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UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”


PROJETO A VEZ DO MESTRE

Sexualidade Feminina

Por: VERA LÚCIA SILVA VALLADÃO

Orientadora

Prof.: Fabiane Muniz

Rio de Janeiro
2004
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE

Sexualidade Feminina

Monografia apresentada como

Exigência final do Curso de Pós-

Graduação em Terapia de família.

Turma: 520

Professor Orientador: Fabiane Muniz

Rio de Janeiro
2004
AGRADECIMENTOS

A todos os autores, corpo decente “A vez do Mestre”,

a professora e orientadora Fabiane Muniz pela revisão

aos textos. Aos alunos e pessoas que, direta e indiretamente,

contribuíram para a confecção desse trabalho acadêmico

e sua constante atualização.


DEDICATÓRIA

Dedico esta monografia a Deus

Ao meu companheiro Miro

E ao meu filho Junior.


RESUMO

Durante as fazes oral e anal, a criança está fortemente ligada à figura materna. É a

mãe que se encarrega da higiene e da alimentação da criança. Tanto o menino quanto a

menina, têm a mãe com objeto de amor e prazer.

Com o tempo a criança vai conhecendo seu corpo e descobrindo sua anatomia. A

menina, que não se percebia como não possuidora de um pênis, passa a perceber que não é

igual aos meninos. De início ela acha que o pênis vai crescer; pois ela possui um órgão

semelhante, o clitóris, que bem pode ser o pênis pequeno. Ela acha que sua mãe o possui

também.

O desenvolvimento feminino desde Freud já era um enigma a ser desvendado.

Muito pouco Freud teve a falar a mulher. Pois não há um sexo, senão o falo, mas há um

significante do sexo feminino; portanto, a mulher só existe enquanto falta, enquanto ser

castrada.

A questão fálica se faz presente em todo o ser humano; No homem a

presença do falo, na mulher a ausência. Essa ausência na mulher, a coloca diante de

diferentes posições quanto à sua sexualidade; quer ela aceite, quer ela ignore, quer rejeite.
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ........................................................................................ 08

Capítulo I – O Feminino na Mitologia ................................................... 10

Capítulo II - Feminino para Psicanálise .................................................15

Capítulo III - Complexo de Édipo ..........................................................18

Capítulo IV

Algumas Influências na Solução Edípca Normal e suas conseqüências .......24


Capítulo V - Escolha Objetal ...............................................................26

Capítulo VI - O Desejo da Mulher .......................................................28

Conclusão ............................................................................................32

Referências ..........................................................................................34

Índice ..................................................................................................37

Folha de Avaliação ............................................................................39


INTRODUÇÃO

“A puberdade, que provoca uma elevação tão grande da libido nos rapazes, é

marcada nas moças por uma onda de nova repressão.” (1)

“A cada estágio no curso do desenvolvimento através do qual todos seres humanos

devem por direito passar, certo número é retido; Portanto, há alguns que nunca suplantam

a autoridade dos pais e retiram sua afeição deles incompletamente ou não tiram de forma

alguma. São na sua maioria moças que, para deleite de seus pais, persistiram em seu amor

infantil muito além da puberdade. É bastante instrutivo verificar que é precisamente as

moças que, no seu casamento; mais tarde, falta a capacidade de dar a seus maridos o que

lhes é divido, tornam-se esposas frias e permanecem sexualmente anestésicas.” (2)

O presente trabalho pretende dar uma visão dos estudos de Freud e outros sobre a

sexualidade feminina.

Como pode ser visto por esses dois fragmentos retirados de um texto de Freud, a

mulher é bastante diferente do homem no campo da sexualidade.

______________________________________

(1) Freud, S. Três Ensaios Sobre Sexualidade, volume VII: Rio de Janeiro, Imago, 1969, 227 p.
(2) Idem, 234 p.
O desenvolvimento feminino desde Freud já era um enigma a ser desvendado. Muito

pouco Freud teve a falar a mulher. Pois não há um sexo, senão o falo, mas há um

significante do sexo feminino; portanto, a mulher só existe enquanto falta, enquanto ser

castrada.

Esse trabalho também pretende expor o percurso feito pela mulher a caminho de uma

sexualidade adulta e seus impasses.


CAPÍTULO I

O Feminino na Mitologia

Um rei e uma rainha tinham três filhas, duas mais velhas eram princesas comuns;

porém, a mais nova, que se chamava Psiquê era extraordinária. Era bonita, charmosa, tinha

porte de deusa. Toda sua personalidade merecia o culto de adoração. As pessoas a

chamavam de nova Afrodite.

(1)
“Afrodite” era uma divindade antiga da feminilidade; reinava desde os

primórdios. As pessoas faziam comentários de que “Psiquê” (2) estava tomando seu lugar de

deusa.

Psiquê era a preocupação de seus pais. Suas duas irmãs estavam felizes, casadas, e

Psiquê só era idolatrada. Ninguém ousava pedi-la em casamento.

O rei foi então consultar um oráculo, que era dominado por Afrodite; irada e com

muita inveja de Psiquê, a deusa fez com que a resposta fosse algo terrível. A jovem Psiquê

deveria desposar a morte, a mais horrenda criatura existente.

_________________________

(1) Quando os genitais de Urano foram cortados, caíram no mar e fertilizaram, dando o nascimento de
Afrodite.
(2) Psique nascera quando uma gota de orvalho caíra do céu sobre sua terra.
Psiquê foi acorrentada a uma pedra no alto de uma montanha e lá deixada para ser

presa dessa criatura. O rei e a rainha apagaram as tochas, e Psiquê foi abandonada à sua

sorte na escuridão.

A donzela morreria no dia do casamento, que também era funeral. O esposo viria,

mas este era a própria morte.

”Para destruir Psiquê como queria, Afrodite pediu ajuda a seu filho. Eros deus do
amor (Também Chamado cupido)” era a própria morte.

Afrodite mandou que ele fizesse que Psiquê apaixonasse-se pelo monstro que viesse

buscá-la.

Obedecendo a mãe Eros foi até as montanhas, a avistar Psiquê, Eros acidentalmente

espetou o dedo na sua flecha e apaixonou-se por ela.

Psiquê não fez qualquer pergunta a Eros, já era bastante ter sido salva da Morte.

Psiquê então encontrou o paraíso onde tinha tudo o que desejava. Saber X morte.

Seu marido – deus a encontrava todas as noites; e só fez-lhe uma restrição: não

devia jamais olhar para ele, nem lhe fazer qualquer pergunta sobre seus atos. Ela não

poderia conhecê-lo (não saber X vida). Psiquê concordou com as restrições.


Ouvindo dizer que Psiquê estava morando num jardim paradisíaco e se casara com

um deus, suas irmãs não agüentaram de inveja; foram até o penhasco onde a jovem foi

acorrentada, cumprimentaram Psiquê e perguntaram por sua saúde.

Psiquê contou tudo, a Eros. Ele então alerto-a para que não desse ouvidos às irmãs

curiosas, pois poderia acontecer um desastre. Se Psiquê continuasse obedecendo-a seu filho

que já estava a caminho nasceria deus. Mas se ela não mantivesse sua promessa à criança

nasceria um mortal, e ele Eros, a abandonaria.

Finalmente Psiquê obteve o concedimento de Eros para receber suas irmãs. As

irmãs desceram o penhasco ao depararem com todo aquele paraíso, ficaram com muita

inveja do destino de Psiquê.

As irmãs fizeram-lhe um interrogatório. Psiquê não estava agüentando tantas

perguntas e disse às irmãs que seu marido era muito jovem, amável e passava seu tempo

caçando.

Eros advertiu-a novamente. As moças acabaram voltando. Dessa vez Psiquê

esqueceu do que havia dito sobro o marido, e contou-lhe que ele era de meia-idade, tinha

cabelos grisalhos e era um poderoso homem de negócios.


As irmãs teceram um plano diabólico. Ao retornarem pela terceira vez, disseram a

Psiquê que seu marido era na verdade uma serpente, e tinha planos de devorá-la e a seu

filho. Porém elas teriam como salvá-la deste destino.

Elas disseram a Psiquê que ela deveria pegar uma lâmpada, colocá-la em uma

redoma e deixá-la à mão da sua cabeceira; E que tivesse uma faca bem afiada embaixo do

travesseiro. No meio da noite quando seu marido adormecesse, ela deveria cortar-lhe a

cabeça.

Psiquê persuadida pelas irmãs fez todos os preparativos. Foi para a cama à noite e

adormeceu ao lado do jovem; ela então se levantou retirou a redoma e empunhou a faca;

acendeu a lâmpada olhou para Eros. Para seu deslumbramento e horrorizada culpa, vê um

deus, o deus do amor. Ficou aterrorizada e por um instante pensou em suicidar-se.

Desajeitada, deixou a faca cair acidentalmente espetou-se em uma das flechas de Eros e

apaixonou-se por ele. Psiquê afastou a lâmpada, mas uma gota de óleo quente caiu no

ombro direito de Eros e a dor o acordou.

Ele percebeu que aconteceu e voou para longe. Psiquê conseguiu agarrar-se a ele, e

saíram ambos do paraíso. Mas ela não agüentou muito tempo e caiu. Eros pousou perto

dela, disse que ela o desobedecera e por isso a criança que estava para nascer seria mortal.

E ele iria puni-la com sua ausência.


A história mostra que Afrodite é o lado feminino que reina no inconsciente. Toda

mulher tem em sim uma Afrodite, suas principais características são a vaidade, a luxúria

permissiva a fertilidade e a tirania, quando contrariada.

Ela é invejosa e não tolera competição. Afrodite é o mais antigo primitivo grau de

feminilidade, é a feminilidade oceânica.

Afrodite é um lado bem ativo dentro de todas as mulheres.

Psiquê, que nasceu de uma gota de orvalho, é símbolo da consciência; é tão

magnificente, tão fora deste mundo, tão virginal, que é adorada, mas não é cortejada. Há

uma Psiquê em toda mulher, o que significa ser muito sozinha. Psiquê é pura, ingênua e

facilmente sugestionável. Psiquê é a evolução para o novo estágio para a feminilidade.

A mulher oscila entre Afrodite e Psiquê. Nunca uma mulher é só Afrodite e nem só

Psiquê; ora, está mais arrogante, ousada, sedutora como Afrodite, ora está dócil, frágil

necessitada de proteção como Psiquê.

A história também nos mostra, simbolicamente a ligação de um “saber” e a “destruição”, de

uma “ignorância” e “sobre - vida”.


CAPÍTULO II

O Feminino para a Psicanálise

Para a psicanálise o sexo feminino designa a ausência do falo. A mulher se encontra

sempre um pouco em falso quanto à sua identificação imaginária; a não ser que atue como

mulher fálica. Sua imagem corporal lhe parece sempre como alguma coisa vacilante. Isso é

justificado pela extrema atenção que as mesmas dão para essa imagem, e a necessidade de

serem resseguradas de sua feminilidade.

Para Freud a mulher é um ser essencialmente nascísico.

“As mulheres, especialmente se forem belas ao crescerem, desenvolvem certo

autocontentamento que as compensa pelas restrições sociais que lhe são impostas em sua

escolhe objetal. Rigorosamente falando, tais mulheres amam apenas a si mesmas, com uma

intensidade comparável a do amor do homem por elas.” (1)

A nível simbólico os homens detêm o falo e as mulheres tendem a sê-lo. Para

Lacam a mulher representa a comédia do falo não mais porque deseje possuir como o

homem, mais antes porque serve dele para lançar sua isca:

_________________________

(1) Freud, S. sobre o Narcisismo, volumo XIV Rio de Janeiro, Imago 1969, 105 p.
“É pelo que ela não é que ela quer ser desejada ao mesmo tempo, que amada.” (1)

Para ser o falo, ou seja, o significante do desejo do Outro, que a mulher abre mão da parte

de sua feminilidade.

Freud fala da “passividade” referindo-se à mulher e “atividade”, ao homem. Porém

a feminilidade exige um ato cujo efeito contradiz aquilo que o coloca. O seu objetivo é a

passividade, mas a mulher assume um movimento masculino e feminino. Movimento que

mostra uma ambigüidade feminina. Daí pensa-se numa bissexualidade da mulher.

A ativo e o passivo não são qualidade do masculino e do feminino, dão a forma da

diferença entre os sexos para o inconsciente cujo símbolo é o falo.

“O passivo é uma emboscada para o gozo, porque encerra a causa de desejo de

quem quem o contempla...” (2) “O ativo, aquele que goza com o Outro sexo pelas vias de

sua fantasia se designa como homem, porque coloca seu ato de reconquista a partir dessa

limitação, castração, que lhe impõe o falo.” (3)

Sendo o falo significante com referência a ambos os sexos; feminino a ausência

dele, masculino a presença dele, atribui-se ao sexo feminino uma predominância de

passividade a ao masculino de atividade.


Por essa propia posição assumida pelos sexos é que Freud constata uma tendência

maior do homem à obssessividade e a mulher à histeria; pois segundo o mesmo, a obsessão

sugeriria uma posição ativa e a histeria, uma passiva.

____________________________________

(1) LACAN, J. A Significação do Falo – Escritos. São Paulo, Ed. Perspectiva, 1988 271 p.
(2) Pommier, G. A Exceção Feminina: Os impasses do gozo. Rio de Janeiro, Jorge Zaar Editor, 1987,
52 p.
(3) Idem
CAPÍTULO III

Complexo de Édipo

Alguns heróis míticos enfrentam problemas profundos, por vezes insolúveis. Para os

antigos gregos, as suas histórias trágicas demonstravam quanto à estrutura humana é falível

e todas as suas desgraças eram originadas pela sua condição de homens.

Talvez um dos mais famosos heróis trágicos seja Édipo, em cuja história encontrou

bem definido um dos mais tormentosos conflitos a que se chamou "Complexo de Édipo".

Conta à lenda grega que ao filho do rei Tebas, Édipo, um oráculo vaticinou, que um

dia ele mataria o pai, o rei de Tebas, e casaria com sua mãe. Em conseqüência o rei mandou

matar o filho, mas em segredo um criado abandonou-o vivo numa encosta de pés atados.

Um pastor recolheu-o e deu-lhe um nome que significa "pés inchados". Mais tarde um rei e

sua esposa, estrangeiros, adotaram a criança e educaram-na como se fosse seu filho numa

cidade distante.

Mais tarde, Édipo, já adulto, e sobre dúvidas crescentes sobre a sua origem levou-o

a consultar um oráculo que lhe afirmou: "Tu matarás o teu pai e casarás com tua mãe".
Édipo afastou-se então dos seus pais adotivos para escapar a estas fatalidades. Na

sua fuga travou uma violenta discussão na estrada com um desconhecido e matou-o, sem

suspeitar que era o seu pai. Defrontou uma esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo

de leão, que matava todas as pessoas que não conseguiam decifrar os seus enigmas, à qual

lhe perguntou: "Qual o animal que anda com quatro patas de manhã, com duas ao meio dia

e com três ao anoitecer?". E Édipo respondeu "O homem que caminha com as mãos e os

pés no chão quando criança mantém-se de pé sobre as duas pernas na seqüência da Vida e

precisa apoiar-se numa bengala quando envelhece".

Édipo decifrou o enigma e o monstro lançou-se ao mar. Creonte, irmão da rainha

Jocasta já viúva, que era a mãe de Édipo, tinha prometido a mão desta a quem libertasse

Tebas do terror da Esfinge. Édipo, entretanto viajou para Tebas, e deste modo desposou a

rainha Jocasta sem saber que era a sua mãe. Posteriormente descobriu com horror que o

estranho que matara era seu pai e que tinha desposado sua mãe. Jocasta enforcou-se. Édipo

furou os seus próprios olhos, partindo para o exílio com sua filha Antígona.

Os grandes cientistas psicólogos recorrem aos antigos mitos para explicar muitos

distúrbios humanos a nível psicológico e até mental. Sigmund Freud viu nesta lenda o

modelo dum conflito fundamental do homem: a representação do desejo sexual

inconsciente e universal de cada filho pela mãe e da conseqüente rivalidade em relação ao

pai. Segundo a teoria freudiana esta lenda caracteriza uma fase do desenvolvimento

psicológico infantil, mas que pode conduzir a perturbações que, caso não sejam tratadas, se

traduzem mais tarde na idade adulta em perturbações neuróticas.


O que Édipo na lenda não podia saber representa na realidade psicológica o que é

recalcado no inconsciente. No final do desenvolvimento da sexualidade infantil ou a Fase

Fálica o desejo do rapaz em relação à mãe esbarra com a proibição que lhe advém do pai e

com reais ou supostas ameaças de castração. A criança deseja expulsar o pai, mas este

desejo entra em contradição com o sentimento de afetividade que sente por ele,

acrescentado com a dependência da sua proteção e com o referencial que a criança tem para

a sua virilidade futura. Este conflito gera o seu desejo sexual em relação à mãe, e substitui-

o por uma ternura, em alguns casos por vezes demasiado insistente em abraços e carinhos

aparentemente desprovidos de sexualidade.

Convém dar-vos a conhecer o que é a Fase Fálica, que é uma fase profundamente

estudada e cientificamente esclarecida na Psicologia das Profundidades, que neste capítulo

designa o resultado por assim dizer "congelado" de um conflito dos desejos puncionais e os

recalcamentos gerados em determinadas situações da evolução da infância.

Um dos mais típicos exemplos deste tremendo conflito é o Complexo de Édipo, pois

nele se confrontam a forte atração física pela mãe e a rivalidade pelo pai, para além das

interdições que a educação e a civilização fazem entrar no jogo. As futuras relações com a

mulher ficarão para sempre marcadas por esse fato, se o jovem não for submetido a

psicoterapias adequadas. O complexo de Édipo e o sentimento de castração originam o

estado fálico, centrado na zona genital. Esta fase fálica é interrompida pelo tempo de

latência. Entre mais ou menos o quarto ano e o quinto ano de idade e a puberdade, alonga-

se o tempo de latência durante o qual as pulsões sexuais parecem mais ou menos


obliteradas. O amor sexual pela mãe atenua-se, transformando-se num amor menos físico.

Do amor e rivalidade simultâneas pelo pai resulta um comportamento ambivalente que

pode por vezes ficar em suspenso durante toda a Vida!

O complexo de Édipo pode ser resolvido e ultrapassado logo nos primórdios da

infância, dependendo do processo formativo educacional e ambiental onde a criança se

desloca. Por muito amor que a mãe albergue pelo seu filho não é saudável deixá-lo

adormecer com as mãozinhas da criança mexendo no seu peito, e mais ainda beijá-lo na

boca. Situações continuadas mesmo depois da passagem para a segunda infância:

A criança dormir assiduamente com a mãe ou com o casal. Há casos em que o

rapazinho chora convulsivamente até a mãe o ir buscar para a sua cama, e é muitas vezes o

pai que tem que sair da cama e ir dormir para outro lado para o menino sossegar. Quando já

na segunda infância, se o pai tem trabalho por turnos, ou tem que se ausentar por noites, o

menino está sempre ansioso para poder ir dormir com a mãe, o que esta permite, mais os

contactos físicos de lhe mexer no peito, de a abraçar e a mãe de o beijar na boca. Até no

banho quando esse tempo podia ser aproveitado para brincar numa ludoterapia que faz feliz

a criança, muitas vezes a mãe chama a atenção para o órgão sexual mexendo e remexendo

no mesmo, como se fosse a brincadeira mais atrativa! É lamentável, mas acontece até que

depois mais crescido já é o menino que chama a atenção mexendo ele, como se estivesse na

mais alegre brincadeira! E tantas e tantas coisas congêneres que eu poderia citar que são

causas fundamentais para o impedimento da ultrapassagem do complexo de Édipo na

devida altura que certamente encheria páginas. Essa ultrapassagem, essa resolução desse
complexo de que se fala tão levemente seria talvez fundamental para que o homem adulto

não cometesse tantos erros, até pela ignorância do que se passa dentro dele.

Há rapazinhos que nem passam pelo tempo de latência e eu na minha atividade

profissional tenho trabalhado intensamente nestes tipos de problemas.

Muitas das situações são resultados de profunda ignorância, outras, em simultâneo

com essa ignorância são profundas carências afetivas e angustiantes frustrações

sentimentais que levam as mulheres a agarrarem-se ao filho para mitigar situações

psíquicas, por vezes bem confusas que as atormentam. Quando o rapazinho é filho único e

estas situações constrangedoras existem, este rapaz está marcado para toda a vida e há

sempre fracassos, mesmo a nível sexual com outras mulheres. Seguramente é vítima de

distúrbios psico-sexuais.

Há que habituar a criança à sua cama desde bebe, não com a rigidez de não o

acolher momentaneamente com todo o carinho para a mamada, e aconchegá-lo, e com

muita suavidade e doçura não lhe permitir determinados hábitos já apontados. Mesmo que o

pai não esteja, o menino tem a sua cama, que a mãe fará sentir como é agradável ter uma

caminha tão bonita, saber contar-lhe histórias infantis consoante a idade, onde os

sentimentos nobres começam a ter valor na mente da criança, e onde outros meninos e

meninas, animais, jardins e bosques fazem parte da vivência infantil que a mãe cria com

carinho, com fins didáticos e formativos, mas que aliciam a criança. Um tempo que se deve

dedicar, pois antes de adormecer é o que ficará no inconsciente mais profundamente

marcado. Todos estes princípios e muitos mais que poderia citar ao longo do crescimento
da criança conduz a uma educação sexual em que o complexo de Édipo é perfeitamente

ultrapassado!

A infelicidade é indubitavelmente com freqüência filha da ignorância mesclada com

fracassos sentimentais e carências profundas de afeto, o alimento essencial a uma melhor

saúde psíquica!

3.1 Inibição Sexual no Sexo Feminino

No caso da mulher a inibição sexual é conduzida pelo susto pela comparação com

os meninos, do seu órgão genital. Que faz a menina crescer insatisfeita com o seu clitóris,

ela abandona sua sexualidade fálica, ou seja, a masturbação clitoriana, e com ela sua

sexualidade me geral, como boa parte de sua masculinidade. Esse tipo de caminho tomado

por algumas mulheres que dedicam toda sua via a uma atividade beneficente, caridade,

religião e etc, tornando-se assexuada.

A segunda via leva a modificação do caráter pelo complexo de masculinidade, leva

a uma desafiadora auto - afirmatividade à sua masculinidade ameaçada. E também a uma

reação à castração materna. A mulher agarra-se a atividade masturbatória e se refugia numa

identificação à mãe fálica ou ao pai. Esse complexo de masculinidade pode também resultar

numa escolha homossexual manifesta.


CAPÍTULO IV

Algumas Interferências na Resolução Edipica Normal e Suas Conseqüências

A passagem da posição masculino-ativo para a feminina, pode sofrer

interferências.Essa passagem implica não só uma mudança do objeto materno para o objeto

paterno, como o abandono da posição ativa-clitoriana-masculina.Essa passagem deverá

levar a menina a uma identificação com a mãe, ocorrendo uma identificação psicológica

feminina.

As mulheres que sofrem de frigidez parcial, anestesia vaginal e não clitoriana,

podem estar fixada à fase inicial com a mãe.Algumas mulheres, o mecanismo de passagem

de uma posição masculina para a feminina, sofre interferência, causando assim conflitos

psicológicos a respeito do ato sexual ou da sexualidade em geral.

Como conseqüência, poderia ter uma ausência de descarga-orgástica por meio da

ação do pênis na vagina, durante o ato sexual.Todavia, essas mulheres são capazes de

resposta orgástica, por meio do ato sexual.


Há casos fixados na posição sexual ativa clitoriana-masculina que são fixados ao

objeto mãe e conservam-na como objeto de seus desejos sexuais.

“Quanto maior a quantidade dos impulsos que permanecem fixados neste ponto,

mais claros, em termos clínicos, comportamentais e fenomenológicos, são as posições

masculinas extrema e as intensas hostilidades, inveja, rejeição e aversão pelos homens, em

termos sexuais, deste grupo de mulheres. O melhor exemplo é dado por aquelas mulheres

homossexuais para quem a gratificação sexual provém quase que exclusivamente do papel

masculino-ativo na relação homossexual. ” (1)

________________________________

(1) NAGERA. H. A Sexualidade Feminina e o Complexo de Édipo. Rio de Janeiro, Imago, 1983, 66 p.
CAPÍTULO V

Escolha Objetal

“Se a escolha amorosa de uma mulher está submetida, como a do homem, a uma

clivagem entre escolha de objeto anaclítica e escolha de objeto narcísica, esta clivagem é,

por outro lado, complicada pela oscilação masculinidade-feminilidade.” (1)

Há duas formas de escolha amorosa para uma mulher: a escolha analítica e a escolha

narcísica.

Uma mulher quando faz uma escolha objetal, segundo o modelo paterno, ela tenta

reproduzir inconscientemente sua relação com a figura do pai vivida na fase edípica.

Porem, ela também poderá fazer uma escolha narcísica de homem.Nessa escolha ela

procurará, também inconscientemente o homem que desejou ser no seu período pré-

edipiano.

Segundo Freud a escolha narcísica é a mais freqüente.No texto “A Feminilidade”

Freud coloca também que a escolha feita segundo o modelo paterno não tarda a deixar

reaparecer a mãe através do pai.


A mulher faz ressurgir na sua relação com o marido, a relação que teve com a mãe.

O êxito do casamento depende de uma corrente redistribuição de identificações.

“Se uma mulher tem a tendência a reencontrar uma mãe na pessoa de seu marido –

mesmo que este tenha sido inicialmente escolhido conforme o modelo paterno – a arte do

casal consistiria, praticamente na intervenção dos papéis, e a fazer de modo a que o

marido venha ocupar o papel do filho e a mulher, o papel da mãe”.(1)

Para Freud o nascimento de um primeiro filho tem o efeito de mutação na

identificação. Porém, “O próprio casamento não é verdadeiramente garantido, enquanto a

mulher não conseguir de seu homem seu filho, e agir com ele como sua mãe”.(2)

Freud também coloca no texto “A feminilidade” que um segundo casamento para a

mulher teria mais possibilidade de êxito que o primeiro, pois, se a escolha de um marido

está vinculada, para a mulher, a figura de sua mãe, esta tenta reproduzir com o marido toda

a hostilidade dirigida a sua mãe; e, além disso, a viver o conflito mãe-filha na relação

marido e mulher. Quando essa relação fosse esgotada, um segundo casamento poderia obter

mais sucesso.

___________________________

(1) André, S. O que quer uma Mulher? Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1987, 201 p.
(2) Freud S. A feminilidade vol. XXII 163 p.
CAPÍTULO VI

O Desejo da Mulher

O que uma mulher deseja é que algo possa vir no lugar do significante faltoso

(falo),que ponto de apoio lhe seja fornecido precisamente lá onde o inconsciente a deixa

abandonada. Tal reivindicação pode tomar diversos caminhos.

O primeiro é o da histeria. esta foge do irrepresentável da feminilidade.


(1)
Uma outra via é a mascarada. Segundo Joan Riviere , a mascarada tende a se

aceitar como não fálica, mas só pode fazê-lo sob a forma de abandono: ela não tem mais

(falo), porque, tendo-o possuído, quis se desfazer dele. Ela realiza uma encenação

imaginária do não-todo: a representação de mulher castrada funciona como signo que

protege contra a falta de significante na feminilidade.

_________________________

(1) Mencionada no livro de Serge André – “O que quer Uma Mulher?” 283 p.
6.1 A Histeria

É do lugar e do papel do outro enquanto o outro sexo que se trata no sintoma

histérico. Os sintomas histéricos são substitutivos, produzidos por conversões para o

retorno associativo de experiência traumática. Daí repulsa ao sexo.

A natural passividade sexual da mulher, explica sua maior suscetibilidade a histeria,

pois a histeria se constrói a partir de uma experiência primária de passividade sexual. Uma

experiência, sofrida com indiferença ou com um pouco de indignação ou de susto, cujo

esquema do recalque permanece paralelo ao sentido do trauma: o insuportável é a posição

passiva, a posição de objeto, entregue ao gozo do outro.

O pai da histérica torna-se sua fantasia o sedutor, já a histérica é vítima de uma

sedução; além do mais para a histérica o pai é sempre impotente, ela é denúncia dessa

impotência.

Se o sintoma é o retorno do recalcado, o sintoma histérico na mulher, é o retorno da

sexualidade masculina na infância.

Um sintoma histérico representa a conciliação entre impulsos libidinais e impulsos

repressores, mas também representa a expressão de duas fantasias de caráter sexual oposto.

Nas fantasias histéricas encontra-se num caráter feminino e um caráter masculino.

Em um caso de histeria atendido por Freud (1), a jovem Dora, precisava saber o que

tinha a senhora K para atrair seu pai e o senhor K. O desejo de Dora não era um desejo
puramente homossexual, mas sim de encontrar uma resposta para sus indagações quanto à

feminilidade ameaçada.

(2)
A respeito da jovem homossexual atendida por Freud, cuja vida quis dar fim por

um amor não correspondido, não se tratava de uma perspectiva como pensava Freud, para

Lacan, a jovem era uma histérica.

A jovem queria negar o desejo paterno. Percebe-se sua questão em relação ao pai no

momento que ela é surpreendida pelo mesmo junto à amada; não suportando o dor de um

amor impossível, agravatado pelo flagrante dado pelo pai, a jovem joga-se contra um muro.

________________________
(1) Freud, S. Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria. Volume VII, Rio de Janeiro, imago, 1969,
13-109 p.
(2) Freud, S. A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa Mulher. Volume XVIII, Rio de
Janeiro, Imago, 185 p.
6.2 A Mascarada

“As mulheres que aspiram a uma certa masculinidade podem se revestir da

máscara da feminilidade para afastar a angústia e evitar a vingança por parte dos
(1)
homens”. A mascarada faz-se de mulher, ela reveste-se de sua aparência como modo

desviado de afirmar sua masculinidade; essa masculinidade feminina não é simplesmente

uma bissexualidade inerente a todas e todos, não é uma tendência inata, mas sim o

resultado de uma interação de conflitos e uma reação contra a angústia.

A mascarada joga sua masculinidade em um véu, esse véu é revestido de uma

feminilidade abundante, ela mostra-se excessivamente feminina. A feminilidade pode servir

de máscara para dissimular a masculinidade, nesse caso, seria a posição fálica assumida

pela mulher.

_________________________

(1) RIVIÉRE, J. citado por André, S. O Que Quer Uma Mulher? Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,
1987, 276 p.
CONCLUSÃO

Baseado em leituras feitas de livros cujo assunto era a sexualidade feminina,

segundo a psicanálise, concluí-se que a mulher dificilmente atinge a sexualidade realmente

madura.

O percurso feito pelo homem para a resolução de Édipo até ema sexualidade adulta

é bem menor e menos complexo que o da mulher.

A mulher precisa fazer uma trajetória que significa vencer questões dificilmente

ultrapassáveis, além do mais, ela é marcada pela castração, marca essa que acompanhará a

mulher por sua vida inteira.

A questão fálica se faz presente em todo o ser humano; No homem a presença do

falo, na mulher a ausência. Essa ausência na mulher, a coloca diante de diferentes posições

quanto à sua sexualidade; quer ela aceite, quer ela ignore, quer rejeite.

Acredito que no sintoma da histérica ou na dissimulação da mascarada, está a

denúncia de toda a problemática feminina. Toda a mulher está suscetível à histeria, umas
mais e outras menos; pois toda a mulher vive a inveja do pênis e depara com sua ferida

narcísica.

Concordo com a idéia de Freud e outros a respeito do comportamento feminino. A

mulher tenta suplantar sua falta, que a deixa em desvantagem com o homem, através de sua

própria feminilidade e de desejo de ter um filho.

A mulher muito mais que o homem preocupa-se com sua aparência. O narcisismo

na mulher está muito mais acentuado do que no homem. Penso que isso se dá pelo próprio

sentimento de inferioridade vivido pela menina pelo fato de sentir-se faltosa. A mulher não

possui o falo, mas ela pode ser objeto de desejo masculino, ela em determinadas horas pode

ser o próprio falo. Na opinião de Freud, a mulher para ele é inatingível como descrito em

sua obra.

O próprio Freud reconhece seu limite nesse assunto, faltou-lhe talvez maiores

condições de escuta para a mulher; porém, segundo Lacan não se pode falar a mulher, pois

essa não permanece indizível, um enigma.


REFERÊNCIAS

FREUD, Sigmund. Três Ensaios Sobre Sexualidade, volume VII: Rio de Janeiro, Imago,
1969.

FREUD, Sigmund. sobre o Narcisismo, volumo XIV Rio de Janeiro, Imago 1969.

DOLTO, Françoise. Sexualidade Feminina. Martins Fontes Editora Ltda, São Paulo, 1989.

ANDRÉ, Serge. O Que Quer uma Mulher? Jorge Zahar Editor Ltda, Rio de Janeiro, 1987.

FREUD, Sigmund. (1905) “Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade”. Editora Standard

Brasileiras das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Volume VII, Rio de

Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1914)”Sobre o Narcisismo”. Editora Standard Brasileiras das Obras

Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Volume XIV, Rio de Janeiro, Imago, 1969

FREUD, Sigmund (1908) “As Fantasias Histéricas e Sua Relação com a

Bissexualidade”.Editora Standard Brasileiras das Obras Psicológicas Completas de

Sigmund Freud. Volume IX, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1908) “Algumas Observações Gerais Sobre o Ataque Histórico”.

Editora Standard Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud. Volume IX, Rio de

Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1908) “Sobre as Teorias Sexuais das Crianças”. Editora Standard

Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud. Volume IX, Rio de Janeiro, Imago,

1969.
FREUD, Sigmund (1920) “A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa

Mulher”. Editora Standard Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume,

XVIII, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1923) “A Organização Genital Infantil”. Editora Standard Brasileira das

Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1924) A Dissolução do Complexo de Édipo”, Editora Standard

Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de Janeiro, Imago,

1969.

FREUD, Sigmund (1924) “Algumas Conseqüências Psíquicas da Distinção Anatômica”.

Editora Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de

Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1931) “Sexualidade Feminina”, Editora Standard Brasileira das Obras

Completas de Sigmund Freud, Volume XXI, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1901) “Fragmento da Análise de um Caso de Histeria”.Editora

Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume VII, Rio de Janeiro,

Imago, 1969.

FREUD, Sigmund (1932) “A Feminilidade”, Editora Standard Brasileira das Obras

Completas de Sigmund Freud, Volume XXII, Rio de Janeiro, Imago, 1969.

JOHNSON, Robert A. She: A Chave do Entendimento da Psicologia Feminina, Mercuryo,

São Paulo, 1987.

LACAN, Jacques. Escritos, Editora Perspectiva, São Paulo, 1988.

NAGERA, Humberto. A Sexualidade Feminina e o Complexo de Édipo, Imago, Rio de

Janeiro, 1983.
POMMIER, Gerard. A Exceção Feminina: os impasse do gozo, Jorge Zahar Editor, Rio de

Janeiro, 1987.

ROITH, Estelle. O Enigma de Freud; influencias em sua teoria sobre a sexualidade

feminina. Imago, Rio de Janeiro, 1989.

WEB SITE Complexo de Édipo, http\\www.portugal_linha.net\arteviver\complexo.html.


ÍNDICE

Capa 01

Folha de Rosto 02

Agradecimentos 03

Dedicatória 04

Resumo 05

Sumário 06

Introdução 08

I - Capítulo I

O Feminino na Mitologia 10

II - Capítulo II

Feminino para Psicanálise 15

III - Capítulo III

Complexo de Édipo 18

3.1 Inibição sexual no Sexo Feminino 23

IV - Capítulo IV

Algumas Influências na Solução Edíca Normal e suas conseqüências 24

V - Capítulo V

Escolha Objetal 26

VI Capítulo VI

O Desejo da Mulher 28
6.1 A histérica 29

6.2 A mascarada 31

Conclusão 32

Referências 34

Folha de Avaliação 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO

UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES

PROJETO A VEZ DO MESTRE

Pós-Graduação em Terapia de Família

Vera Lúcia Silva Valladão

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Conceito Final:__________________ .

Data da Entrega: ________________ .

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