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Sexualidade Feminina
Orientadora
Rio de Janeiro
2004
UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
PÓS-GRADUAÇÃO “LATO SENSU”
PROJETO A VEZ DO MESTRE
Sexualidade Feminina
Turma: 520
Rio de Janeiro
2004
AGRADECIMENTOS
Durante as fazes oral e anal, a criança está fortemente ligada à figura materna. É a
Com o tempo a criança vai conhecendo seu corpo e descobrindo sua anatomia. A
menina, que não se percebia como não possuidora de um pênis, passa a perceber que não é
igual aos meninos. De início ela acha que o pênis vai crescer; pois ela possui um órgão
semelhante, o clitóris, que bem pode ser o pênis pequeno. Ela acha que sua mãe o possui
também.
Muito pouco Freud teve a falar a mulher. Pois não há um sexo, senão o falo, mas há um
significante do sexo feminino; portanto, a mulher só existe enquanto falta, enquanto ser
castrada.
diferentes posições quanto à sua sexualidade; quer ela aceite, quer ela ignore, quer rejeite.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ........................................................................................ 08
Capítulo IV
Conclusão ............................................................................................32
Referências ..........................................................................................34
Índice ..................................................................................................37
“A puberdade, que provoca uma elevação tão grande da libido nos rapazes, é
devem por direito passar, certo número é retido; Portanto, há alguns que nunca suplantam
a autoridade dos pais e retiram sua afeição deles incompletamente ou não tiram de forma
alguma. São na sua maioria moças que, para deleite de seus pais, persistiram em seu amor
moças que, no seu casamento; mais tarde, falta a capacidade de dar a seus maridos o que
O presente trabalho pretende dar uma visão dos estudos de Freud e outros sobre a
sexualidade feminina.
Como pode ser visto por esses dois fragmentos retirados de um texto de Freud, a
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(1) Freud, S. Três Ensaios Sobre Sexualidade, volume VII: Rio de Janeiro, Imago, 1969, 227 p.
(2) Idem, 234 p.
O desenvolvimento feminino desde Freud já era um enigma a ser desvendado. Muito
pouco Freud teve a falar a mulher. Pois não há um sexo, senão o falo, mas há um
significante do sexo feminino; portanto, a mulher só existe enquanto falta, enquanto ser
castrada.
Esse trabalho também pretende expor o percurso feito pela mulher a caminho de uma
O Feminino na Mitologia
Um rei e uma rainha tinham três filhas, duas mais velhas eram princesas comuns;
porém, a mais nova, que se chamava Psiquê era extraordinária. Era bonita, charmosa, tinha
(1)
“Afrodite” era uma divindade antiga da feminilidade; reinava desde os
primórdios. As pessoas faziam comentários de que “Psiquê” (2) estava tomando seu lugar de
deusa.
Psiquê era a preocupação de seus pais. Suas duas irmãs estavam felizes, casadas, e
O rei foi então consultar um oráculo, que era dominado por Afrodite; irada e com
muita inveja de Psiquê, a deusa fez com que a resposta fosse algo terrível. A jovem Psiquê
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(1) Quando os genitais de Urano foram cortados, caíram no mar e fertilizaram, dando o nascimento de
Afrodite.
(2) Psique nascera quando uma gota de orvalho caíra do céu sobre sua terra.
Psiquê foi acorrentada a uma pedra no alto de uma montanha e lá deixada para ser
presa dessa criatura. O rei e a rainha apagaram as tochas, e Psiquê foi abandonada à sua
sorte na escuridão.
A donzela morreria no dia do casamento, que também era funeral. O esposo viria,
”Para destruir Psiquê como queria, Afrodite pediu ajuda a seu filho. Eros deus do
amor (Também Chamado cupido)” era a própria morte.
Afrodite mandou que ele fizesse que Psiquê apaixonasse-se pelo monstro que viesse
buscá-la.
Obedecendo a mãe Eros foi até as montanhas, a avistar Psiquê, Eros acidentalmente
Psiquê não fez qualquer pergunta a Eros, já era bastante ter sido salva da Morte.
Psiquê então encontrou o paraíso onde tinha tudo o que desejava. Saber X morte.
Seu marido – deus a encontrava todas as noites; e só fez-lhe uma restrição: não
devia jamais olhar para ele, nem lhe fazer qualquer pergunta sobre seus atos. Ela não
um deus, suas irmãs não agüentaram de inveja; foram até o penhasco onde a jovem foi
Psiquê contou tudo, a Eros. Ele então alerto-a para que não desse ouvidos às irmãs
curiosas, pois poderia acontecer um desastre. Se Psiquê continuasse obedecendo-a seu filho
que já estava a caminho nasceria deus. Mas se ela não mantivesse sua promessa à criança
irmãs desceram o penhasco ao depararem com todo aquele paraíso, ficaram com muita
perguntas e disse às irmãs que seu marido era muito jovem, amável e passava seu tempo
caçando.
esqueceu do que havia dito sobro o marido, e contou-lhe que ele era de meia-idade, tinha
Psiquê que seu marido era na verdade uma serpente, e tinha planos de devorá-la e a seu
Elas disseram a Psiquê que ela deveria pegar uma lâmpada, colocá-la em uma
redoma e deixá-la à mão da sua cabeceira; E que tivesse uma faca bem afiada embaixo do
travesseiro. No meio da noite quando seu marido adormecesse, ela deveria cortar-lhe a
cabeça.
Psiquê persuadida pelas irmãs fez todos os preparativos. Foi para a cama à noite e
adormeceu ao lado do jovem; ela então se levantou retirou a redoma e empunhou a faca;
acendeu a lâmpada olhou para Eros. Para seu deslumbramento e horrorizada culpa, vê um
Desajeitada, deixou a faca cair acidentalmente espetou-se em uma das flechas de Eros e
apaixonou-se por ele. Psiquê afastou a lâmpada, mas uma gota de óleo quente caiu no
Ele percebeu que aconteceu e voou para longe. Psiquê conseguiu agarrar-se a ele, e
saíram ambos do paraíso. Mas ela não agüentou muito tempo e caiu. Eros pousou perto
dela, disse que ela o desobedecera e por isso a criança que estava para nascer seria mortal.
mulher tem em sim uma Afrodite, suas principais características são a vaidade, a luxúria
Ela é invejosa e não tolera competição. Afrodite é o mais antigo primitivo grau de
magnificente, tão fora deste mundo, tão virginal, que é adorada, mas não é cortejada. Há
uma Psiquê em toda mulher, o que significa ser muito sozinha. Psiquê é pura, ingênua e
A mulher oscila entre Afrodite e Psiquê. Nunca uma mulher é só Afrodite e nem só
Psiquê; ora, está mais arrogante, ousada, sedutora como Afrodite, ora está dócil, frágil
sempre um pouco em falso quanto à sua identificação imaginária; a não ser que atue como
mulher fálica. Sua imagem corporal lhe parece sempre como alguma coisa vacilante. Isso é
justificado pela extrema atenção que as mesmas dão para essa imagem, e a necessidade de
autocontentamento que as compensa pelas restrições sociais que lhe são impostas em sua
escolhe objetal. Rigorosamente falando, tais mulheres amam apenas a si mesmas, com uma
Lacam a mulher representa a comédia do falo não mais porque deseje possuir como o
homem, mais antes porque serve dele para lançar sua isca:
_________________________
(1) Freud, S. sobre o Narcisismo, volumo XIV Rio de Janeiro, Imago 1969, 105 p.
“É pelo que ela não é que ela quer ser desejada ao mesmo tempo, que amada.” (1)
Para ser o falo, ou seja, o significante do desejo do Outro, que a mulher abre mão da parte
de sua feminilidade.
a feminilidade exige um ato cujo efeito contradiz aquilo que o coloca. O seu objetivo é a
quem quem o contempla...” (2) “O ativo, aquele que goza com o Outro sexo pelas vias de
sua fantasia se designa como homem, porque coloca seu ato de reconquista a partir dessa
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(1) LACAN, J. A Significação do Falo – Escritos. São Paulo, Ed. Perspectiva, 1988 271 p.
(2) Pommier, G. A Exceção Feminina: Os impasses do gozo. Rio de Janeiro, Jorge Zaar Editor, 1987,
52 p.
(3) Idem
CAPÍTULO III
Complexo de Édipo
Alguns heróis míticos enfrentam problemas profundos, por vezes insolúveis. Para os
antigos gregos, as suas histórias trágicas demonstravam quanto à estrutura humana é falível
Talvez um dos mais famosos heróis trágicos seja Édipo, em cuja história encontrou
bem definido um dos mais tormentosos conflitos a que se chamou "Complexo de Édipo".
Conta à lenda grega que ao filho do rei Tebas, Édipo, um oráculo vaticinou, que um
dia ele mataria o pai, o rei de Tebas, e casaria com sua mãe. Em conseqüência o rei mandou
matar o filho, mas em segredo um criado abandonou-o vivo numa encosta de pés atados.
Um pastor recolheu-o e deu-lhe um nome que significa "pés inchados". Mais tarde um rei e
sua esposa, estrangeiros, adotaram a criança e educaram-na como se fosse seu filho numa
cidade distante.
Mais tarde, Édipo, já adulto, e sobre dúvidas crescentes sobre a sua origem levou-o
a consultar um oráculo que lhe afirmou: "Tu matarás o teu pai e casarás com tua mãe".
Édipo afastou-se então dos seus pais adotivos para escapar a estas fatalidades. Na
sua fuga travou uma violenta discussão na estrada com um desconhecido e matou-o, sem
suspeitar que era o seu pai. Defrontou uma esfinge, monstro com cabeça de mulher e corpo
de leão, que matava todas as pessoas que não conseguiam decifrar os seus enigmas, à qual
lhe perguntou: "Qual o animal que anda com quatro patas de manhã, com duas ao meio dia
e com três ao anoitecer?". E Édipo respondeu "O homem que caminha com as mãos e os
pés no chão quando criança mantém-se de pé sobre as duas pernas na seqüência da Vida e
Jocasta já viúva, que era a mãe de Édipo, tinha prometido a mão desta a quem libertasse
Tebas do terror da Esfinge. Édipo, entretanto viajou para Tebas, e deste modo desposou a
rainha Jocasta sem saber que era a sua mãe. Posteriormente descobriu com horror que o
estranho que matara era seu pai e que tinha desposado sua mãe. Jocasta enforcou-se. Édipo
furou os seus próprios olhos, partindo para o exílio com sua filha Antígona.
Os grandes cientistas psicólogos recorrem aos antigos mitos para explicar muitos
distúrbios humanos a nível psicológico e até mental. Sigmund Freud viu nesta lenda o
pai. Segundo a teoria freudiana esta lenda caracteriza uma fase do desenvolvimento
psicológico infantil, mas que pode conduzir a perturbações que, caso não sejam tratadas, se
Fálica o desejo do rapaz em relação à mãe esbarra com a proibição que lhe advém do pai e
com reais ou supostas ameaças de castração. A criança deseja expulsar o pai, mas este
desejo entra em contradição com o sentimento de afetividade que sente por ele,
acrescentado com a dependência da sua proteção e com o referencial que a criança tem para
a sua virilidade futura. Este conflito gera o seu desejo sexual em relação à mãe, e substitui-
o por uma ternura, em alguns casos por vezes demasiado insistente em abraços e carinhos
Convém dar-vos a conhecer o que é a Fase Fálica, que é uma fase profundamente
designa o resultado por assim dizer "congelado" de um conflito dos desejos puncionais e os
Um dos mais típicos exemplos deste tremendo conflito é o Complexo de Édipo, pois
nele se confrontam a forte atração física pela mãe e a rivalidade pelo pai, para além das
interdições que a educação e a civilização fazem entrar no jogo. As futuras relações com a
mulher ficarão para sempre marcadas por esse fato, se o jovem não for submetido a
estado fálico, centrado na zona genital. Esta fase fálica é interrompida pelo tempo de
latência. Entre mais ou menos o quarto ano e o quinto ano de idade e a puberdade, alonga-
desloca. Por muito amor que a mãe albergue pelo seu filho não é saudável deixá-lo
adormecer com as mãozinhas da criança mexendo no seu peito, e mais ainda beijá-lo na
rapazinho chora convulsivamente até a mãe o ir buscar para a sua cama, e é muitas vezes o
pai que tem que sair da cama e ir dormir para outro lado para o menino sossegar. Quando já
na segunda infância, se o pai tem trabalho por turnos, ou tem que se ausentar por noites, o
menino está sempre ansioso para poder ir dormir com a mãe, o que esta permite, mais os
contactos físicos de lhe mexer no peito, de a abraçar e a mãe de o beijar na boca. Até no
banho quando esse tempo podia ser aproveitado para brincar numa ludoterapia que faz feliz
a criança, muitas vezes a mãe chama a atenção para o órgão sexual mexendo e remexendo
no mesmo, como se fosse a brincadeira mais atrativa! É lamentável, mas acontece até que
depois mais crescido já é o menino que chama a atenção mexendo ele, como se estivesse na
mais alegre brincadeira! E tantas e tantas coisas congêneres que eu poderia citar que são
devida altura que certamente encheria páginas. Essa ultrapassagem, essa resolução desse
complexo de que se fala tão levemente seria talvez fundamental para que o homem adulto
não cometesse tantos erros, até pela ignorância do que se passa dentro dele.
psíquicas, por vezes bem confusas que as atormentam. Quando o rapazinho é filho único e
estas situações constrangedoras existem, este rapaz está marcado para toda a vida e há
sempre fracassos, mesmo a nível sexual com outras mulheres. Seguramente é vítima de
distúrbios psico-sexuais.
Há que habituar a criança à sua cama desde bebe, não com a rigidez de não o
muita suavidade e doçura não lhe permitir determinados hábitos já apontados. Mesmo que o
pai não esteja, o menino tem a sua cama, que a mãe fará sentir como é agradável ter uma
caminha tão bonita, saber contar-lhe histórias infantis consoante a idade, onde os
sentimentos nobres começam a ter valor na mente da criança, e onde outros meninos e
meninas, animais, jardins e bosques fazem parte da vivência infantil que a mãe cria com
carinho, com fins didáticos e formativos, mas que aliciam a criança. Um tempo que se deve
marcado. Todos estes princípios e muitos mais que poderia citar ao longo do crescimento
da criança conduz a uma educação sexual em que o complexo de Édipo é perfeitamente
ultrapassado!
saúde psíquica!
No caso da mulher a inibição sexual é conduzida pelo susto pela comparação com
os meninos, do seu órgão genital. Que faz a menina crescer insatisfeita com o seu clitóris,
ela abandona sua sexualidade fálica, ou seja, a masturbação clitoriana, e com ela sua
sexualidade me geral, como boa parte de sua masculinidade. Esse tipo de caminho tomado
por algumas mulheres que dedicam toda sua via a uma atividade beneficente, caridade,
identificação à mãe fálica ou ao pai. Esse complexo de masculinidade pode também resultar
interferências.Essa passagem implica não só uma mudança do objeto materno para o objeto
levar a menina a uma identificação com a mãe, ocorrendo uma identificação psicológica
feminina.
podem estar fixada à fase inicial com a mãe.Algumas mulheres, o mecanismo de passagem
de uma posição masculina para a feminina, sofre interferência, causando assim conflitos
ação do pênis na vagina, durante o ato sexual.Todavia, essas mulheres são capazes de
“Quanto maior a quantidade dos impulsos que permanecem fixados neste ponto,
termos sexuais, deste grupo de mulheres. O melhor exemplo é dado por aquelas mulheres
homossexuais para quem a gratificação sexual provém quase que exclusivamente do papel
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(1) NAGERA. H. A Sexualidade Feminina e o Complexo de Édipo. Rio de Janeiro, Imago, 1983, 66 p.
CAPÍTULO V
Escolha Objetal
“Se a escolha amorosa de uma mulher está submetida, como a do homem, a uma
clivagem entre escolha de objeto anaclítica e escolha de objeto narcísica, esta clivagem é,
Há duas formas de escolha amorosa para uma mulher: a escolha analítica e a escolha
narcísica.
Uma mulher quando faz uma escolha objetal, segundo o modelo paterno, ela tenta
reproduzir inconscientemente sua relação com a figura do pai vivida na fase edípica.
Porem, ela também poderá fazer uma escolha narcísica de homem.Nessa escolha ela
procurará, também inconscientemente o homem que desejou ser no seu período pré-
edipiano.
Freud coloca também que a escolha feita segundo o modelo paterno não tarda a deixar
“Se uma mulher tem a tendência a reencontrar uma mãe na pessoa de seu marido –
mesmo que este tenha sido inicialmente escolhido conforme o modelo paterno – a arte do
mulher não conseguir de seu homem seu filho, e agir com ele como sua mãe”.(2)
mulher teria mais possibilidade de êxito que o primeiro, pois, se a escolha de um marido
está vinculada, para a mulher, a figura de sua mãe, esta tenta reproduzir com o marido toda
a hostilidade dirigida a sua mãe; e, além disso, a viver o conflito mãe-filha na relação
marido e mulher. Quando essa relação fosse esgotada, um segundo casamento poderia obter
mais sucesso.
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(1) André, S. O que quer uma Mulher? Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1987, 201 p.
(2) Freud S. A feminilidade vol. XXII 163 p.
CAPÍTULO VI
O Desejo da Mulher
O que uma mulher deseja é que algo possa vir no lugar do significante faltoso
(falo),que ponto de apoio lhe seja fornecido precisamente lá onde o inconsciente a deixa
aceitar como não fálica, mas só pode fazê-lo sob a forma de abandono: ela não tem mais
(falo), porque, tendo-o possuído, quis se desfazer dele. Ela realiza uma encenação
_________________________
(1) Mencionada no livro de Serge André – “O que quer Uma Mulher?” 283 p.
6.1 A Histeria
pois a histeria se constrói a partir de uma experiência primária de passividade sexual. Uma
sedução; além do mais para a histérica o pai é sempre impotente, ela é denúncia dessa
impotência.
repressores, mas também representa a expressão de duas fantasias de caráter sexual oposto.
Em um caso de histeria atendido por Freud (1), a jovem Dora, precisava saber o que
tinha a senhora K para atrair seu pai e o senhor K. O desejo de Dora não era um desejo
puramente homossexual, mas sim de encontrar uma resposta para sus indagações quanto à
feminilidade ameaçada.
(2)
A respeito da jovem homossexual atendida por Freud, cuja vida quis dar fim por
um amor não correspondido, não se tratava de uma perspectiva como pensava Freud, para
A jovem queria negar o desejo paterno. Percebe-se sua questão em relação ao pai no
momento que ela é surpreendida pelo mesmo junto à amada; não suportando o dor de um
amor impossível, agravatado pelo flagrante dado pelo pai, a jovem joga-se contra um muro.
________________________
(1) Freud, S. Fragmentos da Análise de um Caso de Histeria. Volume VII, Rio de Janeiro, imago, 1969,
13-109 p.
(2) Freud, S. A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa Mulher. Volume XVIII, Rio de
Janeiro, Imago, 185 p.
6.2 A Mascarada
máscara da feminilidade para afastar a angústia e evitar a vingança por parte dos
(1)
homens”. A mascarada faz-se de mulher, ela reveste-se de sua aparência como modo
uma bissexualidade inerente a todas e todos, não é uma tendência inata, mas sim o
de máscara para dissimular a masculinidade, nesse caso, seria a posição fálica assumida
pela mulher.
_________________________
(1) RIVIÉRE, J. citado por André, S. O Que Quer Uma Mulher? Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor,
1987, 276 p.
CONCLUSÃO
madura.
O percurso feito pelo homem para a resolução de Édipo até ema sexualidade adulta
A mulher precisa fazer uma trajetória que significa vencer questões dificilmente
ultrapassáveis, além do mais, ela é marcada pela castração, marca essa que acompanhará a
falo, na mulher a ausência. Essa ausência na mulher, a coloca diante de diferentes posições
quanto à sua sexualidade; quer ela aceite, quer ela ignore, quer rejeite.
denúncia de toda a problemática feminina. Toda a mulher está suscetível à histeria, umas
mais e outras menos; pois toda a mulher vive a inveja do pênis e depara com sua ferida
narcísica.
mulher tenta suplantar sua falta, que a deixa em desvantagem com o homem, através de sua
A mulher muito mais que o homem preocupa-se com sua aparência. O narcisismo
na mulher está muito mais acentuado do que no homem. Penso que isso se dá pelo próprio
sentimento de inferioridade vivido pela menina pelo fato de sentir-se faltosa. A mulher não
possui o falo, mas ela pode ser objeto de desejo masculino, ela em determinadas horas pode
ser o próprio falo. Na opinião de Freud, a mulher para ele é inatingível como descrito em
sua obra.
O próprio Freud reconhece seu limite nesse assunto, faltou-lhe talvez maiores
condições de escuta para a mulher; porém, segundo Lacan não se pode falar a mulher, pois
FREUD, Sigmund. Três Ensaios Sobre Sexualidade, volume VII: Rio de Janeiro, Imago,
1969.
FREUD, Sigmund. sobre o Narcisismo, volumo XIV Rio de Janeiro, Imago 1969.
DOLTO, Françoise. Sexualidade Feminina. Martins Fontes Editora Ltda, São Paulo, 1989.
ANDRÉ, Serge. O Que Quer uma Mulher? Jorge Zahar Editor Ltda, Rio de Janeiro, 1987.
FREUD, Sigmund. (1905) “Três Ensaios Sobre a Teoria da Sexualidade”. Editora Standard
Brasileiras das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Volume VII, Rio de
Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Volume XIV, Rio de Janeiro, Imago, 1969
Editora Standard Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud. Volume IX, Rio de
FREUD, Sigmund (1908) “Sobre as Teorias Sexuais das Crianças”. Editora Standard
Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud. Volume IX, Rio de Janeiro, Imago,
1969.
FREUD, Sigmund (1920) “A Psicogênese de um Caso de Homossexualismo numa
Mulher”. Editora Standard Brasileiras das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume,
FREUD, Sigmund (1923) “A Organização Genital Infantil”. Editora Standard Brasileira das
Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de Janeiro, Imago, 1969.
Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de Janeiro, Imago,
1969.
Editora Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume XIX, Rio de
FREUD, Sigmund (1931) “Sexualidade Feminina”, Editora Standard Brasileira das Obras
Standard Brasileira das Obras Completas de Sigmund Freud, Volume VII, Rio de Janeiro,
Imago, 1969.
Janeiro, 1983.
POMMIER, Gerard. A Exceção Feminina: os impasse do gozo, Jorge Zahar Editor, Rio de
Janeiro, 1987.
Capa 01
Folha de Rosto 02
Agradecimentos 03
Dedicatória 04
Resumo 05
Sumário 06
Introdução 08
I - Capítulo I
O Feminino na Mitologia 10
II - Capítulo II
Complexo de Édipo 18
IV - Capítulo IV
V - Capítulo V
Escolha Objetal 26
VI Capítulo VI
O Desejo da Mulher 28
6.1 A histérica 29
6.2 A mascarada 31
Conclusão 32
Referências 34
Folha de Avaliação 39
FOLHA DE AVALIAÇÃO
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Conceito Final:__________________ .