, em 1981, vem à luz aquela que era porventura a mais desconhecida
de todas as edições do poema de Virgílio em português, traduzida por Carlos
Alberto Nunes, tendo em conta a circulação restrita que marcou o
lançamento, pela editora A Montanha. Permaneceu esquecida desde então, JORNALISMO

raramente aparecendo nos sebos, ao contrário de outras traduções de sua Como funciona a engrenagem das
autoria disponíveis e reimpressas até hoje, como a "Odisseia" e a "Ilíada" notícias falsas no Brasil
(Ediouro, 2001). A editora 34 encerrou essa lacuna republicando a tradução
INTERNACIONAL
no ano passado.
Trump, os nerds do 4chan e a nova
MARANHÃO direita dos Estados Unidos
MÚSICA
Uma coincidência esclarecedora aponta para um pormenor curioso. Dois dos Em entrevistas, Caetano e Gil
nossos maiores tradutores nasceram no Maranhão, e ambos legaram um rol relembram o início da tropicália
de traduções cuja relevância aumenta com o passar dos anos. De certa
Há 50 anos, tropicália chegava para 'arrombar a festa'
maneira, Odorico Mendes e Carlos Alberto Nunes acabam corroborando o
CIÊNCIA
apodo que o Estado numa época ganhou, o de "Atenas brasileira", o que pelo
menos daria mais orgulho a seus habitantes, pensando nas manchetes em que Computador quântico está chegando
surge na mídia do país com chacinas regulares em seus presídios ou e vai levar tecnologia a uma nova era
escândalos ardilosos de cunho político. FILOSOFIA

Os africanos que propuseram ideias


Pertenciam, de fato, a uma tradição literária norteada por figuras como iluministas antes de Locke e Kant
Gonçalves Dias -seu poema "Timbiras" assombra o poema "Os Brasileidas" de
Nunes- ou Sousândrade, que fora professor de grego em São Luís, daí a
helenização de seu verdadeiro nome, Joaquim de Sousa Andrade. revolução russa
Estavam distantes no tempo, mas próximos no que toca à dedicação ao
exercício tradutório. Dir-se-ia que estabeleceram como meta trazer à luz em
nossa língua textos centrais da cultura clássica. Além do distanciamento
temporal, convém ressaltar o modo de encarar a tradução. Basta fazer um
paralelo entre as traduções homéricas realizadas por ambos, ou entre as do
poema de Virgílio.

A versão de Odorico Mendes, como era típico do seu estilo, utiliza um léxico
rebuscado, a sintaxe peculiar e a profusão de neologismos que interrompe a TV FOLHA

compreensão do leitor a todo instante. Assinale-se que tais pressupostos Documentário fictício imagina
foram já analisados por diversos autores. como seria se Stálin proibisse xadrez
Especial traz vídeos sobre os 100 anos da revolução
Carlos Alberto Nunes, por seu turno, explorou o verso de 16 sílabas poéticas,
aproximando-se da tendência narrativa dos hexâmetros do original. Essa
maneira de traduzir, que os mais precipitados taxariam de conservadora e envie sua notícia
excessivamente prosaica, investia-se de um aspecto narrativo cujo fim era Fotos Vídeos Relatos
exprimir com absoluta objetividade o sentido do poema, sem se socorrer de
malabarismos vocabulares ou fogos de artifícios estilísticos que vedam, na PUBLICIDADE

maior parte das vezes, a expressividade genuína. Desde que suas traduções
apareceram, revelaram essa convergência, procurando aproximar-se do
original.
siga a folha
VIDA

Carlos Alberto Nunes nasceu em 1897, formou-se na faculdade de medicina RECEBA NOSSA NEWSLETTER
da Bahia, exerceu funções no Acre e mudou-se para São Paulo, onde estreou,
Digite seu email... enviar
em 1938, com a tentativa malograda de criar um épico nacional, o já citado
"Os Brasileidas". Como poeta, Nunes não teve grande importância, mas o seu
trabalho como tradutor lhe garantiu a projeção que ansiara.

Suas traduções abrangem um leque variado de clássicos literários,


demonstrando o autodidatismo versátil de quem conhecia os meandros de
línguas como o alemão, o inglês, o grego e o latim. Traduziu o teatro completo
de Shakespeare, que circulou durante muito tempo, esgotando sucessivas
edições; verteu "Clavigo" e "Ifigênia em Táuride", de Goethe; e tragédias como EM ILUSTRÍSSIMA

"Judith", de Friedrich Hebbel. + LIDAS + COMENTADAS + ENVIADAS ÚLTIMAS

As tecnologias para vencer a morte e


Resultou dessa atenção descomunal o intento em consagrar-se às obras
nucleares da "paideia" helênica: os poemas homéricos e a obra filosófica
1 suas consequências éticas

platônica. Carlos Alberto Nunes resolve então aplicar-se durante uma década
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só a traduzir Platão. Seguia um plano sistemático de trabalho que consistia Talvez este seja o fim do Estado
primeiro numa versão manuscrita; depois datilografava e encadernava o 2 moderno, diz professor de Cambridge

volume.
Diretora do Ipeafro rebate críticas de

Após a recusa de uma editora, decidiu doar os direitos à Universidade Federal


3 antropólogo a movimentos negros

do Pará, mediante a respectiva publicação da obra. A negociação efetuou-se


Conflito do filme 'Dunkirk' envolveu
por meio de seu sobrinho, o crítico e filósofo paraense Benedito Nunes, que
morreu em 2011. Tudo se concretizou em julho de 1973, quando Carlos
4 disputa de Hitler com subordinados

Alberto Nunes se deslocou a Belém para receber uma homenagem e efetivar a


"A morte é o nada", diz Ferreira Gullar
doação do manuscrito da tradução. O trabalho era composto por 2.425 folhas
5 em entrevista inédita
e 70 volumes de uma platônica particular. O espólio está à guarda da
biblioteca central da UFPA.

Reveste-se este trabalho -14 volumes e uma "Marginália Platônica" que o


tradutor escreveu para servir de roteiro- de uma importância indiscutível,
reeditada em versão bilíngue grego/português de maneira exemplar e
editorialmente criteriosa pela Editora da Universidade do Pará, tendo como Larissa Manoela - Up
Tour (DVD)
editor convidado Plínio Martins Filho.
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Após essa genuína pletora da tradução, Carlos Alberto Nunes começou a se
preparar para enfrentar a "Eneida". Sua mulher, Filomena Turelli, filha de um
paciente seu, latinista respeitada na capital paulista, era a principal
Ainda Sou Eu
incentivadora e colaboradora do tradutor. Dedicavam-se à leitura e pesquisa
Jojo Moyes
de literatura clássica. É lícito supor que ela tenha contribuído nessa tradução,
ajudando-o a superar as dificuldades inerentes do texto. Contudo, os Por: R$ 39,90
hexâmetros que cunhou para reproduzir os dramas, aventuras e errância de Comprar
Eneias expõem o estilo característico de Carlos Alberto Nunes, sem nenhuma
dúvida.

Finalmente, em 1981, volvidos dez homéricos anos, publica a tradução do Star Wars - Os Últimos
Jedi
poeta mantuano. Carlos Alberto Nunes completara 86 anos e pusera um
ponto final no seu trabalho como tradutor. Morreu em 1990, e foi enterrado Jason Fry

no cemitério de Angatuba, interior de São Paulo, relativamente esquecido, Por: R$ 44,90


sem lhe ter sido dada a devida consagração como um dos tradutores mais Comprar
produtivos do Brasil.

Leitor das suas traduções, colecionei quase todas, comparando-as com outras
O Que o Sol Faz Com
que descobri em livrarias e sebos de Lisboa, Madri e Paris. Ao regressar ao as Flores
Brasil, comecei a conceber a estratégia para reeditar a "Eneida", por acreditar Rupi Kaur
que o trabalho merecia ser conhecido pelas novas gerações. O passo a seguir De: R$ 34,90
era inquirir e pesquisar na APL (Academia Paulista de Letras) o que ele havia Por: R$ 31,90
deixado lá, sabendo de antemão que pertencera à instituição.
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Depois de procurar alguns meses na biblioteca da APL, consultando os


arquivos volumosos que vários acadêmicos costumam oferecer à casa, Box Pink Floyd -
Special Edition (DVD)
consegui detectar o original datilografado, que se encontrava num envelope
pardo, sob outros tantos que o ocultavam. O volume apresenta apenas Pink Floyd

anotações e alterações do punho do tradutor. Nada mais. Nenhum texto sobre Por: R$ 59,90
a tradução, nenhuma referência bibliográfica. Consultei ainda a homeriana Comprar
que legou à Academia e observei várias vezes o busto de Homero, também por
ele doado, disposto num dos corredores. O que restou do seu trabalho
resume-se às traduções que conhecemos e agora a esta que regressa ao leitor
num trabalho admirável de João Ângelo Oliva Neto e da Editora 34.

MEMÓRIA

Existem inúmeros textos acessíveis sobre Odorico Mendes, grupos de


pesquisa que estudam e divulgam suas traduções; suas obras são reeditadas e
há referências contínuas sobre seu prestígio como tradutor. Mas sobre Carlos
Alberto Nunes paira o desconhecimento ou a omissão tácita que só esta
recente edição pode alterar.

Torna-se imperativo reavaliar o seu projeto tradutório, submetê-lo a uma


análise lúcida e descomprometida, a fim de acolher a sua elegância
expressiva, a narratividade equilibrada e objetiva, o apuro formal do verso
que forjou, para receber, sem condicionamentos extemporâneos, o impacto
das traduções deste senhor franzino, de olhar vivaz, que nos deixou uma das
maiores heranças literárias que se pode cobiçar.
JORGE HENRIQUE BASTOS, 50, é jornalista, poeta, tradutor e editor, autor de "Hemorragia" (Incluir
Edições).

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ze 08/02/2015 12h19 0 0 Denunciar COMPARTILHAR

Muito boa biografia, um grande tradutor que educou a muitos, e a Abl tem tradutores ? A Atenas
no caso não seria o Pará ? afinal está junto do Maranhão. Tz seja o antigo Grão-Pará os dois
estados unidos.
O comentário não representa a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem

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